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Duas Cruzes no Gólgota

Mt. 27.38

Introdução: A crucificação era uma tortura; tiras de couro e


pregos eram usados para pendurar o condenado no madeiro.
Como um animal indefeso enroscado numa cerca de arame
farpado, a vítima poderia sobreviver por dias sofrendo dores
excruciantes.
A morte normalmente ocorria por sufocação, pois a vítima,
pendurada por suas mãos, ia perdendo a força para inspirar.

Três homens em três cruzes

1. Na primavera do ano 33 d.C., a crucificação de três


homens fora dos muros da cidade de Jerusalém mudou
o curso da história do mundo.

2. Os executores romanos martelaram os pregos através


de seus pulsos e tornozelos e deixaram os três
esperando a morte.

3. O evento em si era comum no antigo Oriente Médio,


porém mais de dois mil anos depois, o mundo ainda fala
sobre o que aconteceu naquele dia.

4. Uma explicação significativa para aquelas mortes.


4.1 – Um homem morreu com o pecado em si e sobre si.
4.2 – Um segundo homem morreu como pecador, mas
sem a culpa sobre si.
4.3 – O terceiro morreu com culpa sobre Ele, mas não
era culpado.
Um Morreu Com o Pecado Em Si e Sobre Si

1. O nome dos dois ladrões, crucificados com Jesus são


citados nos Evangelhos.
1.1 – Há um Evangelho apócrifo, o Evangelho de
Nicodemos, surgido no século III, que traz os
nomes dos dois malfeitores, no capítulo 9, verso 5.
a) Então Pilatos ordenou que fosse corrido o véu
do tribunal onde estavam sentado e disse a
Jesus: Teu povo desmentiu-te como o rei. Por
isso decretei que, conforme o antigo costume
dos reis piedosos, sejas primeiro flagelado e
depois pendurado na cruz no horto onde foste
preso. E Dimas e Gestas, ambos malfeitores,
serão crucificados juntamente contigo”.
b) Estes dois eram considerados bandidos
perigosos, o que explica a crucificação, já que as
leis romanas reservavam esta punição somente
aos grandes criminosos e aos escravos.

2. O primeiro entre dois ladrões executados naquele dia;


pela lei recebeu a punição que merecia.
2.1 – Ele foi sentenciado e condenado por um juiz
investido da autoridade de César.

3. Este ladrão parece ter morrido com raiva.


3.1 – Devia ter raiva de si mesmo por ter sido pego.
3.2 – Estava com raiva do juiz que o sentenciou, e
provavelmente com todos que o decepcionaram ao
longo de sua vida.
3.3 – Parecia estar especialmente irado contra um
homem inocente, chamado Jesus, que estava ali ao
seu lado.
3.4 – Sentia raiva de Jesus por Ele ser incapaz de
ajudar a si mesmo ou a qualquer outro (Lc. 23.39).

4. O primeiro ladrão morreu com seu pecado dentro de si


e sobre si.

O Outro Morreu Como pecador, Mas Sem a Culpa


Sobre Si

1. Um segundo ladrão foi executado naquele dia.

2. Este também zombou de Cristo desafiando-o a salvar a


si mesmo e a eles, se realmente fosse o Messias
prometido (Mt. 27.37-44).
2.1 – Em dado momento, ao se fazer trevas em plenas
três horas da tarde, este ladrão mudou seu coração.
2.2 – Virando-se para o primeiro ladrão, ele disse:
a) ‘Nem ao menos temes a Deus, estando sob
igual sentença? Nós, na verdade, com justiça,
porque recebemos o castigo que os nossos atos
merecem; mas este nenhum mal fez’.
b) E acrescentou: ‘Jesus lembra-te de mim
quando vieres no teu reino’.
2.3 – Jesus lhe respondeu: ‘Em verdade te digo que
hoje estarás comigo no paraíso’ (Lc. 23.40-43).

3. Este ladrão fez sua confissão de fé ali:


3.1 – Creu que Jesus era o Senhor.
3.2 – Creu que Jesus era o Messias prometido.
3.3 – Creu que Ele virá um dia para concluir o Reino.
3.4 – Creu que o Senhor poderia perdoá-lo.

4. O perdão e a vida eterna são dados a todos os que creem


em Jesus para o perdão de seus pecados.
5. O segundo ladrão morreu como pecador, mas sem a
culpa sobre si.
5.1 – O Juiz dos céus retirou a culpa dos ombros deste
ladrão, colocando-a sobre Jesus, aquele que
carregou nossos pecados.

Um Morreu Com Pecado Sobre Si, Mas Não Era


Pecador

1. Jesus levou sobre Seus ombros a culpa do mundo


naquele dia.

2. Ele morreu com o peso dos pecados do mundo sobre si,


mas sem ter cometido erro algum.

3. Três dias depois, Ele ressuscitou dos mortos para


mostrar que a Sua morte, trágica como foi, não tinha
sido um erro.

4. O corpo ressurreto de Cristo marcado pelos cravos deu


a centenas de discípulos todas as evidências que
precisavam para crer que Ele havia tomado seus lugares
morrendo na cruz.

5. O julgamento de Deus caiu sobre Ele ao invés de nós.


5.1 – Nós estávamos lá, porque Deus estava lá em
nosso lugar, suportando nossos pecados.
5.2 – Também estávamos lá, porque todos
responderemos, quer como o primeiro, quer como
o segundo ladrão.

Conclusão:
1. Qual dos dois ladrões te representa?

2. Se você não tem a fé do primeiro ladrão, mas quer tê-la,


peça a Deus para que Ele lhe conceda.

3. Você não será o primeiro a clamar: ‘Ajuda-me na minha


falta de fé!’ (Mc. 9.24).

Pai celeste, obrigado por nos ajudares a ver que esta é a Tua
história. No sofrimento do Teu Filho, vemos o Teu sofrimento
e o Teu amor por nós. Em Sua morte, vemos o pagamento
pelos nossos erros e Tua oferta de perdão. Em Sua
ressurreição, vemos a garantia de que estás completamente
satisfeito com o preço que Jesus pagou por nós. Pai, obrigado
por também nos ajudares a ver que esta é a nossa história.
No primeiro ladrão, vemos nosso primeiro desejo de odiar,
rejeitar Teu amor, deixar nossa raiva nos afastar de ti e dos
outros. Obrigado por tocares nossos corações, pois desta
maneira podemos ver-nos como o segundo ladrão, que caiu
em si antes de ser tarde demais.
(Mart DeHaan).
https://paodiario.org/blog/os-dois-ladroes/
https://www.abiblia.org/ver.php?id=7724

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