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O presente material constitui resumo elaborado por equipe de monitores a partir da aula
ministrada pelo professor em sala. Recomenda-se a complementação do estudo em livros
doutrinários e na jurisprudência dos Tribunais.
Sumário
1. Exercícios..................................................................................................................... 3
2. Informações e Habeas data ........................................................................................ 5
3. Remédios Constitucionais Administrativos ................................................................ 6
3.1 Direito de Petição .................................................................................................. 6
3.2 Direito de Certidão ................................................................................................ 6
4. Princípio da inafastabilidade da jurisdição ................................................................. 7
4.1 Fundamento .......................................................................................................... 7
4.2 Atos políticos ......................................................................................................... 7
4.3. Jurisdição Condicionada ....................................................................................... 8
5. Princípio do Juiz Natural ............................................................................................. 8
5.1 Fundamento .......................................................................................................... 8
5.2 Federalização dos Direitos Humanos .................................................................... 9
5.3 PGR – STJ – Local – Federal ................................................................................... 9
6. Tópicos de Direito Penal e Processo Penal ............................................................... 10
6.1 Júri ....................................................................................................................... 10
6.2 Crimes.................................................................................................................. 11
6.3 Princípio do não contágio da pena ..................................................................... 12
7. Prisão civil por dívida ................................................................................................ 13
8. Tratados Internacionais – Hierarquia) ...................................................................... 13
8.1 Força de emenda constitucional ......................................................................... 13
8.2 Supralegalidade ................................................................................................... 14
8.3 Infraconstitucionais ............................................................................................. 14
9. Extradição ................................................................................................................. 14
9.1 Extradição ativa e passiva ................................................................................... 14
9.2 Regras .................................................................................................................. 14
9.2.1 Nato .............................................................................................................. 14
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1. Exercícios
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e) de resposta, proporcional ao agravo ou, então, o direito à indenização por dano moral
e material, sendo vedado ao ofendido, sob pena de enriquecer ilicitamente, cumular o
exercício do direito de resposta com o recebimento de indenização pelos danos sofridos.
Comentário: D.
Comentário: B. A alternativa “a” está incorreta, pois é possível, por exemplo, que a
administração penitenciária tenha acesso às correspondências, eis que as mesmas podem
conter planos de fugas, dentre outras coisas, por isso a inviolabilidade do sigilo de
correspondências não precisa ser afastada mediante decisão judicial. A alternativa “c” está
incorreta. A alternativa “d” está incorreta, pois o TCU auxilia o Poder Legislativo, na função
de controle externo (função fiscalizatória). A CPI tem o poder de decretar a quebra de sigilo,
o STF entende que o TCU é um órgão que auxilia o Poder Legislativo, mas é um órgão
independente, isto é, não se subordina ao Poder Legislativo, não sendo “longa manu” do
Poder Legislativo.
5. (FCC – 2012 – TRT – 6ª Região (PE) – Analista Judiciário – Área Judiciária) O Congresso
Nacional promulgou, em agosto de 2006, a Lei nº 11.340, conhecida por “Lei Maria da
Penha”, a qual criou mecanismos para proteger a mulher que é vítima de violência
doméstica e familiar. Em fevereiro de 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou
procedente a Ação Declaratória de Constitucionalidade no 19 (ADC-19) para declarar a
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constitucionalidade de dispositivos da referida lei, o que trouxe ainda mais força para
sua aplicação. O princípio constitucional, relacionado aos direitos fundamentais, que
embasa a "Lei Maria da Penha", permitindo que a mulher receba um tratamento jurídico
preferencial em relação ao homem nas situações de violência doméstica e familiar, é o
da
a) função social da propriedade.
b) liberdade individual.
c) igualdade material.
d) inviolabilidade domiciliar.
e) segurança jurídica.
Comentário: C.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIII. Todos têm direito a receber dos órgãos públicos informações de seu interesse
particular, ou de interesse coletivo ou geral, que serão prestadas no prazo da lei, sob
pena de responsabilidade, ressalvadas aquelas cujo sigilo seja imprescindível à
segurança da sociedade e do Estado.
Exemplo: Não pode alguém entrar com “habeas data” para a retificação de uma
informação do irmão, pois são personalíssimas.
Atenção₁: Existem bancas que gostam muito de um tema. Interessante é que a FCC é
uma delas, que privilegia questões sobre informações e habeas data.
Atenção₂: Se a informação é imprescindível à segurança da sociedade e do Estado,
não será fornecida.
Exemplo: Informação constante na ABIN (Agência Brasileira de Inteligência).
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Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIV - são a todos assegurados, independentemente do pagamento de taxas:
a) o direito de petição aos Poderes Públicos em defesa de direitos ou contra ilegalidade
ou abuso de poder;
b) a obtenção de certidões em repartições públicas, para defesa de direitos e
esclarecimento de situações de interesse pessoal;
Atenção₁: O fato de cobrar ou não taxas, não significa que vai ser gratuito, mas no
caso do direito de petição e de certidão será.
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Atenção₁: Não confundir informação com certidão. O examinador pode cobrar uma
questão sobre recusa ou demora das certidões. O direito de certidão, pode ser tutelado pelo
Estado Juiz, no caso de direito de certidão mediante mandado de segurança, para assegurar
a certidão. Observe-se que, a certidão tem informação. A informação é negada. Se a
informação é negada, cabe habeas data. Mas, se o sujeito vai ao órgão solicitar a certidão,
esta é diferente da informação, pois a informação é uma coisa abstrata, enquanto que a
certidão é uma coisa concreta (pode amassar, etc...), sendo, pois, um direito líquido e certo,
amparado por mandado de segurança.
4.1 Fundamento
O fundamento do princípio da inafastabilidade da jurisdição é o art. 5, XXXV, da
Constituição Federal de 1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito;
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Art. 217. É dever do Estado fomentar práticas desportivas formais e não-formais, como
direito de cada um, observados:
§ 1º - O Poder Judiciário só admitirá ações relativas à disciplina e às competições
desportivas após esgotarem-se as instâncias da justiça desportiva, regulada em lei.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXVII - não haverá juízo ou tribunal de exceção;
(...)
LIII - ninguém será processado nem sentenciado senão pela autoridade competente
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O inciso LIII afirma que ninguém será processado ou sentenciado senão pela
autoridade competente.
Exemplo₂: Parlamentares. Cidadão comum, responde processo criminal na justiça
comum. Caso venha a vencer uma eleição para deputado federal ou senador, o art. 53, §1,
CF/88, afirma que após a diplomação deputados e senadores serão julgados pelo STF.
Enquanto cidadão comum, processo na justiça comum. Enquanto parlamentar, aplica-se a
Constituição (art. 53, §1, CF).
Atenção: O STF, na AP 396 entendeu que, no caso de deputado que tentou renunciar
ao mandato às vésperas do julgamento, para ter chance de, quem sabe, nem ser condenado,
o STF continua com a competência para julgar, por se tratar de fraude processual
inaceitável.
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federalizar algo que não era federal ainda. A competência era local, mas em razão de graves
violações, cabível o deslocamento para a Justiça Federal.
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Tanto o STF quanto o STJ entendem que pode a Constituição de um Estado criar um
foro não previsto na Constituição Federal. Assim, pode a Constituição do Rio de Janeiro
entender que quem vai julgar o Procurador do Estado, nos crimes comuns, é o Tribunal de
Justiça. Problema: Se for julgado pelo TJ, e esse Procurador cometer um crime doloso contra
a vida será julgado pelo TJ (competência da Constituição Estadual) ou Júri (competência da
Constituição Federal). Nesses casos, prevalece a competência federal (Júri), conforme a
Súmula 721 do STF:
Súmula 721, STF. A competência constitucional do Tribunal do Júri prevalece sobre o foro
por prerrogativa de função estabelecido exclusivamente pela Constitucição estadual.
6.2 Crimes
A Constituição Federal de 1988, no art. 5, incisos XLII, XLIII e XLIV dispõe sobre os
crimes de racismo, ação de grupos armados, hediondos, tráfico, terrorismo e prática de
tortura:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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Racismo
Ação de grupos armados
Por sua vez, os crimes hediondos, tráfico, terrorismo e prática de tortura, que são
inafiançáveis também e, insuscetíveis de graça ou anistia, recordando que a graça é o perdão
do Presidente da República e a anistia é o perdão do Congresso Nacional.
Hediondos
Tráfico
Terrorismo
Prática de Tortura
Exemplo₁: João presenciou Mário torturar Antônio e nada fez. A banca entendeu que,
João responderia também pela prática de tortura, porque ele presenciou.
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Art. 5. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito á vida, á
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade.
LXVII – não haverá prisão civil por dívida, salvo a do responsável pelo inadimplemento
voluntário e inescusável de obrigação alimentícia e a do depositário infiel;
Súmula Vinculante nº 25. É ilícita a prisão civil de depositário infiel, qualquer que seja a
modalidade do depósito.
O depósito, portanto, pode ser contratual (me tornei depositário) ou Judiciário (por
meio de uma decisão do Judiciário me tornei depositário). Independente de ser depósito
contratual ou judiciário, ninguém pode ser preso. Havendo contrariedade à esse dispositivo,
caberá RECLAMAÇÃO CONSTITUCIONAL ao Supremo Tribunal Federal, para que o STF casse
essa decisão, determinando que uma nova decisão seja proferida.
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8.2 Supralegalidade
Pode acontecer, contudo, do Tratado e da Convenção Internacional serem de Direitos
Humanos, mas não passar pela formalidade da emenda.
Exemplo: Pacto de San José da Costa Rica.
Nesse caso, terá status de supralegal, ou seja, acima das leis, mas abaixo da
Constituição Federal de 1988.
8.3 Infraconstitucionais
As leis infraconstitucionais ou os Tratados comuns, que não versam sobre Direitos
Humanos vão ter força de lei ordinária federal.
9. Extradição
9.1 Extradição ativa e passiva
A extradição pode ser ativa ou passiva. Quando o interessado é o Estado requerente,
recebe o nome de extradição ativa. E, quando o Estado requerido é o demandado fala-se
que a extradição é passiva.
Atenção: Toda extradição é bilateral, ou seja, vai ter um país de um lado e de outro
país, no outro.
9.2 Regras
9.2.1 Nato
Se o brasileiro nato está na França e o Brasil pede a extradição, a França, por
exemplo, poderá extraditar. É uma questão de jurisdição. Em relação ao brasileiro
naturalizado, depende.
Atenção₁: se usar ativo ou passivo poderá dar problema na prova. Não é porque a
Constituição Federal fala que “brasileiro nato não será extraditado” é a mesma coisa com
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“nunca será extraditado”, com base no que foi dito, ou seja, poderá o brasileiro nato ser
extraditado ativamente.
Atenção₂: a regra é que brasileiro não será extraditado. Se perguntar sobre
extradição ativa, sim.
9.2.2 Naturalizado
Se comete um crime comum antes de ser naturalizado (era estrangeiro, cometeu um
crime, depois se naturalizou) poderá ser extraditado. No caso de tráfico, tanto faz, sendo
brasileiro ou estrangeiro naturalizado (antes ou depois do crime) poderá ser extraditado.
Atente-se ao momento do crime, em relação ao brasileiro naturalizado: se é
brasileiro? Não vai poder ser extraditado. Na prova, as questões envolvem o momento do
crime. Se for brasileiro, não pode ser extraditado. É estrangeiro? Vai poder ser extraditado.
9.2.3 Estrangeiro
O estrangeiro não será extraditado no caso de crime político ou crime de opinião.
9.10 Princípios
9.10.1 Princípio da identidade
Segundo o princípio da identidade (dupla tipicidade) o fato criminoso imputado ao
extraditando pelo país requerente deve encontrar correspondência na legislação brasileira,
caso contrário, o Brasil não atenderá ao pedido de extradição.
Exemplo: Alguém tinha uma bíblia no porta luvas do carro, no Egito. No Egito existe
essa tipificação legal enquadrada como crime. Imagine-se que esse sujeito conseguiu fugir,
chegou no aeroporto e se dirigiu ao Brasil. Se encontra, portanto, no Brasil. O Egito pede
para extraditar. O Brasil não vai extraditar, pois não existe identidade, ou seja, não há dupla
de tipicidade, eis que não é crime portar bíblia no Brasil.
Atenção: Não basta ser contravenção, se no outro país é crime e não contravenção.
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Como o Brasil extradita para países como os EUA, que admite penas não admitidas
no Brasil (prisão perpétua e pena de morte)? Aplica a maior pena do Brasil, sendo
mais branda, e aí se consegue extraditar nesses casos.
9.11 STF x Presidente da República
O STF processa e julga o pedido de extradição. Tecnicamente, vai avaliar se pode ou
não extraditar, os princípios da extradição, se vai ser ou não recíproco. Agora, o ato de
extraditar é ato do Presidente da República, ato este, discricionário.
Assim, o STF julga apenas o pedido e o Presidente da República promove ato de
extradição (ato discricionário).
9.12.2 Deportação
A deportação, ocorre nos casos daquele sujeito que se encontra no país
irregularmente. A entrega, no caso, está-se diante do Tribunal Penal Internacional. O Brasil
pode entregar ao TPI.
9.12.3 Entrega
O nome é ENTREGA e não extradição, pois a extradição pressupõe dois países,
sempre. Não se pode extraditar pedido do FBI ou Interpol, somente extraditar a pedido e um
país. Quando o nome é “entrega” a doutrina majoritária entende que é possível um
brasileiro nato ser entregue, pois isso não é uma extradição, mas uma entrega ao TPI
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(Tribunal Penal Internacional), eis que o TPI não é país, e, por isso, não seria extradição, mas
entrega.
Não se pode “brasileiro” expulsar “brasileiro”, nato ou naturalizado, pois isso se
chama “banimento” e essa é uma pena vedada pelo art. 5.
Atenção: Extradição pressupõe países. Tribunal Penal Internacional não é um país.
10. Gratuidades
A todos:
- Habeas corpus;
- Habeas data;
- Atos necessários ao exercício da cidadania.
Assegura-se, gratuitamente, a todas as pessoas o habeas corpus, habeas data e os
atos necessários ao exercício da cidadania, nos termos do art. 5º, LXXVII, da Constituição
Federal:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
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b) a certidão de óbito;
11. Nacionalidade
A nacionalidade é um vínculo jurídico-político, observando-se os critérios de
aquisição, geradores da nacionalidade primária e/ou secundária.
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Atenção: A pegadinha nas provas é colocar prazo para o jovem fazer sua opção
confirmativa. Não há prazo, pode ser feita a qualquer tempo.
11.3 Português-equiparado
O art. 12, §1, da CF/88 afirma que:
Art. 12, §1. Aos portugueses com residência permanente no País, se houver
reciprocidade em favor de brasileiros, serão atribuídos os direitos inerentes ao brasileiro,
salvo os casos previstos nesta Constituição.
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Esse dispositivo fala que duas pessoas podem ser proprietários de empresa
jornalística e radiodifusão: nato e naturalizado há mais de dez anos.
A única diferença é com o tempo. Se for naturalizado há mais de dez anos, ele se
torna brasileiro nato e isso só acontece nessa situação de propriedade.
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Atenção: é a que mais cai em prova. O art. 12, §4, da Constituição Federal de 1988
traz as hipóteses de perda. O brasileiro nato pode perder a nacionalidade.
11.5.1 Perda-punição
Toda perda-punição é pela via da decisão judicial (coisa julgada), cabendo ação
rescisória para a reaquisição. O destinatário é o brasileiro naturalizado (cancelamento de
naturalização) e o motivo, no caso de atividade nociva ao interesse nacional.
Exemplo: O sujeito usou uma declaração falsa para se naturalizar brasileiro.
Conseguiu a autorização. Depois, a administração verificou-se que aquele documento era
falso, com base na auto-tutela, no direito administrativo, a Administração fez a revisão do
ato e cancelou a naturalização desse sujeito. Só que a decisão foi do Ministro da Justiça. O
sujeito contratou um advogado que impetrou mandado de segurança (competência do STJ),
contra a decisão do Ministro. O STJ afirmou que a Administração tem poder de auto-tutela,
podendo fazer uma revisão de seus atos e a decisão foi mantida. Mas, não se esqueça que,
se tem uma ação denegatória, em mandado de segurança, este foi decidido em primeira
instância em um Tribunal Superior contra essa decisão cabe recurso ordinário para o STF.
O STF entendeu que, a decisão tinha que ser judicial e por decisão do Ministro, não
cabendo a auto tutela.
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11.5.2 Perda-mudança
A perda-mudança ocorre pela via administrativa, pelo Ministério da Justiça, tendo
como destinatário o brasileiro nato ou naturalizado. O motivo é para adquirir outra
nacionalidade. Se quiser readquirir, só por meio de pedido ao Presidente se baseando na lei
818/49.
Cuidado: Alguns autores como Alexandre de Moraes entendem de modo diverso, ou
seja, o ex-brasileiro nato ou naturalizado que pediu para perder, no máximo passa por um
processo de naturalização, afirmando que o ex-brasileiro nato jamais volta a ser nato.
Para não ter problema na prova, sugere-se a abordagem do primeiro
posicionamento, qual seja, o pedido ao Presidente se baseando na lei 818/49.
11.6.2 Imposição
Imposição de lei estrangeira como a) condição de permanência no território ou b)
exercício de direitos civis, não gerando a perda da naturalidade brasileira.
Hi
SE
AR
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13. Exercícios II
(FCC - 2014 - TRT - 19ª Região (AL) - Analista Judiciário - Área Administrativa) Anita
Fernanda, nascida em Goiânia há 26 anos, é designer de moda no Brasil. Na semana
passada, recebeu um convite para morar na Europa e trabalhar em uma agência de
moda que desenha figurinos para os principais desfiles de Paris. No entanto, o país em
que trabalhará exigiu que Anita se naturalizasse para nele permanecer e exercer sua
atividade profissional. Antes de aceitar a proposta para o novo emprego, Anita consulta
sua advogada, questionando-a sobre as possíveis consequências decorrentes de um
pedido de naturalização. Nesta hipótese, à luz do que dispõe a Constituição Federal, a
advogada informa que Anita
a) terá declarada a perda da nacionalidade brasileira.
b) terá declarada a suspensão da nacionalidade brasileira, apenas enquanto não
cancelar a naturalização do país em que trabalhará.
c) terá declarada a suspensão da nacionalidade brasileira até o momento em que
retornar ao Brasil, quando, então, poderá optar, novamente, pela nacionalidade
brasileira.
d) perderá automaticamente a nacionalidade brasileira. Todavia, terá garantido o direito
de solicitar a reaquisição da nacionalidade, junto ao Ministério da Justiça, assim que
regressar ao Brasil definitivamente.
e) não terá declarada a perda da nacionalidade brasileira.
Comentário: E.
I. Ananias, nascido no Brasil, é filho de pai inglês e mãe alemã que não estavam a serviço
de seus países.
II. Aristóteles, nascido na Holanda, é filho de pai holandês e de mãe brasileira que estava
a serviço do Brasil.
III. Airton, nasceu na Rússia, filho de pai brasileiro e de mãe russa que veio residir no
Brasil e, quando completou dezoito anos, de idade optou pela nacionalidade brasileira.
IV. Alberto, nascido em Portugal, adquiriu a nacionalidade brasileira após residir por um
ano ininterrupto no Brasil; possui idoneidade moral.
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Comentário: B.
a) Brasileiro nato
b) Brasileiro naturalizado
c) Apátrida
d) Estrangeiro
e) Brasileiro provisório
Comentário: A.
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