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EDUCAÇÃO EM SAÚDE

EDUCAÇÃO E PROMOÇÃO DA SAÚDE


RESUMO MONITORIA: YASMIM SÁ DE MELO
ANO 2023
EDUCAÇÃO SANITÁRIA: Se baseia em atitudes prescritivas e normativas, partindo de uma concepção biologista
(enfoque em doenças), e com ações preventivistas para evitar doenças, na qual os profissionais são os
responsáveis pelo processo. * práticas curativas
EDUCAÇÃO EM SAÚDE: Segundo a OMS: combinação de ações e experiências de aprendizado planejado com o
intuito de habilitar as pessoas a obterem conhecimento sobre fatores determinantes e comportamentos de
saúde. Prática baseada no diálogo e no companheirismo, ou seja, numa troca entre o educador e educando, na
qual ambos se educam, e um novo saber é construído através da problematização, gerando um conhecimento
crítico e reflexivo, referindo-se a esta troca e construção de novos saberes.
Prática Transversal; Objetivo: o conscientizar as pessoas para a emancipação e responsabilidade no cuidado com
a saúde.
Aplicações:
- estabelecer Políticas Públicas saudáveis;
- criar ambientes favoráveis a saúde;
- fortalecimento das ações comunitária;
- desenvolver habilidades pessoais;
- reorientar os serviços de saúde;
- hábitos de vida saudáveis;
- fazer compreender que saúde é uma responsabilidade compartilhada;
- adquirir uma mentalidade crítica;

REVISITANDO O PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM


Quando se ensina não é necessário apenas uma priorização de conteúdos. Deve-se levar em conta “como ensinar”
para se chegar ao resultado final esperado: a transformação da realidade a partir da modificação do
comportamento via novos conhecimentos.

CONCEPÇÕES OU ABORDAGENS PEDAGÓGICAS TRADICIONAIS (objetivo é ensinar e transmitir)


I. TRANSMISSÃO: O processo educativo está centrado em alguém que sabe e ensina a alguém que não sabe. O risco
é o profissional se considerar a autoridade máxima e único responsável pelo processo educativo. Não há
preocupação com realidade social e nem com as crenças e culturas daquele que ''deve'' aprender.
II. CONDICIONAMENTO: O ensino aprendizagem nesta forma de pensar não considera a transmissão de ideias e
conhecimentos como o fator mais importante do processo educativo. Sua ênfase recai nos resultados. As pessoas
ou grupos aprendem através de uma sequência de passos predeterminados pelo chefe, professor, instrutor.
tornando-se muito ativos e competitivamente individualistas, porém sempre dependendo do controle de alguém.

ABORDAGENS PEDAGÓGICAS QUE TÊM O APRENDIZ COMO FOCO


I. HUMANISTA: A abordagem Humanista privilegia os aspectos da personalidade do sujeito que aprende.
Corresponde ao “ensino centrado no aluno”. O aluno é o autor de seu processo de aprendizagem e deve realizar
suas potencialidades. Valoriza a democracia nas relações, de tal forma que o professor atue como um facilitador
da aprendizagem.
II. COGNITIVISTA: Investiga os caminhos percorridos pela inteligência (cognição) no processo de construção do
conhecimento. Autores atribuem maior ou menor influência: à cultura, à personalidade, à efetividade e ao
momento social e histórico no processo aprendizagem. O desenvolvimento mental humano estabelece a
possibilidade da aprendizagem que ocorre na interação com o meio ambiente.
III. SOCIOCULTURAL: Difere das anteriores, por colocar no centro do processo de ensino aprendizagem os contextos
político, econômico, social e cultural nos quais ocorre ação educativa. Para os autores adeptos dessa concepção,
toda atividade educacional deve ser pautada por essa visão de mundo e sociedade e permitir amplas
possibilidades de reflexão. A relação professor-aluno é igualitária e democrática: o professor deve ser crítico,
questionar os valores da cultura dominante, instigando os alunos para que eles mesmos se tornem produtores
de cultura (OLIVEIRA; LEITE, 2011).

A METODOLOGIA PROBLEMATIZADORA: É mais que uma abordagem educativa. Ela é uma postura educacional
crítica sobre os elementos da realidade vivida pelos sujeitos do processo. Além de considerar que os problemas
do cotidiano são janelas de oportunidades para a construção de hipóteses que busquem soluções factíveis nos
moldes da ação - reflexão - ação (BORDENAVE, 1994; VASCONCELOS et al., 2009).Desenvolvem momentos de
construção coletiva por significação. Diferentes situações da realidade observada e vivida são compartilhadas
entre os participantes do grupo, Democratizam saberes, experiências e propostas, é a partir dela que discutiremos
sobre a Educação Permanente em Saúde (VASCONCELOS et al., 2009).

O QUE É COMPORTAMENTO EM SAÚDE? Os primeiros autores, definiram comportamento de saúde como:


qualquer atividade empreendida por uma pessoa, que se crê saudável, com o propósito de prevenir a doença ou
de a detectar num estádio assintomático. Os segundos autores, definiram como: qualquer comportamento
realizado por uma pessoa, independentemente do estado de saúde que tem ou pensa ter, com vista a proteger,
promover ou manter a saúde, quer tal comportamento seja, ou não, objetivamente eficaz para atingir tal fim.
Quase dez anos depois, dividiu-se o conceito em três etapas:
1º comportamentos de exaltação da saúde: são os que visam a promoção da saúde;
2º- comportamentos de manutenção da saúde: são os de prevenção das doenças;
3º- comportamentos de prejuízo ou risco de saúde: são os que são prejudiciais à saúde, tais como fumar, beber
exageradamente.

ESTAGIOS DE MUDANÇA DE COMPORTAMENTO


1. PRÉ-CONTEMPLAÇÃO: Não pensa na possibilidade de mudança. Nesse estágio encontram-se os pacientes que
não consideram que seu comportamento de risco não traz malefícios e não consequentemente não querem
mudanças. Muitas pessoas atendidas na Atenção Primária à Saúde (APS) e nos serviços de assistência social se
encontram nesse estágio.
2. CONTEMPLAÇÃO: Pensando na possibilidade de mudanças. Nesse estágio, o paciente apresenta o que chamamos
de ambivalência, ou seja, ele tanto considera a necessidade de mudar seu comportamento quanto a rejeita.
3. PREPARAÇÃO: Desenvolvendo um plano ou estratégias para a mudança de comportamento. Neste estágio, o
paciente reconhece seu comportamento sendo o causador de seus problemas e se propõe a mudar de
comportamento, desenvolvendo um plano ou estratégias que o ajudem a colocar em prática a mudança.
4. AÇÃO: Colocando em prática a mudança de comportamento. Nesse estágio, o paciente coloca em prática as
estratégias e planos (desenvolvidos no estágio anterior) para conseguir atingir sua meta de mudança.
5. MANUTENÇÃO: Mantendo o novo comportamento. Realizar uma mudança não garante que ela será mantida.
Durante esse estágio, o desafio é manter a mudança obtida e evitar a recaída. O paciente estará tentando manter
o comportamento mudado e para isso necessita ser continuamente reforçado e encorajado.
6. RECAÍDA: Deslizes e recaídas são normais e até esperados, quando o paciente busca mudar seu padrão de
comportamento. Em geral, quando os pacientes recaem, eles voltam aos estágios anteriores: pré-contemplação,
contemplação e ação.

EDUCAÇÃO CONTINUADA X EDUCAÇÃO PERMANENTE

EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE (EPS)


Parte do pressuposto da aprendizagem significativa e problematizadora, propondo estratégias que possibilitam a
construção coletiva, além de nortear caminhos para uma relação dialógica e horizontal.
Protagonista do SUS (trabalhadores, usuários e gestores) possa compartilhar, ensinar e aprender, construir
concepções, ideias de conceitos acerca da saúde, de sua produção e operação e de seus papeis.

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