Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CV5 - GRH
Gestão de Recursos Humanos
• Formanda:
Objectivos ......................................................................................................................... 2
Objectivo Geral................................................................................................................. 2
Ganha-Ganha .................................................................................................................... 5
Ganha-Perde ..................................................................................................................... 5
Perde-Perde....................................................................................................................... 5
Sugestões ........................................................................................................................ 13
Conclusão ....................................................................................................................... 15
1
Objectivos
Objectivo Geral
• Aplicar as técnicas de negociação de conflitos.
Objectivos Específicos
• Enumerar e descrever as etapas do processo de gestão de conflitos;
• Enumerar e descrever as técnicas e tácticas de negociação;
• Listar e definir os principais sentimentos e atitudes que prejudicam a gestão de
conflitos.
Revisão Bibliográfica
Para descrever as etapas de gestão de conflitos incluindo planeamento, quebra de gelo,
exploração, confronto e avaliação, vamos recorrer a perspectivas de dois autores
proeminentes na área de gestão de conflitos, William Ury e Thomas-Kilmann, adaptando
seus conceitos para se alinharem com as etapas solicitadas. Embora suas teorias se
concentrem em aspectos específicos da negociação e resolução de conflitos, podemos
extrapolar insights relevantes para cada etapa do processo.
1. Planeamento
2. Quebra de Gelo
2
Thomas-Kilmann pode não abordar diretamente a "quebra de gelo", mas a ideia de
adotar um estilo de conflito colaborativo ou de compromisso pode ser aplicada aqui para
suavizar as tensões iniciais, mostrando abertura e disposição para entender o outro lado.
3. Exploração
William Ury defende a exploração profunda dos interesses por trás das posições
apresentadas pelas partes. Isso envolve fazer perguntas abertas, ouvir ativamente e
entender verdadeiramente o que a outra parte valoriza e por quê.
4. Confronto
William Ury aconselha abordar o confronto de forma construtiva, focando nos interesses
e não nas posições, e buscando opções de ganho mútuo. A estratégia de "separar as
pessoas do problema" é fundamental aqui para manter o foco nas questões em vez de nas
diferenças pessoais.
Thomas-Kilmann reconhece que o confronto pode ser necessário e que o estilo assertivo
de competição pode ser útil em algumas situações. No entanto, a ênfase permanece na
busca de soluções que atendam às necessidades de todas as partes, potencialmente através
de um estilo colaborativo.
5. Avaliação
William Ury sugere que a avaliação deve incluir não apenas a consideração do acordo
alcançado mas também a relação entre as partes e o processo de negociação em si. É
importante refletir sobre o que funcionou, o que não funcionou e como as negociações
futuras podem ser melhoradas.
3
uma abordagem abrangente que abrange desde o planeamento até a avaliação do processo
de gestão de conflitos.
Tática de Argumentação
William L. Ury (1991), em "Getting Past No", oferece estratégias para lidar com
situações de negociação difíceis, enfatizando a importância de ouvir ativamente e fazer
perguntas abertas que guiem a outra parte a considerar sua posição de uma nova
perspectiva. Ele sugere o uso de argumentação baseada em padrões objetivos, como leis,
normas profissionais, ou precedentes, para convencer sem confrontar diretamente,
tornando a argumentação menos sobre vencer um debate e mais sobre encontrar um
terreno comum.
Estas táticas, conforme delineadas por Fisher, Ury, e Patton, e por William L. Ury,
refletem uma abordagem colaborativa para a negociação, que visa não apenas a resolução
4
de conflitos, mas também a preservação e potencial melhoria das relações entre as partes
envolvidas. Eles sugerem que uma preparação cuidadosa, uma argumentação eficaz
centrada em interesses e a habilidade de desviar ataques sem escalá-los são fundamentais
para alcançar resultados positivos em negociações e gestão de conflitos.
Ganha-Ganha
A estratégia ganha-ganha é caracterizada por uma abordagem de colaboração, onde as
partes envolvidas buscam uma solução que atenda aos interesses de ambos os lados. Neste
cenário, o sucesso é medido não apenas pelo que uma parte ganha, mas pelo sucesso
conjunto. Isso requer uma compreensão profunda dos interesses da outra parte,
comunicação aberta e a busca de soluções criativas que possam satisfazer as necessidades
de todos. O objetivo é expandir o "bolo" ao invés de dividí-lo, encontrando opções que
forneçam valor adicional e levem a um resultado em que todos os envolvidos se sintam
satisfeitos. Esta abordagem é frequentemente recomendada para manter e fortalecer
relacionamentos a longo prazo.
Ganha-Perde
A estratégia ganha-perde ocorre quando uma parte sai como vencedora da negociação às
custas da outra, que acaba perdendo. Esta abordagem é competitiva, com uma parte
buscando maximizar seus próprios interesses, independentemente do impacto na outra
parte. Frequentemente vista em negociações de soma zero, onde os recursos são limitados
e o que é ganho por um lado é perdido pelo outro, esta estratégia pode levar a resultados
efetivos a curto prazo para o "vencedor". No entanto, pode prejudicar os relacionamentos
a longo prazo e gerar ressentimento, pois a parte "perdedora" pode buscar retribuição ou
compensação no futuro.
Perde-Perde
A estratégia perde-perde é onde nenhuma das partes alcança seus objetivos desejados,
resultando em um resultado negativo para ambos. Isso pode acontecer quando as partes
envolvidas são excessivamente competitivas, recusam-se a ceder ou colaborar, ou não
5
conseguem encontrar um terreno comum. Em alguns casos, a insistência em posições
incompatíveis leva a um impasse, onde a falta de acordo prejudica todos os envolvidos.
Esta abordagem é geralmente vista como a menos desejável, pois leva a perdas mútuas e
pode deteriorar ainda mais os relacionamentos entre as partes.
Cada uma dessas estratégias pode ser aplicável em diferentes contextos e situações,
dependendo dos objetivos das partes envolvidas, da natureza do conflito e da importância
dos relacionamentos em jogo. A escolha da estratégia mais adequada depende de uma
avaliação cuidadosa desses fatores.
Apresentação da Empresa
A Instituição onde procedeu-se o estudo de caso, é o Instituto Nacional de Segurança
Social, organização pública moçambicana localizada na Av. 24 de Julho n° 3549, código
postal n° 2551 no 6° andar, edifício n° 254, provincia e cidade de Maputo.
Valores:
• Excelência;
• Rigor;
• Ética;
• Responsabilidade;
• Transparência.
Estrutura Organizacional
O INSS está estruturada da seguinte maneira:
a) Gabinete do Director-Geral;
6
c) Gabinete do Director de Administração e Finanças;
e) Departamento Jurídico;
f) Departamento de Informática;
7
6. Conflitos de interesse entre departamentos: O Departamento Jurídico aconselhou
contra a adoção de uma nova política proposta pelo Departamento de Regimes e
Prestações, alegando potenciais riscos legais, o que levou a um impasse e à
necessidade de negociação.
1. Planeamento
No início, foi essencial reunir todas as informações relevantes sobre a situação, incluindo
as necessidades operacionais de cada departamento, as capacidades tecnológicas para
suportar o trabalho remoto e as políticas organizacionais existentes. Convocamos
reuniões com representantes-chave de cada departamento afetado, incluindo o
Departamento de Informática e outros setores que poderiam operar remotamente, para
discutir o escopo do conflito. Durante o planeamento, também estabelecemos os objetivos
da negociação, focando na busca de uma solução que permitisse flexibilidade no trabalho
remoto enquanto atendesse às necessidades operacionais críticas da organização.
2. Quebra de gelo
8
Iniciamos a sessão de negociação com uma atividade de quebra-gelo, promovendo um
ambiente mais descontraído e construtivo. Isso ajudou a aliviar as tensões e a criar um
espaço seguro para o diálogo aberto. Compartilhamos histórias sobre os desafios e as
oportunidades que o trabalho remoto apresentou durante o período inicial da pandemia, o
que permitiu a todos se conectar em um nível pessoal e entender as perspectivas uns dos
outros.
3. Exploração
4. Confronto
5. Avaliação
9
Através deste processo de gestão de conflitos, conseguimos resolver as divergências de
forma eficaz, promovendo um ambiente de trabalho mais flexível e inclusivo, ao mesmo
tempo em que garantíamos a segurança e a integridade das operações críticas do INSS.
10
• Planeamento e exploração cuidadosos das necessidades e preocupações de todos
os departamentos envolvidos, garantindo que cada voz fosse ouvida e considerada
no processo de busca de soluções.
Comportamentos e atitudes
O processo de gestão de conflitos descrito para resolver as divergências na política de
trabalho remoto no INSS foi mediado por uma série de comportamentos e atitudes chave,
essenciais para facilitar uma resolução bem-sucedida e positiva. Entre eles, destacam-se:
11
3. Empatia: A capacidade de se colocar no lugar do outro e entender suas emoções e
pontos de vista contribuiu para um ambiente mais colaborativo, facilitando a busca
por soluções que atendessem às necessidades de todos.
9. Liderança Positiva: A liderança exercida durante o processo foi crucial para orientar
as discussões, manter o foco nos objetivos e inspirar confiança na busca de soluções
ganha-ganha.
10. Visão Estratégica: Manter uma perspectiva ampla sobre os impactos das soluções
escolhidas para a organização como um todo, bem como para seus funcionários,
orientando as decisões para o benefício mútuo a longo prazo.
12
Sugestões
Para a situação de conflito no INSS relacionada às divergências na política de trabalho
remoto, especificamente entre o Departamento de Informática e outros departamentos que
poderiam operar remotamente, as seguintes sugestões de resolução de conflitos podem
ser aplicadas:
4. Treinamento e Desenvolvimento
5. Rotatividade e Escalonamento
Sugestão: Para funções que requerem acesso físico a hardware ou outras restrições,
considerar um modelo de rotatividade ou escalonamento que permita algum nível de
13
trabalho remoto, combinando dias no escritório com dias em casa, de modo a atender às
necessidades operacionais sem excluir completamente o trabalho remoto.
14
Conclusão
Este trabalho explorou diversas facetas da gestão de conflitos dentro de uma organização,
com foco específico na situação do INSS e na implementação de políticas de trabalho
remoto que provocaram divergências internas. Através da análise do caso, identificamos
os principais conflitos e abordamos metodologias para sua resolução, incluindo etapas de
planeamento, quebra de gelo, exploração, confronto e avaliação, inspiradas nas teorias de
autores renomados como William Ury e Thomas-Kilmann.
15
Referências bibliográficas
Fisher, R., Ury, W., & Patton, B. (1981). Getting to Yes: Negotiating Agreement Without
Giving In. Penguin Books.
Ury, W. (1991). Getting Past No: Negotiating in Difficult Situations. Bantam Books.
16