Você está na página 1de 70

SUMÁRIO

ASSUNTO PÁGINA

INTRODUÇÃO...........................................................................................................................................................287

UNIDADE I
INTRODUÇÃO À ECONOMIA

AULA 01
ECONOMIA CONCEITO NECESSIDADE HUMANA...............................................................................................289
PROCESSO PRODUTIVO (Produção).....................................................................................................................290
UNIDADES PRODUTORAS......................................................................................................................................290
EMPRESA
EXPLORAÇÃO PÚBLICA
EXPLORAÇÃO AGRÍCOLA
EXPLORAÇÃO ARTESANAL
APARELHO PRODUTIVO.........................................................................................................................................291
SETOR PRIMÁRIO
SETOR SECUNDÁRIO
SETOR TERCIÁRIO
BENS E SERVIÇOS...................................................................................................................................................291
AGREGADOS MACROECONÔMICOS.....................................................................................................................291
MICROECONOMIA....................................................................................................................................................292
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO........................................................................................................................292

AULA 02
DEMANDA.................................................................................................................................................................293
ELASTICIDADE DA DEMANDA
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO........................................................................................................................295

AULA 03
OFERTA.....................................................................................................................................................................297
DEFINIÇÃO E FATORES DETERMINANTES
ELASTICIDADE DA OFERTA
OFERTA E DEMANDA
OLIGOPÓLIOS / MONOPÓLIOS
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO........................................................................................................................300
AVALIAÇÕES PARCIAIS UNIDADE I........................................................................................................................301

UNIDADE II
POLÍTICAS ECONÔMICAS

AULA 01
MACROAMBIENTE ECONÔMICO............................................................................................................................309
POLÍTICA MONETÁRIA............................................................................................................................................310
POLÍTICA FISCAL.....................................................................................................................................................311
POLÍTICA CAMBIAL..................................................................................................................................................311
CÂMBIO FLUTUTANTE
CÂMBIO FIXO
FORMAS HÍBRIDAS DE CÂMBIO
SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL HISTÓRICO.........................................................................................312
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO........................................................................................................................313

AULA 02
POLÍTICAS ECONÔMICAS.......................................................................................................................................315
INDICADORES ECONÔMICOS.................................................................................................................................315
PRODUTO INTERNO BRUTO (BIP)
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
DESEMPREGO
INFLAÇÃO
SETOR EXTERNO
FINANCEIRO
SETOR PÚBLICO
ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO........................................................................................................................318
AVALIAÇÕES PARCIAIS UNIDADE II.......................................................................................................................319

UNIDADE III
SISTEMA FINANCEIRO

AULA 01
A MOEDA...................................................................................................................................................................327
MOEDA MERCADORIA

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


ASSUNTO PÁGINA

MOEDA METÁLICA
MOEDA-PAPEL
PAPEL-MOEDA OU MOEDA FIDUCIÁRIA
MOEDA ESCRITURAL OU BANCÁRIA
QUASE-MOEDA
CRÉDITO.........................................................................................................................................................................328
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO.............................................................................................................................329

AULA 02
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL..............................................................................................................................331
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS OU MONETÁRIAS
INSTITUIÇÕES NÃO BANCÁRIAS OU NÃO MONETÁRIAS
SUBSISTEMA NORMATIVO...........................................................................................................................................332
CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL CMN
BANCO CENTRAL DO BRASIL BACEN
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS CVM
BANCO DO BRASIL BB
CAIXA ECONÔMICA FEDERAL CEF
SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO.............................................................................................................................334
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS BANCÁRIAS
BANCOS COMERCIAIS
BANCOS MÚLTIPLOS
INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS NÃO BANCÁRIAS........................................................................................................335
BANCOS DE INVESTIMENTOS
BANCOS DE DESENVOLVIMENTO
SOCIEDADE DE CRÉDITO, FINANCIAMENTO E INVESTIMENTO
SOCIEDADES DE ARRENDAMENTO MERCANTIL
COOPERATIVAS DE CRÉDITO
SOCIEDADE DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO
ASSOCIAÇÕES DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO
SISTEMA BRASILEIRO DE POUPANÇA E EMPRÉSTIMO SBPE
INSTITUIÇÕES AUXILIARES.........................................................................................................................................335
BOLSA DE VALORES
SOCIEDADES CORRETORAS
SOCIEDADES DISTRIBUIDORAS
AGENTES AUTÔNOMOS DE INVESTIMENTOS
SOCIEDADES DE FOMENTO COMERCIAL FACTORING
COMPANHIAS SEGURADORAS
PRINCIPAIS PAPÉIS PRIVADOS NEGOCIADOS NO MERCADO FINANCEIRO...........................................................335
AÇÕES
OPÇÃO SOBRE AÇÕES
DEPOSITARY RECEIPTS
LETRAS DE CÂMBIO
CERTIFICADOS / RECIBOS DE DEPÓSITO BANCÁRIOS
CERTIFICADO DE DEPÓSITOS INTERFINANCEIROS
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO.............................................................................................................................336

AULA 03
MERCADO MONETÁRIO................................................................................................................................................337
SELIC E CETIP
TÍTULOS PÚBLICOS
MERCADO ABERTO OPEN MARKET
ATUAÇÃO DOS BANCOS COMERCIAIS NO MERCADO MONETÁRIO
MERCADO DE TÍTULOS DE DÍVIDA EXTERNA
MERCADO DE CRÉDITO................................................................................................................................................338
MERCADO DE CAPITAIS................................................................................................................................................338
MERCADO CAMBIAL.....................................................................................................................................................339
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO.............................................................................................................................339

AULA 04
ECONOMIA BRASILEIRA...............................................................................................................................................341
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO.............................................................................................................................343
AVALIAÇÕES PARCIAIS UNIDADE III............................................................................................................................345

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................................................................................................................353

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


ECONOMIA E MERCADO

INTRODUÇÃO

O Centro de Educação Profissional EXITUM, ao elaborar as três Unidades


de Estudos de Economia e Mercado, pensou em uma maneira prática da leitura dos conteúdos,
para que você possa alcançar o objetivo e o sucesso.

A Disciplina de Economia e Mercado está dividida em três Unidades de Conteúdos,


assim distribuídos:

Unidade I - Introdução à Economia.


Unidade II - Políticas Econômicas.
Unidade III - Sistema Financeiro.

Ao final de cada Unidade, haverá uma Avaliação Parcial (valendo nota de zero a dez).
Você poderá optar pelas atividades contidas neste volume, nas atividades presentes na
Internet, no Portal: www.exitumeducacao.com.br, ou pelas atividades sugeridas pelo
professor/tutor através da Web Can, telefone, Chat, E-mail ou presencialmente.
Após concluir uma das atividades, de cada unidade de estudo (obtendo média igual ou
superior a 6,0), e entregando-as no Centro de Educação, para o professor/tutor, automaticamente,
estará apto para realizar a Avaliação Final da disciplina.
Vamos explorar de maneira fácil e objetiva, mais aplicativa, os estudos de Economia e
Mercado, pois sabemos que compõem o dia-a-dia da profissão do Corretor de Imóveis.
Para tirar dúvidas, caso necessário, entre em contato com o seu professor/tutor.

S T U D OS!
BONS E
E
E S S O !
SU C

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
UNIDADE - I A
U
INTRODUÇÃO À ECONOMIA L
A
1
“A economia examina a parte da atividade
individual e social essencialmente
preocupada em
alcançar a utilizar as condições materiais
do bem-estar”.
(Alfred Marshall).

“.... É a ciência que trata


das leis que governam
a produção, a circulação
eo
consumo de riquezas”.
(J. Petrelli Gastaldi).

AULA 01
ECONOMIA - PROCESSO PRODUTIVO

ECONOMIA - CONCEITO - NECESSIDADE HUMANA


Gastaldi conclui que a Economia é, simultaneamente, arte e ciência. Como ciência, procura estabelecer as relações
constantes, existentes entre os fenômenos econômicos; como arte, visa indicar os meios para promover o bem-estar
econômico.
A Economia faz parte das ciências sociais - que dizem respeito às ações do homem, às relações entre os homens e
as coisas e às relações dos homens entre si; portanto, o aspecto da realidade social pelo qual se interessa a Economia,
está ligado à utilização de recursos para atendimento de necessidades humanas.

Economia pode ser definida assim:


“O estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar recursos
escassos, que poderiam ter utilização (aplicações) alternativa, para produzir bens
variados”.

RECURSOS (PRODUTIVOS) ESCASSOS: são as terras, mão-de-obra, capital,


capacidade gerencial e conhecimento técnico.
BENS VARIADOS: feijão, trigo, carne, hospitais, escolas, carros, aviões, armas,
etc.

Analisando o exposto acima, podemos tirar conclusões importantes, como:


a) a atividade econômica se realiza em três esferas distintas e interdependentes: produção, distribuição e
consumo;
b) o homem funciona como agente do processo econômico;
c) os recursos ou fatores de produção são escassos;
d) as necessidades humanas são ilimitadas;
e) o objetivo da Economia é o consumo;
f) a Economia é uma ciência social.

As necessidades de consumo da sociedade podem ser classificadas em:


PRIMÁRIAS e SECUNDÁRIAS:

PRIMÁRIAS: são aquelas cuja satisfação é indispensável à sobrevivência.


Exemplos de necessidades primárias: alimentação, habitação, vestuário,
transporte e higiene.
SECUNDÁRIAS: dizem respeito ao que é supérfluo. Exemplo: fumar, adquirir
um quadro, uma jóia, beber uma bebida importada

As necessidades humanas são satisfeitas pela posse de coisas materiais - BENS e imateriais - SERVIÇOS.
Os Bens podem ser:
Quanto à raridade:
1) Bens não-Econômicos ou Livres: são úteis, encontrados em abundância na natureza e não têm preço no mercado.
Exemplo: o ar.
2) Os Bens Econômicos: são aqueles que, face à sua relativa escassez e utilidade, possuem um preço. Ex.:
alimentos, vestuários, etc.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


289
Quanto ao destino:
1) Bens de Consumo: são aqueles que satisfazem diretamente as necessidades dos consumidores. Exemplo:
um refrigerante, um sorvete, etc.
2) Bens de Produção ou de Capital: são aqueles que servem para produzir outros bens. Exemplos: máquinas,
equipamentos, insumo. Etc.
Quanto à natureza:
1) Bens Materiais: são todos aqueles concretos, tangíveis. Exemplo: carros, aviões, etc.
2) Bens Imateriais: são intangíveis: são os serviços. Exemplos: um show, uma aula, uma consulta médica.

PROCESSO PRODUTIVO (Produção):


Entende-se por processo produtivo (produção), a integração dos fatores de produção e das unidades produtoras,
visando a obtenção de bens e/ou serviços econômicos.

“É importante entender que a palavra produção não se resume em identificar


transformações físicas e materiais. Seu sentido é mais amplo, abrangendo
também a oferta de serviços, como transporte, financiamentos e atividades
comerciais”. (Garófalo e Carvalho).

Para J. Petrelli Gastaldi, “fator de produção é qualquer coisa que contribua para o processo produtivo”.
Na análise tradicional classificam os fatores de produção em três categorias:
Recursos Naturais, Trabalho e Capital.
Na análise contemporânea, entretanto, classificam os fatores de produção em cinco categorias, denominado-
as “ recursos básicos”.
São eles:
a) população Economicamente Mobilizável;
b) recursos de Capital;
c) capacidade Tecnológica;
d) capacidade Empresarial;
e) reservas Naturais.
I) A população de um país divide-se em:
a) economicamente mobilizável (ou produtiva): é o contingente de população na faixa etária apta para o exercício
de atividades de produção;
b) dependente: é contingente de população que ainda não ingressou ou já se retirou das funções produtivas.
Os limites de faixa etária variam em função do estágio de desenvolvimento da economia.
II) recursos de capital: são riquezas obtidas através do Trabalho e dos Recursos Naturais e que destinam a uma
sucessiva reprodução (bens duráveis).
Modernamente, os Recursos de Capital são representados por um variado e complexo conjunto de instrumentos
e de elementos infra-estruturais que dão suporte às operações produtivas.
III) capacidade tecnológica: a tecnologia pode ser entendida como a técnica de combinação dos demais
fatores; é um fator de produção de natureza qualitativa.
A capacidade tecnológica refere-se ao “saber fazer”, cuja capacidade acumula-se transforma-se e evolui pela
permanente transmissão de conhecimentos.
A evolução e modernização dos Recursos de Capital estão em função da evolução tecnológica.
IV) Capacidade empresarial: trata-se, também, de um fator de produção de natureza qualitativa. É o espírito
empreendedor que movimenta e anima o processo produtivo.
Essa capacidade pode ser assumida tanto pelo Estado como pelos empresários, sm suas respectivas esferas de
atuação.
V) Reservas naturais: são as dádivas da Natureza: terra, subsolo, forças motrizes, climas, etc.

UNIDADES PRODUTORAS

Unidade Produtora é todo local onde se combinam os fatores de produção,


com o fim de se obter lucros, bens e/ou serviços econômicos.

As unidades produtoras classificam-se em:


a) empresa: unidade produtora predominante nas sociedades capitalistas, identificada pelas seguintes
características:
I) existência de patrimônio;
II) combinação econômica dos fatores de produção, mais do que quantidade, a empresa combina preços de
fatores;
III) distinção entre os agentes que fornecem os fatores de produção e aquele que os combina (empresário);
IV) objetivo de venda do mercado;
V) maximização de lucro.
b) exploração pública: Unidade produtora cuja importância ganhou extraordinário avanço a partir da década de
30; sua participação nas economias subdesenvolvidas é tão ou mais marcante do que a empresa. Suas principais
características são:
I) propriedade no todo ou em parte do Estado;
II) gestão do Estado;
III) orientação pelo interesse geral (comunitário) e não pela procura de maior lucro.
c) exploração agrícola: unidade produtora típica do setor agrícola, onde a empresa não desenvolveu tão bem
como nos demais setores da atividade econômica. Suas características são:

290 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


I) produção apenas em parte para o mercado: assegura a satisfação das necessidades do explorador e de sua
família;
II) o explorador dispõe de renda real, que pode assegurar sua subsistência e mesmo permitir o seu funcionamento
com prejuízo;
III) combinação dos preços dos fatores pouco racionalizada; sistema de contabilidade rudimentar;
IV) preços de venda sujeitos à importância da colheita;
V) pouca especialização técnica da produção;
VI) volume de produção subordinado às condições climáticas e aos imperativos naturais (prazo para produção).
d) exploração artesanal: unidade produtora de pouca expressão nas economias desenvolvidas, caracterizando-se
por:
I) artesão exerce duplo papel: organizador da produção (empresário) e fornecedor dos fatores;
II) produção limitada.

APARELHO PRODUTIVO
Todo sistema econômico possui enorme variedade de unidades produtoras e consiste na reunião dos diversos tipos
dessas unidades. A Economia divide o Aparelho Produtivo em três grandes fatores:
a) setor primário: engloba as atividades que se exercem próximas à base de recursos naturais (agropastoris e
extrativas);
b) setor secundário: engloba as atividades industriais mediante as quais os bens são transformados (setor de
indústrias automobilística, alimentos, vestuário, etc.);
c) setor terciário: engloba as atividades cujo produto não tem expressão material. É o setor de prestação de
serviços (bancos, transportes, educação, diversões, as atividades comerciais, etc). É o setor que mais cresce.

BENS E SERVIÇOS

Para Raymond Barre, um bem econômico “é uma coisa considerada apta à


satisfação de uma necessidade humana e disponível para este uso”.

Para Raymond Barre, para que haja bem econômico necessita-se de três condições a serem preenchidas:
a) existência de necessidade concreta do indivíduo e ligação estabelecida por ele entre a necessidade e o objeto que
julgar apto para satisfazê-la;
b) possibilidade de o indivíduo aplicar o objeto à satisfação de sua necessidade;
c) limitação das quantidades disponíveis do bem em relação às necessidades do homem.

Um bem ou um serviço é útil quando efetivamente desejado por um consumidor.

O processo produtivo dá origem a um certo volume de bens e serviços econômicos que são classificados,
habitualmente em três categorias:
1) bens e serviços de consumo: são os bens que satisfazem diretamente as necessidades dos consumidores;
estão prontos para o consumo doméstico (roupas, alimentos, calçados, peça teatral, etc.).
Os bens de consumo podem ser ainda:
I) duráveis: aqueles cuja utilização se prolonga no tempo (roupas, sapatos, etc.).
II) imediatos: aqueles bens que desaparecem após uma única utilização (alimentos, peça teatral, etc.).
2) bens e serviços intermediários: são bens utilizados na produção dos bens de consumo e/ou capital. São
insumos destinados a reprocessamentos.

”A todos os bens e serviços desta categoria, ao retornarem às unidades de


produção, são adicionados novos esforços ativos, que não apenas modificarão
suas características, como também seu valor econômico. (Rossetti).

3) bens de capital: são os bens que não se destinam ao consumo, mas a uma sucessiva reprodução. São bens
duráveis, que irão aumentar o estoque de recursos de capital da economia.
São representados por ferrovias, portos, hidrelétricas, rodovias, edificações fabris, implementos agrícolas,
equipamentos industriais, equipamentos diversos, etc.

AGREGADOS MACROECONÔMICOS

...”é a expressão quantitativa de um levantamento estatístico sobre fato que tenha


repercussão em toda a estrutura econômica”. (Armando Kraemer).

O que é macroeconomia?
A macroeconomia analisa o comportamento da economia como um todo, por meio de preços e quantidades
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
291
absolutos. Fazem parte dela os movimentos globais nos preços, na produção ou no emprego. A visão
macroeconômica é a noção do país como um todo: a renda nacional e o Produto Interno Bruto surgirão a partir do fluxo
monetário e fluxo real.
Principais agregados:
a) Produto Nacional Bruto (PNB): é a medida do valor total dos bens e serviços produzidos pelo sistema
econômico, em um dado período de tempo (normalmente um ano).
Quando calculado aos preços do ano corrente, denomina-se “PNB a preços correntes”; quando calculado aos
preços de um dado ano, tomado como base, denomina-se “PNB a preços constantes”.
Quando se adiciona ao PNB o montante dos impostos diretos que incidem sobre a produção, tem-se o “PNB a
preços de mercado”; caso contrário, denomina-se “PNB a preço de fatores”.
O produto Nacional Bruto (PNB) inclui as relações comerciais com o resto do mundo.
b) Produto Interno Bruto (PIB): é a medida do valor dos bens e serviços produzidos dentro dos limites
geográficos de um país, em um determinado período de tempo (normalmente um ano).
c) Produto Nacional Líquido: é o valor do PNB após a dedução do valor correspondente à depreciação
necessária para repor os equipamentos desgastados no processo produtivo.
Pode ser definido, também, a preços de mercado ou a custo de fatores.
d) Renda Nacional (RN): é a soma dos rendimentos que os proprietários dos fatores de produção recebem por
sua contribuição no processo produtivo.

MICROECONOMIA: estuda o comportamento de cada “molécula econômica” do sistema, por meio de preços e
quantidades relativas.

A Visão microeconômica é o estudo da empresa isoladamente, do consumidor


visto individualmente e do mercado onde eles se encontram; um exemplo, é a
análise das empresas.

ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 01:

Pesquise sobre macroeconomia.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 01.

ATENÇÃO!

Caro Estudante, após a Unidade 1 - Introdução à Economia, você deverá resolver as Atividades da
Unidade I deste volume (referentes à Introdução à Economia). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão
no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para
correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.

292 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - I A
U
INTRODUÇÃO À ECONOMIA L
A
2
As pessoas
procuram
bens e serviços
para satisfazerem suas necessidades.
A demanda de mercado de um bem ou serviço nos informa a quantidade
que os consumidores participantes daquele mercado desejam comprar
a cada preço unitário que tenham de pagar,
num determinado período de tempo,
dado um determinado cenário.

AULA 02

DEMANDA / PROCURA

DEMANDA:
A demanda de mercado de um bem ou serviço nos informa a quantidade que os consumidores participantes daquele
mercado desejam comprar (procuram) a cada preço unitário que tenham de pagar, num determinado período de tempo,
dado um determinado cenário.
Fluxo monetário, nominal ou renda é o conjunto dos pagamentos feitos aos fatores de produção e constitui a
procura ou demanda.
Além do preço que amplia ou reduz a própria demanda, este cenário é representado por diversas outras variáveis
como o número dos consumidores, suas rendas e grau de distribuição, seus gostos e preferências, o marketing, a
sazonalidade conforme as épocas do ano e datas específicas, os preços dos demais produtos substitutos ou
complementares, entre outros. Assim, o preço do produto estabelece a quantidade demandada e as demais variáveis
determinam o nível de demanda aumentando-a ou diminuindo-a.

Para a quase totalidade dos produtos, a quantidade demandada aumenta à


medida que os preços diminuem e vice-versa. Esta relação inversa entre preço e
quantidade demandada se explica pelas seguintes razões:

- com a queda dos preços, o poder de compra ou a renda real aumenta, mesmo com a renda mensal das pessoas
permanecendo inalterada - efeito renda.
- há uma tendência dos consumidores substituírem os bens mais caros, cujos preços aumentaram, por outros
mais baratos e que satisfazem as mesmas necessidade - efeito substituição.
- os preços menores, novos consumidores passam a ter condições de adquirir o produto e novos usos podem ser
encontrados para o produto - efeito novos comprados e novos usos.
- à medida que as pessoas vão adquirindo maiores quantidades de uma mercadoria, os acréscimos de satisfação
tendem a ser cada vez menores, induzindo ao pagamento de preços também menores - efeito utilidade marginal
decrescente.

ELASTICIDADE DA DEMANDA
Entre as variáveis que afetam a quantidade demandada (Q) de um produto destacam-se o preço do produto (P), a
renda dos consumidores (R) e os preços dos demais bens substitutos (Ps) e complementares (Pc).
Para medir qual a variação na quantidade demandada, decorrente da variação em qualquer uma destas variáveis,
usa-se o conceito de elasticidade. É importante que consumidores, empresas e governo, ao adotarem uma política em
relação ao mercado, tenham antes uma noção da elasticidade, para não colherem resultados desastrosos e inversos
aos inicialmente planejados.
A primeira é a elasticidade preço da procura (EPP), que mede a variação percentual da quantidade demandada,
decorrente da variação percentual no preço do produto. Por exemplo, se com o aumento de 20% no preço de mercado,
de R$ 10,00 para R$ 12,00 à unidade, a EPP é 0,5, ou seja 10% / 20%, e o sinal menos (-) indica que a quantidade
demandada varia no sentido inverso do preço.
Nesse caso, o produto apresenta demanda inelástica a preço, ou a quantidade demandada é menos sensível ao
preço, porque a quantidade demandada varia numa proporção menor do que o preço. Enquadram-se nessa categoria os
bens essenciais, os produtos diferenciados e com pouca disponibilidade de substitutos, os bens com poucos usos
alternativos, os bens muito baratos, como preço representando muito pouco da renda do consumidor (sal, caixa de
fósforos) e a demanda em curto prazo, quando, as pessoas têm pouco tempo para conhecerem e se ajustarem às
alternativas existentes.
Elástica a preço quando a quantidade demandada varia numa proporção maior do que o preço. É o caso da maioria

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


293
dos produtos industrializados com boa disponibilidade de substitutos, dos bens supérfluos, dos produtos com muito
uso alternativo, dos bens com alto preço e que absorvem uma grande parcela da renda do consumidor, como
automóveis e televisores, e da demanda em longo prazo.
A elasticidade renda da procura (ERP): relaciona a variação na quantidade demandada decorrente da
variação na renda das pessoas. Se um aumento na renda por exemplo, 5% - provocar um aumento maior na
quantidade demandada exemplo 10%, o bem superior e a ERP=2, ou seja, o aumento de 1% na renda gera um
aumento de 2% na quantidade demandada, reduzir o bem é denominado de inferior. Neste último caso, quem mais
compra o bem são as classes de menor renda.
A elasticidade cruzada da procura evidencia o quanto a quantidade demandada de um bem varia se ocorrer uma
variação no preço de outro produto relacionado, substituto ou complementar. Se o aumento do preço de um produto
por exemplo o café determinar o aumento da demanda do outro por exemplo, o chá estes bens são substitutos, e
se a demanda do outro reduzir por exemplo, o açúcar para adoçar o café são complementares.

ELASTICIDADE DA PROCURA: “é a mudança percentual da quantidade


procurada, dividida pela mudança percentual do preço, quando a mudança é pequena”.
(A. Marshall).
A elasticidade indica o grau de sensibilidade da quantidade procurada a alteração
no preço de mercado.
INELÁSTICA DA PROCURA: quando as variações no preço desse produto
provocam variações proporcionalmente menores nas quantidades procuradas.
UTILIDADE: é a capacidade que um bem ou serviço tem de satisfazer
necessidades.

Fatores deslocadores da demanda:

Além do preço que afeta a quantidade demandada, muitos outros fatores


ampliam ou reduzem a demanda, como anteriormente alguns já foram citados.
Agora, estes fatores são discutidos mais detalhadamente.

a) Demografia: estuda a população, onde ela vive e como vive. A urbanização vem crescendo continuamente,
atingindo 81,5% do total da população, ampliando também a demanda por bens e serviços. O aumento do nível de
educação amplia as necessidades e, conseqüentemente, a demanda por maior variedade de bens e serviços, de
melhor qualidade, e produtos com maior valor agregado. Da mesma forma, as pessoas de meia idade consomem
mais, em média, do que as crianças e idosos, com exceções como leite e remédios.

Conhecer o consumidor, estar atento a todos os fatores que determinam a


demanda de um produto ou serviço e ter rápida capacidade de adequação e
resposta, evidenciam a dificuldade em se atender à soberania do consumidor e
encantá-lo.

b) Renda e sua distribuição: no Brasil, elas são baixas (R$ 6.860,00 ao ano) e mal distribuídas, fatores que
reduzem o potencial da demanda. Os alimentos in natura são bens normais e tem ERP entre 0,1 a 0,3 (1% de
aumento na renda provoca um acréscimo de 0,3% no consumo). Já, os alimentos processados, carnes e derivados
de leite, frutas e verduras selecionadas, roupas, automóveis, eletrodomésticos, entre outros bens, são considerados
como bens superiores.
A abertura da economia brasileira às importações e à globalização da produção, do comércio e das finanças,
ocorridas, a partir dos anos de 1990, aumentaram o grau de competitividade interno e a disponibilidade de bens e
serviços substitutos, diminuindo o poder de mercado das empresas sobre os preços, ou tornando a demanda mais
elástica a preços.
c) O marketing de sucesso provoca dois efeitos sobre a demanda.
1º - traz maior número de consumidor para o produto e amplia suas quantidades de demanda;
2º - torna o consumidor mais fiel àquela marca, tornando a demanda mais inelástica ou menos elástica e
conferindo à empresa maior poder sobre os preços.
d) A exportação amplia a demanda internacional sobre os produtos das empresas e pode se constituir em
alternativa a uma redução da demanda interna, provocada por mudanças na política econômica ou nas variáveis
aqui descritas.
c) A sazonalidade implica maior demanda em determinadas épocas do ano e menor em outras, obrigando as
empresas a adotarem processos adequados de logística de estocagem e distribuição dos produtos.
d) Outros fatores influenciam a demanda, como mudanças nos gostos e preferências, a disponibilidade da
mercadoria, sua qualidade e variedade, os prazos de entrega, a expectativa de variação dos preços no futuro, a
moda, a religião, a origem étnica e a política macroeconômica. Estar atento a todas essas situações e ter rápida
capacidade de adequação e resposta evidenciam a dificuldade em se atender à soberania do consumidor e encantá-
lo.

294 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 02:

Pesquise sobre o tema: “Demanda no ramo da Construção Civil e os efeitos no ramo Imobiliário
(fatores, conseqüências, etc.)”.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 02.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


295
ATENÇÃO!

Caro Estudante, após a Unidade 1 - Introdução à Economia, você deverá resolver as Atividades da
Unidade I deste volume (referentes à Introdução à Economia). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão
no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para
correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro

296 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - I A
U
INTRODUÇÃO À ECONOMIA L
A
3
Para determinar a oferta de um produto ou serviço,
deve-se considerar os custos de produção,
a tecnologia, o número de
produtores participantes
no mercado,
as expectativas futuras do mercado,
a política econômica e o clima.

AULA 03

OFERTA / MONOPÓLIOS / OLIGOPÓLIOS

OFERTA

DEFINIÇÃO E FATORES DETERMINANTES

A oferta está relacionada ao custo de produção e este à tecnologia de produção e


aos preços dos fatores empregados na produção. A mais longo prazo, relacionam-
se às economias e deseconomias de escala. Evidencia, portanto, o comportamento
dos produtores em suas decisões do que, quanto e como produzir.

A oferta representa o comportamento dos produtores.


Fluxo real ou produto é o conjunto dos bens e serviços produzidos pelas empresas e constitui a oferta.

A tecnologia é uma relação entre o produto obtido e os fatores produtivos empregados. Uma evolução tecnológica
significa um aumento de produtividade e, conseqüentemente, uma redução do custo unitário de produção que é
denominado de custo médio.

Os preços de compra dos fatores guardam uma relação direta com o custo de
produção, mostrando a significativa importância de uma adequada logística de
suprimento desses fatores.

O custo de produção é a soma do custo dos fatores fixos (custo fixo que não varia com a produção) e dos fatores
variáveis (custo variável que aumenta com o aumento da produção). Também pode ser considerada a soma do custo
das matérias-primas e mão-de-obra direta (custos diretos) e dos custos indiretos de fabricação, que exibem um critério
de rateio para serem atribuídos ao produto.

O custo por unidade produzida do bem (custo médio) obtém-se pela divisão do
custo total pela quantidade produzida do bem: e o quanto custa a produção de mais
uma unidade do produto denomina-se custo marginal.

Quando às empresas, ao ampliarem o seu tamanho ou a sua escala de produção, conseguem um aumento da
produção maior que o do custo de produção (exemplo o custo aumenta 30% com o aumento de 50% na escala de
produção). Apresentam economias de escala. Nesse caso, devem buscar a ampliação da escala de produção, porque o
custo médio se reduz, tornando-as mais competitivas. As deseconomias de escala significam o oposto.
A oferta de mercado mostra o quanto de produto todas as empresas, participantes, daquele mercado, estão
dispostas a produzir e vender a cada nível de preço, num certo período de tempo, dentro de um determinado cenário
estável. Esse cenário é composto por outras variáveis que aumentam ou reduzem a oferta.

Existe uma relação direta entre preço e quantidade ofertada, porque o aumento
do preço estimula outras empresas a entrarem no mercado, e as existentes tendem a
ampliar a produção, em função da maior perspectiva de lucro. Podemos citar as
empresas de lacticínios - a quantidade de marcas novas no mercado.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


297
ELASTICIDADE DA OFERTA
A elasticidade da oferta corresponde à variação percentual da quantidade ofertada, decorrente de uma variação
percentual do preço de venda do bem (sensibilidade da quantidade ofertada ao preço de venda do produto).
A oferta é elástica a preço se um pequeno aumento do preço provocar um significativo aumento na quantidade
ofertada, evidenciando que o aumento da produção se faz com pequeno acréscimo de custo. No caso oposto, a
oferta é inelástica a preço.

Com a abertura do mercado brasileiro, às importações, a globalização e a


evolução da tecnologia, gerando incrementos da produtividade, a oferta dos
bens e serviços tende a se tornar mais elástica a preço, beneficiando os
consumidores.

Quando a produção ocorre em épocas definidas - sazonal, como os produtos agropecuários, ou quando a
empresa está operando a plena capacidade, a oferta em curto prazo pode não aumentar, com a elevação do preço
de mercado do produto. Essa situação caracteriza uma oferta perfeitamente inelástica a preço.

Além do preço, que determina a quantidade ofertada, outros fatores ampliam


ou reduzem a própria oferta, como os preços dos insumos (custo de produção), a
tecnologia, o número de produtores participantes do mercado, as expectativas
futuras do mercado, os preços de outros produtos que podem ser produzidos
com os mesmos recursos, a política econômica e o clima.

A evolução tecnológica gera um aumento de produtividade (maior produção com os mesmos recursos),
reduzindo o custo por unidade produzida do bem (custo médio) e melhorando a competitividade do produto no
mercado. Nesta situação, a oferta do produto fica mais elástica a preço, indicando que, para aumentar a produção,
ocorrem pequenos incrementos de custo e, conseqüentemente, sem a necessidade de grandes aumentos nos
preços de mercado do produto.
Alguns fatores que também contribuem para o aumento da oferta:
- ampliação do número de produtores:
- expectativas futuras favoráveis em termos de preço ou de expansão de mercado;
- redução dos preços dos produtos competidores pelos mesmos recursos;
- política favorável à produção (taxa de juros baixa, crédito amplo, aumento da taxa de câmbio, redução da carga
tributária sobre a cadeia produtiva, concessão de subsídios governamentais, proteção do mercado interno contra a
concorrência predatória desleal);
- clima favorável - no caso do agronegócio.

OFERTA E DEMANDA
O mercado é formado pela interação entre compradores e vendedores ou pelas forças de oferta e demanda, que
determinam preços e trocas, normalmente de bens e serviços por dinheiro. Para caracterizar a amplitude de um
mercado é necessário especificar a área geográfica onde se localizam os compradores e vendedores, o produto e o
período de tempo, como por exemplo o mercado paranaense (brasileiro ou mundial) de trigo em julho de 2002.
Pesquise sobre o assunto na Internet.
São três os pressupostos que fundamentam a análise do mercado:

A maximização do lucro A racionalidade dos


Livre funcionamento do
pelos produtores, embora consumidores, ao
mercado, ou a ausência de
possam perseguir outros maximizarem sua satisfação
restrições externas como as
objetivos a curto prazo como a pela alocação de suas rendas
intervenções governamentais.
participação no mercado nos diversos bens, com
(market share). preços e qualidades diferentes

A formação de preços nos mercados competitivos ou de concorrência pura apresenta as seguintes


características e estrutura:

Produto homogêneo, ou o produto de um produtor é igual aos dos demais - commodities.


Grande número de compradores e vendedores, de tal maneira que nenhum deles, sozinho, consegue influenciar
o preço de mercado - sem poder de mercado.
Ausência de barreiras à entrada de novas empresas no mercado.
Ausência de restrições à oferta, à demanda e aos preços, ou seja, o preço de mercado é o resultado das forças
de oferta e demanda.
Exemplos dessa estrutura de mercado: os produtores agropecuários na venda de suas mercadorias, as feiras
livres e o comércio ambulante são exemplos desta estrutura.

O preço de mercado de um produto corresponde a um leilão entre as


necessidades dos compradores e a disponibilidade de produto pelos
vendedores, ou pela interação da demanda e oferta de mercado daquele produto.

298 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


EXCEDENTE: excesso de oferta ocasionado por preços superiores ao de mercado.
ESCASSEZ: excesso de demanda ocasionado por preços inferiores ao de mercado.

Quando a oferta ou a demanda de mercado se alteram, devido a mudanças nas variáveis que as deslocam os preços
de mercado também variam.
Aumento da oferta e redução da demanda provocam movimento de baixa nos preços de mercado; e redução da
oferta e aumento na demanda, o oposto.

Se a oferta aumenta mais que a demanda, o preço de mercado baixa e cada


produtor tende a produzir menos. Se a demanda aumenta mais que a oferta, o preço
de mercado sobe e cada produtor tende a produzir mais.

A globalização e a abertura do mercado tornam a demanda e a oferta mais elásticas a preço. Quando isso ocorre,
deslocamentos na oferta e demanda provocam menores variações nos preços - os preços são mais estáveis - que se
a oferta e demanda forem inelásticas a preço. É o que ocorreu na economia brasileira, no caso dos alimentos, após o
Plano Real. Lembra-se?

OLIGOPÓLIOS / MONOPÓLIOS
A formação dos preços nos mercados pouco competitivos (oligopólios) ou não competitivos (monopólios):

OLIGOPÓLIO: presença de poucas empresas interdependentes - a ação de uma


no mercado provoca reação das demais.
MONOPÓLIO: presença de apenas uma empresa ofertando o bem ou serviço.
MONOPSÔNIO: um único comprador no mercado de patrões de produção
(matérias-primas, mão-de-obra, etc.) determinando, por baixo o preço da matéria-
prima, ou o valor do salário.
OLIGOPSÔNIO: poucas e grandes empresas atuando no mercado de recursos de
produção com considerável poder de determinar, por baixo, o preço dos fatores de
produção.
CARTEL: é a combinação de firmas cujo objetivo é limitar a atuação de forças
competitivas dentro de um mercado - um cartel pode executar a fixação de preços e
a divisão do mercado.

No oligopólio e no monopólio, existem significativas barreiras à entrada de novos competidores, e uma empresa
isoladamente tem condições de modificar o preço de mercado do que vende: preço de mercado.
O preço de mercado depende, basicamente das seguintes condições:
a) Posição da demanda: se a demanda aumenta (desloca-se para a direita), a empresa tem condições de
aumentar o preço de venda do produto.
Se a demanda fica menor, ou a empresa mantém o preço ou reduz.
b) Forma de demanda: quanto mais elástica a preço (menos inclinada) for a demanda com que a empresa se
defronta, menor será o seu poder sobre o preço de mercado; e, quanto menos elástica (mais inelástica), maior será o
poder de mercado da empresa.
c) Custo de produção: quando ocorre aumento no custo de produção, as empresas tendem a repassá-lo para os
preços de venda dos produtos. O poder de repasse depende do grau de liderança da empresa no mercado, da
concorrência com as demais e da posição e forma da demanda com que a mesma se defronta.
Se a empresa consegue uma redução no custo de produção, ou mantém o preço de venda, amplia sua margem de
lucro ou reduz o preço para buscar um aumento de sua participação no mercado. (Market share).
d) Interação com as demais empresas: as empresas tendem a evitar a competição aberta, via preços, ou guerras
de preços, porque sabem como começam, mas não sabem como terminam; além de reduzirem a lucratividade.
Se uma empresa baixar seus preços para ganhar consumidores, as demais são obrigadas a acompanhá-la para não
perderem mercado e todas podem perder sua lucratividade. Assim, as empresas tendem a praticar uma política estável
de preços (há acordos informais e/ou formais entre elas sobre preços e produção), implicitamente aceita por todas, e,
portanto, competir em outros aspectos do marketing, pela diferenciação de produtos e serviços e pela diversificação.
Podemos exemplificar o caso das indústrias de Maioneses para baratear lançaram o refil, novas embalagens, etc.

Os acordos formais entre as empresas são considerados ilegais à luz da Lei anti-
truste, devendo ser combatidos pelo governo.

Os acordos informais, geralmente, são feitos por empresas que lideram os preços de mercado e têm o maior volume
de produção - Nestlé, Souza Cruz, ou com menor estrutura de custo e a sinalização da política de preços a ser adotada
via imprensa.
São exemplos de acordos formais a divisão do mercado em áreas definidas e cada empresa exercendo sua ação em
uma área; os acordos formais de preços ou de produção, prática denominada - truste quando envolve empresas
nacionais ou cartel - quando abrange empresas de diferentes países.
Relação Preço, custo e lucro: há uma relação estreita entre estes três fatores. Numa economia fechada e com

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


299
baixa competitividade como a brasileira, até meados dos anos de 1990, o produtor formador de preços acrescentava
ao custo de produção (normalmente alto, devido ao custo Brasil e ao baixo nível tecnológico) uma margem de lucro e
chegava ao preço de mercado: custo médio + margem de lucro= preço de mercado do produto.
Com a abertura da economia e o aumento da competição, os produtores estão ficando menos formadores de
preços e mais tomadores de preços de mercado. Assim, a partir do preço que os consumidores estão dispostos a
pagar, o produtor desconta seu custo e a sobra é o lucro: lucro= preço de mercado - custo médio.
Uma prática que as empresas adotam, para captar uma parcela do poder aquisitivo diferente dos consumidores
e aumentar suas receitas, é a discriminação de preços, que consiste na prática de preços diferentes na venda de
uma mesma mercadoria. Exemplos: a redução de preços quando o cliente adquire mais mercadorias, preços
especiais fora ou dentro de temporadas, tarifas aéreas regulares e especiais (noturnas), apartamentos mobiliados
ou não, etc.

Conhecer a sua empresa (custos, preços e valor do produto), o mercado (oferta


e demanda) definir uma estratégia (saber aonde quer chegar e como pretende
fazê-lo) são questões fundamentais. Quando os empreendedores utilizarem mais
as suas capacitações e explorarem os conhecimentos possíveis de se adquirir, o
Brasil desfrutará de ganhos potencializados pelo espírito empreendedor,
tendendo a reduzir a mortalidade das micro e pequenas empresas.

ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 03:

Pesquise sobre o tema: “Acordos informais no ramo da Construção Civil e os efeitos no ramo
Imobiliário (fatores, conseqüências, etc.)”.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 03.

ATENÇÃO!

Caro Estudante, após a Unidade 1 - Introdução à Economia, você deverá resolver as Atividades da
Unidade I deste volume (referentes à Introdução à Economia). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão
no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para
correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.
300 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I Ass. Profº:
INTRODUÇÃO À ECONOMIA Data:

EXERCÍCIO A

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) “Gastaldi conclui que a Economia é, simultaneamente, _______ e ______”.


Complete o trecho com a alternativa correta:
a) política, administrativa;
b) arte, ciência;
c) arte, política;
d) n.d.a.

2) Qual o aspecto social pelo qual a Economia se interessa?


a) Atendimento das necessidades humanas.
b) Atendimento da política social-econômica.
c) Atendimento das políticas financeiras governamentais.
d) n.d.a.

3) Podemos definir Economia como: “O estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar
_____________, que poderiam ter utilização alternativa, para _________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) recursos variados, produzir capital.
b) recursos escassos, produzir bens de capital.
c) recursos escassos, produzir bens variados.
d) n.d.a.

4) O que são recursos produtivos escassos?


a) Terras, capital.
b) Mão-de-obra, capacidade gerencial.
c) Conhecimentos técnicos.
d) Todas as alternativas estão corretas.

5) O que são bens variados?


a) Arroz, trigo, escolas.
b) Hospitais, carros, armas.
c) Feijão, verduras, aviões.
d) Todas as alternativas estão corretas.

6) Quais são as três esferas distintas em que a atividade econômica se realiza?


a) Produção, capital, indústria.
b) Produção, distribuição, consumo.
c) Produção, capital, consumo.
d) Produção, distribuição, varejo.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


301
7) Qual é o objetivo da Economia?
a) Consumo.
b) Bens de capital.
c) Organizar o mercado.
d) n.d.a.

8) As necessidades de consumo da sociedade são classificadas em:


a) necessidades primárias.
b) necessidades secundárias.
c) necessidades múltiplas.
d) alternativas a e b estão corretas.

9) O que são bens de Produção ou de Capital?


a) Bens que servem para produzir outros bens.
b) Bens que servem para equilibrar o fluxo de moeda.
c) Bens que servem para aumentar o lucro de uma empresa.
d) n.d.a.

10) Na análise tradicional, como se classificam os fatores de produção?


a) Recursos Naturais.
b) Trabalho.
c) Capital.
d) Todas as alternativas estão corretas.

302 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I Ass. Profº:
INTRODUÇÃO À ECONOMIA Data:

EXERCÍCIO B

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) Na análise contemporânea, como se classificam os fatores de produção, os quais denominamos de


“recursos básicos”?
a) População economicamente mobilizável, recursos de capital.
b) Capacidade tecnológica, capacidade empresarial.
c) Reservas naturais.
d) Todas as alternativas estão corretas.

2) “Modernamente, os Recursos de Capital são representados por um variado e complexo __________________


e de elementos _________ que dão suporte às operações ___________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) conjunto de instrumentos, infra-estruturais, produtivas.
b) conjunto de normas, financeiros, produtivas.
c) conjunto de instrumentos, financeiros, econômicas.
d) n.d.a.

3) As unidades produtoras classificam-se em:


a) empresa.
b) exploração pública.
c) exploração agrícola, exploração artesanal.
d) todas as alternativas estão corretas.

4) Qual o setor que mais cresce dentro do Aparelho Produtivo?


a) Setor primário.
b) Setor secundário.
c) Setor terciário.
d) n.d.a.

5) Quando um bem ou um serviço é útil para um consumidor?


a) Quando efetivamente é de custo baixo para um consumidor.
b) Quando efetivamente é bem planejado para o consumidor.
c) Quando efetivamente é desejado por um consumidor.
d) n.d.a.

6) Para Raymond Barre, um bem econômico “é algo considerado apto à _______ de uma necessidade
____________ e disponível para este uso”.
Complete período com a alternativa correta:
a) Satisfação, econômica.
b) Satisfação, humana.
c) Satisfação, comunitária.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


303
7) Os bens de capital são representados por:
a) ferrovias, portos, hidrelétricas.
b) rodovias, edificações, fabris.
c) implementos agrícolas, equipamentos industriais, equipamentos diversos.
d) todas as alternativas estão corretas.

8) Conforme Armando Kraemer “______________ é a expressão quantitativa de um levantamento estatístico


sobre o fato que tenha repercussão em toda a estrutura econômica”. Este conceito se refere a:
a) agregados macroeconômicos.
b) Economia e Serviços.
c) Capital e Serviços
d) n.d.a.

9) Quais são os principais agregados da macroeconomia?


a) Produto Nacional Bruto, Produto Interno Bruto.
b) Produto Nacional Líquido.
c) Renda Nacional.
d) Todas as alternativas estão corretas.

10) Qual o significado de Produto nacional Bruto - PNB?


a) Medida do valor total dos bens e serviços produzidos pelo sistema econômico de um país, em dez anos.
b) Medida do valor total dos bens e serviços produzidos pelo sistema econômico de um país, em um dado período de
tempo (normalmente um ano).
c) Medida do valor total dos bens e serviços produzidos pelo sistema econômico de um país, em um planejamento de
uma década.
d) n.d.a.

304 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I Ass. Profº:
INTRODUÇÃO À ECONOMIA Data:

EXERCÍCIO C

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) O que estuda a Microeconomia?


a) O comportamento de cada país no sistema capitalista.
b) O comportamento de cada “molécula econômica” do sistema, por meio de preços e quantidades relativas.
c) O comportamento de cada estrutura econômica no sistema de capital.
d) n.d.a.

2) Qual a visão microeconômica na da Economia?


a) Estudo da empresa isoladamente.
b) Estudo do consumidor individualmente.
c) Estudo e a relação da empresa com o consumidor onde se encontram.
d) Todas as alternativas estão corretas.

3) “Quando os consumidores substituem os bens mais caros, cujos preços elevaram, por outros mais baratos e
que satisfazem as mesmas necessidades” - denominamos efeito(s):
a) substituição.
b) novos comprados e novos usos.
c) renda.
d) utilidade marginal crescente.

4) Qual o significado de “Inelástica da Procura?”


a) Capacidade que um bem ou serviço tem de se adequar ao consumo.
b) Quando as variações no preço desse produto provocam variações proporcionalmente menores nas quantidades
procuradas.
c) Quando a capacidade do mercado assimila todos os fatores que influenciam na procura de um certo produto.
d) n.d.a.

5) “A Elasticidade da _________ indica o grau de sensibilidade da _________ procurada à alteração no


______________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) porcentagem, quantidade, preço de mercado.
b) procura, quantidade, preço de mercado.
c) procura, porcentagem, capital.
d) n.d.a.

6) Quais são os fatores deslocadores da demanda?


a) Demografia, marketing, origem étnica.
b) Exportação, qualidade e variedade de mercadorias.
c) Sazonalidade, moda, religião.
d) Todas as alternativas estão corretas.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


305
7) A Oferta representa o comportamento:
a) dos produtores.
b) dos consumidores.
c) do giro de capital.
d) n.d.a.

8) O que significa “custo marginal?”


a) Custo de uma unidade de produto.
b) Custo da produção de mais de uma unidade de um produto.
c) Custo de toda a produção dos conglomerados de um estado.
d) n.d.a.

9) O aumento da oferta e redução da demanda provocam que movimento nos preços de mercado?
a) Movimento de baixa nos preços de mercado.
b) Movimento de alta nos preços de mercado.
c) Movimento de escassez no mercado.
d) n.d.a.

10) “Com a abertura da economia e o aumento da competição, os produtores estão ficando menos
___________________e mais _____________________de mercado.
Complete o período com a alternativa correta:
a) ricos, conscientes.
b) formadores de preços, tomadores de preços.
c) audaciosos, conscientes.
d) n.d.a.

306 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE I Ass. Profº:
INTRODUÇÃO À ECONOMIA Data:

EXERCÍCIO D

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) “Gastaldi conclui que a Economia é, simultaneamente, _______ e ______”.


Complete o trecho com a alternativa correta:
a) política, administrativa.
b) arte, ciência.
c) arte, política.
d) n.d.a.

2) Podemos definir Economia como: “O estudo de como as pessoas e a sociedade decidem empregar
_____________, que poderiam ter utilização alternativa, para _________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) recursos variados, produzir capital.
b) recursos escassos, produzir bens de capital.
c) recursos escassos, produzir bens variados.
d) n.d.a.

3) Qual o significado de recursos produtivos escassos?


a) Terras, capital.
b) Mão-de-obra, capacidade gerencial.
c) Conhecimentos técnicos.
d) Todas as alternativas estão corretas.

4) Quais são as três esferas distintas em que a atividade econômica se realiza?


a) Produção, capital, indústria.
b) Produção, distribuição, consumo.
c) Produção, capital, consumo.
d) Produção, distribuição, varejo.

5) Qual é o objetivo da Economia?


a) O consumo.
b) Os bens de capital.
c) Organizar o mercado.
d) n.d.a.

6) Na análise tradicional, como se classificam os fatores de produção?


a) Recursos Naturais.
b) Trabalho.
c) Capital.
d) Todas as alternativas estão corretas.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


307
7) Qual a visão microeconômica na Economia?
a) O estudo da empresa isoladamente.
b) O estudo do consumidor individualmente.
c) O estudo e a relação da empresa com o consumidor onde eles se encontram.
d) Todas as alternativas estão corretas.

8) Quais são os fatores deslocadores da demanda?


a) Demografia, marketing, origem étnica.
b) Exportação, qualidade e variedade de mercadorias.
c) Sazonalidade, moda, religião.
d) Todas as alternativas estão corretas.

9) O que significa “Inelástica da Procura?”


a) Capacidade que um bem ou serviço tem de se adequar ao consumo.
b) Quando as variações no preço desse produto provocam variações proporcionalmente menores nas
quantidades procuradas.
c) Quando a capacidade do mercado assimila todos os fatores que influenciam na procura de um certo produto.
d) n.d.a.

10) “Quando os consumidores substituem os bens mais caros, cujos preços aumentaram, por outros
mais baratos e que satisfazem as mesmas necessidades” - denominamos efeito(s):
a) substituição.
b) novos comprados e novos usos.
c) renda.
d) utilidade marginal crescente.

308 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - II A
U
POLÍTICAS ECONÔMICAS L
A
1
Na Unidade I, foram apresentadas as relações da empresa
e diversos conceitos para melhor compreensão
do ambiente econômico - oferta, demanda, custos, etc.
Pudemos ver na unidade anterior a economia como visão
micro, denominada de microeconomia, onde a análise sobre os
agentes econômicos ocorre de maneira individualizada e/ou setorizada.
Na Unidade II abordaremos a economia como um todo,
buscando inter-relações existentes entre os agentes e as
variáveis do sistema econômico.
Desse modo pretende-se apresentar
algumas situações onde o universo composto por
juros, moeda, câmbio, renda e demais
variáveis macroeconômicas afeta o cotidiano das pessoas.

AULA 01

MACROAMBIENTE ECONÔMICO / POLÍTICAS ECONÔMICAS


MACROAMBIENTE ECONÔMICO:

O domínio do conhecimento acerca do macroambiente econômico é de suma


importância para empresários, homens de negócio, tomadores de decisão e para
todas as pessoas, de forma generalizada, a dona de casa, o estudante, o político, o
profissional, pois os acontecimentos que ocorrem na esfera macroeconômica
afetam a vida de todos.

Qual o motivo A inflação O que fazer


de tanto poderá para baixar as
desemprego? disparar? taxas de juros?

A macroeconomia propõe-se a responder questões como essas.


Assim, pode-se dizer que as medidas adotadas no âmbito da política econômica (abordagem macroeconômica)
afetam de maneira intensiva a vida do cidadão comum. Uma decisão de elevação do depósito compulsório (mais
adiante) pode interferir diretamente na renda, no emprego, nas vendas e, conseqüentemente, na vida dos agentes
econômicos.
Diferenciando microeconomia de macroeconomia, pode-se dizer que a microeconomia preocupa-se com o
particular, com o individual, enquanto que a macroeconomia preocupa-se com o todo, com o geral. Podemos fazer uma
analogia bem simples para essa diferenciação ao estudarmos uma floresta com a preocupação somente voltada para
as árvores e animais de cada espécie, de forma isolada, estaremos fazendo um estudo microeconômico. Por outro
lado, se o estudo é focado na preocupação da floresta como um todo, e nas várias inter-relações entre os animais e as
plantas, estaremos fazendo um estudo macroeconômico.
Apesar do aparente contraste entre a micro e a macroeconomia, não são antagônicas e muito menos excludentes;
a diferença está somente na questão de foco de estudo. Portanto, são complementares, pois as manifestações
ocorridas no mundo externo, principalmente as resultantes da ação do governo na economia, terminam por afetar o dia-
a-dia do mundo microeconômico.
Mas o que são Entendem-se como políticas econômicas, ações tomadas pelo Governo, que,
Políticas utilizando instrumentos econômicos, buscam atingir determinados objetivos
Econômicas? macroeconômicos.

É papel do governo zelar pelos interesses e pelo bem-estar da comunidade em


geral. Para esta finalidade, o setor público, enquanto um agente econômico de peso
no sistema procura atuar sobre determinadas variáveis e através destas alcançar
determinados fins, tidos como positivos para a população.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


309
Políticas econômicas têm como objetivo afetar a economia como um todo, e é por isso que sua análise está no
campo da macroeconomia.
Para que então existem as Políticas Econômicas?
Os governos em todos os sistemas (municipal, estadual e federal) têm importante papel na economia, pois as
principais funções do setor público são quatro áreas de grande abrangência (são funções básicas mas vitais para o
bom funcionamento de qualquer sistema econômico):
a) reguladora: o Estado é quem deve regular a atividade econômica com leis e disposições administrativas,
podendo, portanto, controlar alguns preços, monopólios e ações danosas ao direito do consumidor.
b) provedora de bens e serviços; o governo deve prover ou facilitar o acesso a bens e serviços essenciais
saúde, educação, defesa, segurança, transporte e justiça.
c) redistributiva: as políticas econômicas devem atingir e vir a beneficiar os mais necessitados da sociedade,
modificando-se, assim, a distribuição de renda e riqueza entre a população. A prioridade de um governo deve ser a
busca da igualdade social.
d) estabilizadora: os formuladores de políticas econômicas devem estar preocupados em estabilizar/controlar
os grandes agregados macroeconômicos, tais como, taxa de inflação, taxa de desemprego e nível de produção, com
o intuito de beneficiar a população.
Dentro dessas funções do setor público (na macroeconomia) os principais agregados econômicos são: taxa de
juros, crescimento econômico, nível de preços, taxa de desemprego e taxa de câmbio.

Para que esses objetivos do setor público sejam alcançados de forma eficaz, o
governo utiliza-se de um conjunto de políticas e instrumentos econômicos que
podem ser divididos em três grandes grupos:
Política Monetária, Política Fiscal e Política Cambial.

1) POLÍTICA MONETÁRIA:
O objetivo da política monetária é controlar a oferta da moeda na economia.
Determinar a quantidade da moeda (dinheiro) na economia; essa função é do Conselho Monetário Nacional
(CMN), com participação do Banco Central do Brasil (BACEN). Ao determinar a quantidade de dinheiro, tem-se a
formação da taxa de juros, ou seja, a taxa de juros onde é simplificadamente interpretada como o “preço do dinheiro”.

A lógica da política monetária consiste em controlar a oferta de moeda


(liquidez) para determinar a taxa de juros de referência do mercado.

Cabe destacar que em um sistema econômico, moeda representa os meios de


pagamento. Em forma líquida são apresentados em forma de papel-moeda e pelos
depósitos à vista nos bancos comerciais.
Meios de pagamento: cédulas/moedas metálicas e valores existentes nas
contas bancárias.

A política monetária, ao controlar os meios de pagamento, visa estabilizar o nível de preços gerais da economia.
Os governos que necessitam diminuir a taxa de inflação reduzem a oferta monetária e aumentam a taxa de juros - É
esse mecanismo que controla o nível de preços, mas se as taxas de juros permanecerem elevadas por um período
longo, a economia pode deixar de elevar o crescimento econômico.

Se os juros estão altos com o intuito de controlar a estabilidade de preços da


economia, e, para baixar os mesmos, o governo teria que aumentar a liquidez do
sistema, ou seja, colocar mais moeda em circulação, o que provavelmente traria
um efeito indesejado: a elevação dos preços de forma generalizada, definida em
economia como inflação.

O BACEN (Banco Central do Brasil) pode alterar os meios de pagamento (oferta da moeda) utilizando-se de
quatro instrumentos:
a) Operações de mercado aberto (Open Market): são caracterizadas pela compra e venda de títulos públicos
do BACEN no mercado. Esses títulos podem ser de emissão própria ou em geral do Tesouro. O impacto é muito
grande e simples na liquidez da economia. Exemplo: O BACEN compra títulos públicos do mercado, fazendo o
pagamento em Reais (esses títulos podem ser de emissão própria ou em geral do Tesouro). A oferta da moeda
aumenta, pois o BACEN está retirando um ativo (título) que não é meio de pagamento e fornecendo ao mercado um
ativo líquido (moeda), no caso, Real. O objetivo dessa operação é aumentar a oferta de moeda e,
conseqüentemente, diminuir a taxa de juros do mercado.
Pode ocorrer o inverso: o BACEN vende títulos públicos ao mercado, recebendo em reais. O BACEN está
ofertando um ativo menos líquido (títulos) e retirando do mercado (economia) um ativo mais líquido (moeda). Essa
operação, em grande escala, tem como finalidade diminuir a oferta monetária e, como conseqüência, aumentar os
juros e, com isso, controlar o nível de preços.
b) Depósito compulsório: são depósitos sob a forma de reservas bancárias que cada banco comercial é
obrigado legalmente a manter junto ao Banco Central. É calculado como um percentual sobre os depósitos à vista
nos bancos comerciais.
Quanto maiores os depósitos, maior o nível de reservas obrigatórias dos bancos junto ao Banco Central.
Para diminuir a liquidez do sistema financeiro, o Banco Central eleva a taxa de compulsório. Com menos

310 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


recursos, para emprestar dos bancos comerciais, o crescimento da economia como um todo é afetado.
c) Redesconto bancário: A assistência financeira de liquidez ou redesconto é o mecanismo pelo qual o BACEN
socorre instituições financeiras com problemas de liquidez. O redesconto é o empréstimo que os bancos comerciais
recebem do BACEN para cobrir eventuais problemas de liquidez. A taxa cobrada sobre esses empréstimos é chamada
de taxa de redesconto.
d) Controle e seleção de crédito: um instrumento não muito convencional, mas às vezes, utilizado pelo Banco
Central, refere-se ao controle direto sobre o crédito. Este pode estar relacionado ao volume de crédito, ao prazo e
destinação do crédito. Este instrumento pode gerar distorções no livre funcionamento do mercado de crédito, e até
desestimular a atividade de intermediação financeira.

2) POLÍTICA FISCAL

A Política Fiscal visa estimular o crescimento e reduzir a taxa de desempenho por


meio da elaboração do orçamento público.

A política fiscal consiste na elaboração e organização do orçamento do governo, o qual demonstra as fontes de
arrecadação e os gastos públicos a serem efetuados em um determinado exercício.
A Política Fiscal visa atingir a atividade econômica e assim alcançar dois objetivos inter-relacionados -
estimular a produção e combater a elevada taxa de desemprego.
O governo pode alterar o volume das receitas e gastos públicos através dos seguintes instrumentos fiscais:
a) impostos (receita):
São classificados em duas categorias:
Impostos Diretos: incidem diretamente sobre a renda das unidades familiares e das empresas - IRPF (Imposto de
Renda de Pessoa Física); IRPJ (Imposto de Renda de Pessoa Jurídica).
Impostos Indiretos: são tributos que oneram as transações intermediárias e finais. São incorporados ao processo
produtivo e, portanto, incidem indiretamente sobre o contribuinte (consumidor) como ICMS; ISS; COFINS; PIS.
b) despesas do governo (gastos):
Divididas em:
Consumo: salários, administração pública, funcionalismo civil e militar.
Transferências: aposentadorias, salário-escola, FGTS (fundo de Garantia de Tempo de Serviço).
Subsídios: pagamentos feitos pelo governo a algumas empresas públicas ou privadas.
Investimentos: gasto com aquisição de novas máquinas, equipamentos, construção de estradas, pontes, infra-
estrutura.
c) Orçamento do governo:
O resultado das operações de receitas, menos os gastos do setor público, representam orçamento do governo. Este
saldo pode ser classificado assim:
Orçamento equilibrado: ocorre quando o total das receitas em valores monetários de um determinado período é
exatamente igual ao total dos gastos com valores monetários.
Orçamento superavitário: as receitas superam os gasto em valores monetários em um determinado exercício do
governo.
Orçamento deficitário: as receitas são inferiores aos gastos.
O Déficit público (quando as receitas são inferiores aos gastos) quando registrado, o governa determina a forma de
pagamento ou financiamento desse excesso de gasto.
Entretanto, o resultado do setor público pode ser dividido em duas contas:
Superávit / déficit primário ou fiscal: é o saldo positivo / negativo alcançado quando a receita do governo federal e
estadual é superior / inferior aos seus gastos - é a diferença entre os gastos públicos e a arrecadação tributária no
exercício, independente dos juros e da correção da dívida passada.
Déficit operacional (Necessidade de Financiamento do Setor Público - NFSP): é calculado pelo resultado
primário, acrescido do pagamento dos juros da dívida passada.
A duas principais fontes de recurso que financiam o déficit do setor público:
Emissão de moeda: O BACEN cria moeda para financiar a dívida do Tesouro. Procedimento conhecido como
monetização da dívida.
Empréstimos: venda de títulos da dívida pública ao setor privado (interno ou externo). Esse financiamento tende a
aumentar o déficit operacional devido ao pagamento dos juros.

3) POLÍTICA CAMBIAL:
O mercado de câmbio (divisas) é formado pelos diversos agentes econômicos que compram e vendem moeda
estrangeira. Empresas que vendem mercadorias ou ações no exterior estão aumentando a oferta de moeda estrangeira,
em particular o Dólar, pois seus gastos ocorrem em dólares. Neste sentido, o preço da moeda estrangeira em relação à
moeda nacional é determinado neste mercado. Este preço é chamado de taxa de câmbio (R$/UU$).

Para que as transações entre países possam ser liquidadas, é preciso converter
uma moeda em outra, ou seja, é necessário que exista uma relação de valor de uma
para outra.
A esta proporção de valor denominamos de: Taxa de Câmbio.

Eventuais déficits no Balanço de Pagamentos (relações econômicas, comerciais e financeiras entre sistemas
econômicos) são resultados de dois desequilíbrios: o primeiro é a exportação de bens e serviços inferior ao que
consegue importar - saída de divisas maior que a entrada. O segundo é causado pelo lado financeiro, onde não se
consegue atrair recursos (dólares) em quantidade suficiente para pagar as contas em dólar.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


311
Devemos entender as três maneiras como o funcionamento do mercado de câmbio pode agir:
1) Regime de Câmbio Flutuante: Não há intervenção do Banco Central no mercado. O preço da moeda
estrangeira, ou taxa de câmbio é determinado exclusivamente pela interação entre oferta e demanda. Procedimento
adotado em países desenvolvidos. (Após a desvalorização do Real frente ao Dólar, em 1999, o País adotou um
regime híbrido de câmbio, que mais se aproxima do câmbio flutuante).
2) Regime de Câmbio Fixo: é um caso extremo de controle do mercado. O Banco Central deve estar
constantemente regulando o mercado. Se houver excesso de procura / demanda de dólares, este deve vender
dólares ao mercado para que o câmbio não se desvalorize.
Caso ocorra um excesso de oferta de dólares no mercado, o Banco Central deve comprar o excesso para que o
câmbio não se valorize.
Controlar o mercado de câmbio exige do Banco Central um certo nível de reservas internacionais (cambiais). Se
esse regime sofrer uma fuga significativa de capitais (dólares), o BACEN perderá muitas reservas e,
conseqüentemente, poderá desvalorizar a moeda local.
3) Formas Híbridas de Câmbio: é uma mistura entre câmbio fixo e câmbio livre ou flutuante - foi utilizado na
economia brasileira desde o período de 1994 até 2002 - Regime de Bandas Cambiais Dirty Float (flutuação suja).
A amplitude de variação da taxa de câmbio depende dos interesses das autoridades econômicas, com vista aos
objetivos de política econômica, podendo ter uma flexibilidade maior (limites mais amplos), ou ter maior restrição
fazendo com que o teto e o piso desta flutuação se aproximem, sendo que neste segundo caso, o regime também é
chamado de Mini Bandas Cambiais.
A flutuação suja (Dirty Float), que passou a ser utilizada no Brasil, após 1999, distancia-se do Regime de
Bandas Cambiais, porque, a princípio, o câmbio é livre e pode flutuar livremente. No entanto, quando as oscilações
ocorridas no mercado cambial podem vir a comprometer determinados objetivos de política econômica, o governo
atua sobre o mercado, até que a situação venha a estabilizar-se. A idéia é que, com a adoção do câmbio flutuante, o
mercado passe a ter completa liberdade. Desta maneira, as intervenções não são desejadas e só ocorrem em
situações específicas.

Porém, é importante saber que o governo, antes da adoção das medidas de


política econômica, procura fazer uma leitura do cenário macroeconômico,
buscando verificar qual a situação em que se encontra a economia, para traçar
um plano onde espera chegar. Para isto, utiliza-se de mecanismos de
“observação da atividade econômica”, que são conhecidos como Indicadores
Econômicos serão tratados na Aula 2 desta unidade.

SISTEMA MONETÁRIO INTERNACIONAL - HISTÓRICO

Sistema Monetário Internacional é o conjunto de regras que define o padrão e


as formas de pagamentos internacionais.

HISTÓRICO
Os critérios e as regras que definem o padrão dos pagamentos internacionais chama-se Sistema Monetário
Internacional. Durante muito tempo, vigorou no mundo do chamado padrão-ouro, que é o sistema monetário que
usa moedas de ouro ou cujas moedas podem ser convertidas em uma certa quantidade de ouro. Assim, o ouro é o
lastro das moedas.
Neste sistema, a taxa de câmbio ou relação de troca era fixa porque a quantidade de ouro de cada moeda
também o era. Como exemplo, imaginemos que dois países, N e M tivessem moedas cujos lastros fossem 1 grama e
3 gramas de ouro, respectivamente.
A taxa de câmbio seria então:
1 unidade monetária de N = 3 unidades monetárias de M.
O padrão-ouro, porém, exige que cada emissão de moeda seja seguida do correspondente acréscimo de outro
para que o lastro não varie.
Desta maneira, tal padrão foi se tornando gradativamente impossível porque a quantidade de outro no mundo é
finita e a procura, por parte dos governos, fez seu preço disparar. Acontece que as guerras e as revoluções fizeram os
países emitirem dinheiro sem lastro.
As guerras são muito dispendiosas para as economias que necessitam de volumes crescentes de recursos para
financiamento da compra de equipamentos bélicos, guarnição para os soldados, entre outros fins.
Em estado de guerra, cabe lembrar, entretanto, que parcela significativa da mão-de-obra sai do campo, das
fábricas, para lutar, o que retrai a produção nacional. Isso sem contar os eventuais ataques de tropas estrangeiras,
destruindo parcela significativa dos meios de produção nacionais. Num ambiente assim, as economias
abandonaram o lastro, ou seja, emissão de moeda com representatividade em ouro, e passaram a gastar muito mais
que produziam.
O resultado de tal política forma as conhecidíssimas hiperinflações ocorridas na década de 20, em grande parte
da Europa. A Alemanha e alguns países do leste europeu apresentaram, nesse período, inflação anual na casa dos
milhões % a.a. Para efeito de comparação, a mais alta taxa de inflação brasileira, entre 1989 e 1990, foi inferior a
3.000% a.a.
Entre as 1ª e 2ª guerras mundiais (1914 a 1944), o mundo abandonou o padrão-ouro e as Taxas de câmbio
passaram a ser determinadas pela oferta e pela procura.
Próximo ao final da Segunda Guerra Mundial, em 1944, as economias mundiais estavam preocupadas com o
futuro dos países, que possivelmente enfrentariam novamente as hiperinflações, pelas mesmas razões ocorridas no
pós 1ª Guerra. Como medida preventiva, vários países se reuniram numa cidade americana chamada Bretton
Woods, a fim de traçar medidas que evitassem a catástrofe de vinte anos atrás.

312 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


Dessa famosa reunião, foram criados o FMI (o Fundo Monetário Internacional) e o Banco Mundial. Ademais, ficou
estabelecido a volta do padrão-ouro, entregando aos Estados Unidos a responsabilidade de ser o caixa-forte do
sistema financeiro mundial. O dólar passou a ser a unidade de conta e o meio de pagamentos mundiais. Estabeleceu-se,
então, uma relação fixa entre dólar e o ouro:
35 dólares = 1 onça-troy (31,104 g).
Recomeçou-se, assim, o padrão-ouro e os EUA passaram a garantir que cada 35 dólares apresentados ao “Federal
Reserve”, o Banco Central Americano, seria trocado por onça-troy de ouro, ou seja trinta e um gramas e cento e quatro
milésimos de grama de ouro por trinta e cinco dólares.
Deve-se enfatizar que a Casa da Moeda americana era agora uma mina de ouro, uma vez que o ouro extraído a duras
penas das minas e a emissão das verdes notas dos dólares tinham valores equivalentes. O que aconteceu, no imediato
pós-guerra, foi uma condução pródiga de política monetária nos Estados Unidos. Dólares migraram dos Estados Unidos
para a Europa, para a reconstrução do continente estraçalhado pela guerra, assim como para outros países; inclusive o
Brasil. Grande parte dos recursos necessários para a construção de Brasília veio do crédito fácil e da abundância de
dólares no mercado mundial.
Já no final da década de 50, principalmente nos anos 60, esse modelo começa a apresentar sinais de desgaste. A
condução pouco austera dos Estados Unidos, na emissão de dólares, começou a pressionar os preços mundiais. A
paridade fixa entre as moedas dos seus países, para garantir a paridade com o dólar, cada vez mais abundante.
A fim de contornar a situação, em 1968, o governo norte-americano desvalorizou o dólar em 20,63% e determinou a
seguinte relação com o ouro:
42,22 dólares = 1 onça-troy.
Essa medida, como era de se esperar, provocou desconfiança no mundo inteiro, ao recorrer ao “Federal Reserve”
para trocar seus dólares por ouro.
Em 1971, os EUA declararam que o dólar não mais seria convertido em ouro e o sistema monetário passou a
funcionar com taxas flutuantes de câmbio, ou seja, a taxa de câmbio é determinada no mercado através da oferta e da
demanda de divisas.

ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 01:

Pesquise em revistas, Internet e responda à seguinte pergunta: “Qual é a razão das altas taxas de
desemprego no Brasil?”

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 01.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


313
ATENÇÃO!

Caro Estudante, após a Unidade 2 - Políticas Econômicas, você deverá resolver as Atividades da
Unidade II deste volume (referentes às Políticas Econômicas). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão
no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para
correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:
Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.
Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.

314 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - II A
U
POLÍTICAS ECONÔMICAS L
A
2
“Os indicadores econômicos
representam essencialmente
dados e/ou informações
“sinalizadoras” ou “apontadoras”
do comportamento
(individual ou integrado)
das diferentes variáveis e fenômenos componentes
de um sistema econômico
de
um país, região ou Estado.

AULA 02

INDICADORES ECONÔMICOS / INFLAÇÃO


SETOR EXTERNO / FINANCEIRO / SETOR PÚBLICO
INDICADORES ECONÔMICOS
A presente aula procura demonstrar os agrupamentos mais convencionais dos diferentes Ies - formados de acordo
com a variável macroeconômica principal que os mesmos tentam explicar - e especificar, para cada um deles, aspectos
como conceito, finalidade, metodologia de determinação e instituição produtora.
Os IEs - (Indicadores Econômicos) podem ser classificados em cinco subconjuntos de variáveis macroeconômicas
relevantes: nível de atividade; preços; setor externo; agregados monetários e setor público.

INDICADORES DE NÍVEL DE ATIVIDADE


Os indicadores de nível de atividade funcionam como um termômetro das
condições gerais dos elementos mais sensíveis às flutuações cíclicas do lado real
da economia, sintetizados no comportamento do produto interno bruto (PIB), da
produção industrial e das estatísticas de emprego e desemprego.

Produto Interno Bruto (PIB)


O PIB corresponde ao valor de mercado do fluxo de bens e serviços finais disponibilizados por uma economia em um
determinado período de tempo (normalmente um ano), propiciando o acompanhamento de suas modificações
estruturais e de seu curso conjuntural.
O PIB é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base em metodologia
recomendada pela Organização das Nações Unidas (ONU).
O PIB pode ser aferido a preços correntes (nominais ou monetários) e constantes (reais).
Os valores monetários servem para dar uma dimensão do sistema, pois resultam da agregação da produção física de
todos os bens e serviços pelos respectivos preços, descontadas as transações intermediárias. A estima do PIB é feita
pelo Banco Central, por meio da conversão dos valores em reais pela paridade do poder de compra da moeda nacional
frente a uma cesta de moedas dos países que mantêm maior intercâmbio comercial com o Brasil.

PIB é o indicador-síntese de uma economia ou valor dos bens e serviços


produzidos dentro dos limites geográficos de um país num ano.

PRODUÇÃO INDUSTRIAL:
Este indicador revela a variação mensal da produção física da indústria brasileira, obtida a partir da Pesquisa
Industrial Mensal Produção Física (PIM-PF), realizada pelo IBGE desde o início dos anos de 1970. Serve como
indicador preliminar da evolução do PIB industrial.

DESEMPREGO:
O desemprego constitui a maior preocupação da maioria das economias capitalistas, desde o final do século XX,
devido à modernização tecnológica, à automação, à abertura pouco criteriosa dos mercados e à proliferação de
distorções conjunturais. A taxa de desemprego é definida pela relação entre o número de pessoas desempregadas e a
população economicamente ativa (PEA).
A estimativa da taxa de desemprego, no Brasil, envolve uma polêmica metodológica nada desprezível entre as
instituições que procuram medir o fenômeno, o que acaba se refletindo nos números finais. As divergências começam
com a população considerada em idade ativa (PIA) e terminam com os conceitos de procura e não obtenção de emprego.

INFLAÇÃO:
A inflação pode ser entendida com uma elevação generalizada e permanente dos níveis de preços do sistema
econômico, resultando em deterioração do poder aquisitivo da moeda e depreciação dos valores ativos. A complexidade
CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
315
do cálculo da inflação decorre da necessidade de aferir a variação de preços de produtos distintos fisicamente, e de
serviços, que variam a taxas diferenciadas.
Existem vários e diversos índices de preços que procuram medir a inflação - índices gerais no atacado (indústria e
agricultura), no varejo (consumidores) e na construção (insumos e materiais de construção).

Quando elevada, a inflação produz conseqüências desastrosas sobre o


sistema econômico. Os efeitos nefastos desse fenômeno econômico podem ser
resumidamente descritos:

Efeito sobre distribuição de renda: um dos problemas mais sérios provocados pela inflação, pois reduz
relativamente o poder aquisitivo das classes com rendimentos fixos - os assalariados e, concomitantemente, o
aumento relativo do poder aquisitivo das classes proprietárias do capital - empresários industriais, comerciais e
financeiros.
Efeito sobre mercado financeiro: em um processo acelerado da inflação, o valor da moeda deteriora-se
rapidamente, ocorrendo um desestímulo à aplicação de recursos no mercado financeiro e um estímulo à aplicação
em imóveis e terras (bens de raiz) e mesmo aplicação em moeda estrangeira (dólar). Há uma renúncia da moeda
nacional.
Efeito sobre balanço de pagamento: quando ocorre um estímulo às importações e um desestímulo às
exportações, já que o produto nacional torna-se mais caro do que o produto estrangeiro, provocando um déficit na
balança comercial. Na tentativa de corrigir o erro (o déficit) o governo desvaloriza a moeda nacional em relação à
estrangeira (desvalorização cambial), no sentido de estimular exportações e desestimular importações. Todavia,
importações essenciais, como o petróleo, tornam-se mais caras, realimentando a inflação num círculo vicioso.
Efeito sobre o nível de produção e emprego: com um ambiente de instabilidade e imprevisibilidade que a
inflação acarreta, e a incerteza quanto aos lucros futuros, os empresários podem adiar ou reduzir investimentos
produtivos, direcionando os capitais para a especulação financeira, comprometendo, desta forma, o nível de
emprego e crescimento da economia.
Há 4 tipos de inflação (conforme teorias econômicas):
1) Inflação de Demanda: ocorre quando se verifica uma expansão de demanda total de bens e serviços, em
relação à oferta total (produção disponível) de bens e serviços -“dinheiro demais à procura de pouco bens”.
Os fatores causais que concorrem para o excesso de demanda, conforme teorias econômicas são aumentos
salariais, expansão da moeda e do crédito e expansão de gastos públicos (déficit público).
As medidas de combate são política de compressão salarial; política monetária que restringe a quantidade de
moeda e crédito; política fiscal de elevação da carga tributária e redução dos gastos públicos.
Essas medidas ortodoxas provocam recessão e queda do nível de emprego na economia.
2) Inflação de Custos: os preços finais de custo gravitam em torno dos custos de produção. Pois mais cedo ou
mais tarde o custo de produção será passado, parcialmente ou integralmente para os preços finais do produto.
São fatores causais mais comuns: aumentos salariais; elevação dos preços das matérias-primas, máquinas e
equipamentos.
São medidas de combate: política de contenção salarial; exame das planilhas de custos das empresas;
fiscalização sobre os lucros auferidos pelos grupos oligopolistas e controle (tabelamento) de preços de custos.
3) Inflação de Lucros: as empresas com poder de mercado - notadamente oligopólios e monopólios - praticam
elevação de preços muito acima da elevação dos custos de produção.
Medidas que penalizam o abuso do poder econômico e medidas que estimulam a expansão da oferta interna de
bens e, conseqüentemente, a concorrência (aumento das importações), são recomendadas no combate à inflação
de lucros.
4) Inflação Inercial: A teoria da inflação inercial ou autônoma assinala que a inflação é resultado, sobretudo, de um
conflito distributivo exacerbado entre os agentes econômicos. Para manter ou expandir a participação na renda e na
riqueza, os diversos agentes econômicos, trabalhadores, empresários e governo, aumentam *ou reajustam),
periodicamente, seus próprios preços: salários, aluguéis, mensalidades, tarifas públicas, câmbio, preços das
mercadorias em geral, etc.
Portanto, o mecanismo da indexação, que tende a generalizar-se, realimenta permanentemente a inflação.

INDEXAÇÃO: indexar é corrigir periódica e regularmente, preços das mercadorias,


salários, aluguéis com base em algum índice aferidor de inflação. A indexação pode ser
feita por lei, decreto ou medida provisória ou informal.

Os índices de preços mais importantes do país são aqueles produzidos pela Fundação Getúlio Vargas (FGV),
pelo IBGE e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE-USP).
A inflação no Brasil, na atualidade, é medida por um sem número de índices, entre eles estão, também:
- Índice de Custo de Vida (ICV) - o ICV mede a evolução dos gastos de famílias com renda de até 5 salários
mínimos com as despesas realizadas para suprir suas necessidades básicas, tais como alimentação, habitação,
vestuário, transporte, etc.
- Índice de Preços por Atacado (IPA) - enquanto o IVC considera preços dos bens e serviços ao nível do
consumidor, o IPA considera a evolução dos preços na comercialização no atacado. Outra diferença entre esses
índices é que o IPA acompanha um número bem maior e bens, pois considera não apenas aqueles usados pelas
famílias, mas também, matérias-primas e equipamentos.
- Índice da Construção Civil (ICC) - o ICC acompanha apenas a evolução dos preços dos materiais,
equipamentos e mão-de-obra empregados na construção civil.
- Índice Geral de Preços (IGP) - o IGP é a média ponderada dos índices anteriores, sendo que o IPA tem peso 6, o
ICV, peso 3 e o ICC, peso 1.
Então para se calcular o IGP devemos fazer a seguinte operação aritmética:

316 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


IGP = IPA x 0,6 + ICV x 0,3 + ICC x 0,1
0,6 + 0,3 + 0,1

SETOR EXTERNO:
Exportações: valor das vendas e outras remessas de bens e serviços de propriedade para o exterior, realizadas por
agentes econômicos residentes do país, a preços de embarque, excluindo o pagamento de fretes, seguros, impostos e
taxas.
Importações: valor das compras e outros ingressos de mercadorias e serviços procedentes do exterior do país.
Saldo da Balança Comercial: exportação menos importação.
Saldo em Transações Correntes: consolidação da balança comercial e de serviços e das transferências
unilaterais. Os serviços compreendem transportes, seguros, viagens internacionais, assistência técnica, lucros e
dividendos e juros da dívida externa. As transferências unilaterais correspondem às doações, remessas de imigrantes,
etc.
Dívida Externa: valor total de débitos do país, contratados com residentes no exterior e garantidos pelo governo,
decorrentes de empréstimos e financiamentos, com prazo de vencimento superior a um ano.

FINANCEIRO:
Juros Over/Selic: taxa de juros média (em%) praticada pelo Banco Central para a rolagem dos títulos da dívida
pública por um dia. São títulos ou papéis do governo que representam ativos de primeira linha, indicando o piso da
rentabilidade do mercado financeiro, devido à sua pronta liquidez e à plena garantia de recompra.
Poupança: Rendimento calculado para a remuneração mensal dos depósitos em caderneta de poupança, a partir da
Taxa Referencial de Juros (TR), acrescida de 0,5%. A TR é obtida a partir da combinação da remuneração média mensal,
livre de impostos, dos depósitos à prazo fixo captados pelos bancos comerciais e de investimentos e agências
operadoras com títulos públicos.

SETOR PÚBLICO:
Dívida Líquida: somatório do endividamento dos governos federal (inclusive Banco Central), estadual e municipal e
por suas empresas junto ao sistema financeiro (público e privado), ao setor privado não financeiro e ao resto do mundo,
descontados os valores correspondentes aos créditos do governo. Ao contrário do ocorrido em outros países, no Brasil,
o conceito inclui a base monetária, por contemplar os ativos e passivos do Banco Central.
Necessidade de Financiamento: déficit ou superávit resultante da variação líquida da dívida pública, deduzidos os
empréstimos concedidos ao setor privado. Conceito nominal incorpora a totalidade das receitas e despesas, o
operacional exclui as correções monetária e cambial da dívida pública e o primário desconta a correção monetária e as
receitas e despesas financeiras (juros nominais).

ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO HUMANO (IDH)

O conceito de desenvolvimento econômico amplia o conceito de crescimento


econômico, ao incluir na análise dos índices ou indicadores aqueles que
contemplam a melhoria das condições de vida da população, que, não
necessariamente, crescem com a melhoria das condições econômicas (pobreza,
desemprego, desigualdade, saúde, nutrição, educação e moradia).
O índice de desenvolvimento humano determina o nível de atendimento das
necessidades humanas básicas.

Um dos principais índices capazes de determinar com precisão os estágios de desenvolvimento humano e de
condições de vida é o IDH. Trata-se de um indicador do nível de atendimento, em uma determinada sociedade, das
necessidades humanas básicas.
São três os aspectos para o bem-estar de um indivíduo que o IDH incorpora: vida longa e saudável, acesso ao
conhecimento e padrão de vida digno.

A presente aula procurou definir, qualificar e


quantificar os principais indicadores econômicos do
país. Tais indicadores são fundamentais tanto para
propiciar melhor compreensão da situação presente e
o delineamento das tendências de curto prazo da
economia, quanto para subsidiar o processo decisório.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


317
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 02:

Pesquise em revistas, Internet e responda à seguinte pergunta: “Como foi, no Brasil, o período dos
Presidentes Sarney e Fernando Collor, na questão da inflação e quais as medidas tomadas”? “O que
mudou na economia e na vida do brasileiro?” Faça um texto e apresente para o professor/tutor da
disciplina.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 02.

ATENÇÃO!

Caro Estudante, após a Unidade 2 - Políticas Econômicas, você deverá resolver as Atividades da
Unidade II deste volume (referentes às Políticas Econômicas). Poderá, também, optar pelos exercícios que
estão no Site www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor
para correção, pois valem nota de 0,0 a 10,0.
As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.

318 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


CO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II Ass. Profº:
POLÍTICAS ECONÔMICAS Data:

EXERCÍCIO A

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) “O universo composto por _____, ________, _______, __________ e demais variáveis ___________________
afetam o cotidiano das pessoas”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) juros, moeda, câmbio, renda, macroeconômicas.
b) juros, inflação, salários, mundiais.
c) juros, moeda, inflação, salários, da política governamental.
d) n.d.a.

2) “Diferenciando microeconomia de macroeconomia, pode-se dizer que a microeconomia preocupa-se com o


__________, com o ____________, enquanto que a macroeconomia preocupa-se com o ________, com o
_________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) mercado, consumo, comprador, vendedor.
b) particular, individual, todo, geral.
c) particular, geral, individual, todo.
d) n.d.a.

3) Indique as funções básicas do setor público para o bom funcionamento de qualquer sistema econômico:
a) reguladora.
b) provedora de bens e serviços, redistributiva.
c) estabilizadora.
d) todas as alternativas estão corretas.

4) Quais são os principais agregados macroeconômicos nas funções do setor público?


a) Taxas de juros, crescimento econômico.
b) Nível de preços, taxa de desemprego.
c) Taxa de câmbio.
d) Todas as alternativas estão corretas.

5) Para que os objetivos do setor público sejam alcançados de forma eficaz, o governo utiliza-se de um conjunto
de políticas e instrumentos econômicos. Quais são eles?
a) Política Monetária.
b) Política Fiscal.
c) Política Cambial.
d) Todas as alternativas estão corretas.

6) Qual é o objetivo da Política Monetária?


a) Controlar a emissão de títulos.
b) Controlar a oferta da moeda na economia.
c) Controlar a saída de divisas.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


319
7) “A Política Fiscal visa estimular o _________ e reduzir a taxa de desempenho por meio da elaboração do
_______________”.
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) mercado, juro.
b) crescimento, orçamento público.
c) capital, orçamento anual.
d) n.d.a.

8) Quais são as principais fontes de recurso que financiam o déficit do setor público?
a) Emissão de moeda.
b) Empréstimos.
c) Venda de títulos da dívida pública ao setor privado.
d) Todas as alternativas estão corretas.

9) A mistura entre câmbio fixo e câmbio livre ou flutuante é chamada de “Câmbio ____”.
Complete com a alternativa correta:
a) misto.
b) de propostas e mercado.
c) de formas híbridas de câmbio.
d) n.d.a.

10) O que significa Produto Interno Bruto - PIB?


a) É o indicador síntese de uma economia ou valor de bens e serviços produzidos dentro dos limites geográficos de
um país num ano.
b) É o indicador síntese de uma economia ou valor de bens e serviços produzidos dentro de um banco durante cinco
anos.
c) É o indicador síntese das aplicações financeiras de um município durante a gestão de um prefeito.
d) n.d.a.

320 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II Ass. Profº:
POLÍTICAS ECONÔMICAS Data:

EXERCÍCIO B

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) Quais são os efeitos da inflação num sistema econômico?


a) Efeito sobre a distribuição de renda e o mercado financeiro.
b) Efeito sobre balanço de pagamento.
c) Efeito sobre o nível de produção e emprego.
d) Todas as alternativas estão corretas.

2) Conforme as teorias econômicas, quais são os tipos de inflação?


a) Inflação de demanda, inflação de custos.
b) Inflação anual e inflação de custos.
c) Inflação de lucros e inflação inercial.
d) As alternativas a e c estão corretas.

3) Medidas que estimulam a expansão da oferta interna de bens e a concorrência com o aumento das
importações, são aconselhadas para combater a inflação:
a) de lucros.
b) de custos.
c) anual.
d) n.d.a.

4) Qual é o nome atribuído para o fato a seguir: “quando se corrige periodicamente e regularmente, preços das
mercadorias, salários, aluguéis com base em algum índice aferidor de inflação:”
a) indexação.
b) correção periódica.
c) medidor de inflação.
d) n.d.a.

5) Quais são as instituições que calculam os índices de preços no Brasil?


a) Fundação Getúlio Vargas (FGV).
b) Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
c) Fundação Institutos de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo (FIPE-USP).
d) Todas as alternativas estão corretas.

6) Qual é a maior preocupação da maioria das economias capitalistas, desde o final do século XX?
a) O desemprego.
b) A mortalidade infantil.
c) O aumento demográfico.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


321
7) Que fatores contribuíram para o aumento do desemprego, em nível global?
a) Modernização tecnológica.
b) Automação.
c) Abertura pouco criteriosa dos mercados.
d) Todas as alternativas estão corretas.

8) “Em 1971, os EUA declararam que o dólar não mais seria convertido em ouro e o sistema monetário
passou a funcionar com _______________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) taxas flutuantes de câmbio.
b) o livre arbítrio dos governantes e suas respectivas moedas.
c) com taxas de juros elevadas.
d) n.d.a.

9) Em 1968, o governo norte-americano desvalorizou o dólar, em relação ao ouro em 20,63% e determinou a


seguinte relação:
a) 32,22 dólares = 1 onça-troy.
b) 33,22 dólares = 2 onça-troy.
c) 42,22 dólares = 1 onça-troy.
d) n.d.a.

10) Quando há fuga significativa de capitais (dólares), o Banco Central perde reservas e, conseqüentemente
ocorre:
a) a desvalorização da moeda.
b) a descapitalização das empresas exportadoras.
c) a desvalorização do mercado.
d) n.d.a.

322 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II Ass. Profº:
POLÍTICAS ECONÔMICAS Data:

EXERCÍCIO C

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) “Diferenciando microeconomia de macroeconomia, pode-se dizer que a microeconomia preocupa-se com o


__________, com o ____________, enquanto que a macroeconomia preocupa-se com o ________, com o
_________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) mercado, consumo, comprador, vendedor.
b) particular, individual, todo, geral.
c) particular, geral, individual, todo.
d) n.d.a.

2) Para que os objetivos do setor público sejam alcançados de forma eficaz, o governo utiliza-se de um conjunto
de políticas e instrumentos econômicos. Quais são eles?
a) Política Monetária.
b) Política Fiscal.
c) Política Cambial.
d) Todas as alternativas estão corretas.

3) Qual é o objetivo da Política Monetária?


a) Controlar a emissão de títulos.
b) Controlar a oferta da moeda na economia.
c) Controlar a saída de divisas.
d) n.d.a.

4) Quais são os principais agregados macroeconômicos nas funções do setor público?


a) Taxas de juros, crescimento econômico.
b) Nível de preços, taxa de desemprego.
c) Taxa de câmbio.
d) Todas as alternativas estão corretas.

5) A mistura entre câmbio fixo e câmbio livre ou flutuante é denominada de “Câmbio ____”.
Complete com a alternativa correta:
a) misto.
b) de propostas e mercado.
c) de formas híbridas de câmbio.
d) n.d.a.

6) Em 1968, o governo norte-americano desvalorizou o dólar, em relação ao ouro em 20,63% e determinou a


seguinte relação:
a) 32,22 dólares = 1 onça-troy.
b) 33,22 dólares = 2 onça-troy.
c) 42,22 dólares = 1 onça-troy.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


323
7) Quando há fuga significativa de capitais (dólares), o Banco Central perde reservas e, conseqüentemente
acarreta:
a) a desvalorização da moeda.
b) a descapitalização das empresas exportadoras.
c) a desvalorização do mercado.
d) n.d.a.

8) Qual a maior preocupação da maioria das economias capitalistas, desde o final do século XX?
a) O desemprego.
b) A mortalidade infantil.
c) O aumento demográfico.
d) n.d.a.

9) Indique o nome que se dá para o fato de que: “quando se corrige periodicamente e regularmente, preços
das mercadorias, salários, aluguéis com base em algum índice aferidor de inflação:”
a) indexação.
b) correção periódica.
c) medidor de inflação.
d) n.d.a.

10) Que fatores contribuíram para o aumento do desemprego, em nível global?


a) Modernização tecnológica.
b) Automação.
c) Abertura pouco criteriosa dos mercados.
d) Todas as alternativas estão corretas.

324 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE II Ass. Profº:
POLÍTICAS ECONÔMICAS Data:

EXERCÍCIO D

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) “Entende-se como políticas econômicas, as ações tomadas pelo ______, que, utilizando instrumentos
_________ buscam atingir determinados objetivos ___________”.
Complete o trecho com a alternativa correta:
a) governo, financeiros, econômicos.
b) governo, econômicos, macroeconômicos.
c) país, financeiros, econômicos.
d) n.d.a.

2) Qual a maior preocupação da maioria das economias capitalistas, desde o final do século XX?
a) O desemprego.
b) A mortalidade infantil.
c) O aumento demográfico.
d) n.d.a.

3) Em 1968, o governo norte-americano desvalorizou o dólar, em relação ao ouro em 20,63% e determinou a


seguinte relação:
a) 32,22 dólares = 1 onça-troy.
b) 33,22 dólares = 2 onça-troy.
c) 42,22 dólares = 1 onça-troy.
d) n.d.a.

4) A mistura entre câmbio fixo e câmbio livre ou flutuante é denominada de “Câmbio ____”.
Complete com a alternativa correta:
a) misto.
b) de propostas e mercado.
c) de formas híbridas de câmbio.
d) n.d.a

5) Que nome se dá ao fato a seguir: “quando se corrige periodicamente e regularmente, preços das mercadorias,
salários, aluguéis com base em algum índice aferidor de inflação?”
a) Indexação.
b) Correção periódica.
c) Medidor de inflação.
d) n.d.a.

6) Quando há fuga significativa de capitais (dólares), o Banco Central perde reservas e, conseqüentemente
ocorre:
a) a desvalorização da moeda.
b) a descapitalização das empresas exportadoras.
c) a desvalorização do mercado.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


325
7) “A Política Fiscal visa estimular o _________ e reduzir a taxa de desempenho por meio da elaboração do
_______________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) mercado, juro.
b) crescimento, orçamento público.
c) capital, orçamento anual.
d) n.d.a.

8) Que fatores contribuíram para o aumento do desemprego, em nível global?


a) Modernização tecnológica.
b) Automação.
c) Abertura pouco criteriosa dos mercados.
d) Todas as alternativas estão corretas.

9) “Diferenciando microeconomia de macroeconomia, pode-se dizer que a microeconomia preocupa-se com


o __________, com o ____________, enquanto que a macroeconomia preocupa-se com o ________, com o
_________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) mercado, consumo, comprador, vendedor.
b) particular, individual, todo, geral.
c) particular, geral, individual, todo.
d) n.d.a.

10) Qual é o objetivo da Política Monetária?


a) Controlar a emissão de títulos.
b) controlar a oferta da moeda na economia.
c) Controlar a saída de divisas.
d) n.d.a.

326 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - III A
U
SISTEMA FINANCEIRO L
A
1
AULA 1

MOEDA / HISTÓRIA
CRÉDITO

Veremos a
seguir a sua
E quando isso tudo começou? e a minha
Como começou esse Sistema história. Eu apareci
Monetário Internacional? $$$? primeiro –
A MOEDA!

A MOEDA
Nos sistemas econômicos primitivos a troca fazia-se diretamente. Nas economias de escambo, portanto, as trocas
eram amonetárias, ou seja, sem a utilização da moeda. Trocava-se mercadoria por mercadoria. Para isto, era
necessário que as necessidades entre os permutadores fossem coincidentemente inversas.
A especialização, a divisão do trabalho e o desenvolvimento do comércio tornaram evidentes as limitações do
escambo. Ao instrumento de intermediação das trocas dá-se o nome de moeda.

A moeda surge para facilitar a generalização das trocas.

MOEDA MERCADORIA:
A moeda-mercadoria constitui, historicamente, a primeira forma de moeda. Eram mercadorias de aceitação geral nas
comunidades econômicas primitivas. Inicialmente, utilizadas apenas como medida de valor. Posteriormente, como meio
geral de trocas. Exemplo de moeda-mercadoria: gado, sal, algodão, etc.

MOEDA METÁLICA:
Com o desenvolvimento econômico, surge a necessidade de instrumentos mais eficazes, pois a quantidade de
trocas aumentou e diversificou - apresentando um grande problema: como dividir pequenas e grandes quantidades,
como conservar ou estocar e como transportar grandes quantidades?
Os metais, inicialmente bronze e cobre e, posteriormente, os preciosos - ouro e prata, passam substituir as
mercadorias na intermediação das trocas, surgindo a moeda-metálica.
E quais eram as principais vantagens da moeda-metálica, principalmente ouro e prata, em relação à moeda-
mercadoria? Eram a facilidade de transporte e entesouramento, concentração de grande valor em pequeno volume,
durabilidade, inalterabilidade, manejabilidade fácil, divisibilidade e de fácil reconhecimento e aceitação.

MOEDA-PAPEL:
Com o desenvolvimento dos mercados, o manejo e o transporte da moeda-metálica começaram a apresentar uma
série de riscos e dificuldades. Era conveniente, portanto, substituir a moeda-metálica por títulos representativos dessa
moeda-metálica.
Assim, passou-se a confiar nos ourives, por ser a prata e o ouro, surgindo, portanto, os banqueiros primitivos. Em
troca, os ourives emitiam certificados representativos da moeda-metálica. Esses certificados, cujo valor era totalmente

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


327
assegurado por metal (lastro), portanto, integralmente conversível em ouro, passam a serem trocados por bens
(instrumentos de troca), revelando aceitação geral, desempenhando a função de moeda.
Data, também, desta época o aparecimento do juro, que é o pagamento dado a quem poupa ao invés de
consumir.

PAPEL-MOEDA OU MOEDA-FIDUCIÁRIA
Desde cedo, os banqueiros primitivos percebem que partes consideráveis dos depósitos eram inativas, ou seja,
que grande parte da moeda metálica depositada não era exigida pelos possuidores dos certificados.
Assim, os banqueiros passaram a emitir títulos em valor superior ao das moedas metálicas recebidas em
depósito. A este instrumento de troca que é parcialmente lastreado em ouro, dá-se o nome de papel-moeda.
Cabe aos bancos centrais o monopólio da emissão do papel moeda. Como ao longo do tempo a relação com o
ouro desapareceu, o que garante a moeda atualmente é a lei. No Brasil, por exemplo, por força de lei, a moeda de
curso legal é forçada, com poder liberatório - o Real.

MOEDA ESCRITURAL OU BANCÁRIA


A moeda escritural ou bancária é representada pelos depósitos à vista do público nos bancos comerciais. Os
bancos comerciais podem criar moeda, no caso moeda escritural ou bancária, na medida em que somente uma
fração do total de depósitos à vista é utilizada pelo público depositante, possibilitando aos bancos realizar operações
de empréstimo, os quais, por sua vez, geram novos depósitos bancários. É deste mecanismo que deriva o efeito
multiplicador da moeda escritural.

QUASE-MOEDA
A moeda é liquidez por excelência. As modernas economias desenvolveram um conjunto de ativos financeiros
com elevado grau de liquidez, que podem ser rapidamente transformados em moeda. Portanto, denominam-se
quase-moeda os ativos financeiros não-monetários, cujos graus de liquidez se aproximam da moeda. Destacam-se:
os depósitos de poupança, os certificados de depósito bancário (CDB), títulos da dívida pública (BBC, NTN, NBC),
etc.

NOSSAS FUNÇÕES

Dentre as principais funções desempenhadas pela moeda, destacam-se:


Medida de Valor: todas as mercadorias podem expressar seu valor em unidades monetárias, ou a moeda serve
para medir o valor das mercadorias. Esta função permite que se somem as mais diversas mercadorias para se obter
o produto de uma economia.
Reserva de Valor: o indivíduo não precisa gastá-la imediatamente. Pode guardá-la para uso posterior - mas
atenção! Para guardar a moeda, lembre-se que ela deverá ter valor estável, quer dizer, período economicamente
estável - moeda estável.
Meio de Troca: a moeda serve para comprar e vender mercadorias.
Meio Legal de Pagamento: através de lei o Estado garante e obriga sua aceitação como meio de pagamento.
Meio de Crédito: a moeda pode ser entregue por empréstimo a quem tenha qualquer tipo de necessidade.

A moeda pode ser entregue por


empréstimo a quem tenha qualquer tipo
de necessidade?! É o CRÉDITO.
E o que é o CRÉDITO no SISTEMA
FINANCEIRO?

CRÉDITO:
O crédito é uma operação financeira que consiste na permissão para que alguém entre na posse (e não na
propriedade) de um bem contra um pagamento futuro. No sistema financeiro, o crédito é a troca de dinheiro entre
duas partes, na expectativa de um ou mais pagamentos futuros. Para isto, há de haver quem empreste, o credor, e
quem tome emprestado, o devedor.

Quando alguém contrai uma dívida para a compra de um bem de capital e já


recebe diretamente a máquina, denomina-se FINANCIAMENTO.

Quando o devedor entra na posse do recurso financeiro e dele pode dispor


com liberdade, chama-se EMPRÉSTIMO.

328 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


O Crédito divide-se em:
PARA INVESTIMENTO

DE PRODUÇÃO

CRÉDITO PARA GIRO


DE CONSUMO

PARA O ESTADO

O crédito de produção é concedido às unidades produtivas e se destina à expansão das


instalações (investimento) ou para a compra de matérias-primas e outras despesas de giro.

O crédito de consumo é O crédito para o estado é concedido ao


Governo para despesas de investimento.

Quanto ao prazo de reembolso, o crédito pode ser em curto, médio e longo prazo. A definição do que sejam estes
prazos varia bastante em função de quem empresta, do tomador e da razão do empréstimo, mas em média pode-se
afirmar que o crédito em curto prazo vai até 6 meses para seu pagamento. O crédito, em médio prazo, oscila entre 6
meses e 5 anos e o crédito em longo prazo tem prazos de pagamento superiores a 5 anos.

A grande importância do crédito reside na capacidade que ele tem de colocar o


futuro mais perto do presente porque antecipa para as pessoas e unidades de
produção o que elas somente teriam no futuro. Neste sentido, o crédito por um
terceiro é uma corrente sem fim. É imaginável pensarmos no fim do crédito. Seria
uma imensa “quebradeira”.

MERCADO MONETÁRIO: onde se realizam as operações de curto prazo.


MERCADO DE CRÉDITO: onde são efetuados os financiamentos, a curto e médio
prazo.
MERCADO DE CAPITAIS: onde são efetuados os financiamentos de capital de
giro e do capital fixo das empresas e das construções habitacionais.

ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 01:

Pesquise em revistas, Internet e responda à seguinte pergunta: “Qual é a diferença entre Mercado de
Crédito, Mercado Monetário, Mercado de Câmbio e Mercado de Capitais?”. Elabore um texto e entregue
para o seu professor/tutor no Exitum.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 01.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


329
ATENÇÃO!

Caro Estudante, após a Unidade 3 - Sistema Financeiro, você deverá resolver as Atividades da Unidade II
deste volume (referentes ao Sistema Financeiro). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção,
pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.

330 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - III A
U
SISTEMA FINANCEIRO L
A
2
A função econômica e social do
Sistema Financeiro
se evidência através do processo
de distribuição
de recursosno
Mercado Financeiro.

AULA 02

O SISTEMA FINACEIRO NACIONAL


INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS
SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO
TITÚLOS NEGOCIADOS NO MERCADO FINANCEIRO
SISTEMA FINACEIRO NACIONAL

O Sistema Financeiro Nacional é composto por um conjunto de instituições


financeiras públicas e privadas, e seu órgão normativo máximo é o Conselho
Monetário Nacional (CMN).

Por meio do Sistema Financeiro Nacional (SFN), viabiliza-se a relação entre agentes carentes, isto é, tomadores de
recursos no mercado para investimento, e agentes capazes de gerar poupança e, conseqüentemente, em condições de
financiar o crescimento na economia.
Estrutura do Sistema Financeiro Nacional
O Sistema Financeiro Nacional pode ser entendido como um conjunto de instituições financeiras e instrumentos
financeiros que visam, em última análise, transferir recursos dos agentes econômicos (indivíduos), empresas e
governo, para os agentes sem recursos. A função econômica e sócia do sistema financeiro se evidencia através do
processo de distribuição de recursos no mercado financeiro.
O Sistema Financeiro Nacional foi estruturado e regulado pela lei de reforma bancária (1964), pela lei do mercado de
capitais (1965) e, mais recentemente, pela lei de criação dos bancos múltiplos (1988).

As instituições financeiras são de natureza: bancária ou monetária, não bancária


ou não monetária.

Instituições Bancárias ou Monetárias:

São aquelas que criam moeda via recebimento do depósito à vista.


Operam basicamente com ativos financeiros monetários que representam os meios de pagamento da economia.

Instituições não bancárias ou não monetárias:


Ao contrário, não estão autorizadas a receber depósitos à vista, ou seja, não têm o poder de criar moeda, fornecerem
talões de cheques, descontos de duplicatas de clientes jurídicos, etc. Trabalham, basicamente, com ativos não
monetários. Entre outras, não atuam com:
- ações (títulos de propriedade negociável);
- letras de câmbio;
- certificados de depósito bancários (CBD);
- debêntures (título de crédito ao portador).
São exemplos de instituições bancárias: Banco do Brasil, Banco Itaú, Bradesco.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


331
São exemplos de instituições não bancárias: sociedades corretoras, bancos de investimentos (BNDS),
sociedades financeiras, sociedades de arrendamento mercantil.
Veja o quadro abaixo:

SFN CMN Instituições Bancárias


Sistema Conselho
Financeiro Monetário
Nacional Nacional Instituições não Bancárias

A estrutura do sistema financeiro nacional envolve dois grandes


subsistemas: o normativo e o de intermediação financeira.

SUBSISTEMA NORMATIVO:

Esta subdivisão do SFN (Sistema Financeiro Nacional) é constituída por


instituições que estabelecem, de alguma forma, diretrizes de atuação das
instituições financeiras operativas e controle do mercado: o Conselho Monetário
Nacional, o Banco Central do Brasil, a Comissão de Valores Mobiliários, o Banco
do Brasil, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Caixa
Econômica.

1) Conselho Monetário Nacional - CMN


É um órgão puramente normativo. Processa todo o controle do sistema financeiro, controla as ações de órgãos
normativos e legisla as instituições financeiras públicas e privadas.
O CMN, além de formular toda a política de moeda e do crédito, objetivando atender aos interesses econômicos e
sociais do país, tem como principais atribuições:

a) Fixar as diretrizes e as normas da b) Regulamentar, sem pre que achar necessário


política cambial as taxas de juros.

c) Regular a constituição e o funcionamento das instituições financeiras, zelando pelo grau de liquides.

Criar moeda é diferente de emitir moeda somente o BACEN tem permissão para emitir moeda.
Depósito à vista são: papel-moeda e moeda escritural.
O papel-moeda em poder do público (dinheiro do bolso) mais os depósitos à vista nos bancos comerciais
constituem os meios de pagamento.

d) Estabelecer as diretrizes para as instituições financeiras, de encaixes monetários, capital mínimo e


normas de contabilização.

e) Corrigir surtos f) Disciplinar créditos e regular operações de redescontos do


inflacionários mercado aberto e outros.

O CMN é composto por três representantes:


Ministro da Fazenda (presidente), Ministro do Planejamento e o Presidente do Banco Central do Brasil.

2) Banco Central do Brasi l - BACEN:


É o executor das políticas traçadas pelo CMN e órgão fiscalizador do SFN. O BACEN é o fiscalizador e
disciplinador do mercado financeiro. Em uma conceituação mais simples, pode ser definido como sendo o pai de
todos os demais bancos, definindo regras, limites e condutas das instituições, penalizando, intervindo, liquidando,
exercendo o papel de gestor e executor da política monetária.
Dentre as principais atribuições, destacam-se:

a) conceder autorização de b) efetuar o controle do crédito, de capitais estrangeiros,


funcionamento, transferência de receber depósitos compulsórios, efetuar compra e vendas de
sedes, fusões e incorporação títulos públicos e federais.
das instituições financeiras.

c) realizar e controlar as operações d) executar a emissão do dinheiro e contro lar a liquides do


de redesconto. mercado.

3) Comissão de Valores Mobiliários - CVM:


É uma autarquia vinculada ao poder executivo (Ministério da Fazenda), que age sob a orientação do CMN. É
administrada por um presidente e quatro diretores, todos nomeados pelo Presidente da República.
A CVM tem como finalidade básica a normalização e o controle do mercado de valores mobiliários, representado

332 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


principalmente por ações, partes beneficiárias e debêntures, papéis negociáveis, e outros títulos emitidos pelas
sociedades anônimas e autorizados pelo CMN.
São funções básicas da CVM, dentre outras:

a) promover medidas que


b) dar proteção
incentivem a canalização das aos investidores c) estimular o funcionamento das
poupanças ao mercado de mercado. bolsas de valores.
acionário.

A atuação da CVM abrange três importantes segmentos do mercado:


Instituições financeiras do mercado; companhias de capital aberto (negociáveis em bolsas de valores);
investidores.

3) Banco do Brasil - BB:


É uma sociedade anônima de capital misto, cujo controle acionário é exercido pela União. Até 1986, o BB era
considerado uma autoridade monetária.

O Banco do Brasil assume três funções básicas:

1) Agente Financeiro do
2) Banco Comercial
3) Banco de Investimentos e

4) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDS:


É uma empresa pública que está vinculada ao Ministério do Planejamento. Sua principal meta é a execução da
política de financiamento do Governo Federal.
O objetivo principal do BNDES é o de financiar projetos, visando ao desenvolvimento do país. Possui várias linhas de
créditos. O BNDES tem quatro subsidiárias, cujas atuações básicas são:

FINAME – Agência Especial de Financiamento Industrial, voltada para o financiamento de máquinas e equipamentos
industriais a empresas nacionais.

EMBRAMEC – Mecânica Brasileira S.A. para impulsionar o processo de substituição de importação de bens de
capital.

FIBASA – Insumos Básicos S.A., Financiamento e Participações, que tem como objetivo desenvolver a produção de
insumos básicos nacionais.

IBRASA – Investimentos Brasileiros S.A., que visa reforçar a capitalização de empresas nacionais, participando
como acionista minoritário.

5) Caixa Econômica Federal - CEF:


A Caixa Econômica Federal é uma instituição pública e apresenta um objetivo claramente social, na execução de sua
política creditícia.
A CEF executa, também, o papel de banco comercial e constitui-se, com base em sua função social, no principal
agente do Sistema Financeiro de Habitação - SFH (criado em 1964), atuando no financiamento da construção civil no
país e promovendo, ao mesmo tempo, as condições para a aquisição da casa própria, principalmente no segmento de
baixa renda, com recursos previstos do FGTS - Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, cadernetas de poupanças e de
recursos próprios.
Para viabilizar o melhor acesso da população mais carente à moradia, a CEF executa alguns programas, como:
PROCRED - Programa de Crédito Individual à Moradia, Poupança Azul Imobiliária, CRED-CASA, Capital de Giro para
Construção e outros.
A CEF tem, ainda, como objetivos:
Administrar, com exclusividade, os serviços das loterias federais; constituir-se no principal arrecadador de FGTS; ser
o único (monopólio) em operar com penhor - jóias, metais preciosos, pedras preciosas e outro bens.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


333
SUBSISTEMA DE INTERMEDIAÇÃO

Este subsistema, também denominado de operativo, é composto por


instituições (bancárias e não bancárias) que atuam em operações de
intermediação financeira. O subsistema é estruturado em cinco grupos:
bancárias, não bancárias, sistema de poupança e empréstimo, auxiliares e
instituições não financeiras

1) Instituições Financeiras Bancárias:


Aglomeram os bancos comerciais, os bancos múltiplos e as caixas econômicas.
a) Bancos Comerciais:
São instituições financeiras constituídas sob a forma de sociedades anônimas. Sua grande característica é a sua
capacidade de criação (multiplicar o dinheiro) de moeda, com os depósitos à vista captados do público (no mercado).
b) Bancos Múltiplos:
Foram criados a partir da evolução dos bancos comerciais e o crescimento do mercado. Essa evolução fez com
que as autoridades monetárias reconhecessem e regulamentassem o novo funcionamento dos múltiplos.
O projeto do banco múltiplo prevê sua formação com base nas atividades (carteiras) de quatro instituições: banco
comercial, banco de investimento e de desenvolvimento, sociedade de crédito, financiamento e investimento e
sociedade de crédito imobiliário. Para que uma instituição seja configurada como um banco múltiplo, deve operar
pelo menos com duas das carteiras apresentadas, uma delas obrigatoriamente de banco comercial ou de
investimento.

2) Instituições Financeiras Não Bancárias:

São as que não apresentam capacidade de emitir moeda ou meios de


pagamento, como os bancos comerciais.

a) Bancos de Investimentos:
São os grandes municiadores de créditos a médio e longo prazo no mercado, suprindo os agentes carentes de
recursos para investimento em capital de giro e capital-fixo. Como agente financiador dessas empresas, essas
instituições efetuam, principalmente, operações de maior escala, como repasses de recursos oficiais de crédito,
repasses de recursos captados no exterior, operações de subscrição pública de valores mobiliários (ações e
debêntures), lease-back (arrendamento), financiamentos de bens de produção a profissionais autônomos,
securitação de recebíveis (transformam valores a receber em títulos negociáveis no mercado).
Os bancos de investimento prestam também outros tipos de serviços, tais como: avais, fianças, custódias e
administração de carteiras de títulos.
b) Bancos de Desenvolvimento:
Constituem-se em instituições públicas, de âmbito estadual, que visam promover o desenvolvimento econômico
e social da região onde atuam. O objetivo é dar apoio formalmente ao setor privado da economia, por meio de
operações de empréstimos e financiamentos, arrendamento mercantil, garantias, entre outras.
c) Sociedades de Crédito, Financiamento e Investimentos:
Mais conhecidas por financeiras dedicam-se, basicamente, ao financiamento de bens duráveis (carros,
geladeiras, etc.), às pessoas físicas (usuários finais), por meio do mecanismo denominado crédito direto ao
consumidor - CDC. Entre outras atividades, podem realizar repasses de recursos governamentais, financiar
profissionais autônomos legalmente habilitados e conceder crédito pessoal.
d) Sociedades de Arrendamento Mercantil:
Têm por objetivo a realização de operações de arrendamento mercantil (leasing) de bens nacionais, adquiridos
de terceiros e destinados ao uso de empresas arrendatárias.
Os principais tipos de leasing são:

Leasing operacional: assemelha -se muito a um aluguel, e é efetuado geralmente pelas próprias empresas
fabricantes dos bens.

Leasing financeiro: é realizado por algumas instituições financeiras, como bancos múltiplos e sociedade de
arrendamento mercantil. No final do contrato, a arrendatária pode ou não comprar o bem.

Lease-back: ocorre quando uma empresa vende determinado bem de sua propriedade e o aluga imediatamente,
sem perder sua posse.

e) Cooperativas de Crédito:
São instituições voltadas a viabilizar créditos a seus associados, além de prestar determinados serviços.
f) Sociedades de Crédito Imobiliário:
Voltam-se ao financiamento de operações imobiliárias, que envolvem a compra e a venda de bens imóveis. Prestam
apoio financeiro, também, a outras operações do setor imobiliário, como vendas de loteamentos, incorporações de
prédios, etc.
g) Associações de Poupança e Empréstimo:
São instituições financeiras que atuam também na área habitacional, por meio de financiamentos imobiliários.
h) Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo - SBPE:
Com a extinção do Banco Nacional de Habitação (BNH), o sistema financeiro de habitação do Brasil passou a ser

334 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


constituído praticamente pelas instituições integrantes do SBPE, ou seja: Caixa Econômica Federal, sociedades de
crédito imobiliário, associações de poupança e empréstimos e bancos múltiplos. Sua captação é das cadernetas de
poupança e FGTS.
i) Instituições Auxiliares:
São instituições auxiliares: as bolsas de valores, as sociedades corretoras, as sociedades distribuidoras e os
agentes autônomos de investimentos.
a) Bolsas de Valores: são associações civis sem finalidades lucrativas, cujos patrimônios são constituídos por
títulos patrimoniais adquiridos por seus membros, as sociedades corretoras. As bolsas mantêm um local onde são
negociados os títulos e valores imobiliários de pessoas jurídicas, públicas e privadas.
Sua principal função é propiciar liquidez aos títulos negociados, atuando por meio de pregões contínuos. Têm por
obrigação divulgar todas as operações realizadas.
b) Sociedades Corretoras: são instituições (geralmente fazem parte de um banco comercial) que efetuam, com
exclusividade, a intermediação financeira nos pregões das bolsas de valores, das quais são associadas mediante à
aquisição de um título patrimonial.
Dentre outros direitos que lhe competem, as sociedades corretoras podem administrar e custear carteiras de títulos e
valores mobiliários, efetuar operações de compra e venda de metais preciosos, operar em bolsas de mercadorias e
futuros.
c) Sociedades Distribuidoras: são também instituições intermediadoras de títulos e valores mobiliários (muitas
pertencem a bancos comerciais), cujos objetivos básicos se assemelham às corretoras. Entre as operações típicas
dessas instituições, destacam-se:

Aplicações, por
conta própria ou Participação
de terceiros em
(intermediação), Operações no mercado lançamentos
em títulos e aberto. públicos de
valores mobiliários ações.
de renda fixa e
variável.

d) Agentes Autônomos de investimentos: são pessoas físicas credenciadas pelas instituições financeiras
intermediadoras (corretoras, distribuidoras, bancos e financeiras) para atuarem na colocação de títulos e valores
mobiliários e outros serviços financeiros no mercado, operando em troca de recebimento de uma comissão, sendo
fiscalizados pelo BACEN e CVM.

3) Instituições Não Financeiras:

São as sociedades de fomento comercial factoring e as companhias seguradoras.

a) Sociedades de Fomento Comercial - Factoring: São empresas não financeiras que operam por meio de
aquisição de duplicatas, cheques, etc. de forma similar a uma operação de desconto bancário. A diferença é que o risco
de não receber é da própria factoring, sem danos à empresa (duplicata descontada) ou ao cliente (cheque); para isso
cobram juros dos mesmos.
b) Companhias Seguradoras: estão consideradas no sistema financeiro nacional por terem a obrigação de aplicar
parte de suas captações no mercado de capitais.

PRINCIPAIS PAPÉIS PRIVADOS NEGOCIADOS NO MERCADO FINANCEIRO


- Ações: valores negociáveis e distribuídos aos acionistas de acordo com sua participação em valores monetários
(dinheiro).
- Opção sobre ações: representam um direito de compra ou venda de ações a um preço previamente fixado e válido
por determinado período.
- Depositary receipts: são recibos de depósitos, lastreados em ações, que permitem às empresas brasileiras a
captação de recurso no mercado internacional.
- Commercial papers e export notes: são papéis negociáveis, a curto prazo, emitidos por uma sociedade
demandante de recursos, para financiamento de capital de giro, cuja garantia do título é o próprio desempenho da
empresa.
- Debêntures: são títulos de crédito emitidos por sociedades anônimas, tendo como garantia seus ativos.
- Letras de Câmbio: são emitidas pelos financiados dos contratos de crédito, aceitas pelas instituições participantes
da operação, e, posteriormente, vendidas a investidores no mercado financeiro.
- Certificados / Recibos de depósitos bancários: destinados a financiar capital de giro das empresas, os
certificados (CDB) são uma obrigação de pagamento de um capital aplicado em depósito, a prazo fixo, em instituições
financeiras.
- Certificados de depósitos interfinanceiros: são operações lastreadas pelos títulos emitidos pelas instituições
que atuam como compradoras e vendedoras de dinheiro.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


335
ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 02:

Pesquise em revistas, Internet e responda às seguintes perguntas: “Como está a política


habitacional no Brasil?”
“Quais são os planos habitacionais coerentes com a atual situação de moradia?” “Dê sua opinião
sobre os “sem tetos”. Elabore um texto sobre as situações acima. Apresente para o professor/tutor no
Exitum.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 02.

Atençáo!

Caro Estudante, após a Unidade 3 -Sistema Financeiro, você deverá resolver as Atividades da Unidade II
deste volume (referentes ao Sistema Financeiro). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção,
pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.

336 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - III A
U
SISTEMA FINANCEIRO L
A
Dentre um dos objetivos permanentemente
perseguidos pela política
3
econômica destaca-se a promoção do desenvolvimento
econômico.
É indispensável a existência de um sistema organizado
e
eficiente que realize
a transformação de poupança em
investimento.
O Sistema Financeiro tem a função
de transferir recursos entre os agentes superavitários
(detentores de poupança) e os
deficitários (tomadores de crédito), transformando
desta forma, poupança em
investimento, para a promoção do
desenvolvimento econômico.

AULA 03

NOÇÕES DE MERCADO FINANCEIRO


(MERCADO MONETÁRIO, DE CRÉDITO, DE CAPITAIS E CAMBIAL)
MERCADO MONETÁRIO:
O Mercado Monetário envolve as operações de curto e curtíssimo prazos, proporcionando um controle ágil e rápido
da liquidez da economia e das taxas de juros básicas pretendidas pela política econômica das autoridades monetárias.
São negociados, principalmente, os papéis emitidos pelo BACEN, voltados à execução da política monetária (oferta
de moeda) do Governo Federal (ex.: BBC - Bônus do Banco Central) e pelo Tesouro Nacional, emitidos com o objetivo de
financiar o orçamento público (ex.: NTN - Notas do Tesouro Nacional; LTN - Letras do Tesouro Nacional), além de outros
títulos públicos emitidos pelos Estados e Municípios.
a) Sistemas de Custódia e Liquidação de Títulos - SELIC e CETIP - a maior parte dos títulos públicos e privados
negociados no mercado monetário são escriturais, ou seja, não são emitidos fisicamente (normalmente através de conta
corrente), exigindo maior organização em sua liquidação e transferência. São denominados de Selic e Cetip.
O Sistema Especial de Liquidação e Custódia - SELIC foi desenvolvido pelo Banco Central e a ANDIMA
(Associação Nacional das Instituições do Mercado Aberto), em 1979, operando apenas com títulos públicos do BACEN e
do Tesouro Nacional. São negociados entre operadoras das Instituições financeiras credenciadas.
A Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos Privados - CETIP passou a operar, em 1986, como
um sistema bastante semelhante ao SELIC, só que com títulos privados, como CDB, RDB, debêntures, CDI, etc.
Algumas vezes, operam com títulos públicos que se encontram em poder do setor privado da economia.
Os dois sistemas de liquidação e custódia (SELIC e CETIP) têm por objetivo básico promover a boa liquidação das
operações do mercado monetário, propiciando maior segurança e autenticidade aos negócios realizados, nos quais as
taxas SELIC e CETIP são periodicamente divulgadas para melhor transparência.
b) Títulos Públicos: Os governos Federal, Estadual e Municipal costumam emitir títulos para captar recursos de
modo a financiar dívidas públicas. Os títulos estaduais e municipais apresentam uma baixa liquidez, tendo uma
circulação mais restrita. Os títulos públicos federais, ao contrário, têm maior aceitação e liquidez.
Os títulos da dívida pública do Governo Federal, classificados pela natureza de suas emissões e pelas suas principais
características de negociação, são apresentados a seguir:

LTN – Letras do Tesouro LFT – Letras Financeiras NTN – Notas do Tesouro


Nacional – são do Tesouro -rendimentos Nacional – prazo mínimo
negociadas com deságio definidos pela taxa de resgate: 3 meses –
- 10% e recebe 100%. média SELIC. O prazo é dependem da taxa do
Prazo mínimo - 28 dias. definido pelo Tesouro dia.
Nacional.

BBC – Bônus do Banco LBC – Letras do Banco NBC – Notas do Banco


Central – rendimentos Central – Semelhantes Central – rendimentos
pré-fixados na forma de às LFT – remuneração postecipados e atrelados
desconto (deságio). definida pela taxa média a um indexador da
Aplicação de curto prazo diária do SELIC. São de economia.
– 28, 35, 42 e 49 dias. grande atratividade para Prazo mínimo de
os investidores. emissão – 3 meses.
Juros pagos
periodicamente.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


337
c) Mercado Aberto - Open Market: O BACEN coloca e retira títulos do mercado com intuito de regular a oferta
monetária (quantidade de dinheiro na economia), ou seja, utiliza o mercado aberto para efetuar a venda primária
(leilão primário) de títulos. As propostas de compra desses títulos são feitas pelas instituições financeiras, escolhidas
pelo BACEN. Estas instituições financeiras negociam esses títulos (open market) com o compromisso de recomprá-
los em uma data futura, o que constitui o chamado mercado secundário.
Outra operação conhecida no mercado aberto secundário é o overnight. As instituições financeiras vendem e
compram novamente os títulos públicos do dia para a noite (operação de um dia).
d) Atuação dos Bancos Comerciais no Mercado Monetário: Os bancos comerciais levantam recursos
(dinheiro) no mercado mediante a captação de depósitos à vista (dinheiro que o público deposita) e colocações de
títulos de sua emissão, com o objetivo de financiar suas aplicações de ativos, tais como: concessões de créditos
(emprestar para comprar um carro, dar um cheque especial, etc.) formulação de carteiras de títulos (descontar
duplicatas das empresas) e valores imobiliários, etc.
Quantos mais recursos (dinheiro) os bancos comerciais captam no mercado, mais eles emprestam e cobram
juros. Assim, multiplicam os depósitos à vista, o que pode descontrolar a política monetária do Governo. Por isso o
BACEN determina que um percentual de todos os depósitos seja recolhido aos cofres do BACEN: são os chamados
depósitos compulsórios e voluntários.
e) Mercado de Títulos de Dívida Externa: O mercado de títulos de dívida externa é constituído pelos papéis
emitidos pelas diversas economias como conseqüência de (re)negociação de dívidas com credores privados
externos e organismos financeiros internacionais (FMI e Banco Mundial).

O principal papel representativo da dívida externa do Brasil é o Bond (bônus)


emitido pelo Governo em troca de dívidas bancárias. O bond é um título de renda
fixa que identifica uma obrigação de pagamento, por parte do Governo, diante de
um empréstimo concedido por um investidor.

MERCADO DE CRÉDITO

O Mercado de Crédito engloba as operações de financiamento a curto e médio


prazos, direcionadas aos ativos permanentes e capital de giro das empresas e
pessoas físicas. Esta oferta de crédito, no mercado, é constituída, basicamente,
pelos bancos comerciais e sociedades financeiras.

Empréstimos de curto e médio prazos: As instituições bancárias realizam diversas modalidades de créditos,
no mercado, destacando-se o desconto de títulos, as contas garantidas, os créditos rotativos, os empréstimos para
capital de giro e para pagamento de tributos das empresas, etc.
a) Desconto bancário de títulos: é uma operação de crédito típica do sistema bancário, que envolve
principalmente duplicatas e notas promissórias, e caracteriza-se como uma operação de desconto bancário.
b) Contas garantidas: equivalem à abertura de uma conta com um limite de crédito garantido pela instituição
bancária. Os encargos financeiros são calculados sobre o saldo que permanecer descoberto (negativo) e cobrado
pelo número de dias descobertos, normalmente no final de cada mês.
c) Créditos rotativos: são linhas de créditos abertas pelos bancos, que visam o financiamento das
necessidades de curto prazo (capital de giro) das empresas e são movimentadas normalmente por meio de cheques.
A diferença das contas garantidas é que a empresa dá garantias com duplicatas.
d) Empréstimos para capital de giro e pagamento de tributos: os empréstimos para capital de giro são
oferecidos pelos bancos por meio de uma formalização contratual que estabelece as condições básicas da
operação, como garantias, prazo de resgate, encargos financeiros. As garantias podem ser oferecidas por meio de
duplicatas, avais, notas promissórias, etc.
Os empréstimos para pagamento de tributos constituem adiantamentos concedidos às empresas para
liquidação de impostos e tarifas públicas, como IPI, ECMS, IR, INSS.
e) Operações de vendor: é uma operação de crédito em que uma instituição bancária paga à vista a uma
empresa comercial os direitos relativos às vendas realizadas e recebidas em cessão, em troca de uma taxa de juros
mais baixa do que no mercado. No vendor, a empresa vendedora atua como cedente do crédito, e o banco como
cessionário e financiador do comprador.
f) Crédito direto ao consumidor: conhecido como CDC, é uma operação tipicamente destinada a financiar
aquisições de bens e serviços por consumidores ou usuários finais.
g) Adiantamento de contrato de câmbio - ACC: é uma operação que representa um incentivo de crédito aos
exportadores. As instituições financeiras, autorizadas a operar com câmbio, adiantam aos exportadores recursos
lastreados nos contratos de câmbio firmados com importadores estrangeiros, proporcionando recursos antecipados
às empresas nacionais exportadoras.

MERCADO DE CAPITAIS:

O Mercado de Capitais é o municiador (intermediário) entre os que detêm os


recursos (dinheiro) e os deficitários (não proprietários de dinheiro). As
principais modalidades de financiamentos a médio e longo prazo, realizadas no
mercado de capitais nacional e internacional, são as seguintes: Financiamento
de capital de giro, Operações de repasse, Arrendamento mercantil, Oferta
pública de ações e debêntures e Securitização de recebíveis.

a) Financiamento de Capital de Giro: o financiamento de capital de giro, realizado por bancos comerciais /
múltiplos e bancos de investimentos, visa suprir a necessidade das empresas de ativo circulante.

338 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


As operações são realizadas dentro de um prazo de resgate de 6 a 24 meses, podendo pagar o total ou em
prestações.
Para realizar essas operações, as instituições captam seus recursos para emprestarem às empresas, em operações
como: commercial paper, CDB e RDB.
b) Operações de repasses: são empréstimos contratados por instituições financeiras do mercado de capitais e
repassados a empresas carentes de recursos para investimento em longo prazo. Os repasses podem ser recursos
internos e externos.
Os recursos internos consistem na alocação de disponibilidade proveniente de fundos governamentais. Os recursos
externos são provenientes da contratação de empréstimos em moeda estrangeira.
c) Arrendamento Mercantil: compreendida como uma forma especial de financiamento. Essa modalidade é
praticada mediante a celebração de um contrato de arrendamento (aluguel) efetuado entre um cliente (arrendatário) e
uma sociedade de arrendamento mercantil (arrendadora), visando à utilização, por parte do arrendatário, de certo bem
durante um prazo determinado, cujo pagamento é efetuado em forma de aluguel (arrendamento). Quando as prestações
do aluguel são sucessivas (mensais iguais), denomina-se Leasing financeiro.
d) Oferta pública de ações e debêntures: esta oferta é característica de sociedades anônimas. A empresa que
necessita de capital de giro, procura uma instituição financeira e coloca à venda lotes de ações de sua empresa, no
mercado de capitais, remunerando os compradores no futuro (principalmente os acionistas têm a preferência de
compra).
e) Securitização de recebíveis: é realizada geralmente por empresas que apresentam uma carteira bastante
pulverizada de valores a receber (pouco dinheiro), jogando títulos (debêntures) no mercado para captação de recursos.

MERCADO CAMBIAL:
O Mercado Cambial é o segmento financeiro em que ocorrem operações de compra e venda de moedas
internacionais conversíveis, ou seja, em que se verificam conversões de moeda nacional em estrangeiras e vice-versa.
Este mercado reúne todos os agentes econômicos que tenham motivos para realizar transações com o exterior, como
operadores de comércio internacional, instituições financeiras, investidores e bancos comerciais.
Taxas Internacionais de Juros: as operações de financiamento, no exterior, são realizadas por meio de taxas
internacionais de juros, como a libor e prime rate.
A libor é a taxa de juros interbancária do mercado de Londres, comumente utilizada nas operações internacionais de
empréstimos realizados entre instituições financeiras.
A prime rate é a taxa de juros cobrada pelos bancos americanos de seus clientes classificados como preferenciais
(menos risco).
Operações Futuras de Câmbio: nesta modalidade de operação cambial futura, a moeda é negociada no presente,
em paridade e quantidade, ocorrendo, entretanto, a entrega efetiva (pagamento) no futuro. Mas o importador corre o
risco de o câmbio aumentar e ser obrigado a pagar a mais da moeda nacional (ter um custo maior).
Taxa referencial de Juros - TR: A TR é um indexador (índice) que substitui outro indexador em 1991. A TR é formada
a partir das taxas dos CDB / RDB, as quais são definidas supondo influências das variações da taxa CDI. Na concepção,
a TR deveria corrigir todos os instrumentos financeiros do mercado, com previsão de alguma forma de indexação em
seus valores, além de permitir a emissão de títulos públicos e privados com correção atrelada à TR.
Taxa financeira Básica - TBF: A TBF foi criada, em 1995, com base nos rendimentos médios mensais, oferecidos
pelos CDB de 30 dias, informando seu percentual periodicamente ao mercado. A taxa divulgada é utilizada para
remunerar as aplicações financeiras a prazo fixo com maturidade mínima de dois meses.
Taxas do Banco Central - TBC e TBAN: o BACEN criou uma taxa de juro de caráter mensal - TBC - tendo por
objetivo referencial, o nível mínimo dos juros nas operações open market (mercado aberto), e para o mercado financeiro
de uma maneira geral. As taxas são determinadas livremente nos mercados pelos agentes financeiros, como resultado
do equilíbrio entre oferta e demanda de recursos (dinheiro), nos percentuais que excedem ao piso mínimo sugerido pela
TBC.
A TBAN - Taxa e Assistência do Banco Central funciona ao contrário da TBC, tendo o percentual máximo a ser
adotado como referência pelo mercado em suas operações de compra e venda de títulos públicos.
Taxa de juros de longo prazo - TJLP: A TJLP é uma taxa de juros aplicada preferencialmente em operações a longo
prazo e utilizada para remunerar, entre outros, os recursos do PIS / Pasep e do Fundo de Amparo ao Trabalhador - FAT.
Está previsto seu uso também em substituição à TR, em linhas de financiamento geridas pelo BNDES.

ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 03:

Pesquise em revistas, Internet, livros, etc., sobre: “O mercado de capitais dentro do ramo imobiliário.
Elabore um texto.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 03.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


339
Atençáo!

Caro Estudante, após a Unidade 3 - Sistema Financeiro, você deverá resolver as Atividades da Unidade II
deste volume (referentes ao Sistema Financeiro). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção,
pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.

340 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


UNIDADE - III A
U
SISTEMA FINANCEIRO L
A
4
O modelo de desenvolvimento, hoje, no mundo todo,
consiste na abertura para os mercados internacionais,
concretamente em focar seus interesses na
exportação.
Na década de 1990, a dinâmica da economia brasileira
sofreu alterações decorrentes não
somente de uma política de estabilização, que garantiu a
redução do processo inflacionário, mas também, de
mudanças no âmbito das empresas
que se alinharam a um novo
padrão tecnológico e organizacional
predominante nos países
capitalistas avançados.

AULA 04

ECONOMIA BRASILEIRA
A industrialização brasileira apresentou, historicamente, diferenciais que distanciaram o seu parque industrial das
demais economias latino-americanas, todas integrantes da denominada periferia do mundo desenvolvido capitalista. O
avanço do desenvolvimento capitalista brasileiro, contudo, ocorreu paralelamente com a emergência de pressões
inflacionárias, agravamento das contas externas e deterioração das finanças públicas que se manifestaram, de forma
contundente, nos anos de 1980.
No prenúncio dos anos de 1990, a nova proposta de desenvolvimento econômico, alicerçado na abertura
econômica, entre outros aspectos, e a política de estabilização, a partir de 1994, propiciaram o realinhamento da
economia brasileira a um novo contexto do desenvolvimento capitalista mundial em que palavras como globalização e
neoliberalismo, tornaram-se representativas do somatório de transformações e representações hegemônicas no
período.
A abertura econômica é entendida aqui como a redução dos impostos incidentes sobre os bens importados, bem
como a eliminação dos obstáculos, existentes nos regulamentos, leis, controles, normas, que impediam a livre
movimentação das mercadorias e capitais estrangeiros. Esse processo ocorreu, no Brasil, ao longo da década de 1990 e
representou o alinhamento do país à onda de expansão do comércio e de capitais liderados pelas empresas dos países
desenvolvidos. O movimento de expansão, chamado de globalização, foi possível com as transformações tecnológicas.
A compreensão dessa nova realidade e o impacto no desenvolvimento capitalista brasileiro, bem como a forma pela
qual o país enfrentou seus problemas, tornaram-se fundamentais para traçar as perspectivas da economia brasileira,
além de apontarem os desafios (novos e velhos) para se atingir uma realidade social menos excludente.
Os impactos da abertura comercial e da estabilização da economia brasileira dos anos 90:
A economia brasileira, enquanto economia periférica ao desenvolvimento capitalista mundial, até a década de 1980,
conseguiu avançar no seu processo de industrialização, apresentando um parque industrial com empresas produtoras
de bens de capital e de insumos modernos, além das produtoras de bens de consumo durável e não durável.
A instabilidade macroeconômica marca o período seguinte que se entende até meados de 1994. A crise da dívida
externa, impedindo o acesso a novas linhas de crédito, a deterioração das finanças públicas e a conseqüente inflação
orientaram a implementação de políticas de ajuste impedindo que as empresas realizassem um efetivo alinhamento às
mudanças organizacionais e tecnológicas dominantes no cenário econômico mundial.
A Política Industrial e de Comércio Exterior (PICE) inaugurada com o Governo Collor, a partir de 1990, pressiona para
uma adequação das organizações em curto período de tempo. A nova política industrial passa a ser questão da
competitividade que se torna indicadora do objetivo empresarial a ser perseguido. Apesar da política industrial do
Presidente Collor ser alicerçada em uma política de concorrência e uma política de competitividade, a primeira, tornou-
se mais efetiva com o processo de redução dos impostos incidentes sobre os bens importados, destacando-se pela
desmontagem do sistema de proteção e de incentivos construídos nas décadas anteriores.

A abertura do mercado brasileiro e a valorização do real foram condicionantes do


êxito do Plano Real, ou seja, para o combate à inflação ao aumentarem a quantidade
e reduzirem os preços dos bens importados, respectivamente.

O ajuste realizado pelas empresas, para fazer frente à política industrial, significou reestruturações dos processos
produtivos, pois estas são direcionadas para priorizar as atividades internas em que as empresas são competitivas,
eliminar as atividades até então realizadas e consideradas subsidiárias (terceirização), implementar programas visando
à melhoria e qualidade etc. A palavra de ordem era a busca de aumento da produtividade, obtida, nesta primeira etapa,
com a redução de custos e a maior racionalização da produção.
As medidas implementadas, porém, não atingiram as deficiências do sistema empresarial e nem alteraram a

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


341
estrutura industrial brasileira.
O destaque da estrutura industrial foi o crescimento do complexo automotivo, setor favorecido pela política
industrial das décadas anteriores, e perda da participação do segmento produtor de bens de capital.
A liberação comercial também foi fundamental para a queda da inflação obtida com o Plano Real, em 1994, pois a
ampliação da oferta de bens importados impediu movimentos de alta dos preços. Além disso, a valorização do real
em relação às moedas estrangeiras, em particular o dólar, no período de julho de 1994 a janeiro de 1999, ampliou o
impacto competitivo da liberação comercial, pois reduziu os preços dos bens importados.
Além da abertura comercial, outros fatores vinculados à situação macroeconômica também afetaram as
decisões produtivas e de investimento industrial na década de 1990, entre eles: a manutenção de elevadas taxas de
juros internas, as oscilações do nível de atividade econômica e a elevação da carga tributária advindos, em particular,
da elevação da tributação cumulativa como o PIS, CPMF e Cofins.
O perfil industrial, ao final dos anos 1990, caracterizou-se pelos seguintes aspectos: as empresas multinacionais
aumentaram sua participação nos setores de alimentos, eletrodomésticos e autopeças; preponderância na estrutura
industrial, como no passado, das indústrias produtoras de bens de consumo duráveis e de bens intermediários, pois
foram os segmentos que obtiveram os maiores ganhos de competitividade, bem como foram os dominantes em
termos de introdução de novas técnicas, visando qualidade e produtividade; a estrutura industrial não foi alterada e
nem da pauta de exportação de bens industrializados; a desindustrialização, prevista com a abertura comercial, não
ocorreu na magnitude preconizada ficando restrita a alguns segmentos como o produtor de bens de capital.
A estabilização dos preços e a modernização do parque produtivo, que se destaca, nos anos de 1990, revela que,
apesar de atrasadas, frente aos movimentos internacionais, estão surgindo novas e distintas possibilidades de
recuperação efetiva do crescimento econômico brasileiro, condição precípua para dentro do contexto político atual
ocorrer a melhoria das condições sociais.

No momento atual da economia mundial, marcada pelas transformações das


relações globais e pela formação de blocos regionais, a busca pela ampliação da
economia brasileira no comércio internacional deve ser objetivo estratégico na
atuação do setor público e privado nos próximos anos.

As transformações verificadas na organização e nas tecnologias das empresas dos países desenvolvidos
determinaram novos padrões de competitividade e de concorrência tornando um impacto mundial.
O Brasil ainda deparando-se com problemas internos, como dívida externa, inflação e desequilíbrios estruturais
nas contas públicas, demorou em alinhar-se e recebeu esse impacto muito melhor do que se previa, graças à
abertura comercial e pela política econômica que segue à implementação do real ao longo da década de 1990.
Os desafios da economia brasileira ainda são significativos não somente no âmbito econômico, mas também no
social.

O modelo de desenvolvimento, hoje, no mundo todo, consiste na abertura


para os mercados internacionais, concretamente em focar seus interesses na
exportação.

As principais megatendências que estão moldando a integração mundial são:

Telecomunicações: a tecnologia das comunicações vem atravessando uma revolução nas últimas décadas. As
comunicações, via satélite, disponibilizaram a informação em tempo real para qualquer lugar do planeta. O impacto
dos avanços tecnológicos nas comunicações, aliado ao desenvolvimento e à redução nos preços dos equipamentos
de informática, transformou o gerenciamento de negócios internacionais, ampliando as possibilidades de
planejamento, coordenação e controle de operações internacionais e agilizando a tomada de decisões.
Finanças: o setor financeiro é o segmento que atingiu o maior nível de integração mundial. Os capitais
internacionais fluem com velocidade, entre países e mercados, em busca de alternativas para aplicações
especulativas ou investimentos, tornando as economias nacionais altamente vulneráveis aos movimentos
financeiros internacionais.
Economia: as duas principais megatendências econômicas são a formação de blocos econômicos regionais,
principalmente a União Européia e a ALCA, e a queda das barreiras alfandegárias, que se verifica na maioria dos
países. Do ponto de vista das empresas, a integração da economia mundial é a tendência de maior impacto, uma vez
que a queda de barreiras alfandegárias (principalmente os impostos de importação) permite que um número maior
de competidores internacionais passe a exportar seus produtos com menores preços e melhor qualidade, alterando,
em poucos anos, a estrutura dos mercados nacionais. É crucial que os dirigentes empresariais compreendam as
tendências mundiais que afetam seus negócios e encontrem soluções para os novos desafios surgidos com a
integração da economia mundial.
Economia Brasileira: para compreender os efeitos da integração internacional na economia brasileira,
precisamos conhecer a origem e a consolidação da industrialização neste país. A indústria brasileira foi implantada
dentro do que denominou “modelo de substituição das importações”, cuja dinâmica foi a diminuição gradual da
importação de manufaturados. Portanto, é nesse ambiente de proteção ao mercado interno que se dá a implantação
da indústria brasileira entre as décadas de 1930 a 1970. Nessa época, o mito do “Brasil potência” contribuiu para a
visão utópica de auto-suficiência econômica, pela qual qualquer indústria poderia ser implantada e bem-sucedida no
mercado brasileiro. O que se pode verificar é que este modelo de substituição de importação, alicerçado no forte
protecionismo brasileiro, na realidade estagnou as empresas nacionais fazendo com que estas empresas
reproduzissem padrões tecnológicos sucateados. Conseqüentemente, isto levou o Brasil a perder grande posição
no mercado internacional. O preço deste protecionismo exagerado é que está fazendo o Brasil passar por momentos
de turbulência atualmente.

342 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


A partir da década de 1980, os países industrializados, e dos anos de 1990, no
Brasil, as empresas passaram a enfrentar um novo desafio, pois as melhorias de
eficiência, promovidas nas atividades internas, deixaram gradativamente de
garantir sua sobrevivência e seu crescimento. O aumento da competição
internacional pelos mercados impôs novos padrões de desempenho produtivo,
tecnológico e mercadológico às empresas que pretendem alcançar um nível de
competitividade global.
Devido à sua complexidade, bem como às características particulares de cada
empresa e dos mercados, as estratégias de globalização, quando adequadas e
bem-sucedidas, tornam-se um diferencial competitivo de longo prazo, porque não
podem ser reproduzidas de maneira genérica, mesmo por empresas concorrentes.
O grande desafio da empresa global é ter um produto local e global ao mesmo
tempo.

ATIVIDADES DE AUTO-AVALIAÇÃO AULA 04:

Pesquise em revistas, Internet, livros, etc., sobre “A Economia Brasileira nos anos 80”. Elabore um texto e
entregue ao seu professor/tutor no Exitum.

PARA SUAS ANOTAÇÕES SOBRE A AULA 04.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


343
Atençáo!

Caro Estudante, após a Unidade 3 - Sistema Financeiro, você deverá resolver as Atividades da Unidade II
deste volume (referentes ao Sistema Financeiro). Poderá, também, optar pelos exercícios que estão no Site
www.exitumeducacao.com.br, imprimi-los, datá-los e assinar para apresentar ao professor/tutor para correção,
pois valem nota de 0,0 a 10,0.

As avaliações estarão assim distribuídas:

Avaliação Parcial Unidade I - Introdução à Economia.


Avaliação Parcial Unidade II - Políticas Econômicas.
Avaliação Parcial Unidade III - Sistema Financeiro.
344 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM
TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III Ass. Profº:
SISTEMA FINANCEIRO Data:

EXERCÍCIO A

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) Nos sistemas econômicos primitivos a troca fazia-se diretamente, sem a utilização da moeda (economia de
escambo). Como eram chamadas essas trocas?
a) Permuta.
b) Amonetárias.
c) Vendas indiretas.
d) n.d.a.

2) Qual foi, historicamente, a primeira forma de moeda?


a) Moeda-mercadoria.
b) Moeda de bronze.
c) Moeda de ouro.
d) n.d.a.

3) Quais eram as principais vantagens da moeda-metálica (ouro e prata) em relação à moeda-mercadoria?


a) Facilidade de transporte, fácil reconhecimento, entesouramento.
b) Concentração de valor em pequeno volume, divisibilidade.
c) Durabilidade, fácil manejamento, fácil aceitação.
d) Todas as alternativas estão corretas.

4) Quais foram os banqueiros primitivos?


a) Os ourives.
b) Os nobres.
c) Os reis.
d) n.d.a.

5) A quem cabe o monopólio da emissão do papel-moeda?


a) Ao Banco Central.
b) Ao Banco do Brasil.
c) Às instituições financeiras.
d) n.d.a.

6) A moeda escritural ou bancária é representada:


a) pelos depósitos em ouro dos clientes.
b) pelos depósitos à vista do público nos bancos comerciais.
c) pelos depósitos à prazo em títulos do governo.
d) n.d.a.

7) Qual o sinônimo de papel-moeda?


a) Recursos de capital.
b) Moeda-fiduciária.
c) Moeda-ouro.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


345
8) Quais os ativos financeiros (quase-moeda) não-monetários, cujos graus de liquidez se aproximam da
moeda?
a) Depósitos de poupança.
b) Certificados de depósito bancário (CDB).
c) Títulos da dívida pública (BBC, NTN, NBC).
d) Todas as alternativas estão corretas.

9) “O crédito é uma operação financeira que consiste na permissão para que alguém entre na
__________________ e não na _______________ de um bem contra um pagamento futuro”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) posse, propriedade.
b) dívida, propriedade.
c) propriedade, posse.
d) n.d.a.

10) Quando alguém contrai uma dívida para uma compra de um bem de capital e já recebe diretamente esse
bem, denominamos:
a) crédito.
b) financiamento.
c) alienação.
d) n.d.a.

346 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III Ass. Profº:
SISTEMA FINACEIRO Data:

EXERCÍCIO B

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) Quem empresta é denominado de _______, e quem toma emprestado é _______.


a) devedor, credor.
b) credor, devedor.
c) alienado, alienador.
d) n.d.a.

2) Quando o devedor entra na posse do recurso financeiro e dele pode dispor com liberdade, denominamos essa
operação de:
a) empréstimo.
b) crédito.
c) débito.
d) n.d.a.

3) O Crédito divide-se em:


a) Produção.
b) Crédito de consumo.
c) Crédito para o estado.
d) Todas as alternativas estão corretas.

4) Onde se realizam as operações de curto prazo?


a) No mercado monetário.
b) No mercado de crédito.
c) No mercado de capitais.
d) n.d.a.

5) Onde são efetuados os financiamentos de capital de giro e do capital fixo das empresas e das construções
habitacionais?
a) No mercado monetário.
b) No mercado de crédito.
c) No mercado de capitais.
d) n.d.a.

6) “A função econômica e social do Sistema Financeiro se evidência através do processo de distribuição de


recursos no ________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) Mercado Financeiro.
b) Mercado de Capitais.
c) Mercado de Crédito.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


347
7) As Instituições Financeiras são de natureza:
a) bancária ou monetária.
b) não bancária ou não monetária.
c) somente bancária.
d) as alternativas a e b estão corretas.

8) Quem tem permissão para emitir moeda em um país?


a) Os bancos estatais.
b) O banco central.
c) O conselho monetário.
d) n.d.a.

9) São exemplos de instituições não bancárias:


a) sociedades corretoras.
b) bancos de investimentos.
c) sociedades financeiras.
d) todas as alternativas estão corretas.

10) “Processa todo o controle do sistema financeiro, controla as ações de órgãos normativos e legisla as
instituições financeiras públicas e privadas”. Estamos nos referindo ao:
a) Banco do Brasil.
b) Conselho Monetário Nacional.
c) Banco Central do Brasil.
d) n.d.a.

348 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III Ass. Profº:
SISTEMA FINACEIRO Data:

EXERCÍCIO C

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) Qual foi, historicamente, a primeira forma de moeda?


a) Moeda-mercadoria.
b) Moeda de bronze.
c) Moeda de ouro.
d) n.d.a.

2) Quem tem permissão para emitir moeda em um país?


a) Os bancos estatais.
b) O banco central.
c) O conselho monetário.
d) n.d.a.

3) Quais eram as principais vantagens da moeda-metálica (ouro e prata) em relação à moeda-mercadoria?


a) Facilidade de transporte, fácil reconhecimento, entesouramento.
b) Concentração de valor em pequeno volume, divisibilidade.
c) Durabilidade, fácil manejamento, fácil aceitação.
d) Todas as alternativas estão corretas.

4) Quais foram os banqueiros primitivos?


a) Os ourives.
b) Os nobres.
c) Os reis.
d) n.d.a.

5) “Processa todo o controle do sistema financeiro, controla as ações de órgãos normativos e legisla as
instituições financeiras públicas e privadas”. Estamos nos referindo ao:
a) Banco do Brasil.
b) Conselho Monetário Nacional.
c) Banco Central do Brasil.
d) n.d.a.

6) “A função econômica e social do Sistema Financeiro se evidência através do processo de distribuição de


recursos no ________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) Mercado Financeiro.
b) Mercado de Capitais.
c) Mercado de Crédito.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


349
7) São exemplos de instituições não bancárias:
a) sociedades corretoras.
b) bancos de investimentos.
c) sociedades financeiras.
d) todas as alternativas estão corretas

8) Quais os ativos financeiros (quase-moeda) não-monetários, cujos graus de liquidez se aproximam da


moeda?
a) Depósitos de poupança.
b) Certificados de depósito bancário (CDB).
c) Títulos da dívida pública (BBC, NTN, NBC).
d) Todas as alternativas estão corretas.

9) Onde se realizam as operações de curto prazo?


a) No mercado monetário.
b) No mercado de crédito.
c) No mercado de capitais.
d) n.d.a.

10) O Mercado de Capitais é o intermediário entre os que detêm os recursos e os deficitários. Quais são as
principais modalidades de financiamentos a médio e longo prazo dentro do mercado de capitais?
a) Financiamento de capital de giro, oferta pública de ações e debêntures.
b) Operações de repasse, arrendamento mercantil.
c) Securitização de recebíveis.
d) Todas as alternativas estão corretas.

350 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


TÉCNICO EM TRANSAÇÕES IMOBILIÁRIAS
ECONOMIA E MERCADO NOTA:
AVALIAÇÃO PARCIAL UNIDADE III Ass. Profº:
SISTEMA FINACEIRO Data:

EXERCÍCIO D

NOME DO ALUNO: _____________________________________________________________________________

Nº. DA MATRÍCULA: ___________________________ DATA: ________/_______/__________

ASSINATURA DO ALUNO: _______________________________________________________________________

1) Você deverá entregar somente um exercício. Comece pelo exercício A, caso não alcance a média mínima 6,0
poderá passar para os exercícios subseqüentes (B,C,D) .
2) Após a resolução do exercício (A,B,C, ou D - alcançando a média mínima 6,0) imprimir e preencher o
cabeçalho acima.
3) Não esquecer de assinar (assinatura oficial constante no RG.).
4) Entregar para o professor / tutor no Exitum.

BOA SORTE E SUCESSO!

1) Nos sistemas econômicos primitivos, a troca fazia-se diretamente, sem a utilização da moeda (economia de
escambo). Como eram chamadas essas trocas?
a) Permuta.
b) Amonetárias.
c) Vendas indiretas.
d) n.d.a.

2) Qual foi, historicamente, a primeira forma de moeda?


a) Moeda-mercadoria.
b) Moeda de bronze.
c) Moeda de ouro.
d) n.d.a.

3) A oferta pública de ações e debêntures é característica das:


a) sociedades limitadas.
b) empresas familiares.
c) sociedades anônimas.
d) n.d.a.

4) Quais são as principais megatendências que estão moldando a integração mundial?


a) Telecomunicações.
b) Finanças.
c) Economia.
d) Todas as alternativas estão corretas.

5) “A função econômica e social do Sistema Financeiro se evidência através do processo de distribuição de


recursos no ________________”.
Complete o período com a alternativa correta:
a) Mercado Financeiro.
b) Mercado de Capitais.
c) Mercado de Crédito.
d) n.d.a.

6) Onde se realizam as operações de curto prazo?


a) No mercado monetário.
b) No mercado de crédito.
c) No mercado de capitais.
d) n.d.a.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


351
7) Quais eram as principais vantagens da moeda-metálica (ouro e prata) em relação à moeda-mercadoria?
a) Facilidade de transporte, fácil reconhecimento, entesouramento.
b) Concentração de valor em pequeno volume, divisibilidade.
c) Durabilidade, fácil manejamento, fácil aceitação.
d) Todas as alternativas estão corretas.

8) “As transformações na organização e tecnologias dos países desenvolvidos determinaram novos


padrões de ______________ e de concorrência tornando um _____________.”
Complete o período com a alternativa correta:
a) competitividade, impacto mundial.
b) economia, mercado sem fronteiras.
c) competitividade, mercado sem fronteiras.
d) n.d.a.

9) Quais os ativos financeiros (quase-moeda) não-monetários, cujos graus de liquidez se aproximam da


moeda?
a) Depósitos de poupança.
b) Certificados de depósito bancário (CDB).
c) Títulos da dívida pública (BBC, NTN, NBC).
d) Todas as alternativas estão corretas.

10) O Mercado de Capitais é o intermediário entre os que detêm os recursos e os deficitários. Quais são as
principais modalidades de financiamentos a médio e longo prazo dentro do mercado de capitais?
a) Financiamento de capital de giro, oferta pública de ações e debêntures.
b) Operações de repasse, arrendamento mercantil.
c) Securitização de recebíveis.
d) Todas as alternativas estão corretas.

352 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALBUQUERQUE, Marcos Cíntia Gonçalves. Introdução à Teoria Econômica. Ed. Mc. Graw Hill.
BARRE, Raymond. Manual de Economia Política. 1º e 2º volumes, Ed. Fundo de Cultura.
BRANSON, Willian. Macroeconomia. São Paulo: Habra, 1987.
EQUIPE DE PROFESSORES DA USP. Manual de Economia. São Paulo: Saraiva, 3ª edição, 1998.
FERGUSON, C.E.Microeconomia. Rio de Janeiro: Forense, 1978.
GRIECO, Francisco de Assis de. O Brasil e a globalização. São Paulo: Aduaneiras, 1997.
HEILBRAMER, Robert L. Elementos da macroeconomia. Zahar Editores.
KRAEMER, Armando. Noções de Macroeconomia. Ed. Sulina.
_______ Taxa de Câmbio e Balanço de pagamentos. Ed. Sulina.
KRUGMAN. Paul; OBSTELD, Maurice. Economia internacional teoria da política. São Paulo: Makron
Books, 2001.
MAIA, Jayme de Mariz. Economia internacional e comércio exterior. São Paulo: Atlas, 2001.
MAGALHÃES, João Paulo de Almeida.Economia. Vol.1, Ed. Paz e Terra, 1974.
_______, Economia. Vol.2, Ed. Paz e Terra, 1974.
McCORMICK, B. et. al. Introdução à economia. Rio de Janeiro: Zahar, 1976.
MONTORO, André Franco e outros. Manual de introdução à economia. Saraiva Editora, 1998.
PORTER, M.E. Estratégia competitiva: técnicas para análise de indústrias e da concorrência. Rio de Janeiro:
Campus, 1990.
RELATÓRIO DIEESE. Desempenho e reestruturação dos bancos após o Plano Real. São Paulo, 11 de
junho de 1997.
ROSSETI, José Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: editora Atlas. 17ª ed. 1997.
SAMUELSON, Poul A. Curso de economia moderna. [S.L.], Aguilar, 1978.
SILVA, Adelphino Teixeira. Economia e mercados. São Paulo: Atlas, 1990.
WANNACOTT, Paul. Economia. 2ª ed. São Paulo: Makron Books, 1994.

CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM


353
354 CENTRO DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL - EXITUM

Você também pode gostar