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2021

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A enfermagem é uma arte; e para realizá-la como arte, requer uma devoção tão exclusiva, um preparo
tão rigoroso, como a obra de qualquer pintor ou escultor; pois o que é o tratar da tela morta ou do frio
mármore comparado ao tratar do corpo vivo. (Florence Nighthingale)

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), saneamento pode ser entendido como o controle
de todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou podem exercer efeitos nocivos sobre o
bem estar físico, mental e social. Neste enfoque, o saneamento tem por objetivo minimizar os danos ao
meio ambiente que interferem na saúde da população, pode-se dizer que saneamento caracteriza o
conjunto de ações socioeconômicas que têm por objetivo alcançar salubridade ambiental. Também é
fator essencial para saúde, economia e produção de um país.

O objetivo da educação em saúde é ajudar as pessoas na preservação e promoção de saúde através


de medidas pessoais e coletivas, desenvolvendo hábitos saudáveis quando a higiene, habitação,
alimentação, prática desportiva, ao trabalho, ao lazer, postura e exercício, permitindo-lhes a sua
utilização imediata e futura no sentido de preservar a saúde de todos, desenvolvendo também no
individuo a atitude correta quanto as suas responsabilidades na conservação da própria saúde, da sua
família e da comunidade em que vive.

A educação em saúde deve levar ao conceito de que saúde é o resultado de múltiplos fatores ligados
á diversas áreas da atividade humana. Ela visa capacitar indivíduos e grupos de uma sociedade á saber
lidar com os problemas fundamentais da vida cotidiana, como instrução, desenvolvimento
psicofisiológico, dentro do contesto da sociedade em rápidas mudanças.

Para que a educação em saúde seja eficaz deva atingir cada indivíduo envolvendo-o de forma integral
em um processo constante de desafios que desenvolvam habilidades para resolver problemas,
perceber alternativas e construir encaminhamento de soluções baseadas nas construções da
autoconfiança e de uma consciência social.

Higiene

O que é higiene?

Higiene refere-se a uma ciência que estuda formas e regras para preservar os indivíduos e os animais
de doenças e para manter a saúde. A palavra higiene se origina da deusa “Hygia”, da mitologia grega,
filha de Esculápio e irmã de Panacéia. De acordo com a mitologia, Panacéia se dedicava ao ajudar o
pai na colheita de ervas medicinais e tratamento das enfermidades, enquanto Hygia preocupava-se em
ensinar o povo os meios de conservar a saúde, evitando-se a utilização de medicamentos, e priorizando
a adoção de medidas preventivas, para melhorar a qualidade de vida.

Higiene pessoal
A higiene pessoal é todo cuidado corporal. Ela não se refere só a tomar banho e escovar os dentes
para evitar o mau hálito, cuidar do corpo e de sua limpeza; é também zelar pela saúde. Esses hábitos
higiênicos devem ser ensinados na infância, o quanto antes, para que as crianças pratiquem com
consciência sempre. Pensar a higiene corporal é pensar numa condição de vida saudável. Para isso,
é necessária que se adquiram hábitos de higiene corporal desde a infância, como prática sistemática.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), higiene se refere ao campo de conhecimento
que trata de evitar doenças e de promover a saúde. A higiene do corpo compreende a higiene da pele,
boca, ouvidos, pés, olhos cabelos e mãos.

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Na higiene corporal devemos ter uma maior atenção com as mãos, pois utilizando-se delas é que os
indivíduos realizam suas atividades, e nela encontramos a maior fonte de contaminação. Então
através do simples ato de lavar as mãos com água e sabão, é que conseguimos fazer a remoção
das bactérias transitórias e algumas residentes, como também células descamativas, pêlos, suor,
sujidades e oleosidade da pele.
Higiene do ambiente
Para garantir a saúde humana e a qualidade total do alimento, é necessário que o ambienteesteja
organizado e livre de lixo, entulhos e materiais em desuso. Algumas regras são importantes para
se manter a sanidade ambiental e a segurança dos alimentos.

Tipos de higiene

Pessoal: é um conjunto de hábitos de limpeza que cada pessoa exerce no próprio corpo.

Exemplo: banho, escovação dos dentes etc,

Coletiva: é um conjunto de regras higiênicas estabelecidas pela sociedade às pessoas.

Exemplo : Cobrir a boca ao tossir ou espirrar; Não dividir copos, talheres e alimentos; Lavar a
mão depois de encostar em objetos sujos

Higiene mental – pensamentos positivos nos ajudam a: agirmos melhor, temos mais saúde, somos
mais felizes, os sentidos ficam mais apurados, a memória fica mais aguçada, a tensão mental se desfaz
e nossos órgãos como o estômago, o fígado e o coração funcionam melhor.
E ainda podemos dizer que a higiene pessoal é a chave do sucesso. Para mantê-la basta: ler, praticar
esporte, passear, viajar, acampar, assistir bons filmes ou peças de teatro, descansar, brincar com jogos
educativos, etc.

Higiene Ambiental é um conceito relacionado com a preservação das condições sanitárias do meio
ambiente de forma a impedir que este prejudique a saúde do ser humano.
Desta forma, a higiene ambiental pressupõe cautela em relação aos fatores químicos, físicos e
biológicos externos ao indivíduo. Visto que estes fatores podem ter um impacto sobre a saúde, o
objetivo da higiene ambiental é prevenir as doenças mediante a criação de espaços saudáveis.

A higiene ambiental deve zelar pela saúde tanto das gerações atuais como das futuras. Algumas áreas
de atividade da higiene ambiental são: desinfeção (para controlar bactérias, pragas e organismos
prejudiciais para a saúde), fumigação, desinfestação e desratização.

No casa hipotético de um indíviduo verter resíduos tóxicos numa determinada rua, compete ao Estado
a limpeza do local dirigindo-se a empresas especializadas em higiene ambiental. Assim, não se permite
que indivíduos que passem pelo local adoeçam devido à exposição a esses resíduos.

saneamento básico

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O saneamento básico é uma questão que não é tratada com responsabilidade no Brasil. Enquanto
temos regiões muito desenvolvidas, temos outras que a população não tem o mínimo para viver de
forma digna.

A falta de saneamento básico é o início da cadeia que faz com que a população desenvolva doenças.
As crianças são as mais afetadas com diarreias, vômitos, mas não podemos deixar de relacionar os
adultos que da mesma forma desenvolvem doenças devido o saneamento básico precário.

Como o próprio nome diz, saneamento básico, é o mínimo que uma população deve ter para poder
viver tranquilamente sem doenças e com saúde. Entender que nós podemos contrair doenças por causa
de esgoto, lixo não é uma tarefa difícil, mas fazer com que os governantes invistam nisso, essa sim é
uma tarefa muito complicada.
Saneamento básico e doenças são questões que sempre estarão juntas, portanto cabe a nós como
população, eleitores, exigir providências dos nossos representantes. E como profissionais de saúde
devemos educar e orientar a população quanto as regras básicas para prevenção das doenças
causadas por falta de saneamento básico.

Saude Vs Doença

Saúde significa o estado de normalidade de funcionamento do organismo humano. Ter saúde é viver
com boa disposição física e mental. Além da boa disposição do corpo e da mente, a OMS (Organização
Mundial da Saúde) inclui na definição de saúde, o bem-estar social entre os indivíduos.

Doença é um conjunto de sinais e sintomas específicos que afetam um ser vivo, alterando o seu estado
normal de saúde. O vocábulo é de origem latina, em que “dolentia” significa “dor, padecimento”.

Profilaxia

É um termo utilizado na área da saúde e significa medidas de prevenção. A origem da palavra é


grega e quer dizer “Cautela”. O termo profilaxia se refere a medidas de precaução e a adoção de
meios que evitem a proliferação de doenças.

Um exemplo destas medidas de profilaxia é a vacinação. As vacinas agem de maneira a imunizar o


sistema imunológico devido a um primeiro contato com os causadores da doença. O sistema
imunológico protege o organismo tornando-o imune.

Medidas profiláticas

São medidas tomadas para evitar a disseminação e contaminação, são muito semelhantes e baseiam-
se, principalmente em tratamento da água, medidas de saneamento básico, educação sanitária,
identificação e tratamento dos doentes assintomáticos, principalmente daqueles que são manipuladores
de alimentos. Lavar as mãos com freqüência, em especial antes de preparar alimentos e antes das
refeições; lavar bem e tratar todos os alimentos crus; não defecar ao ar livre e sim em ambiente
apropriado; proteger os alimentos contra moscas e baratas; usar água devidamente tratada ou fervê-la
antes de beber; destino adequado do lixo, são as principais medidas para evitar a propagação dos
cistos e contaminação de novas pessoas.

As medidas profiláticas podem ser estabelecidas de acordo com níveis de prevenção,


correspondentes aos períodos da história natural da doença.
Na prevenção primária, as medidas são aplicadas no período pré-patogênico da doença, impedindo
que seja introduzida no ecossistema e, por consequência, nas pessoas ou animais. Inclui ações
inespecíficas e específicas:

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1. Ações inespecíficas: Condições de adequação ao ambiente, abrigo ou habitação, alimentação, lazer,
convívio social ou de densidade populacional, ações educativas e de saneamento;

2. Ações específicas: Dirigem-se a determinada doença através de vacinas ou utilização de


medicamentos (profiláticos) específicos.

A prevenção secundária é feita quando não há sucesso das medidas profiláticas primárias. Neste
caso, as ações são dirigidas para as fontes de infecção.
A prevenção terciária corresponde às medidas aplicadas às consequências de determinada doença,
como a deficiência funcional, por exemplo, em que o tratamento profilático visa a recuperação parcial
ou total do indivíduo, reintegrando-o à sociedade.

Métodos profiláticos

A vacina hoje é um dos métodos profiláticos mais eficazes, inicialmente introduzida para tratar
a varíola em 1976 pelo médico Edward Jenner, no qual foram observadas as pessoas que ordenhavam
vacas infectadas eram imunes a doença. A conclusão desta observação foi que a varíola bovina era
uma variação da doença mais branda onde o enfermo se recuperava rapidamente e tornando seu
organismo imune. Com isto o médico extraiu uma pequena amostra de pus da mão de um paciente
infectado pela doença e inoculou em um menino. Resultando em febre baixa e poucas lesões no corpo,
com a rápida recuperação, o médico notou que o menino estava imune a varíola.

Após a segunda guerra mundial, em 1952, a poliomielite afetou 21 mil pessoas somente nos Estados
Unidos. Com a introdução da vacina os números de infecção diminuíram em 99%. Atualmente, a doença
só não é dada como dizimada porque no Afeganistão, Paquistão, Nigéria e Índia ainda existem poucos
relatos.

Ao longo da história é evidente que os métodos de profilaxia nem sempre foram bem vistos, como na
cidade do Rio de Janeiro no início do século XX, ocorreu a revolta da vacina, pela campanha totalitária
administrada pelo então prefeito Pereira Passos e pelo cientista Oswaldo Cruz.

Além das campanhas de vacinação, o governo federal lançou, e lança várias outras campanhas no
intuito de diminuir ou erradicar as doenças, como o uso de preservativos (para o controle de DSTs), e
medidas como não manter água parada, uso de telas de proteção, uso de repelentes, uso de roupas
compridas para evitar doenças transmitidas por mosquitos. O mosquito Aedes aegypti já foi declarado
como erradicado pela OMS em 1958 por métodos de profilaxia, mas acabou ressurgindo.

Lavagem das mãos

O QUE É HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS?

É a medida individual mais simples e menos dispendiosa para prevenir a propagação das infecções
relacionadas à assistência à saúde. Recentemente, o termo “lavagem das mãos” foi substituído por
“higienização das mãos” devido à maior abrangência deste procedimento. O termo engloba a
higienização simples, a higienização anti-séptica, a fricção anti-séptica e a anti-sepsia cirúrgica das
mãos, que serão abordadas mais adiante.

POR QUE FAZER?

As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada


aos pacientes, pois a pele é um possível reservatório de diversos microrganismos, que podem se

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transferir de uma superfície para outra, por meio de contato direto (pele com pele), ou indireto, através
do contato com objetos e superfícies contaminados

As taxas de infecções e resistência microbiana aos antimicrobianos são maiores em Unidades de


Terapia Intensiva (UTI), devido a vários fatores: maior volume de trabalho, presença de pacientes
graves, tempo de internação prolongado, maior quantidade de procedimentos invasivos e maior uso de
antimicrobianos.

PARA QUE HIGIENIZAR AS MÃOS?

A higienização das mãos apresenta as seguintes finalidades:

• Remoção de sujidade, suor, oleosidade, pêlos, células descamativas e da microbiota da pele,


interrompendo a transmissão de infecções veiculadas ao contato;
• Prevenção e redução das infecções causadas pelas transmissões cruzadas.

QUEM DEVE HIGIENIZAR AS MÃOS?

Devem higienizar as mãos todos os profissionais que trabalham em serviços de saúde, que mantém
contato direto ou indireto com os pacientes, que atuam na manipulação de medicamentos, alimentos e
material estéril ou contaminado

COMO FAZER? QUANDO FAZER?

As mãos dos profissionais que atuam em serviços de saúde podem ser higienizadas utilizando-se: água
e sabão, preparação alcoólica e anti-séptico.

A utilização de um determinado produto depende das indicações descritas abaixo

USO DE ÁGUA E SABÃO

Indicação:

Quando as mãos estiverem visivelmente sujas ou contaminadas com sangue e outros fluidos corporais.

• Ao iniciar o turno de trabalho.


• Após ir ao banheiro.
• Antes e depois das refeições.
• Antes de preparo de alimentos.
• Antes de preparo e manipulação de medicamentos.
• Nas situações descritas a seguir para preparação alcoólica.

USO DE PREPARAÇÃO ALCOÓLICA

Indicação

Higienizar as mãos com preparação alcoólica quando estas não estiverem visivelmente sujas, em todas
as situações descritas a seguir:

Antes de contato com o paciente

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do


profissional de saúde.

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Exemplos: exames físicos (determinação do pulso, da pressão arterial, da temperatura corporal);
contato físico direto (aplicação de massagem, realização de higiene corporal); e gestos de cortesia e
conforto.

Após contato com o paciente

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do próprio paciente.

Antes de realizar procedimentos assistenciais e manipular dispositivos invasivos

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos das mãos do


profissional de saúde.

Exemplos: contato com membranas mucosas (administração de medicamentos pelas vias oftálmica e
nasal); com pele não intacta (realização de curativos, aplicação de injeções); e com dispositivos
invasivos (cateteres intravasculares e urinários, tubo endotraqueal).

Antes de calçar luvas para inserção de dispositivos invasivos que não requeiram preparo
cirúrgico

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos oriundos


das mãos do profissional de saúde.
Exemplo: inserção de cateteres vasculares periféricos.

Após risco de exposição a fluidos corporais

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

Ao mudar de um sítio corporal contaminado para outro, limpo, durante o cuidado ao paciente

Objetivo: proteção do paciente, evitando a transmissão de microrganismos de uma determinada área


para outras áreas de seu corpo.

Exemplo: troca de fraldas e subseqüente manipulação de cateter intravascular.

Ressalta-se que esta situação não deve ocorrer com freqüência na rotina profissional. Devem-se
planejar os cuidados ao paciente iniciando a assistência na seqüência: sítio menos contaminado para
o mais contaminado.

Após contato com objetos inanimados e superfícies imediatamente próximas ao paciente

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

Exemplos: manipulação de respiradores, monitores cardíacos, troca de roupas de cama, ajuste da


velocidade de infusão de solução endovenosa.

Antes e após remoção de luvas (sem talco)

Objetivo: proteção do profissional e das superfícies e objetos imediatamente próximos ao paciente,


evitando a transmissão de microrganismos do paciente a outros profissionais ou pacientes.

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As luvas previnem a contaminação das mãos dos profissionais de saúde e ajudam a reduzir a
transmissão de patógenos. Entretanto, elas podem ter microfuros ou perder sua integridade sem que o
profissional perceba, possibilitando a contaminação das mãos.

Outros procedimentos

Exemplo: manipulação de invólucros de material estéril.

Importante

✓ Use luvas somente quando indicado.


✓ Utilize-as antes de entrar em contato com sangue, líquidos corporais, membrana mucosa, pele
não intacta e outros materiais potencialmente infectantes;
✓ Troque de luvas sempre que entrar em contato com outro paciente.
✓ Troque também durante o contato com o paciente se for mudar de um sítio corporal
contaminado para outro, limpo, ou quando esta estiver danificada.
✓ Nunca toque desnecessariamente superfícies e materiais (tais como telefones, maçanetas,
portas) quando estiver com luvas.
✓ Observe a técnica correta de remoção de luvas para evitar a contaminação das mãos.
✓ Lembre-se: o uso de luvas não substitui a higienização das mãos!

USO DE ANTI-SÉPTICOS

Estes produtos associam detergentes com anti-sépticos e se destinam à higienização anti-séptica das
mãos e degermação da pele.

Indicação:

Higienização anti-séptica das mãos

• Nos casos de precaução de contato recomendados para pacientes portadores de


microrganismos multirresistentes.
• Nos casos de surtos.

Degermação da pele

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• No pré-operatório, antes de qualquer procedimento cirúrgico (indicado para toda equipe
cirúrgica).
• Antes da realização de procedimentos invasivos. Exemplos: inserção de cateter intravascular
central, punções, drenagens de cavidades, instalação de diálise, pequenas suturas, endoscopias
e outros.

Importante

De acordo com os códigos de ética dos profissionais de saúde, quando estes colocam em risco a
saúde dos pacientes, podem ser responsabilizados por imperícia, negligência ou imprudência.

Técnica

As técnicas de higienização das mãos podem variar, dependendo do objetivo ao qual se destinam.
Podem ser divididas em:

Higienização simples das mãos.


Higienização anti-séptica das mãos.
Fricção de anti-séptico nas mãos.
Anti-sepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos.

A eficácia da higienização das mãos depende da duração e da técnica empregada.

Importante

Antes de iniciar qualquer uma dessas técnicas, é necessário retirar jóias (anéis, pulseiras,
relógio), pois sob tais objetos podem acumular-se microrganismos.
HIGIENIZAÇÃO SIMPLES DAS MÃOS

Finalidade

Remover os microrganismos que colonizam as camadas superficiais da pele, assim como o suor, a
oleosidade e as células mortas, retirando a sujidade propícia à permanência e à proliferação de
microrganismos.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Importante

• No caso de torneiras com contato manual para fechamento, sempre utilize papel-toalha.
• O uso coletivo de toalhas de tecido é contra-indicado, pois estas permanecem úmidas,
favorecendo a proliferação bacteriana.
• Deve-se evitar água muito quente ou muito fria na higienização das mãos, a fim de prevenir
o ressecamento da pele.

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GIENIZAÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS

Finalidade

Promover a remoção de sujidades e de microrganismos, reduzindo a carga microbiana das mãos, com
auxílio de um anti-séptico.

Duração do procedimento: 40 a 60 segundos.

Técnica

A técnica de higienização anti-séptica é igual àquela utilizada para higienização simples das mãos,
substituindo-se o sabão por um anti-séptico. Exemplo: anti-séptico degermante.

FRICÇÃO ANTI-SÉPTICA DAS MÃOS


(COM PREPARAÇÕES ALCOÓLICAS)

Finalidade

Reduzir a carga microbiana das mãos (não há remoção de sujidades). A utilização de gel alcoólico a
70% ou de solução alcoólica a 70% com 1-3% de glicerina pode substituir a higienização com água e
sabão quando as mãos não estiverem visivelmente sujas.

Duração do Procedimento: 20 a 30 segundos.

Importante
• Para evitar ressecamento e dermatites, não higienize as mãos com água e sabão
imediatamente antes ou depois de usar uma preparação alcoólica.
• Depois de higienizar as mãos com preparação alcoólica, deixe que elas sequem
completamente (sem utilização de papel-toal ha).

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ANTI-SEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO DAS MÃOS

Finalidade

Eliminar a microbiota transitória da pele e reduzir a microbiota residente, além de proporcionar efeito
residual na pele do profissional. As escovas utilizadas no preparo cirúrgico das mãos devem ser de
cerdas macias e descartáveis, impregnadas ou não com anti-séptico e de uso exclusivo em leito
ungueal e subungueal. Para este procedimento, recomenda-se:
Anti-sepsia cirúrgica das mãos e antebraços com anti-séptico degermante.

Duração do Procedimento: de 3 a 5 minutos para a primeira cirurgia e de 2 a 3 minutos para as cirurgias


subseqüentes (sempre seguir o tempo de duração recomendado pelo fabricante).

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Infecção

A infecção caracteriza um quadro de invasão do organismo por


microrganismos estrangeiros, que se esforçam para tomar
conta deste espaço, usando para isso os próprios meios
encontrados no corpo prestes a ser colonizado. Isto traz
conseqüências muito negativas para o hospedeiro, que vê seu
mecanismo de funcionamento afetado pela presença destes
agentes destruidores, os quais podem provocar inúmeras
enfermidades. Normalmente a área atingida responde com
um processo inflamatório.

Existem dois tipos de infecção: a Infecção comunitária e a Infecção Hospitalar.

Infecção comunitária: "É a infecção constatada ou em incubação no ato de admissão do paciente,


desde que não relacionada com internação anterior no mesmo hospital". São também comunitárias: As
infecções associadas a complicações ou extensão da infecção já presente na admissão, a menos que
haja troca de microrganismos ou sinais/ sintomas fortemente sugestivos da aquisição de nova
infecção.Infecção em recém-nascido, cuja aquisição por via transplacentária é conhecida ou foi
comprovada e que se tornou evidente logo após o nascimento (ex: Herpes simples, toxoplasmose,
rubéola, citomegalovirose, sífilis e AIDS).Adicionalmente, são também consideradas comunitárias todas
as infecções de recém-nascidos associadas com bolsa rota superior a 24 horas.

Infecção Hospitalar: "É qualquer infecção adquirida após a internação do paciente


e que se manifesta durante a internação ou mesmo após a alta, quando puder ser
relacionada com a internação ou procedimentos hospitalares". Atualmente, o termo
infecção hospitalar tem sido substituído por Infecção Relacionada à
Assistência à Saúde (IRAS). Essa mudança abrange não só a infecção
adquirida no hospital, mas também aquela relacionada a procedimentos feitos
em ambulatório, durante cuidados domiciliares e à infecção ocupacional
adquirida por profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, entre outros). Quando se
desconhecer o período de incubação do microrganismo e não houver evidência clínica e/ou dado laboratorial de
infecção no momento da admissão, considera-se infecção hospitalar toda manifestação clínica de infecção que
se apresentar 72 horas após a admissão. Também são consideradas hospitalares aquelas infecções
manifestadas antes de se completar 72 horas da internação, quando associadas à procedimentos invasivos
diagnósticos e/ou terapêuticos, realizados previamente.

O desafio para prevenir danos aos usuários dos serviços de saúde e prejuízos associados aos cuidados
decorrentes de processos ou estruturas da assistência é cada vez maior e, portanto, faz-se necessário a atualização
de protocolos específicos de critérios diagnósticos e medidas de prevenção para a redução das Infecções
Relacionadas à Assistência à Saúde - IRAS.

Comissão de Controle de Infecção Hospitalar

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A CCIH diz respeito a um grupo de profissionais da área de saúde, de nível superior, formalmente
designado para, juntamente com a Direção do Hospital, planejar, elaborar, implementar, manter e
avaliar o Programa de Controle de Infecção Hospitalar – um conjunto de ações desenvolvidas com o
objetivo de reduzir ao máximo possível a incidência das infecções hospitalares

Áreas hospitalares

A freqüência da limpeza varia de acordo com as áreas do hospital.


Da mesma maneira que os artigos, as áreas hospitalares também foram classificadas de acordo com
os riscos de infecção que possam oferecer aos pacientes:

Área crítica

São as áreas de maior risco para a aquisição de infecções, devido à presença de pacientes mais
susceptíveis ou pelo número de procedimentos invasivos realizados; são também considerados como
críticos os locais onde os profissionais manipulam constantemente materiais com alta carga infectante.
Ex.: UTI, centro cirúrgico, centro obstétrico e de recuperação pós-anestésica, isolamentos, setor de
hemodiálise, banco de sangue, laboratório de análises clínicas, banco de leite, dentre outros.

Área semi-crítica

São as áreas ocupadas por pacientes que não necessitam de cuidados intensivos ou de isolamento.
Ex.: Enfermarias, ambulatórios.

Área não crítica

São todas as áreas não ocupadas por pacientes. Ex.: Áreas administrativas, almoxarifado.

Infecção Hospitalar

A infecção hospitalar é toda infecção adquirida durante a internação hospitalar (desde que não incubada
previamente à internação) ou então relacionada a algum procedimento realizado no hospital (por
exemplo, cirurgias), podendo manifestar-se inclusive após a alta.

Termos:

Assepsia é o conjunto de medidas adotadas para impedir a introdução de agentes patogênicos no


organismo.
Antissepsia consiste na utilização de produtos (microbicidas ou microbiostáticos) sobre a pele ou
mucosa com o objetivo de reduzir os micro-organismos em sua superfície.

Desinfecção: É um processo que elimina uma grande parcela dos microrganismos presentes nas
superfícies dos equipamentos. Geralmente, é feita utilizando cloro, hipoclorito de sódio e álcool,
podendo ser classificada entre desinfecção de baixa e alta eficiência.

Esterilização: É geralmente utilizado como um complemento mais eficaz para a eliminação de todas
as formas de vida presentes nos materiais de laboratório, finalizando a limpeza de maneira eficaz.
Quando realizada corretamente, a esterilização elimina todas as bactérias, fungos, vírus e esporos.

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Tipos de Limpeza do Hospital

Quais as finalidades do serviço de Higiene Hospitalar?


Através da higienização, proporciona-se aos clientes internos e externos um ambiente limpo e
esteticamente organizado, livre de mau odor, visando conforto, segurança e bem estar.
A utilização de boas práticas durante a execução dos processos de limpeza, além de eliminar a
sujidade visível e reduzir a carga contaminante das superfícies, evita a disseminação de
microrganismos através da adoção de medidas de controle, preserva a saúde ocupacional e o meio
ambiente.

Existem três tipos de limpezas: concorrente, terminal e de DiáriaImanutenção

DiáriaImanutenção, que têm como objetivo, manter o padrão da limpeza das dependências, nos
intervalos entre as limpezas concorrentes ou terminais. Neste caso, deve-se estar atento à reposição
de materiais de higiene, recolhimento de resíduos, manutenção das superfícies limpas e secas etc.

A limpeza concorrente é aquela realizada enquanto o paciente encontra-se no apartamento, nas


dependências da instituição de saúde. O funcionário retira o lixo e os resíduos depositando-os em
sacos plásticos, recolhe a roupa suja para encaminhar à lavanderia e recolhe outros materiais, como
jornais e revistas, por exemplo.

A limpeza terminal é realizada após a saída do paciente, seja por alta, óbito ou transferência. Este
ato compreende a limpeza de superfícies, sejam elas verticais ou horizontais, e a desinfecção do
mobiliário.

Segregação de Resíduos

Dentro do grupo dos Resíduos de Serviços de Saúde (RSS), são encontrados os resíduos oriundos
de hospitais (lixo hospitalar), drogarias, consultórios médicos e odontológicos, laboratórios de análises
clínicas, dentre outros estabelecimentos que prestam serviços semelhantes a estes.

As pessoas que manipulam os RSS têm sua saúde exposta a riscos, sendo que o manejo de forma
incorreta destas, pode levar a um aumento do número de casos de infecções hospitalares. Já em
relação à questão ambiental, os RSS quando presentes nos lixões poluem lençóis freáticos e corpos
hídricos devido ao chorume formado pelo acumulo do lixo.

Etapas do recolhimento
A realização de um devido gerenciamento dos RSS é de extrema importância na neutralização dos
possíveis riscos à saúde dos seres humanos e também ao meio ambiente. Este gerenciamento é feito
através de um conjunto de ações que tem seu início no manejo interno, onde é realizada uma
segregação adequada dentro das unidades de serviços de saúde, visando à redução do volume de
resíduos infectantes. Dentro deste manejo existem etapas:

✓ Segregação: é feita através da separação dos resíduos no instante e local de sua geração.
✓ Acondicionamento: embalar em sacos impermeáveis e resistentes, de maneira adequada,
todos os resíduos que foram segregados, segundo suas características físicas, químicas e
biológicas.
✓ Identificação: esta medida indica os resíduos presentes nos recipientes de acondicionamento.
✓ Armazenamento temporário: acondiciona temporariamente os recipientes onde estão contidos
os resíduos, próximo ao ponto em que eles foram gerados. Esta medida visa agilizar o
recolhimento dentro do estabelecimento.
✓ Armazenamento externo: refere-se à guarda dos recipientes no qual estão contidos os
resíduos, até que seja realizada a coleta externa.

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✓ Coleta e transporte externos: refere-se ao recolhimento dos RSS do armazenamento externo,
sendo encaminhado para uma unidade de tratamento e destinação final.

Aterro sanitário

A disposição final dos RSS consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais
previamente preparados para recebê-los, com projeto em atendimento as normas da ABNT.
O aterramento em solo, em local licenciado (aterro sanitário ou outro), é técnica reconhecida e permitida
atualmente no Brasil (Resolução nº 358/2005 do CONAMA), além de ser economicamente mais
compatível com a realidade econômica do país.
O aterro sanitário é executado segundo critérios e normas de engenharia (escolha da área apropriada,
impermeabilização do fundo, sistemas de drenagem e tratamento de líquido percolado e de gases, etc.),
que visam atender aos padrões de segurança e de preservação do meio ambiente. Ele é apropriado
para receber os resíduos sólidos urbanos e a maior parte dos resíduos de serviços de saúde. Os aterros
são classificados em aterros sanitários ou aterros industriais que podem ser de Classe I (específicos
para resíduos sólidos perigosos) ou II, em função da classificação do resíduo pela ABNT, NBR 10004.
Devem ser construído segundo padrões rígidos de engenharia, de forma a não causar danos ao meio
ambiente e à saúde pública. A disposição final dos resíduos do grupo A deve ser em local licenciado
(aterro sanitário ou outro), tanto a fração que obrigatoriamente é tratada (subgrupos A1 e A2) como
aquela que não necessita ser tratada (subgrupo A4). Os resíduos do subgrupo A3 têm as opções de
sepultamento em cemitério, cremação ou incineração.
No caso dos resíduos do grupo B, o aterro industrial é o mais apropriado para os resíduos químicos
sólidos perigosos não tratados ou que não perderam as características de periculosidade mesmo após
tratamento. O aterro industrial pode ser de Classe I (específicos para resíduos sólidos perigosos) ou II,
em função da classificação do resíduo pela ABNT, NBR 10004.

Mapa de Risco

O mapa de risco serve para evitar a ocorrência de acidentes e garantir a segurança de toda a equipe
durante a realização do trabalho diário é o objetivo de qualquer gerente dentro de uma empresa. Para
isso, é necessária a elaboração do mapa de risco, uma representação gráfica baseada no layout da
instituição, com os riscos presentes no local. Através de círculos de diferentes tamanhos e cores, o
mapa de risco tem o objetivo de informar e conscientizar os funcionários numa fácil visualização das
ameaças presentes, sendo uma ferramenta essencial para a Segurança e Saúde do Trabalho.

Identificação dos riscos No gráfico, cada risco é representado por uma cor e classificados por: físicos
(representados pela cor verde), químicos (vermelho), biológicos (marrom), ergonômicos (amarelo) e de
acidentes (pelo azul). Além das cores, os círculos podem ser pequenos, médios ou grandes,
dependendo do risco identificado. Quanto maior o círculo, maior é a ameaça existente no local de
trabalho. Dessa forma, além de qualificar o risco, é possível quantificá-lo de forma simples e objetiva.

O Mapa de Risco é elaborado pela Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) com a
orientação do Serviço Especializado em Engenharia e Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) da
empresa. Ambos, tomam conhecimento dos trabalhos anteriores, levantam a planta do estabelecimento

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e obtém dados estatísticos para definir as prioridades. Para garantir a sua efetividade, o gestor pode
requerer a ajuda de profissionais especializados em medicina e segurança do trabalho, através da
contratação de uma empresa terceirizada. O gráfico deve ser afixado em local visível e de fácil acesso
de todos os funcionários. Além de informar, o gráfico faz com que a equipe se torne mais cautelosa e
mais preparada para lidar com as ocorrências laborais. Quando pronto, ele serve de indicador do nível
dos riscos e pode ser único para toda a empresa ou individualizado por setor. Ele também serve de
estímulo para a busca de soluções e utilização de novos métodos de prevenção de acidentes. Redução
dos Acidentes de Trabalho Assim como qualquer método de prevenção, o Mapa de Risco tem o objetivo
final de reduzir o número de acidentes de trabalho e danos à saúde do trabalhador dentro da empresa.
Com a identificação dos riscos, integração e conscientização dos funcionários, o mapa se torna uma
importante ferramenta de benefícios para a equipe e para a imagem da instituição. Assegurar um
ambiente de trabalho seguro e saudável garante funcionários empenhados e participativos, numa
certeza de tranqüilidade e produtividade para a companhia.

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