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HIGIENE E PROFILAXIA

COLÉGIO E CURSO DALTRO NETTO


Tr. ANA CARLA S. SANTOS - CRTR 09254

E-mail: acsscm@yahoo.com.br
INTRODUÇÃO - HIGIENE
• Higiene significa limpeza; asseio; inter-relação entre o homem e o
meio ambiente, no sentido da preservação da saúde. Existem
vários tipos de higienização:

• 1) Individual (banho, cabelos, unhas e mãos, boca, dentes e


vestuário),
• 2)Coletiva (saneamento básico, água, esgoto, lixo, inibir vetores),
• 3)Mental (equilíbrio, costumes morais e sociais),
• 4) Trabalho (riscos físicos, químicos e biológicos),
• 5)Ambiental (limpeza de moveis, utensílios e estrutura).

OBS: Podemos classificar estes tipos de higienização como:


HIGIENE OU SAÚDE
INTRODUÇÃO - PROFILAXIA
• Profilaxia é a aplicação de meios que tendem evitar
doenças ou contágios. As medidas
profiláticas interrompem a interação entre o agente
causador da doença e o organismo. Alguns exemplos de
doenças sujeitas a profilaxia são: hepatite, verminoses,
DST’s, infecções hospitalares.

• Higiene e profilaxia estão intimamente ligadas, pois a


higienização, em todas as suas formas, evita a
transmissão e/ou contágio por agentes
infectocontagiosos.
A PROFILAXIA ESTÁ NA SUA ATITUDE
MODO INCORRETO DE USO DO JALECO
MEDIDAS PROFILÁTICAS QUE DEVERÃO SER
ADOTADAS EM AMBIENTE HOSPITALAR
MEDIDA PROFILÁTICA EM AMBIENTE
HOSPITALAR
MEDIDAS PROFILÁTICAS DE HIGIENE PESSOAL:
TÉCNICA CORRETA DAS LAVAGENS DAS
MÃOS
TÉCNICA CORRETA DAS LAVAGENS DAS
MÃOS
1. Enxaguar as mãos com água corrente, evitando tocar na pia;
2. Colocar sabonete em quantidade suficiente em ambas às mãos;
3. Ensaboar as palmas das mãos, esfregando-as entre si;
4. Esfregar a palma de uma das mãos contra o dorso da outra mão e vice-versa, entrelaçando os dedos;
5. Esfregar todos os dedos, entrelaçando-os e esfregando o espaço entre eles;
6. Esfregar o dorso dos dedos de uma mão com a palma da outra mão e vice-versa;
7. Esfregar um polegar com a palma da outra mão e vice-versa, utilizando movimentos circulares;
8. Esfregar a palma de uma mão com os dedos e as unhas da outra mão fechada em concha e vice-versa,
através de movimentos circulares;
9. Esfregar os antebraços;​
10. Enxaguar bem as mãos novamente, se livrando de toda a sujeira, evitando tocar com as mãos na
torneira;
11. Enxugar as mãos em uma toalha de papel, começando pelas mãos em direção aos punhos.
OBS:A simples lavagem das mãos impede a proliferação de vírus e bactérias, evitando doenças como
hepatite, diarreia, gripe e meningite e infecção cruzada.
Atenção: O uso de álcool em forma de gel não substitui a lavagem correta das mãos.
HIGIENE EM AMBIENTE HOSPITALAR
Quando se deve lavar as mãos em um ambiente hospitalar?

• ANTES DE:

-Prestar cuidados a doentes cujas barreiras naturais contra


a infecção estejam comprometidas ( ex: pacientes com
dreno, cateteres ou outro tipo de acesso).
-

-Prestar cuidados a doentes particularmente debilitados.


-Manipular medicamentos, alimentos ou material
esterilizados.
-Usar os sanitários.
Quando se deve lavar as mãos em um
ambiente hospitalar?
• DEPOIS DE:

-Ocorrer a contaminação das mãos com fluidos


orgânicos ( ex: tossir, espirrar, assoar-se)
-Manipular roupas ou objetos sujos ou materiais
contaminados.
-Utilizar os sanitários.
-Retirar as luvas- as mãos são muitas vezes
contaminadas ao remover as luvas e são
frequentes as perfurações imperceptíveis.
HIGIENE COLETIVA
(SAÚDE COLETIVA)
• É uma expressão que designa
um campo do saber e de
práticas referindo à saúde
como um fenômeno social
e, portanto, de interesse
público. Busca a saúde com um todo e não só para
um indivíduo, sim para uma população.
• Envolve os conceitos de promoção à saúde e
prevenção de doenças.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
A vigilância epidemiológica é o serviço criado para coletar as
informações, planejar e desenvolver ações para controle e/ou
erradicação de doenças transmissíveis. A vigilância é hoje a
ferramenta metodológica mais importante para a prevenção e
controle de doenças em saúde pública.
O governo é responsável pela vigilância e investigação de
doenças infecciosas, assim como de seu controle, seja de casos
isolados ou de surtos; constituindo as ações fundamentais e
imprescindíveis de qualquer conjunto de medidas de controle de
doenças infecciosas, possuem importância fundamental.
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA
DIFERENÇAS
• Surto: acontece quando há o aumento repentino do número de casos de uma
doença em uma região específica.
• Ex: Em algumas cidades (como Itajaí-SC), a dengue é tratada como surto (e não
como endemia).

• ENDEMIA- é uma doença que se manifesta apenas numa determinada região, de


causa local, não atingindo nem se espalhando para outras comunidades.
EX: febre amarela (COMUM NA AMAZÔNIA), dengue.

• EPIDEMIA- é uma doença infecciosa e transmissível que ocorre numa


comunidade ou região e pode se espalhar rapidamente entre as pessoas de
outras regiões, originando um surto epidêmico.
EX: gripe aviária ou gripe do frango.

• PANDEMIA- é uma epidemia que atinge grandes proporções, podendo se


espalhar por um ou mais continentes ou por todo o mundo, causando inúmeras
mortes ou destruindo cidades e regiões inteiras.
EX: Vírus Ebola, Gripe Asiática.
SAÚDE MENTAL
SAÚDE MENTAL
PREVENÇÃO EM SAÚDE MENTAL
Ações preventivas podem ser definidas como intervenções desenvolvidas para se evitar o
surgimento de doenças específicas, através da detecção, do controle dessas enfermidades. Um dos
desafios para se definir medidas preventivas na área da saúde mental é que ainda não existem
critérios objetivos para a indicação de intervenções precoces, pois apenas alguns poucos fatores de
risco são conhecidos, como o contato direto e contínuo de indivíduos psiquiatricamente
acometidos.
O objetivo identificar variáveis que podem predizer a ocorrência de transtornos mentais. Estão
sendo estudados quais são os fatores de risco para diferentes transtornos mentais, entre eles o
transtorno de déficit de atenção, alterações psicóticas, o transtorno obsessivo-compulsivo, os
transtornos de ansiedade.
Os transtornos mentais mais comuns são:
-Episódios depressivos;
-Transtorno cognitivo (adquirir ou absorver conhecimento) no trabalho;
-Estado de Estresse;
SÍNDROMES MAIS COMUNS
• SÍNDROME DE BURNOUT – é um estado de
exaustão física, psíquica e emocional, causada
pela profissão.

• NEURASTENIA OU SÍNDROME DA FADIGA- é um


distúrbio psicológico ocasionado principalmente
por estafa, esgotamento mental. O indivíduo
acometido por neurastenia apresenta, oscilação
contínua de humor, depressão.
HIGIENE DO TRABALHO
SAÚDE DO TRABALHO
A higienização do local de trabalho deve ser completa e constante para
impedir a contaminação, levando a proliferação e/ou agravo de doenças
transmissíveis; retirando além de ácaros e poeiras, os microorganismos
presentes no ambiente de trabalho; e evitando, ainda, ratos, baratas e
aranhas.
A higiene do local deve ser feita com produtos de limpeza sem cheiro
forte, para não gerar alergias ou incomodo aos pacientes; de maneira
planejada e eficaz para melhor aproveitamento do tempo; sem invadir o
espaço dos presentes ou gerar qualquer tipo de conflito com os mesmos.
Manter o ambiente arejado e com iluminação solar são ações que não
possuem custo e auxiliam na higienização do espaço físico.
HIGIENE AMBIENTAL
HIGIENE AMBIENTAL
É um conceito relacionado com a preservação das condições sanitárias do meio ambiente de forma a impedir que este
prejudique a saúde do ser humano.
Desta forma, a higiene ambiental pressupõe cautela em relação aos fatores químicos, físicos e biológicos
externos ao indivíduo. A higiene ambiental deve zelar pela saúde tanto das gerações atuais como das futuras.
Algumas áreas de atividade da higiene ambiental são: desinfeção (para controlar bactérias, pragas e
organismos prejudiciais para a saúde), desinfestação.

A falta de higiene ambiental pode ocorrer com o depósito indevido no meio ambiente de lixo orgânico,
industrial, gases poluentes, objetos materiais, elementos químicos, etc.

DOENÇAS CAUSADAS PELA FALTA DE HIGIENE HAMBIENTAL

1)Doenças transmitidas através da água - Gastrenterite, Amebíase, Giardíase, Cólera, Leptospirose,


Verminoses.

2)Doenças transmitidas através do solo - Tétano e Verminoses (ascaridíase, teníases, cisticerco).

3)Doenças transmitidas através do ar - Doenças alérgicas (bronquite, rinite e asma).

4)Doenças causadas por vírus - (resfriado, gripe), outras viroses (caxumba, sarampo, rubéola, catapora)

5)Doenças causadas por bactérias - (tuberculose, meningite, pneumonia bacteriana, coqueluche)


COMO HIGIENIZAR
MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS

- FAGICITOSE - Ascaris lumbricoides


INTRODUÇÃO À MICROBIOLOGIA
AGENTE INFECCIOSO
• AGENTE INFECCIOSO - é um organismo
causador de infecções. É também chamado
de agente patógeno ou agente causador de
doenças.
(do grego pathos, “doença” e genos, origem”).
• O agente infeccioso está presente em nossos
ambientes são: os vírus, bactérias, fungos e
uma série de outros microrganismos
patogênicos causadores de infecções.
FLORA TRANSITÓRIA E FLORA RESIDENTE

• As mãos são o principal veículo de transmissão dos


microrganismos de um indivíduo para outro. Assim
sendo, a lavagem das mãos é a principal medida de
controlo da infecção hospitalar.
• No dia-a-dia a maioria das gripes e constipações são
transmitidas por via oral e estudos comprovam a
diminuição de infecções, através da lavagem das
mãos.
• A pele das mãos tem dois tipos de flora microbiana: -
Flora transitória e flora residente
FLORA TRANSITÓRIA
• A flora transitória fica localizada na superfície
da pele e é formada por microrganismos que
adquirimos no contato com o ambiente.
• Têm um curto tempo de sobrevivência, um
elevado potencial patogénico e são facilmente
transmitidos por contato. A lavagem das mãos
com sabão simples remove-os com facilidade.
FLORA RESIDENTE
• A flora residente existe normalmente na
epiderme onde se multiplica, tendo funções
importantes de prevenção da colonização com
a flora transitória.
• Raramente causa doença a não ser quando
introduzida traumaticamente nos tecidos
ultrapassando as barreiras naturais, pelo que
tem pouco significado nos procedimentos
clínicos de rotina.
MICROBIOTA
Staphylococcus Epidermidis
MRSA
(do inglês Methicillin-resistant Staphylococcus aureus)
ORSA
(do inglês Oxacillin-resistant Staphylococcus aureus)
PROCEDIMENTOS EM LABORATÓRIO
PARA ANÁLISE E ERRADICAÇÃO DE MICROORGANISMOS
ANTIBIOGRAMA
PRINCIPAIS VIAS DE TRANSMISSÃO
• 1)Transmissão por contato- É a forma mais comum de transmissão, podendo ser
subdividida em contato direto e contato indireto.

• a) Transmissão por contato direto - A transmissão por contato direto pode ocorrer quando
os microrganismos são transferidos de uma pessoa contaminada para outra, sem a
participação de um objeto ou uma pessoa intermediária contaminada e incluem:
• - sangue ou fluídos corpóreos de um paciente são inoculados (transmitidos) diretamente em
um profissional de saúde por via mucosa ou lesões cutâneas .
• - profissional de saúde adquire escabiose pela manipulação sem luvas de um paciente
contaminado.

• b) Transmissão por contato indireto- A transmissão por contato indireto envolve a


transferência de um agente infeccioso através de um objeto ou pessoa intermediária
contaminada. Exemplos de transmissão por contato indireto:
• - Se a higiene das mãos não for realizada antes de tocar um paciente, as mãos dos
profissionais de saúde podem transmitir microrganismos patogênicos após tocarem local
contaminado ou objeto contaminado .
TRANSMISSÃO POR CONTATO INDIRETO -
continuação
• - Dispositivos para cuidado de pacientes (por exemplo, termômetros
eletrônicos, dispositivos para monitoramento de glicemia) podem
transmitir microrganismos patogênicos ao se contaminarem com sangue e
fluídos corpóreos e não serem limpos e desinfetados entre pacientes.
• - Instrumental que não é limpo adequadamente entre pacientes antes
desinfecção ou esterilização (por exemplo, endoscópios ou instrumental
cirúrgico).
• - Roupas, uniformes e aventais utilizados como EPI, podem se contaminar
com microrganismos patogênicos após o atendimento a um paciente
colonizado ou contaminado.
• -Devemos sempre promover a assepsia do chassi radiográfico em área de
expurgo.
• -Equipamentos radiológicos transportáveis devem ficar em seu local de
origem e uso, evitando possíveis contaminações.
BIOSSEGURANÇA
BIOSSEGURANÇA
A biossegurança é um conjunto procedimentos e estudos de relevante
importância nos serviços de saúde, que visam não apenas abordar medidas de
controle de infecções para proteger os funcionários que prestam assistência e os
usuários em saúde, mas também por desempenharem papel fundamental na
comunidade onde atua da promoção da consciência sanitária, da importância da
preservação ambiental com relação à manipulação e descarte de resíduos
químicos, tóxicos e potencialmente infectantes, e também, da diminuição, de um
modo geral, de riscos à saúde e acidentes ocupacionais.

Este é um processo que não há conclusão em sua terminologia, ou seja, é um


processo progressivo, que sempre deve ser atualizado e supervisionado.
EPI’S DE BIOSSEGURANÇA UTILIZADOS NA
SAÚDE
-Touca (proteção capilar)
-Luvas (proteção contra transmissão de bactérias)
-Óculos Protetor (proteção contra possíveis secreções contáteis)
-Protetor auricular (proteção contra entrada de possíveis corpos estranhos)
-Máscara (proteção contra transmissão e contaminação oral)
-Avental de procedimentos (proteção de vestimentas hospitalares e individuais)

OBS: Em serviço de RADIODIAGNÓSTICO, o profissional deve seguir as normas do setor.


EPI’S DE BIOSSEGURANÇA UTILIZADOS NA
SAÚDE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Política Nacional de Promoção da Saúde. Anexo I. Ministério da Saúde. Disponível em:http://portal.saude.gov.br/
http://
lablamartine.pt/website/index.php?option=com_content&view=article&id=57:lavagem-das-m&catid=19:diversa
s&Itemid=66
Laboratório de Microbiologia UNIGRANRIO – CAMPI D.CAXIAS
TINOCO, Marta. Saúde Coletiva. Apostila: Universidade Estácio de Sá.

CZERESNIA, Dina; FREITAS, Carlos Machado de. Promoção da saúde: conceitos, reflexões, tendências. Rio de
Janeiro: FIOCRUZ, 2005. 174 p.

SHEPHARD, Roy J. Envelhecimento, atividade física e saúde. São Paulo: Phorte, 2003. 485 p.ROUQUAYROL, Maria
Zelia; ALMEIDA FILHO.

Epidemiologia e saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: MEDSI, 2003. 708 p.

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