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A política aristotélica

A política aristotélica é uma teoria política desenvolvida pelo filósofo grego


Aristóteles. Ela se concentra na organização da sociedade e na busca de uma
forma ideal de governo que promova o bem comum e a felicidade dos cidadãos.
Para Aristóteles, a política é uma extensão da ética. Ele argumenta que o objetivo
da política é criar uma cidade-estado (polis) na qual os cidadãos possam
desenvolver suas virtudes e alcançar a eudaimonia (felicidade plena).
Aristóteles identifica três formas puras de governo: monarquia (governo de um
único governante benevolente), aristocracia (governo de um grupo de pessoas
virtuosas) e democracia (governo do povo). Ele reconhece que cada forma de
governo tem suas vantagens e desvantagens, e defende uma combinação
equilibrada dessas formas, conhecida como "politeia" ou "governo constitucional".
Aristóteles acredita que a cidade-estado ideal deve ser composta por cidadãos
virtuosos e engajados na vida política. Ele enfatiza a importância da educação
para formar cidadãos virtuosos e do envolvimento ativo dos cidadãos na tomada
de decisões políticas.
Além disso, Aristóteles argumenta que a justiça é o princípio fundamental da
política. Ele distingue entre justiça distributiva (distribuição justa dos recursos e
benefícios sociais) e justiça corretiva (reparação de injustiças cometidas). Ele
defende a ideia de que a justiça deve ser baseada na igualdade proporcional, na
qual as pessoas são tratadas de acordo com sua contribuição e mérito.
Em resumo, a política aristotélica busca estabelecer uma cidade-estado na qual
os cidadãos possam alcançar a felicidade plena através do desenvolvimento de
virtudes. Ela defende um governo constitucional que combine elementos de
monarquia, aristocracia e democracia. A justiça desempenha um papel central
na política aristotélica, e a participação ativa dos cidadãos e a educação são
consideradas fundamentais para o bom funcionamento da sociedade.

Objetivo da política: Bem-comum


Sim, pode-se dizer que o objetivo da política e do Estado é o bem-comum. O
conceito de bem-comum refere-se ao benefício e interesse geral da sociedade
como um todo, em oposição aos interesses individuais ou particulares. O bem-
comum é um princípio fundamental na teoria política e ética, que busca
promover o bem-estar e a felicidade coletiva.
Na tradição aristotélica, por exemplo, Aristóteles argumenta que a cidade-estado
ideal deve buscar o bem-comum, que é alcançado quando os cidadãos virtuosos
desenvolvem suas potencialidades e vivem em harmonia. Para ele, a política tem
como objetivo principal promover o bem-estar e a felicidade dos cidadãos,
buscando o florescimento humano em um contexto coletivo.
Da mesma forma, em várias outras teorias políticas, o bem-comum é considerado
um objetivo fundamental. Por exemplo, na filosofia política moderna, pensadores
como John Locke e John Stuart Mill defendem que o Estado deve buscar o bem-
estar e os interesses gerais da sociedade como um todo.
No entanto, é importante observar que diferentes teorias políticas podem ter
interpretações e abordagens distintas sobre como alcançar o bem-comum. As
concepções sobre o que é o bem-comum e os meios para alcançá-lo podem variar
de acordo com a perspectiva filosófica e ideológica adotada.

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