Você está na página 1de 6

lOMoARcPSD|28620403

Direito Penal 2ª Etapa

e.g. Direito (Centro Universitário do Sul de Minas Gerais UNIS)

Digitalizar para abrir em Studocu

A Studocu não é patrocinada ou endossada por nenhuma faculdade ou universidade


Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)
lOMoARcPSD|28620403

DIREITO PENAL 2ª ETAPA

CONFLITO APARENTE DE NORMAS


Quando duas ou mais normas ‘’regulam’’ o mesmo fato
Serão os principios que indicarão a norma a ser aplicada ao caso
Sendo analisados os elementos:
a) Existência de infração (unidade do fato)
b) Pluralidade de normas
c) Aparente aplicação de todas as normas à espécie
d) Aplicação exclusiva de uma norma à espécie
 Principio da Especialidade:
a) Lex specialis derrogat legi generali (LEI ESPECIAL AFASTA A LEI GERAL)
b) Norma Especial possui além dos elementos gerais os elementos ‘’especializantes’’ que
prevalencem sobre a norma geral.
c) EX: Mãe no estado purperal mata o próprio 昀椀lho, ao inves de se aplicar o delito de HOMICIDIO,
aplica-se o delito de INFANTICIDIO.
 Principio da Subsidiariedade:
a) Lex primaria derrogat legi subsidiariae (LEI PRINCIPAL AFASTA A SUBSIDIÁRIA)
b) Afastamento da lei secundária, aplicando-se a lei principal
c) SOLDADO DE RESERVA (Só aplica a lei subsidiária quando não for possível aplicar a norma
principal)
- SUBSIDIARIEDADE EXPRESSA:
a) O próprio texto traz expresso quando ela deve ser usada para suprir a norma principal
b) EX: ART.132 CP: Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem a perigo direto e iminente:
Pena - detenção, de três meses a um ano, SE O FATO NÃO CONSTITUI CRIME MAIS GRAVE.
- SUBSIDIARIEDADE TÁCITA:
a) O 琀椀po não diz se será uma norma subsidiária (vem de forma implicita)
b) Analisa o caso concreto
c) EX: crime de dano (CP, art. 163), que é subsidiário em relação ao furto quali昀椀cado pelo
rompimento de obstáculo (CP, art. 155, 4.°, inciso I).
d) Usa-se a norma principal
 Principio da Consunção
a) Lex consumens derrogat legi consumptae (LEI MAIS AMPLA AFASTA A MAIS RESTRITA)
b) Conduta mais ampla engloba as menos amplas
c) Comparação entre condutas e não entre normas
d) EX: O CRIME DE HOMICIDIO ENGLOBA O DE LESÃO CORPORAL, POIS FOI NECESSÁRIO A LESÃO
CORPORAL (MEIO NECESSÁRIO) PARA SE CHEGAR AO HOMICIDIO
IMPORTANTE
Crime Progressivo
Almeja desde o inicio o resultado mais grave (Homicidio)
Progressão Criminosa em Sen琀椀do Estrito
O agente pretende prá琀椀car um crime menos grave e após sua realização resolve pra琀椀car nova
infração mais grave. (Ex: O agente quer lesionar e resolve matar)
Antefactum Impunível

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)


lOMoARcPSD|28620403

Quando um crime é meio necessário para prá琀椀ca de outro (Ex: Estelionato)


Pos琀昀actum Impunível
Depois de pra琀椀car o delito o agente ataca novamente o mesmo bem jurídico para se aproveitar do
delito anterior.
Ex: Furto com posterior destruição da res fur琀椀va (objeto do furto)
Principio da Alterna琀椀vidade
Um único crime (mesmo bem jurídico/vi琀椀ma) para mais de uma modalidade 琀pica no mesmo contexto,
sendo absolvido pelo primeiro.
Mais de uma ação nuclear
Ex: Adquirir, conduzir e ocultar veículo produto de roubo responderá somente por um crime.

TEMPO DO CRIME
 Teoria da A琀椀vidade
a) Art. 4º CP “Considera-se pra琀椀cado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado”.
b) Não importa quando se deu o resultado e sim o momento da CONDUTA
c) Ex: A, menor (17 anos), a琀椀ra em B. Quando A já tem 18 anos, B morre em consequência dos
ferimentos. A não pode ser responsabilizado criminalmente, devendo responder com base na
legislação menoril (ECA).

LEI PENAL NO ESPAÇO


 Principio da Territorialidade
a) Art 5º CP ‘’Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime come琀椀do no território nacional.’’
b) Território é o espaço em que o Estado exerce sua soberania
c) Se um diplomata comete um crime no Brasil (imunidade diplomá琀椀ca) ele responderá pela lei de
seu país (intraterritorialidade = É a lei estrangeira, aplicada por um juiz estrangeiro, a um crime
come琀椀do no Brasil) ‘’convenções, tratados e regras de direito internacional’’
d) Fic琀椀o iuris = Extensão do território nacional.

LUGAR DO CRIME
 Teoria da A琀椀vidade
a) Considera lugar do crime onde ocorreu a ação ou omissão
b) Irrelevante o local da produção do resultado
 Teoria do Resultado:
a) Considera o local de produção do resultado
b) Irrelevante o lugar onde foi pra琀椀cada a conduta (ação/omissão)
 Teoria Mista (Ubiguidade) ADOTADA PELO CP BRASILEIRO
a) Art. 6° “Considera-se pra琀椀cado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo ou
em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado”.
b) Considera o lugar do crime qualquer momento do inter criminis conduta ou resultado
c) Ocorrida a conduta ou o resultado no Brasil o lugar do crime será no território brasileiro.
Ex: A a琀椀ra em B em Goiânia, deixando-o mortalmente ferido. B é trazido a São Paulo, onde morre

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)


lOMoARcPSD|28620403

após uma semana. De acordo com o Art.7° CP será julgado em São Paulo. De acordo com a
Jurisprudência (em casos de homicidio) será julgado em Goiânia ‘’facilitar o processo’’

EXTRATERRITORIALIDADE
a) Quando aplica-se as leis brasileiras aos crimes come琀椀dos no exterior
b) Extraterritorialidade incondicionada: Aplica-se a lei brasileira independentemente de ter do
autor ter sido absolvido ou condenado no estrangeiro.
Inciso I do Art.7°:
a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República;
b) contra o patrimônio ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de
Município, de empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação ins琀椀tuída
pelo Poder Público;
c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço;
UTILIZA-SE O PRINCIPIO DA DEFESA, REAL OU DA PROTEÇÃO (OFENSA A BENS JURÍDICOS
BRASILEIROS OU DE BRASILEIROS)
d) de genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil;
UTILIZA-SE O PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE ATIVA (CRIMES PRATICADOS POR BRASILEIROS NO
ESTRANGEIRO NÃO DEVEM FICAR IMPUNES) E DO PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNIVERSAL (DEVER DE
SOLIDARIEDADE NA REPRESSÃO DE DELITOS CUJA PUNIÇÃO INTERESSA A TODOS OS POVOS);
c) Extraterritorialidade Condicionada: CONCURSO das condições previstas para que se aplique a lei
brasileira, crimes que a República Federa琀椀va do Brasil se obrigou a reprimir por tratado ou
convenção, os pra琀椀cados por brasileiros e os come琀椀dos a bordo de embarcações ou aeronaves
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí não sejam
julgados
Inciso II do Art. 7°
a) entrar o agente no território nacional;
UTILIZA-SE DO PRINCÍPIO DA JUSTIÇA UNIVERSAL (DEVER DE SOLIDARIEDADE NA REPRESSÃO DE
DELITOS CUJA PUNIÇÃO INTERESSA A TODOS OS POVOS);
b) ser o fato punível também no país em que foi pra琀椀cado;
UTILIZA-SE DO PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE ATIVA (CRIMES PRATICADOS POR BRASILEIROS NO
ESTRANGEIRO NÃO DEVEM FICAR IMPUNES);
c) estar o crime incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição;
UTILIZA-SE DO PRINCÍPIO DA REPRESENTAÇÃO, DO PAVILHÃO OU DA BANDEIRA (DELITOS
PRATICADOS EM AERONAVES OU EMBARCAÇÕES BRASILEIRAS PRIVADAS NO ESTRANGEIRO);
d) não ter sido o agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena;
e) não ter sido o agente perdoado no estrangeiro ou, por outro mo琀椀vo, não estar ex琀椀nta a
punibilidade, segundo a lei mais favorável.
d) §3° Se não for pedida ou se for negada a extradição e por requisição do Ministerio da Jus琀椀ça a lei
brasileira será aplicada aos crimes come琀椀dos por estrangeiros contra brasileiros no exterior (desde
que reunidos os requisitos do Inciso II
UTILIZA-SE DO PRINCÍPIO DA DEFESA, REAL OU DA PROTEÇÃO (OFENSA A BENS JURÍDICOS
BRASILEIROS OU DE BRASILEIROS) E PRINCÍPIO DA PERSONALIDADE PASSIVA (VÍTIMA BRASILEIRA);
e) A extraterritorialidade não se aplica às contravenções penais
f) Princípio ne bis in indem u琀椀lizado para atenuação ou aba琀椀mento de penas, diversidade
qualita琀椀va (aba琀椀mento segundo o prudente critério do magistrado) e quan琀椀ta琀椀va (aba琀椀mento
direto).

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)


lOMoARcPSD|28620403

CONTAGEM DE PRAZO
a) Na contagem do prazo de prisão inclui-se o dia do começo e exclui o dia 昀椀nal. Desprezando as
frações de dia/ano bissexto (nos casos de multa despreza-se a fração de real)
Ex: Se for preso as 23:50 conta-se o dia inteiro, o dia que for solto indepentemente do horário
conta-se como dia inteiro
b) Nos prazos processuais não se computa o primeiro dia

TEORIA DO CRIME
 Infração penal: “Considera-se crime a infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou de
detenção, quer isoladamente, quer alterna琀椀va ou cumula琀椀vamente com a pena de multa;
contravenção, a infração penal a que a lei comina, isoladamente, pena de prisão simples ou de
multa, ou ambas, alterna琀椀va ou cumula琀椀vamente”.
 Reclusão e Detenção: Penas priva琀椀vas de liberdade RESERVADAS PARA CRIME e prisão simples para
CONTRAVENÇÃO penal
 A RECLUSÃO é aplicada para condenações MAIS severas, com regime cumprimento
FECHADO/SEMIABERTO/ABERTO, cumpridas em estabelecimentos de SEGURANÇA máxima ou
média.
 A DETENÇÃO é aplicada para condeções MENOS severas e não admite que o INICIO seja em regime
fechado, sendo cumpridas no regime semiaberto ou em estabelecimentos menos rigorosos
(colônias agrícolas,idustriais,etc) ou regime aberto em estabelecimentos adequados
 A PRISÃO SIMPLES é prevista na lei de contravenções penais para infrações de MENOR LESIVIDADE,
ocorrendo sem rigor penintenciario, em estabelecimento especial ou prisão comum, em regime
aberto ou semi aberto (exclusivos da prisão simples)

CONCEITO DE CRIME
A) CONCEITO MATERIAL: Crime é toda AÇÃO ou OMISSÃO, CONSCIENTE e VOLUNTÁRIA, que LESA ou
EXPÕE a PERIGO bens jurídicos FUNDAMENTAIS para a vida em sociedade
B) CONCEITO FORMAL: Crime é a CONDUTA ABSTRATA descrita no TIPO, PROIBIDA POR LEI, com
ameaça de PENA CRIMINAL
C) CONCEITO ANALÍTICO/ESTRATIFICADO: Seria a foram de analisar o crime, através da teoria
TRIPARTITE que analisa o FATO TÍPICO, ANTIJURÍDICO E CULPÁVEL (Se alguem realiza a conduta
琀pica e an琀椀juridica não 琀椀ver culpabilidade NÃO pra琀椀cou crime) ou através da teoria BIPARTITE que
diz ser crime o FATO TÍPICO E ANTIJURÍDICO e a culpabilidade 昀椀gura como pressuposto para a
aplicação da pena (Se o agente não for culpável não merece pena, embora tenha pra琀椀cado o crime)
 ELEMENTAR E CIRCUNSTÂNCIA
A) ELEMENTAR: Componentes OBJETIVOS e SUBJETIVOS do 琀椀po penal incriminador básico ou
fundamental, ou seja é todo dado 琀椀pi昀椀cante, primário e essencial do delito.
B) CIRCUNSTÂNCIA: Seria o MODUS OPERANDI da prá琀椀ca do delito. Elementos que não compõem o
crime mas que in昀氀uenciam em sua gravidade, ou seja, é todo dado acidental ACESSÓRIO e
SECUNDÁRIO que in昀氀ui somente no MONTANTE DE PENA.
 CIRCUNTÂNCIAS JUDICIAIS E LEGAIS
Servem para guiar o Juiz na hora de modular a PENA-BASE
A) GENÉRICAS: Previstas na PARTE GERAL do CP, são as chamadas agravantes e atenuantes genéricas)
B) ESPECIAIS/ESPECÍFICAS: Previstas na PARTE ESPECIAL
 SUJEITO ATIVO DO CRIME

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)


lOMoARcPSD|28620403

A) SUJEITO ATIVO: Quem pra琀椀ca o 琀椀po penal (AUTOR); EXECUTOR DIRETO; Quando possui mais de um
autor diz-se que o crime foi prá琀椀cado em CO-AUTORIA
B) Sujeito passivo constante ou formal: é sempre o Estado, por ser o responsável pelo ordenamento
penal e 琀椀tular do ius puniendi;
C) Sujeito passivo eventual ou material: é o 琀椀tular do bem jurídico penalmente protegido que foi
lesado ou exposto a perigo de lesão.
Podem 昀椀gurar como sujeito passivo de crime:
 A pessoa 昀sica e jurídica (inclusive nos crimes contra a honra – art. 139 do CP);
 O incapaz e o nascituro (ex.: crime de aborto) – ambos são 琀椀tulares de direito;
 A família e cole琀椀vidade (ex.: art. 233 do CP – ato obsceno) – no caso em que o sujeito passivo é
indeterminado, os crimes são denominados “crimes vagos”;
 O Estado, que pode 昀椀gurar ao mesmo tempo como sujeito passivo constante ou formal e eventual
ou material (como no caso do crime de dano ao patrimônio público).
D) SUJEITO ATIVO QUALIFICADO: Sujeito a琀椀vo com ESPECIAL CAPACIDADE para prá琀椀ca de CRIME
PRÓPRIO
E) PARTÍCIPE: Quem concorre para a prá琀椀ca infra琀椀va; EXECUTOR INDIRETO;Quando possui mais de um
par琀椀cipe diz-se que o crime foi prá琀椀co em CO-PARTICIPAÇÃO
Terminologias u琀椀lizadas para o sujeito a琀椀vo:
A) Inves琀椀gado/indiciado: durante o inquérito policial;
B) Denunciado: quando houve denúncia pelo Ministério Público;
C) Acusado/réu: durante o tramitar do processo;
D) Sentenciado, condenado, preso, reeducando, detento ou recluso: quando há sentença
condenatória;
E) Autor do fato: sujeito a琀椀vo de infração de menor potencial ofensivo (u琀椀lizada no termo
circunstanciado).
 OBJETO DO CRIME
Objeto do delito é o bem visado no momento do comportamento humano
A) Objeto Jurídico/Obje琀椀vidade Jurídica: Bem ou Interesse tutelado pela lei penal
B) Objeto Material: Pessoa ou coisa a琀椀ngida

Baixado por Iza B (izabelle.bnunes@gmail.com)

Você também pode gostar