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Chlamydia trachomatis:
A Epidemia Silenciosa
Chlamydia trachomatis: A Epidemia Silenciosa
EPIDEMIOLOGIA
Segundo dados da Organização Mundial de Saúde Estimativas da Coordenação Nacional de DST/aids
(OMS), a estimativa de novos casos de infecção pela apontam para a existência de 1.967.200 casos novos a
Chlamydia trachomatis em adultos era de 92 milhões em cada ano. Nesses, a incidência em mulheres e homens
1999, sendo que 9,5 milhões ocorreram na América Lati- sexualmente ativos é de 3,5% (1.508.500 casos no-
na e Caribe. Nas estimativas dos Centros de Controle de vos/ano) e 2,32% (478.700 casos novos/ano), respec-
Doenças e Prevenção (CDC), nos Estados Unidos, exis- tivamente.
tem mais casos novos diagnosticados de infecção pela A baixa idade é um dos fatores de risco mais impor-
clamídia do que qualquer outra DST, incluindo sífilis, tantes entre os relatados nos estudos realizados. A idade
gonorréia, condiloma acuminado, herpes e aids. Entre eles, inferior a 20 anos, ou a 25, dependendo da população
é estimado que entre 3 e 4 milhões de casos novos de estudada, é o principal fator de risco para a maioria dos
clamídia ocorram a cada ano. autores. Alguns trabalhos e seus autores estão descritos
No Brasil, não há muitos dados que demonstrem a na tabela 1.
situação da infecção pela Chlamydia trachomatis. Os da- Todos esses trabalhos possuem vários dados interes-
dos publicados na literatura científica sobre prevalência santes. Do de Varella et al, que foi um estudo realizado
dessa infecção são estudos isolados, em populações espe- numa cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro,
cíficas, em serviços determinados, mas que mostram a onde a taxa de positividade para clamídia no canal
importância dessa infecção silenciosa em nosso meio. cervical de mulheres atendidas em consultas ginecológi-
Tabela 1 - Taxas de prevalência da infecção pela Chlamydia trachomatis em mulheres brasileiras relatadas na literatura
Em foco - Chlamydia trachomatis: A Epidemia Silenciosa é uma publicação periódica da PhOENIX Produções Editoriais, patrocinada por
Farmoquímica. Jornalista Responsável: José Antonio Mariano (Mtb: 22.273-SP). Tiragem: 20.000 exemplares. Endereço: Rua Gomes Freire,
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procedimento.
Autor:
Mauro Romero Leal Passos
Professor Adjunto Doutor, Chefe do Setor de DST e Coordenador do Programa de Pós-graduação em
DST, Universidade Federal Fluminense - Niterói - RJ.
Colaboradores:
Renata de Queiroz Varella
Especialista em DST, Setor de DST, Universidade Federal Fluminense.
Referências Bibliográficas:
- Brasil, Ministério da Saúde, SPC-CNDST/aids. Manual de Controle Rio de Janeiro, Revinter, 2002.
de DST, 3a. ed., Brasília, 1999. - Schachter J, Barnes R. Infecções Causadas por Chlamydia trachomatis
- Centers for Disease Control and Prevention. Sexually transmitted discases in Morse AS, Moreland AA, Holmes KK. Doenças Sexualmente
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- Passos MRL et al. Doenças Sexualmente Transmissíveis, 4 . ed. Rio
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- Varella RQ, Passos MRL, Pinheiro VMS et al. Pesquisa de Chlamydia
de Janeiro, Cultura Médica, 1995. trachomatis em mulheres do município de Piraí Rio de Janeiro.
- Passos MRL, Almeida GL. Atlas de DST e Diagnóstico Diferencial DST - J brás Doenças Sex Transm 12(3): 27-44, 2000.