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SELVA GUMARAES FONSECA
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DIDÁTICA E PRÁTICA DE ENSINO DE HISTÓRIA
ExpezuÊNcrls, REFLEXoES E ApRENDIZADos
comçÃo
uecrstÉRto: FORMAÇÃO r TRABALHO PEDAGOGICO
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Ilma Passos Alencastro Veiga
Coordenadora II
PAPIRUS EDITORA
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Você estó vendo
O que estó acontecendo?
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Nesse caderno sei que ainda estão I
Os versos seus
Tõo meus, que peço
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Nos versos meus I
Tão seus, que espero
Que os aceitem...
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(Nando Reis e Samuel Rosa) I
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2r Edlção
2004 t
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Frci6iaãã opõd-uçãõ totã ru
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da obía dê acoído com lsi 9.610/98.
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Aos meus companheiros de diálogo:
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Éditora aliliãdã à Assodeçào Brasllelra
dos Olreilos RopÍogÍâÍicos (ABDR). professores de história, didática, metodologia e prática de ensino. I
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orREtÌos BEsERvAoos pARA A L|NGUA
O M.B. Cornacchla o Editors Ltdâ.
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poRTUGUÊsÂ:
PspiÍus EdiloÍa
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À Ana Luísa e à Laura pelo carinho,
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Ao César pela reinvenção do viver.
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Fons/Íax: (19) 3272-4500 Campinas São Paulo BÍâsil
E.mail: editoÍsOpapirus.com.bÍ - www.papirus.com.br
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6
A INCORPORAÇÃO DE DIFERENTES FONTES
E LINGUAGENS NO ËNSINO DE HTSTORIA
Tema: Moradia.
Relato de experiência integrando literatura infantì|, história e demais áreas
nos primeiros ttnos de escolaridade Séries: Educação infantii, la e 2a séries do ensino fundamentaì'
Objetivos:
No trabalho com tbrmação inicial e contínua de professores, na área
. possibilitar a identificação de diferentes tipos de moradia
de histór-ia, esta tem sido uma das questões mais polêmicas e mais recor-
existentes no nosso meio social;
Objetivos: O teatro escolar deve ser uma instituição atuante e não . A organização.
apenas um recurso para manifestação esporádica no fim do ano. A
organização do teatro deve ser articulada à extensão extraclasse das Tendo nurnerosos e delicados problemas a resolver, o teatro escolar
disciplinas de Literatura e História. Mobilizando grupos de estudantes implica não só numa organização especial como ainda indispensável
amadores da arte teatral, o teatro escolar exige um quacÌro de auxiliares- ajuda financeira. Não se faz teatro escolar sem quadros 'uma
especializados. É
técnicos indispensáveis (ensaiadores, cenógrafos e cenotécnicos) selecio- da competência da adnurustração escolar financiar toclas essas clespesas que,
nados fora do corpo discente. É, pois, uma institLrição rnista de estudantes e na verdade, não são supérfluas. E tudo isso deve ter caráter pennanente e
de cooperadores amadores. O objetivo fundamental é a cooperação. não esporádico, como em geral se observa em nossas Escolas Secundárias.
Não se diga que essa organização seja um luxo dispensável. O seu valor
. O elenco. educativo é enorme. Educa. Insrrui. E cria hábitos de cooperação de.seLf-
control etc., alérn de despertar atitudes estéticas. (1d., ibid., pp. l9g- 199)
Não é difícil a seleção do corpo de atores amadores entre os
educandos. Nessa clivagem, faz-se necessário não só verificar as aptidões
Concluindo, a literatura, como linguagem constitutiva da realidade
dos jovens como ainda a vocação dos mesmos para a arte dramática. Além
social, expressa contradições, relações sociais e culturaisr ao problernatizar
disso, impõe-se uma orientação artística clo estuclante amador. É necessário
a realidade, oferece ao historiador, ao professor e aos alunos pistas e
prepará-lo para a interpretação do texto, o que pode exigir a organização de
propostas leveladoras da identidade social e coletiva. cabe a nós explorá-la
breves cursos de arte de representar. O ator não se irnprovisa.
de forma criativa, combinando fontes e lormas tais como as apresentadas
anteriormente. Literatura e história nos rernetem à-eclucação estética, à
l. No ano 2(x)0 corresponde aos níveis de ensino fundamental (5! a 8! séries) e ensino rnédio
BORCES, Jorge L. (2000). Esse ofício do yerso. São Paulo: Cia. das Letras.
Universidade de Harvard em 1967, publicada no Brasil em 2000, afirmou:
e
DUARTE, R. e RAQUEL, A. (1985). Quent casa quer casa. Belo Horizonte: Lê.
Sempre que folheava livros de estética, tinha a desconfortável sensação
de estar lendo as obras de astrônomos que não olhavam as estrelas.
e
GENETTE, Cerard (1973). "Fronteiras da narrativa". /n: BARTHES, Roland er a/.
Análise estrutural da narrativa: Pesquisas semiológicas. petrópolis: Vozes,
Quero dizer, eles escreviam sobre poesia como se a poesia fosse uma J
pp.225-214.
tarefa, e que não é em realidade: uma paixão e um prazer... passamos
à poesia: passamos à vida. E a vida é feita de poesia. A poesia não é J
GUEDES, João Alfredo Libânio (1975). curso de clidtitica cle histõria.2â ed. Rio de alheia - a poesia está logo ali, à espreita. pode saltar sobre nós a j
qualquer instante. (P ll)
Janeiro: Pallas.
JAUSS, Hans-Robert (1987). "Expérience hisrorique er fiction". In: GADOFRE,
J
Cilbert (org.). Certìtudes et incertitudes de I,historie. paris: pUF, pp. 111_132. Se a vida é feita de poesia, quem é o poeta na história? Eternamente
-
LIMA, Luiz costa (1986). "Documenração e ficção". socieclatle e discurso ficcional. Fernando Pessoa ( 1999):
f
Rio de Janeiro: Cuanabara, pp. 187-242.
O poeta é um lingidor G
MÍNK, Louis o. (1987). "History and fìcrionas mode of comprehension". /n: BEIAN,
Fay; EUCENE, O. e RICHARD, T.V. (orgs.). Historical understanding. Lonclres: Finge tão completamente e
Cornell University Press, pp. 42-60.
SEVCENKO, Nicolau (1986). Literaturcl cotno rnrssa-o. São paulo: Brasiliense.
Que chega a fìngir que é dor
A dor que deveras sente.
!
slLVA, Marcos A. (1985). "o trabalho da linguagem". Revista Brasileira tle História,
J
( t l). São Paulo: Anpuh/Marco Zero, set. E os que lêem o que escreve G
VIEIRA, Maria do P.A,. et al. (1989). Á pesquisa em história. São paulo: Ática. Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
!
WILLIAMS, Raymond (1979). Marxìsmo e literatura. Rio de Janeiro: Zahar.
Mas só a que eles não têm.
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E assim nas calhas de roda ü
Gira, a entreter a razão, (l
Esse comboio de corda
Que se chama o coração. ü
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172 Papirus Editora Didática e prática de ensino da Hislória I 73 J
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Se a poesia, o poeta, o leitor entretêm a razao, os enigmas da poesia Nesse sentido, relembro o alerra de Silva (1985, p. 82):
nos ajudam a viver e a compreender a história, pois históna é vida e poesia. i
licrreira Gullar (apudYreira et aL. 1989, p. 12) nos faz lembrar que A discussão de linguagens pelos historiadores, muito mais que trazer
para seu trabalho "o exótico" ou o "inexplorado", permite abordar un]
,
(...) a história humana não se desenrola apenas nos campos de batalha e ' nível básico das relações entre os homens que, naturaÌizado, realiza em
nos gabinetes presidenciais. EIa se desenrola também nos quintais entre larga escala tarefas ideológicas de dominação ao se fazer passar como
plantas e galinhas, nas ruas dos subúrbios, nas casas dejogos, nos prostí- dado neutro da vida social. Mais ainda, envolve a preocupação com a
bulos, nos coÌégios, nas usinas, nos namoros de esquinas. Disso eu quis tarefa crítica de desenvolver um conhecimento histórico que se saiba
fazer a minha poesia. Dessa matéria humilde e humilhada, dessa vida , prática política e enfrente a necessidade de desmontar os discursos que
obscura e injustiçada, porque o canto não pode ser uma traição à vida, e o constituem como lugar de erudição neutra, à maneira da história
só éjusto cantar se o nosso canto arrasta as pessoas que não têm voz. historizante.
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O lilme e outros materiais forarn selecionados de acordo com os Após isso, passamos à desmontagem do filme, seguindo as questões
conteúdos programados e constituíram uma tentativa de redimensionar o do roteiro e as respostas, as interpÍetações e os questionamentos próprìos
lratarnento tradicionalmente dispensado a eles, portanto, esse novo tratamento dos alunos. Procuramos relacionar as informações do fiÌme com o
clue lhes está sendo dado está intimamente relacionado a uma concepção de levantamento f'eito inicialmente sobre as características gerais da sociedade
gcografia vqlBda_pgq_4 lqlglygçqo, a aniiÌise e a inrerpreração do espaÇo capitalista. Utilizando caftazes, montamos coletivamente o seguinte quadro:
proclu zido p"tá õ" i"aua.ìãffi açao qüè e.s sa s oc iêõãGÉ oa íilãru.
tsso implrca um@haromu6é5sü!õãõ-ããÃiloe Homens <-r Trabalho <_--.} NatureZa
cle compreensão e transformação da realidade concreta produzida e vivida
I
pelos homens. Ilha das Flores explicita uma dimensão dessa realidade, i
tomando-se referência para uma análise da dinâmrca socioespacial.
Produto a-) Mercadoria <---------+ Lucro
I
ROSA, Noel (1933). "Onde está a honestidade" Noel Rosa' CARLOS, Roberto e CARLOS, Erasqo (1980). "8 que rudo mais vá pro infemo".
(1937). "Você vai se quiser". Noel Rosa e Marília Batìsta. Roberto Carlos - Documentos sonoros - Nosso século.
Trilha sonora da novela COSTA, Sueli e PINHEIRO, Paulo César (1979). "Cordilheiras". Simone -
(1989). "Pela décima vez". Ângela RoRô - Pedaços.
"Cananga do Japão". DISCURSO DE JOÃO GOULART ANUNCIANDO AS REFORMAS DE BASE
(zZ?y'1964) (1980). Documentos sonoros -
ROSA, Noel e VADICO (1989). "Feitiço da vila". Leila Pinheiro - Série Grandes Nosso século.
Auloìes - Noel Rosa. DISCURSO DE lOÃo couLART NA CENTRAL DO BRASIL (13/3/1964) (1980).
SILVA, Estanislau e PAQUITO (1940). "O trem atrazou". Roberto Paiva'
Documenlos sonoros - Nosso século.
Francisco Alves.
sonoros - Nosso século.
LINS, Ivan e MARTINS, Vitor (1980a). "Descsperar jamais". Simone - Simone ru.t vivo.
foi uma
a gravação do "Hino nacional brasileiro" por Fafá de Belém, que
das porta-vozes e a musa da campanha pelas eleições diretas.
o
Cigarra. Ç
NASCIMENTO, Milton e BRANT, Fernando (1979). "Povo da raça Brasil". Simone -
Segue-se uma sugestão de uma lista de canções para esta unidade:
VELOSO, Caetano (1980a). "É proibido proibir". Caetano Veloso - Documentos ESTRADA, Joaquim Osório Duque e SILVA, Francisco Manuel da (1985). ,,Hino ]
nacional brasileiro". Fafá de Belém - Aprendigs
sonoì'os - Nosso século. tla esperança.
]
FERNANDO, Carlos ( 1985). "Párria amada". Elba Ramalho - Fogo na mistura.
( 1 980b). "Alegria, alegria". Caetano Veloso - Documentos sonoros - Nosso
ì
século. FREJAT, Roberto; SALOMÃO, Waly e CIL, Gilberto (1984)..,O revólver do meu
VIOLA. Paulinho da (197ó). "Sinal fechado". Fagner - Ruünunclo Fagner. sonho". Cal Costa - ProlLurct. ;
CESSINCER, Humberro (1987). "Toda forma de poder". Ney Lisboa
Jcunuicct.
- Curecas da !
CUDIM, Eduurdo e NETTO, Costa ( 1986). "Vercle". Leila Pinheiro
ì
- Olho nu.
;
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ls6 Papirus Editora Didática e pÍálica de ensino de Históna I 97
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culNETo, Almire MAGALHA, Adalto (1986). "cordano pescoço". Berh Carvarho- (1988). "Falou, amizade". Simone
lleth. - Seduçtio.
VELOSO, Caetano e COSTA, Tony (1987). ,,Vamos comer,,. Caetano Veloso _
JUNIOR, Luiz Gonzaga (1984). "Gravidez". Gonzaguinha- Crávido. Caetano.
(1985). "TrabaÌho de parro". Conzaguinha - Olho de lince (trabalho d.e
parto).
Unidade IV - O BrasiÌ na década de 1990
(1986). "Sai da 1Ìente". Elba Ramalho
- Remexer.
(1987). "Geral". Gonzaguinha - Geral. Existe um rico elenco de canções para debater os temas desta
unidade,
(1988). "E". Gonzaguinha principalmente por se hatar de fatos atuais. São canções que
- Corações marginais. abordam de
maneira bastante aguçada a
KAMIL' Kleiton e FocAç4, Bero (1985). "Aprendizes da esperança". Fafá de Belém - 19.g11rgl_ pql!!iça, ecgl_ôq_ic_4 e sgc!41 da
Ap rendiTes cla espe rança. +"tIelr4ade' p ermi ti n d o de s s e mìío p iò tu na as anáiiiJJ" ãr i óu ss oes .
KAMIL, Kleiton e RAMIL, KÌedir ( 1982). "Trova". Kleiton e Kledir São propostas as seguintes canções:
- Kleiton e Kledir.
LIMA, Marina e CÍCERO, Anronio (l9g5a). .,Correndo arrás,'. Marina _ Todas. ANTUNES, Arnaldo e BRITo, Sérgio (19g6). "ponada".
Titãs - cabeça dinossauro.
(1985b). "Avenida Brasil". Marina ANTUNES, Arnaldo; FROMER, Marcelo e BRITO, Sérgio (19g9). .,Comida,,.
- Iodcs.
Monte - Marisa Monte.
Marisa
(1989). "O cara". Marina - próxima parada. BELLOTO, Toni (1986). ,,polícia',. Titâs _ Cabeça dinossauro.
LINS' lvan MARTINS, vitor (1988). "cabo eleiroral". Ivan Lins Amar assim.
e
- BOSCO, João; SALOMÃO, Waly e CÍCERO, Anrônio (1990). ,.Hotofores,,.
MAIA, Pretrucio e BELCHIOR (1987). "Incêndio". Fagner - Romance no deserto. Gal Cosra _
Plural.
MAIAKOVSKI (1989). "E enrão, que quereis?". poema rraduzido por Emflio Guerra, BRANDÃO, Amaldo e CAZIJZA (lgS9). .,O rempo não pâra,,. Caztza _
Aldir Blanc. 'Corsário". João Bosco - Bosco.
João Bosco e O tempo
não póra.
MAUTNER, Jorge ( 1983). "Viajanre". Fagner palavra de amor.
- BRITO, Sórgio; FROMER, Marceto; REIS, Nando e pESSOA, Ciro (1986). ,,Homem
MOREIRA' Moraes e MACHADO, Beu (r984). "Ave nossa". cal cosra profana. primata". Titís - Cabeça dinossauro.
-
MOREIRA, Moraes e NILO, Fausro (1981). ..pão e poesia". Simone BUARQUE, Chico (1983).',Aré o fìm". Ney Matogrosso_ pois é.
-Anar.
NASCIMENTO, MiÌron e BRANI Fernando (1983a). "Menesrrel das Alagoas,'. Fafá D. CLIC' Aleph e RoRÔ, Ângela (19gg). "viciado em regras". Ângera RoRô
- prova
de Belém - Fafá tle Belém. de amor.
(1983b). "Coração civil". Ney Marogrosso - pois é. DUSEK, Eduardo (1990). "lnjuriado',. Adriana Calcanhoro _ Enguiço.
(1987). "Carta à República". Milron Nascimenío _ yauarerê. FONSECA, celso e GIL, Gilberro (19s9). "o ererno deus mudança". Gilberro
cil - o
eterno deus mudança.
NASSER, David e VERMELHO, Alcir pires (1981). ,.Canra, Brasil". Cal Cosra _
Fantasiu. CAVIN, Charles ( 1986). "Estado violência". Tirás _ Cabeça di^ossauro.
RAMALHO' zé (1979). "Admirável gado novo". Zé Ramarho presença de Zé LEONI e CAZUZA ( 1989). '.Maúatã" . Cazuza _ Burguesict.
-
Ramalho.
LIMA, Marina e cÍcERo, Antônio (19g9). "próxima parada,,. Texro incidenral de
TISO, Wagner e NASCIMENTO, Milron (1983). ,,Coração de es[udante". Milton Jorge Salomão. Marina - Próxima parada.
Nascimento - Milton Nuscimento ao vivo. LINS, Ivan e MARTINS, viror (1988a). "Trinra anos". lvan Lins Amar assim.
-
TUNAI e NATUREZA, sérgio (1983). "Fogo na misrura". Elba Ramalho
mistura.
- Fogo na ( 1988b). "De nosso amor". Ivan
- Líns Amar assim.
MELLO' BRANco e ANTUNES, Arnaldo (1986). "Dívidas". Titãs
VELOSO, Caetano (1984). "Vaca proÍàna',. Gal Cosra
- profam. dinossauro.
- cabeça
-
f
(1988). "Tempo perdido". Leila Pinheiro - Alma.
Traduzir-se. Participação especial de Camaron de La Isla. Ç
TOQUINHO (1989). "Lindo e triste Brasil". Toquinho - À sombra de um jatobá'
Particìpação especial de Fagner.
PARRA, Violeta ( 1976). "Cracias a la vida". Elis Regina - Falso brilhante. Ç
VALENçA, Alceu (1990a). "Te amo, Brasília". Alceu Valença - Andar, arular'
RODRIGUEZ, Silvio (s.d.). "Suefro con serpientes". Milton Nascimenro - Sentinela' Ç
(1990b). "FM rebeldia". Alceu Valença- Andan andar' VELOSO, Caetano (1983). "Quero ir a Cuba". Caetano Veloso - Uns.
J
VELOSO, Caetano (1984). "O quereres". Caetano Veloso - Veló.
(1984). "Língua". Caetano Veloso
Soares.
- Velô. Puticïpação especial de Elza
J
(1986). "Podres poderes". Leila Pinheiro - olho nu.
VIGLIETE, Daniel (s.d.). "A desalambar". Daniel Vigliete - Gravação ao vivo. J
(1989). "Os outros românticos". Caetano Veloso - Estrangeiro.
ì (1979a). "Geni e o zepeÌim". Chico Buarque - Opera do malandro. LIMA, Marina e CÍCERO, Anrônio (1985). "Acende o crepúsculo". Gal Cosra -
i
(1979b). "Uma canção desnaturada". Chico Buarque e Marlene Bem bom.
- Opera do
malanrlro. LINS, Ivan e MARTINS, Vitor (1985). "A outra". Simone - Crisral.
(1979c). "O casamento dos pequeno-burgueses". Chico Buarque e Alcione - (s.d.). "Atrevida". Simone - Simone.
Opera do malandrc.
NASCIMENTO, Milton e BRANT, Fernando (1975). "ldolatrada". Simone - Cotas
(1979d). "Ai, se eles me pegam agora". Frenéticas - Op"ro tlo maktntlro- d'água.
(19?9e). "Terezinha". Zizi Possi - Op"rodo malantlro. (1983). "Mulher da vida". Simone - Delírios, delícicts.
( I 983). "Mil perdões". Gal Costa - Baby Gal PINON, Nélida; PAPI e DlNlZ, Luiz (1989). "A doce canção de Caetana". Fagner - O
(1985a). "Últimobtues". Cal Costa- Bembom. quinze.
( 1985b). "Aquela mulher". Paulinho tla Vioìa RAMALHO, Zé (19'Ì9). "Frevo mulher". Amelinha - Frevo mulher.
- Malandro.
(1988). "Palavra de mulher". Elba Ramalho - Fruto. TYCEL, David e LOMBARDI, Bruno (1979). "Que me venha esse homem". AmeÌiúa -
Frevo mulher.
(1989). "A mais bonita". Chico Buarque - Chico Buarque . Participação
especial de Bebel Gilberto. VELOSO, Caetano (19?7). "Tigresa". Caetano Veìoso - Biclro.
CARLOS, Roberto e CARLOS, Erasmo (1985). "Musa de qualquer estação". Cal (1978). "4 mulher". Cal Costa -Águaviva.
Costa - Bem bom. (1982). "Dom de iludir". Gal Costa - Minha voz.
COSTA, Sueti e SILVA, Abel ( 1985). "Capricho". Amelinha - Caminho do sol. "A
(t 984). hora da estrela de cinema". Maria Bethânia - A beira eo mar
( 1988). "Voz de mulher". Leila Pinheiro - Alma. (1987). "Esse cara". Maria Bethânia Personalidade Maria Bethânia.
-
DALTO (1972). "Moreno". Simone - Simone. 1988). "Dama de cassino". Ney Matogrosso Quem ncío vive tem medo da
(
-
DE; GIL; BEBEL eCÃZIJZA (1989). "Mulher sem razão". Cazuza- Burguesiu morte.
VIEIRA, Durval (1984). "Tem pouca diferença". Gal Costa - ProJ'arut.
uoT:
Ç
Canções que abordam a discriminação alggll. xde o FERNANDo,Carlos(1983)...Banhodecheiro''.ElbaRamalho.Coraçãobrosileiro'
" 9U:.
brasllerro GOL DA VITORIA NO TRI (gravado por locutor da Rádio Bandeirantes)
(1980).' ;
análises a respeito da in-serçáo do negro no contexto histórico-soctal
e rodas as s'as impììõàÇõãi,ïeìãdr culrurais, sociais ou econômicas. Docunrentos sonoros - Nosso século. Ç
José (1989)'"chorando se
Sugerem-se para esta unidade as seguintes canções: GONZALEZ, Ulisses Dormosa; FERREIRA, Márcia e ARI' Ç
"Ladeira do pelô" foi". Fafá deBelêm- Fafá.
BOBÔCO e JAMAICA, Beto, "salvador não inerte"; BETÃO, Ç
(1990). Gal Costa - Plarul. GUSTAVO, Miguel (1980). "Pra frente Brasil"' Coral do Caneco Documenlos -
CIL, Gilberto (1986). "A mão da limpeza"' Gilberto Gil - Raça Inmana'
sonoros - Nosso século Ç
GUIMARÃES, Marco Antônio e NASCIMENTO, Milton
(1986)' "Lágrimas do sul"' HlME,FranciseBUARQUE,Chico(1984)'..Vaipassar''.ChicoBuarque-Chico
Buarque.
f
Milton Nascimento - A barca dos am*ntes' .
MOREIRA. Moraes ( 1983). "Grande fìnal" Gal Costa - Baby Gal' J
LENINE (1990). "O quilombo" Selma Reis - Selma Reis'
MENDES. Ari e RORÔ, Ângela (1988)' "Fuú do negão" Ângela RoRô - Prova de (s.d.). "saudades do Galinho". Moraes Moreira - Píntando o E f
atnor. (s.d.). "Todo mundo quer"' Moraes Moreira - Pintando o 8' Ç
NASCIMENTO, Milton e BRANT, Fernando (1986)'
"Maria, Maria". Milton MOREIRA'MoraeseSILVA,Abel(1981)'..Festa<lointerior''.CalCosta-Fantasia. !
Nascimento - A barcu tlos amunles'
C TIERRA, PCdTO (1982).
-
TRISTEZA, Niltinho; JÓlA, Preto: VICENTINHO e JORANDIR'
"O amanhã" (1990)' Simone - Liberdade'
"Liberdade'
t
NASCIMENTO, MìIION; CASALDÁLICA,
"Louvação a Marina". Simone -
PCdTO
Corpo e ahna'
LiU"raoa""; SERGIO, João,
VÁRIoSAUTORES(Pot-pourri)(1985)...Lambadas'''FafádeBelém-Aprendìzes t
PoRTUGAL, Jorge e MENDES, Roberto (1986).
..Yorubahia''. Maria Bethânia - da esperança'
-
l
Dezembros.
SACRAMENTO,
..A terra tremeu',; MENDES, Roberto e VELLoSo, J , ..orá'' ( 1988).
VILA, Luiz Carlos da (1985). "Samba enredo para um
Ctminlw do sol.
grande amor"' Amelinha
t
MariaBethânia-Mctra'ParticipaçãoespecialdeladySnrithBlackMambazo. a
TENGA, Nego (1990). "Brilho cle beleza"' Gal Costa - Plural'
-p9-sa
qeteção Íbi realizacla com base em uma pesquisa desenvolvida I
VlLA.Martinhoda(1988)...Meulromem''(cartaaNelsonMandela).BethCarvalho-
Alrna do Brasil.
naRddio(JniversitóriadaUniversidadeFederalcleUberlândia.Dezanos
ã"poit O" ío*fúfAu a pesquisa, o patrimônio da MPB foi
ampliado e a
renovado, novas cançõer, nouo, compositores e novas
gravadoras surgiram a
Unidade lX - Manifestações populares no mercado. Entretanto, a c1nç-ã9 como-evidência'
como documento sócio-
carÍegada dê
I
histórico, ultrapassa fronteiras espaço-temporais' e suige
A música, em si, já se constittìi numa manifestação popular' e nesta liôpóitirs e ensinamentos. Cabe a nós,
professores' dialogar com essas tbntes I
uniclade cleve-se partir para análises de manifestações populares
que
a percepção
comsensibilidade,emoçãoecútica,respeitandooslimiteseasfronteiras I
encontram eco direto em composições musicais, possibilitando discursivas próprios de cada Ìinguagem' a
cle
,.jogos,'e.,danças" que se dissimulam ou se escondem nas manifestações
tJo povo.
A seguir transcreveremos na íntegra' com autorização
uma experiãncia ilesenvolvida na Escola de Eclucação
das autoras'
Básica da UFU e t
As seguintes músicas são indicadas para esta temática: publicada em Frarlco (1995)' As autoras' professoras
de histó.ria e I
BOSCO. João e BLANC' Aldir ( 1974) "Fantasia"' Simone - Quatro paredes' pesquisadoras da área, ressaltam que, após a publicação'
otg,.,.ul; revisões e alguns questionamentos' A
foram.feitas
proposta tbi aprot'undada; a I
BROWN, Carlinhos ( 1990). "Zanzando" Cal Costa - Pfurrrl' I
204 Papirus Edilora
Didática e prâtica de ensino de História 205
I
t,
lellexão sobre a própria prática potencializa a permanente reinvenção da Antes de ouvirmos e discutirmos as duas músicas com os alunos,
experiência. Selecionamos este relato, dentre vários, por considerá-lo entregamos a eles as suas respectivas letras, esclarecimentos sobre seus
criativo, aberto e rico em possibilidades investigativas. Um bom exemplo compositores e seu vocabuÌário e um roteiro de atividades com questões de
de como exercitar a formação do espínto crítico em sala de aula, livre de compreensão e inteÌ-pretação.
preconceitos e estereótipos.
Nos esclarecimentos não colocamos todas as palavras desconhecidas
existentes nas músicas. Explicamos apenas expressões e palavras difíceis
Abolição da escrav atura: Diferentes interpretações de serem encontradas no dicionário. As outras, deixamos que os própnos
aÌunos pesquisassem e apresentassem em sala de aula.
Aléxia Pádua Franco*
Depois de cantarmos as músicas, acompanhando suas letras, lemos
Leide Divina Alvarenga Turinix* suas estrofes e os esclarecimentos, em anexo, discutindo todas as drividas
surgidas entre os alunos.
Em 1992, um dos temas do programa de História da 6a série foi "O Após esse trabalho, os alunos responderam individualmente às
Movimento Abolicionista no Brasil e os interesses envolvidos". Para discuti- questões de interpretação, as quais relacionavam o conteúdo das canções
lo com os alunos, inicialmente, recordamos os aspectos da escravidão com o conceit*q de História Oficial. Finalmente, corrigimos essas questõeì
estudados no final da 5a série e depois, através de uma aula musical, em sala de aula, analisando as respostas dos próprios alunos.
introduzimos o tema Abolição, mostrando as diferentes interpretações Veja, a seguir, o material entregue aos aÌunosl
históricas que existem hoje em dia sobre os movimentos abolicionistas
ocorridos no Brasil no século XIX.
Música l: "Kizomba, Festa da Raça"
Selecionamos dois sambas-enredo para desenvolver essa atividade:
"Kizomba, Fesra da R"ç":ë ''Liueraaac, üueroaàèt ÃurãìïÃãi'óoure Compositores: Rodolpho/J onas/Luís Carlos da Vila
Nós". O primeiro mostra que a escravidão foi um lúìa aìs negiõi peÌa Intérprete: Gera
liberdade. O segundo diz que a AboÌição foi um presente da Princesa Isabel
para os negros. lsto é, enquanto o primeiro traz uma interpretação mais
Valeu, Zumbi!
crítica, o segundo centra-se na História Oficial - a histOriíõniadãìã ácõão
O grito forte dos Palmares
com a visão dos dominantes,-nãô coiisidèiãriãô os aros da classe dominada,
Que correu terra, céus e mares
como os negros, os operários, os camponeses, dentre outros.
Infl uenciando a abolição
É importante ressaltarmos que, antes desta unidade, os alunos Zumbi valeu
estudaram o põnceirõìe t{isiõilâõfiõiãlh que thes pos sibi I itou identificar HojeaVilaéKizomba
as dif'erenças de interpreiaÇdõ enÌiê*ôi-dois sambas-enredo. Além disso, É batuque, canto e dança
não podemos esquecer que as músicas foram utiÌizadas apenas como um Jongo e Maracatu
texto que discutiu com mais detalhes os interesses envolvidos nos movi- Vem, menininha, pra dançar o Caxambu. (BIS)
mentos abolicionistas do Brasi_1, Oô ôô, nega mina
Anastácia não se deixou escravizar
Protèssora de história da Escola de Educação Básica (Eseba) da universidarle Federal tte
OO OO, Clementina
Uberlândia (UFU), historìadora e mestra em educação.
O pagode é o partido popular.
Protessora de história tla Escola de Educação Básica (Eseba) da Universidatle Federal cle
Uberlândia (UFU), historiadora, mestra e doutoranda em educação. O sacerdote ergue a taça
FRANCO, A.P (org.) (lggr. Álbum musical para o ensino de história. Uberlândia:
em relação à imprensa periódica. A ele cabe o papel de decodificador de
mensagens e inlormações, incorporando-as ao processo de ensino e
I
Edutu. aprendizagem, no dia-a-dia da sala de aula. ì
RESENDE, S.R. ( 1992). "Proposta de ensino de história para a 8r série: A música como I
documento histórico". Ensìno em Re-Vi.sta, vol. I , n! I . Uberlândia: Edul'u.
t
212 Papirus Editora Didálica e pÍática da ensino de Hislória 213 !
ì)
lsso nos remete a aigumas ref-lexões, especialmente à relação
de história' Inúmeras experiências apontam o valor didático
irrrprensa/fato ou acontecimento/notícia ou informação. começando pela da imprensa
para a tbrmação dos jovens. Em todas as áreas do currícuÌo
irnprensa, é necessário levarmos em conta seu "lugar sociai", sua inserção escorar é pÀssíver
desenvoìver atividades interdisciprinares que favoreçam
e o papel das empresas de comunicação de massa na sociedade globalizada. a formação de
leitores críticos, o debate e o estudo da história, sobretudo
Como produto de empresas que têm propostas político-sociais definidas, da hìstória
imediata.
linhas, padrões ou receitas, a imprensa, ao informar, revela também a
existência de um não-dito. o fato ou acontecimento é testemunhado,
Sobre isso
é imponante ressaltar que cresceu, nos últimos anos, o
retra-
baÌhado, transformado em notícias ou informações de acordo com as linhas interesse das pesquisas historiográficas peló redimensionamento
das relações
ou o interesse de quem tem o poder de produzi-lo e vendê-lo à população. passado/presente. História imediata para alguns, história
do presente para
outros, o que importa é que existe hoje um reconhecimento
Pretende-se sempre atribuir foros de verdade às informações, porém, da necessiáade
de romper com a concepção que separa rigidamente o presente
com sua linguagem própria, a imprensa explica o real de forma limitada e do passado.
Le Goff ( 1984) defende a conquista da histórìa imediaia pela
fragmentada. A informação, como toda mercadoria, surge coisificada, caso história nova,
pois acredita ser um campo possível para a busca de uma
em que nem o produtor (emissor) nem o receptor (consumidor) se
história total. Jean
Lacouture (1990) associa a importância da história imediata
reconhecem na rnensagem veiculada. EÌa traz em si uma série de explicaçoes ao modo de
vida das sociedades atuais e ao papeì exercido pelos meios
e é consumida peios leitores, mas não é assimilada ativamente, pois só tem de comunicação
de massa. Segundo ele, vivemos numa sociedade que exige
valor no momento em que surge e, como toda mercadoria cultural, se esgota, informações e
que por sua vez tem direito a uma interigibilidade da
rapidamente, não permitindo um processo de assimilação. Nesse sentido, história próxima. para
Chesneaux (1977), a história'imediata deve ser um caminho
como o pesquisador e o professor de história podem lidar com ela, já que é para o estudo
dos movimentos poÌíticos, dados a vivência e o envolvimento
o "trampolim" para o real? dos historia-
dores nos processos de lutas e as disponibilidades de fontes,
Nesse caso, não se trata de leitores comuns, consumidores de jornais rejeitando sua
transÍbrmação em mera mercadoria. Assim, para Silva (19g7),
diários. É necessário ter um olhar cútico, e não deixar que esse olhar seja ã historiador
ofuscado, para que seja possível penetrar no campo inacessível ao leitor
- o professor - não aparece como um intérprete que fala em nome da
objetividade, mas como um agenre da historicidade que, inevitavelmenre,
comum e até mesmo aos jornalistas. É necessário estar atento aos padrões
também se interpreta.
de notícias, aos preconceitos, às omissões e também às ênfases.
Portanto,
acreditamos que o professor de história, ao incorporar em
Trata-se de decodificar uma linguagem que com freqüência diária
sua prática pedagógica a reÌeitura da imprensa periódica, articula
chega às massas como testemunha ocular do real, do acontecimento. Mas, sabere,
possibilita a Íbrmação da e para a cidadania. "
como toda representação, a imprensa também cria imagens do real: seletivas,
limitadas, Íìagmentadas e, ao mesmo tempo, carregadas de pistas e dados
que facilitam a busca de explicitação da realidade.
R efe r ê nc i as b i b I i o g róJìc as
A imprensa fornece materiais provenientes de diversas fontes,
possibilitando, por exemplo, a análise <ie pontos de vista de diversos autores, BENJAMIN, walrer (1985). Magia e técnica, arte e porítica. obras escorhidus, vol.
1.
especialistas e testemunhas da história. permite aquisições de dados São Paulo: Brasiliense.
estatísticos sobre diversos aspectos da realidade e a reconstituição histórica CHESNEAUX, Jean (1977). Du pctssé,.t'tisons tcúle rrael. paris: François Maspero.
' de fatos, sobretudo do nosso passado recente. Apresenta imagens FONSEcA, selva G. (200o). ctuninhos crct históriu ensinutrtt. campinas: papirus.
tbtográficas, charges, histórias em quacirinrros, crônicas, mapas, poesia,
FOUCAULT, Michel ( 1984). A ordem tjo tliscurso. perrópolis: Vozes.
canções e dossiês sobre diversos assuntos que constituem objetos do ensino
MOUILLAD, Maurice (1968). "Le système des journaux: Théorie et méthodes pour
Desde então, tivemos condiçÕes de sistematizar, em sala de aula, uma
reflexão sobre as possibilidades de utilização de documentos não como mera J
I'analyse de presse". I-angaes, n! ll, set. Paris, pp. 61-83. ilustração, mas como problema, sustentada na "convicção da necessidade f
SILVA, Marcos A. (1987). "O puro objeto e a vontade de impotência". São Paulo
(datil.).
de superar a cadeia normatizadora do conhecimento, pronto, acabado e
localizado, desabsolutizando as formas de conhecimento, mesmo o
f
VÉRON, Eliseo (1984). "ldeología y comunicación de masas: La semantizactión de la científico" (Knauss 1996, p. 33). J
violência política". ft: VÉRON, Eliseo et al. Lenguage y comunicación social. A utilização de documentos numa perspectiva metodológica dialógica J
Buenos Aires: Nuevas Visión, pp. 133-191.
propicia o desenvolvimento do processo de ensino e aprendizagem que tem
como pressupostos a pesquisa, o debate, a formação do espírito crítico e
J
inventivo. Isso implica dizer que professores e alunos podem estabelecer a
uma outra relação com as fontes de saber histórico. Segundo a proposta de o
Knauss, para cada unidade
o
(...) o professor deverá estabelecer um problema que estará articulado o
com fontes de seu conhecimento. Isso requer pesquisa docente de ordem
bibliográfica, mas igualmente de identit'icação de corpus documentais o
apropriados. Não só a atividade discente e a sala de aula se tornam lugar
de exercício cla pesquisa, mas igualmente o professor se vê envolvido
o
na tarefa de investigador, voltado para o exercício didático, rompendo a a
lógica normatizadora autoritária. ( 1996, p. 4l)
e
A problematização no processo de ensino poderá ocorrer a partir de a
uma tbnte escrita, icnográfica, de uma obra inspiradora, de um problema
emergente no social, de uma situação cotidiana, enfim, diversos pontos de
o
partida poderão nos conduzir a um conjunto de testemunhos de época que o
possibilite a exploração de temas significativos para-a tbrmação do aluno. t
Uma vez selecionados os documentos, os alunos devem ser motivados ao
trabalho, construindo, juntos, atividades de leitura, interpretação, criação e
a
o
,J
216 Papirus Êdìlora Didática e prálica de ensino de Histôda 217
r J,)
sistematização de novos- conhecimentos
que revem à ,,superação das
obviedades" e à "superação da cadeia Objetivos:
normatizadora do conhecimento,,.
Nesse sentido, é consenso a necessidade
de: ' analisar diversas folmas de conceber
a educação
---'-- em s'vrr
l. Situar o documento no contexto em que
foi produzido, por meio épocas e lugares;
v^. diferentes
de perguntas como:
euem produziu? euando? ono"-iErn qu"
condições? Onde está publicado?
' refletir sobre os costumes, os modos
de viver e os objetivos da
educação em diferentes sociedades;
2' criar diversas atividades de leitura e compreensão
possibilitando ao aluno questionar as
dos textos, ' possibilitar a construção de
conhecimentos históricos sobre a
fontes, confrontá_las, educação;
estabelecer um diáÌogo crítico entre
as concepções prévias, os
coúecimenros históricos anteriormente ' ampliar a compreensão sobre
a história da educação.
adquiriios, as inaagaçoes
e os textos.
3. Orientar a produção de conhecimentos, sugerindo . Ponto de partida do trabalho:
a problematização do cotidiano de
linguagens, construções discursivas que
formas, atunos e professores na arual
realidade
'""'"''"'
.du.u";;";ì;;;;;;
favoreçam o desenvor-
vimento da aprendizagem e a compreensão Atividades: Vamos construir
da história como em conjunto?
construção.
Textos escolhidos
Relato de experiência Texto I - "um pequeno escolar romano no tempo de Marco Aurério,,
Temos a sorte de possuir um manual
de conversação greco_latino
Esta atividadr foi d"r"nuorvida com composto cerca do ano 200 da era
turmas de ga série do ensino cristã, para ensinar o latiniaos aÌunos
fundamental, na disciplina metodologia gregos. Eis aquì, segundo este
oo de história e em cursos e livro, a jornada de um menino que vai à
oficinas de formação continuada oe "*ino escola primária. Despefto-me
ao romper da aur.ora: chamo o escravo,
irofessores de história. o objetivo era mando
propiciar a leitura e a discussão de àocumentos abrir a janela, ele abre-a logo. Levanio_r",
históricos produzidos em ,.n,o_rne à beira da cama, peço
diferentes épocas e possibilitar a produção chinelas e sapatos porque faz Írio.
de coúecimentos em sara de aula. Uma vez calçado, peço uma toalha;
As turmas foram divididut g.upo, e receberam as cópias das sereções trazem-me uma bem rimpa. Trazem-me
água para a ravagem em uma bacia;
de documentos da forma como ".n derramo-a nas mãos, no rosto, na
transcrita abaixo. Foi solicitado que boca, esfrego os dentes e as gengivas;
grupo lesse, confrontasse e discutisse cada assôo e limpo o nariz como convém
os documentos e a seguir elaborasse a um menino bem educado. Tiro a
uma apresentação do tema com sqas camisa de dormir, tomo uma túnica,
conclusoes.
acompanhava e orientava os diversos
Coà professora,
penteio-me, enrolo um lenço de
ponho uma cinta; perfumo u .uU"çu
grupos, problematizando e motivando
o trabalho investigativo, sugerindo utiuijaa"s
seda em torno do pescoço; visto por
minha capa de pele branca. Saio do quarto cima "a
de leitura e criação. com meu pedagogo e a minha
ama para saudar e beijar meus pais.
Eu os saúdo e os beijo. pãÃro o tinteiro
e o caderno e entrego-os ao escravo.
Roteiro de trabalho chego diante da escadaria da escola,
subo_ os degraus vagarosamente,
como se deve. Deponho o capote no
Tema: "A educação em diferentes lugares vestíbulo; aliso os cabelos e trigo: "Salve,
e épocas,,. mestre". Ele abraça-me e retribui
a minha saudação. o escravo
Fontes: documentos. apresenta-me as tabuinhas, o tinteiro, a régua.
"Salve, colegas. Dai-me o
meu lugar. Aperta_te um.pouco. _ Este Ìugar
é
meu! Tomei-o antes de ti 1". Sento_Le
.orn.ço a trabalhar.
"
218 Papirus Editora
I
facilmente se curvava perante a autoridade constituída. (Xenofonte. "A
J
constituição dos lacedemônios" apud São Paulo/Cenp 1978, p. 62)
J
Ì
aos filhos é o seguinte: logo que atingem a idade adequada são entregues ;-
aos cuidados do pedagogo ou tutor. Com esses criados, são enviados à escola
Texto 3 - "O nazismo: Seus princípios" J
de algum professor, ondeaprendem gramática, música e diversos exercícios
A educação nazista: Nosso povo alemão, hoje esfacelado, jazendo J
tïsicos. Além disso, recebem sapatos que tornam seus pés macios, e seus
corpos são debilitados por diversas mudas de roupa. E a medida da comida
entregue, sem defesa, aos pontapés do resto do mundo, tem, precisamente, J
é seu apetite.
necessidade da lorça que a confiança em si proporciona. Todo o sistema de
educação e de cultura deve visar a dar às crianças de nosso povo a convicção J
Mas Licurgo, em vez de deixar a cada cidadão o encargo de escolher
um escravo-tutor para seu filho, designou um paidônomo como guardião
de qr.re são absolutamente superiores aos outros povos. !
público dos meninos espartanos com total autoridade sobre eles.
O expansionismo: O direito ao solo e à terra pode tornar-se em dever J
Para auxiliar o educador, criou um corpo de jovens tbrtes, portanto
quando um grande povo parece destinado à ruína por falta de extensão
territorial. Especialmente quando não se trata de qualquer populaçãozinha
t
chicotes para infligir castigos quando necessários. O resultado ieliz fbi que negra, mas da Alemanha, mãe da vida, mãe da civilização atual. !
em Esparta a humildade e a obediência vão sempre de mãos dadas e não
existe falta de qualquel delas.
A Alemanha tem todas as oportunidades de Ârrebatar a Ucrânia à J
Em vez de amolecer seus pés em sapatos ou sandálias, decretou que
Rússia soviética porque o comunismo é dirigido pelos judeus: ora, a longo
prazo, ojudeu não saberia conservaro Estado potente; ele não é um elemento
f
deveriam endurecê-los andando descalços. Para que não se tornassem organizado, não passa de um f-ermento de decomposição. O tìm dos judeus f
et'eminados com uma variedade de roupas detelminou que usassem um só
traje o ano inteiro porque dessa maneila suportariam melhor as variações
sobre a Rússia será também o fim da Rússia como Estado. Fomos eleitos
pelo destino para assistir a uma catástrot'e que constituirá a prova mais sólida
I
de calor e frio.
da exatidão das teorias racistas no tocante às raças humanas. (Hitler, Adolf. G
"Minha luta" upucl São Paulo/Cenp 1978, p. 94) !
!
220 Papirus EditoÍa
Didática e prálica ds snsino ds Hislóna 221 J
,)
Texto 4 - "Escreveu não ìeu, o pau comeu!', grupos apresenta[am cartazes com histórias em quadrinhos, mostrando
I-ambadas na bunda, cascudos, cocorotes, puxões de orelha, beliscões situações escoÌales nas diferentes épocas estudadas. Em uma turma do curso
(sirnples ou "de frade", que eram mais fortes e mais ar.didos), de graduação em pedagogia os textos servilam de fbnte para a construção
ajoelhar-se
Itoras seguidas em grãos de milho, palmadas e, por último, mas
não menos de um roteiro e a apresentação de uma peça teatraì com personagens
cloloridas, as terríveis palmatórias, corn palmatórias de vários tipos caracterizados, cenários, representações das relações professor-aluno. Em
e para
todos os gostos... Quem batia é que escolhial cursos de formação continuada, vivenciei a elaboração de vários projetos
"Quentes" mesmo eram as surras de varas: vara fina de goiabeira, de ensino para diferentes séries e níveis de ensino.
vara dejacarandá, vara de cipó, vara até de pele de peixe. A mais Essa experiência reforça em nós a convicção da possibilidade de: a)
famosa e
temida era a vara de marmelo - com ou sem alfinetes nas pontas. desenvolvimento de trabalhos de pesquisa nas aulas de história; b) utilização
Nossos
avós a conheceram muito beml de documentos de forma problematizadora; c) incorporação lutiliz:ação/
Lambadas, palmadas, varadas: tudo dependia da gravidade da ,,arte,'ou desenvolvimento de diferentes linguagens nas aulas de história; d)
do conceito que faziam do "artista". E também do humor do dono da vara... construção/sistematização de conhecimentos; e) estabelecimento de um
diálogo crítico intertextual; f) redimensionamento das relações entre
Quem gostava? Quem agüentava?!
diferentes ritmos e temporalidades. portanto, os documentos não mais falam
Quem muito costumava usar as varas, talvez por não estarem por si mesmos, mas nos sugerem inúmeras questões, possibilidades de
satisfeitos em só dar beliscões, eram os exigentes frades-mestres. E os tios
diálogos constitutivos do processo de leitula e reconstrução permanente da
letrados também. Todas as tardinhas, num daqueles imensos cômodos
das história.
casas-grandes, esses severos professores ensinavam as primeiras letras (o
B-A-BÁ), as primeiras contas e as indispensáveis oraçõès. Eram as ..aulas
de ler, escrever e contar".
Refe rências biblio g ráfi c as
As aulas eram uma tortura, os mestres, uns carrascos. Suas pobres
vítimas: os filhos dos trabalhadores livres do engenho. ,,comsangue e letra
entra", acreditavam os tìades-mestres e os tios letrados. ALENCAR, C. et al. (1984). Brasil vivo. petrópolis: Vozes.
ISAAC, J. e ALBA, André ( l9ó4). Roma. Sáo paulo: Mesrre Jou.
No Brasil colonial, que ia sendo criado peros portugueses, saber era
decorar. Decorar a tabuada, as regras da língua portuguesa, os dez KNAUSS' Paulo (199ó). "Sobre a nonna e o óbvio: A sala de aula como lugar de
mandamentos da lgreja católica, os pecados capitais, os nomes dos reis pesquisa". 1n: NIKITIUK, S.L. (org.). Repensando o ensino de história. São
de Paulo: Cortez.
Portugal. Nada de ciência, quase nenhuma arte, pouca reflexão.
sÃo PAULo/CENP (1978). coletânea de documentos hisróricos para o la grau - 5s a
Não foi à toa que viajantes europeus que estiveram no Brasil
ff séries. São Paulo: SEE/Cenp.
espantaram-se, até mesmo no século passado, com a tristeza
de muitos
meninos, o ar acanhado e humirde das meninas, a sem gracice de ambos.
As crianças pareciam adultos antes de completar doze anos ! (Alencar,
C. er ul. 1984, p.27)
' decidir as tarefas que serão realizadas pelos alunos como resultado Leitura
da visita. Esta não é um fim em si mesma, mas um meio de
aprendizagem. Portanto, o que o aluno aprende no museu pode Guia do visitante (excerto).
ter continuidade em diversas atividades: intervenções em sala
de aula, seminiírios, desenhos, informes, painéis, mesas-redondas, o Museu Histórico Nacionar acha-se instarado em um dos mais
informações a outros alunos, enfim, os saberes devem ser tradicionais edifícios do Rio de Janeiro, o <io antigo Arsenar
de Guerra,
sistematizados para consolidar o aprendido. construído eni 1762, sob o governo do Conde de Bobaclela. O
edifício
226 Paprrus Editora
'-'çFffiF-Êq
ç t ç t*t t *
ì
t
. os profìssionais que atuam no ensino de pré-escola e no ensino .
t
fundamental e médio, dadas as conclições de trabalho a que a
.
dimensão: 21 cm de altura; l6 cm de largura;
e
grande maioria está submetida, necessitam de bibliografia de
.
número de páginas: 120 por volume;
I
apoio, contendo reflexões e propostas metodológicas aitemativas, tiragem: 500 exemplares por volume, perfazendo um total de
[.000 exemplares. t
.
para que possam analisal. e transformar suas práticas;
as pesquisas realizadas por alunos e professores no curso de
t
graduação precisam ser divulgadas, para que possam ser clebatidas 2. Época de publicação: f
no espaço acadêmico, revistas e enriquecidas, pois sem isso não
se pode avançar qualitativamente na produção do saber;
. volume I, ne - agosto;
1
f
. há necessidade urgente de estimular a produção de novas
. volume 2, ne 2 - dezembro. e
metodologias de ensino, pelos alunos do curso de graduação, a
Ç
fim de consolidar a formação de profissionais educadores 3. Os textos publicados passarão pelo crivo do conselho editonal, Ç
comprometidos com um ensino que tenha como base
e a produção do saber.
a pesquisa
4.
fbrmado por uma equipe de professores.
f
Enfim, a universidade necessita consolidar sua inserção nos sistemas
Cada volume deverá abordar uma temática específica dentro da
área de metodologia do ensino.
f
de ensino nos níveis pré-escolar, la e 2a graus, por meio da veiculação do 5. Será realizado um seminário de discussão das pesquisas publicadas. I
conhecimento nela produzido, capaz de contribuir para operar transÍbrmações 6. Cutlernos cle Metodologia do Ensino será o veículo de divulgação a
educacionais que a sociedade brasileira tanto reivindica. e debate das pesquisas do Laboratóno Pedagógico, envolvendo
prioritariamente alunos e prof'essores da própria universidade.
o
II - Objetivos 1 . Os exemplares serão vendidos para que os próximos números
o
.
do penódico possam ter autofinanciamento, garantindo assim a o
publicar resultados de pesquisas na área de metodologia do
ensino;
conti nuidade do projeto. o
. estimular a produção e a divulgação de novos conhecimentos o
em metodologia do ensino de língua portuguesa, literahrra inf antil,
IV - Previsão de recursos necessários
I
ciências, matemática, história, geografia e de alÍabetização, por . pessoal; a
.
alunos e prolessores do curso de gracÌuação;
criar um veículo de integração entre a universidade (centro
. material de consumo. I
produtor de saber) e outros espaços onde se realiza o ensino, ì
contribui'do com
existentes no país.
a resolução dos graves problemas eclucacionais
V - Avaliação
I
A avaliação dar-se-á após publicação do primeiro volume, por meio
cle unr senrinirrio no qual as pesquisas publicadas serão discutidas por seus
o
III - Sistenrática operacional autores e pelos leitores interessados, Ela servirá para rnedir o valor do projeto
o
l. Publicações rie duas edições de cutlernos tle Metotkth,tS4itt clo
e a pleparação do próximo volurne. (Fonte: Projeto Laboratório Pedagógico - t
En.çitttt, com as seguintes características:
uFU, 1992.)
o
o
236 Papirus Editora
Didática e prática de ensino de História 237 f
))
ll r I t t' r tls undo ct e xpe riê nc ict
J
I
f
!
2. A proposta de autofinanciamento do periódico não fbi concre-
lizada. Isso por algumas razões: as vendas e assinaturas não
condições indispensáveis para a construção de novas experiên",u, no interior
das instituições formadoras de docentes.
t
cobrem os custos da produção; a editora cla UFU não possui um ü
esquema comercial de distribuição que garanta um volume de
vendas lucrativo; a revista não efetivou uma política de permutas, o
I
que constitui prática bem-sucedida do outro periódico da Faced
- R efe r ê nc i as b ib Ii og ráfic as f,
Educação e Filos<tfict. O periódico é financiado pela universidade, Ç
que garante sua periodicidade, graças à política interna de
incentivo à publicação científica.
UFU (1992-2002). Ensino em Re-Vista,nq l-9. Uberlândia: Edufu.
UFU/DEPOPP (1992). "Projeto: Laborarório pedagógico". (Mimeo.)
f
A proposta inicial restringia sua organização, sua produção, seu
Ç
acompanhamento, seu controle e sua avaliação à equipe de J
metodologia de ensìno do laboratório. Entretanto, após o segundo
ano, a equipe avaliou a necessidade de abrir o processo. Nesse
J
sentido, ampliaram-se o conselho editorial e a equipe de J
pareceristas, e também foi formado um conselho consultivo J
externo à instituição. A consolidação de um periódico, seja em
J
nível local, regional ou nacional, exige, de fato, um intercâmbio
interinstitucional por meio de publicações, pareceres, debates, t
seminários, envolvendo um número signiÍìcativo de pesquisa-
dores. Não Se justifìca nem se sustenta um periódico tèito por
f
um grupo, com publicações do próprio grupo para o grupo. Avalio f
como positiva a experiência de revisão e ampliação dos objetivos !
do periódico, levada à frente pela equipe. Isso deu longevidade
t
ao projeto e a qualificação necessária como um veículo de
produção acadêmico-científica. Portanto, a história do laboratório t
está viva, preservada e permanentemente recríada por rneio de
ações ousadas, elicazes e relevantes como a publicação anual de
f
unr periódico científico na área do ensino.
ì
I
Finalmente, gostaria cle salientar a importância de espaços tbrmutivos, ì
corlo os laboratórios pedagógicos, para as disciplinas didática, metoclologia ì
e prática de ensino. O laboratclrio, como espaço e tempo de trabalho peda-
gógico, aglutina sujeitos, grupos, idéias e práticas. possibilita intercâmbio, t
vivências, disputas - neÌn sempre rnuito amigáveis, mas fbmentadoras cle I
açÕes -, olhares e posturas individr.rais e coletivirs distintos sobre o que e
como ensinar e aprender. Finahnente, fhvorece a preservação e a organização
f
de um iìcervo de fontes e o exercício cotidiano do trabalho coletivo, I
t
240 Papirus Editora
Didálica e prálica de ensino ds História 241 !
l),