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Boletim Imposto de Renda n° 21 - Novembro/2019 - 1ª Quinzena

Matéria elaborada conforme a legislação vigente à época de sua publicação, sujeita a mudanças em decorrência
das alterações legais.

TRIBUTOS FEDERAIS

SOCIEDADE EM CONTA DE PARTICIPAÇÃO (SCP)


Considerações Gerais

ROTEIRO

1. INTRODUÇÃO
2. CONCEITO
3. SÓCIOS
3.1. Sócio Ostensivo
3.2. Sócios Participantes
4. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS
4.1. Lucro Real ou Lucro Presumido
4.2. Prejuízo Fiscal
4.3. Distribuição de Lucros
5. ASPECTOS CONTÁBEIS
5.1. Patrimônio Líquido
5.2. Escrituração
5.3. Exemplos de Contabilização
6. INSCRIÇÃO NO CNPJ
7. INFORMAÇÕES NA DCTF
7.1. Informação do CNPJ da SCP
7.2. Apresentação pela SCP inscrita no CNPJ na condição de Matriz
8. INFORMAÇÕES NA EFD-CONTRIBUIÇÕES
9. INFORMAÇÕES NA ECD
10. INFORMAÇÕES NA ECF
11. CISÃO OU INCORPORAÇÃO

1. INTRODUÇÃO

A presente matéria tem por objetivo abordar as características societárias bem como os aspectos atinentes às Sociedades
em Conta de Participação (SCP) no que diz respeito à sua tributação e contabilização.

2. CONCEITO

A Sociedade em Conta de Participação (SCP) pode ser constituída tanto por pessoa jurídica quanto por pessoa física.

O Código Civil (Lei n° 10.406/2002) em seus artigos 991 a 996, ao disciplinar sobre a SCP dispensou qualquer formalidade
na constituição da sociedade, podendo ser provada por todos os meios de direito.

Por não possuir personalidade jurídica, o contrato social particular só produzirá efeitos entre os sócios, ainda que tal
instrumento seja inscrito em qualquer registro.

A SCP é constituída pelo sócio ostensivo, o qual exerce a atividade do objeto social em seu nome individual, e sob sua
própria e exclusiva responsabilidade, e pelos sócios participantes, os quais participam dos demais resultados da atividade.

A obrigação perante terceiros cabe somente ao sócio ostensivo, enquanto que os sócios participantes ficam obrigados
perante o sócio ostensivo, nos termos do contrato social, por todos os resultados das transações e obrigações sociais
empreendidas.
Todas as obrigações perante terceiros, sejam fornecedores, clientes, empregados e outros, são assumidas apenas pelo
sócio ostensivo, e a ele compete responder por elas. Os sócios participantes respondem apenas perante o sócio ostensivo
pelas obrigações que assumir no respectivo contrato social.

A lei permite que a SCP tenha dois sócios ostensivos.

Em regra geral, são constituídas por um prazo limitado, com o fim de explorar um determinado projeto, em que, ao final, a
sociedade se desfaz.

Por não ser uma sociedade personificada, a SCP não poderá adotar firma ou denominação social, ou seja, um nome
empresarial (Código Civil, artigo 1.162).

3. SÓCIOS

A SCP é constituída pelo sócio ostensivo e pelos sócios ocultos.

3.1. Sócio Ostensivo

O quadro societário da SCP é constituído pelo sócio ostensivo, que podem ser dois, e os demais sócios são somente
participantes.

Por sua vez, é o sócio ostensivo que possui todas as obrigações perante à sociedade durante a execução do objeto da
sociedade, dentre elas a responsabilidade pela apuração dos resultados, apresentação da declaração de rendimentos e
recolhimento do imposto devido pela sociedade (Instrução Normativa SRF n° 179/87, item 2).

Somente ele aparece perante os terceiros que contratam com a empresa, devendo este prestar contas das atividades
exploradas pela SCP e distribuir os resultados com os sócios participantes.

3.2. Sócios Participantes

Os sócios participantes, também conhecidos como sócios ocultos, são aqueles que investem no patrimônio da SCP, sem
qualquer participação na atividade da sociedade.

Como a administração da sociedade cabe somente ao sócio ostensivo, o sócio participante que intervir nas questões
administrativas da sociedade, com terceiros, ficará sujeito à responsabilidade solidária com o sócio ostensivo (Código Civil,
artigo 993, parágrafo único).

A legislação atribui a responsabilidade solidária aos sócios participantes nessas situações, porque tal comportamento
ensejaria na perda da essência da SCP, o que não impede, no entanto, do sócio participante fiscalizar a gestão de negócios.

À SCP, subsidiariamente, será aplicada, naquilo que couber, as regras que regem a sociedade simples, portanto, o sócio
participante tem direito na participação nos resultados na proporção de seu capital social, ou de acordo com o previsto no
contrato, direito de responsabilizar o sócio ostensivo pelas obrigações contraídas por abuso ou má utilização dos poderes de
administração e direito de exigir a dissolução da sociedade, nos casos previstos na legislação (Código Civil, artigo 996).

4. ASPECTOS TRIBUTÁRIOS

A SCP equipara-se à pessoa jurídica para fins de tributação. Portanto, terá regime tributário próprio a partir do momento da
exploração da atividade prevista em seu contrato social, inclusive na apuração dos resultados e de sua distribuição (Decreto
n° 9.580/2018 (RIR/2018), artigo 160, Decreto-Lei n° 2.303/86, artigo 7°).

4.1. Lucro Real ou Lucro Presumido

A SCP poderá ser tributada tanto na forma do lucro real, como na forma do lucro presumido, desde que não se enquadre em
nenhuma das hipóteses de obrigatoriedade ao lucro real conforme artigo 59 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017.

A opção da SCP pelo regime de tributação com base no lucro presumido não implica a simultânea opção do sócio ostensivo,
nem a opção efetuada por este implica a opção daquela (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 246, caput e § 1°).

O sócio ostensivo é que fará a apuração e o recolhimento dos tributos devidos pela SCP (Instrução Normativa RFB n°
1.700/2017, artigo 6°, § 2°; Decreto n° 4.542/2002, artigo 81).

O item 13 do relatório complementar da Solução de Consulta Cosit n° 202/2019 também traz a previsão que as apurações
dos tributos das operações próprias do sócio ostensivo e aquelas relativas à SCP devem ser feitas de forma apartada, ainda
que os documentos fiscais sejam todos emitidos pelo sócio ostensivo.

4.2. Prejuízo Fiscal


O prejuízo fiscal e a base de cálculo negativa da CSLL que for apurado pela SCP só poderá ser compensado com o lucro
real e o resultado ajustado positivo apurado pela mesma SCP, não podendo compensar entre duas ou mais SCP, ou entre
estas e o sócio ostensivo (Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017, artigo 211).

4.3. Distribuição de Lucros

Os lucros da SCP, quando distribuídos, sujeitam-se às mesmas regras estabelecidas para a tributação na distribuição de
lucros das demais sociedades (RIR/2018, artigo 161).

Portanto, não se sujeitam ao imposto de renda os lucros e dividendos pagos ou creditados a sócios (Instrução Normativa
RFB n° 1.700/2017, artigo 238).

Caso a SCP seja tributada pelo lucro presumido poderão ser pagos ou creditados sem incidência do IRRF:

a) o valor da base de cálculo do imposto, diminuído do IRPJ, da CSLL, do PIS/Pasep e da COFINS a que estiver sujeita a
pessoa jurídica;

b) a parcela de lucros ou dividendos excedentes ao valor determinado no item anterior, desde que a empresa demonstre,
com base em escrituração contábil feita com observância da lei comercial, que o lucro efetivo é maior que o determinado
segundo as normas para apuração da base de cálculo do imposto pela qual houver optado.

Caso não existam lucros acumulados suficientes, o valor excedente distribuído será tributado, sujeitando-se à incidência do
Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF), à alíquota de 35% (Lei n° 8.981/95, artigo 61).

Os lucros recebidos de investimento em SCP, avaliado pelo custo de aquisição, ou a contrapartida do ajuste do investimento
ao valor de patrimônio líquido da SCP, no caso de investimento avaliado por esse método, não serão computados na
determinação do lucro real dos sócios, pessoas jurídicas, das referidas sociedades (Instrução Normativa SRF n° 179/87, item
7).

5. ASPECTOS CONTÁBEIS

Obrigatoriamente, a escrituração da SCP será em livros próprios, com base no artigo 269 do RIR/2018 e do § 4° do artigo 3°
da Instrução Normativa RFB n° 1.894/2019. Assim, não há mais a previsão manter a contabilidade da SCP nos livros do
sócio ostensivo contida no artigo 254 do Decreto n° 3.000/99 (RIR/99), atualmente revogado.

5.1. Patrimônio Líquido

Os valores entregues pelos sócios, pessoas jurídicas, somados aos valores entregues pelos sócios, pessoas físicas,
constituirão o capital da SCP, que será registrado em conta que represente o patrimônio Líquido desta (Instrução Normativa
SRF n° 179/87, item 6.1).

Os recursos para a formação do "Capital Social" da SCP, efetuado pelos sócios participantes e pelo sócio ostensivo, são
tratados como participações societárias permanentes, enquanto a SCP permanecer ativa por mais de um exercício, inclusive
sujeitos à equivalência patrimonial quando relevantes em coligada ou controlada (Instrução Normativa SRF n° 179/87, item
7).

5.2. Escrituração

Conforme mencionado no item 5 desta matéria, a escrituração das operações da SCP será em livros próprios.

Os resultados da SCP deverão ser apurados pelo sócio ostensivo, em cada período-base, trimestral ou anual, conforme o
caso.

5.3. Exemplos de Contabilização

a) realizada pelo Sócio Ostensivo:

No recebimento do investimento realizado pelo sócio oculto na SCP:


D- Caixa / Banco Conta Movimento SCP (Ativo Circulante)
C- Capital Social - SCP (Patrimônio Líquido)

Pelo capital integralizado pelo próprio sócio ostensivo serão realizados dois lançamentos distintos:

O 1° será pelo registro do investimento:


D- Investimento - SCP (Ativo Não Circulante)
C- Capital Social - SCP (Patrimônio Líquido)
O 2° será pela entrega do Dinheiro:
D- Banco Conta Movimento - SCP (Ativo Circulante)
C- Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)

Pela distribuição dos lucros da SCP pelo sócio ostensivo.


D- Lucros Acumulados - SCP (Patrimônio Líquido)
C- Banco Conta Movimento - SCP (Ativo Circulante)

b) realizada pelo Sócio Oculto:

Pelo valor do investimento realizado pelos sócios ocultos na SCP:


D- Investimento - SCP (Ativo Não Circulante)
C- Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)

No recebimento dos lucros apurados pela SCP:


D- Banco Conta Movimento (Ativo Circulante)
C- Lucros/Dividendos - SCP (Conta de Resultado)

6. INSCRIÇÃO NO CNPJ

A inscrição passou a ser exigida no ano de 2014, quando o artigo 52 da Instrução Normativa RFB n° 1.470/2014 revogou,
entre outros dispositivos, o item 4 da Instrução Normativa SRF n° 179/87, que isentava a SCP da inscrição no Cadastro
Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ).

Em 2016, com a publicação da Instrução Normativa RFB n° 1.634/2016, que atualizou as disposições sobre o CNPJ, a
obrigatoriedade ficou evidenciada na redação do inciso XVII do artigo 4°, onde estabelece que a SCP vinculadas aos sócios
ostensivos, são também obrigados a se inscrever no CNPJ.

Ressalta-se que o recolhimento dos tributos da SCP será efetuado pelo sócio ostensivo, que deverá vincular ao próprio
CNPJ, tendo em vista que a obrigação do recolhimento dos tributos será de sua responsabilidade.

7. INFORMAÇÕES NA DCTF

7.1. Informação do CNPJ da SCP

No dia 10.07.2014 foi publicado o Ato Declaratório Executivo CODAC n° 21/2014, que aprovou a versão 3.0 do Programa
Gerador da Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais (DCTF) mensal, onde a Receita Federal exigia a
indicação do CNPJ da SCP nas Fichas do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS e Contribuições Previdenciárias.

Essa obrigação deixou de ser exigida com a divulgação do Ato Declaratório Executivo CODAC n° 22/2014 (DOU
21.07.2014), que revogou o Ato Declaratório Executivo CODAC n° 21/2014 mantendo a versão 2.5 da DCTF vigente para os
períodos de janeiro/2006 a julho/2014, a qual não previa a obrigatoriedade de informação do CNPJ da SCP nas referidas
fichas.

Por fim, em 22.09.2014 (prazo da apresentação da DCTF da competência 07/2014) foi divulgado o Ato Declaratório
Executivo CODAC n° 30/2014, que aprovou a versão 3.1 do Programa da DCTF mensal, excluindo desta obrigação
acessória o campo para coleta do CNPJ da SCP nas Fichas do IRPJ, CSLL, PIS/Pasep, COFINS e Contribuições
Previdenciárias, ou seja, a exigência da informação do CNPJ da SCP não se aplicou pois o Ato Declaratório Executivo
CODAC n° 21/2014 foi revogado e o Ato Declaratório Executivo CODAC n° 30/2014 excluiu de fato a obrigatoriedade
justamente no dia da apresentação da DCTF da competência 07/2014.

7.2. Apresentação pela SCP inscrita no CNPJ na condição de Matriz

De dezembro/2015 a fevereiro/2016 as SCP´s inscritas no CNPJ na condição de MATRIZ deveriam apresentar a DCTF
conforme previa a Instrução Normativa RFB n° 1.599/2015, artigo 2°, inciso VI (inciso revogado desde 10.03.2016). Porém
operacionalmente não foi possível a sua apresentação em virtude de problemas com as versões dos PGD’s da DCTF
disponíveis na época.

Com a publicação da Instrução Normativa RFB n° 1.708/2017, foi permitido que os Sócios Ostensivos de SCP’s inscritas no
CNPJ na condição de MATRIZ pudessem retificar as DCTF’s relativas aos meses de dezembro de 2015 a fevereiro de 2016
até 21.07.2017 afim de informar os débitos apurados pelas SCP’s das quais participa como Sócio Ostensivo. Portanto, a
SCP em si nunca apresentou uma DCTF isoladamente, por conta própria.

A partir de 10.03.2016, as informações relativas à SCP devem ser apresentadas pelo sócio ostensivo, em sua própria DCTF,
conforme disposto na Instrução Normativa RFB n° 1.599/2015, artigo 2°, § 3° alterada pela Instrução Normativa RFB n°
1.626/2016, sendo que os débitos serão declarados com base nos seguintes códigos de DARF e suas variações:

IRPJ
Período de apuração
Código/Variação Periodicidade Denominação
do fato gerador
A partir do 1° trimestre IRPJ - PJ obrigada ao Lucro Real - Entidade não financeira
0220/08 Trimestral
de 2001 - Apuração trimestral - SCP
A partir do 1° trimestre
2089/08 Trimestral IRPJ - Lucro Presumido - SCP
de 2001
IRPJ - Lucro Presumido - PJ exclusivamente prestadora de
A partir do 1° trimestre serviços - Diferença do imposto postergado em cada mês
2089/09 Trimestral
de 2001 transcorrido, apurada no mês em que for excedido o limite
de receita bruta anual - SCP
A partir de janeiro de IRPJ - PJ obrigada ao Lucro Real - Entidade não financeira
2362/08 Mensal
2001 - Estimativa mensal - SCP
IRPJ - PJ exclusivamente prestadora de serviços obrigada
ao Lucro Real - Entidade não financeira - Estimativa mensal
A partir de janeiro de
2362/09 Mensal - Diferença do imposto postergado em cada mês
2001
transcorrido, apurada no mês em que for excedido o limite
de receita bruta anual - SCP
IRPJ - PJ obrigada ao Lucro Real - Entidade não financeira
A partir do ano-
2430/08 Anual - Saldo decorrente do ajuste a ser pago em quota única -
calendário de 2001
SCP
IRPJ - PJ optante pelo Lucro Real - Entidade não financeira
A partir do ano-
2456/08 Anual - Saldo decorrente do ajuste a ser pago em quota única -
calendário de 2001
SCP
A partir do 1° trimestre IRPJ - PJ optante pelo Lucro Real - Entidade não financeira
3373/08 Trimestral
de 2001 - Apuração trimestral - SCP
A partir do 1° trimestre
5625/08 Trimestral IRPJ - Lucro Arbitrado - SCP
de 2001
IRPJ - Lucro Arbitrado - PJ exclusivamente prestadora de
A partir do 1° trimestre serviços - Diferença do imposto postergado em cada mês
5625/09 Trimestral
de 2001 transcorrido, apurada no mês em que for excedido o limite
de receita bruta anual - SCP
A partir de janeiro de IRPJ - PJ optante pelo Lucro Real - Entidade não financeira
5993/08 Mensal
2001 - Estimativa mensal - SCP
IRPJ - PJ exclusivamente prestadora de serviços optante
pelo Lucro Real - Entidade não financeira - Estimativa
A partir de janeiro de
5993/09 Mensal mensal - Diferença do imposto postergado em cada mês
2001
transcorrido, apurada no mês em que for excedido o limite
de receita bruta anual - SCP

Com relação aos códigos 2430/08 e 2456/08: O débito correspondente ao saldo a maior do imposto apurado em 31 de
dezembro do ano-calendário (ajuste) a ser pago em quota única até o último dia útil do mês de março e declarado em
separado:

a) na DCTF Mensal relativa ao mês de março do ano-calendário subsequente; ou

b) na DCTF Semestral relativa ao 2° semestre do próprio ano-calendário, até o ano-calendário 2009.

CSLL

Período de apuração
Código/Variação Periodicidade Denominação
do fato gerador
A partir do 1° trimestre
2372/08 Trimestral CSLL - Lucro Presumido ou Arbitrado - SCP
de 2001
A partir de janeiro de CSLL - Lucro Real - Entidade não Financeira - Estimativa
2484/08 Mensal
2001 mensal - SCP
A partir do 1° trimestre CSLL - Lucro Real - Entidade não Financeira - Apuração
6012/08 Trimestral
de 2001 Trimestral - SCP
A partir do ano- CSLL - Lucro Real - Entidade não Financeira - Saldo
6773/08 Anual
calendário de 2001 decorrente do ajuste a ser pago em quota única - SCP

Com relação ao código 6773/08: O débito correspondente ao saldo a pagar apurado em 31 de dezembro do ano-calendário
(ajuste) deve ser pago em quota única, até o último dia útil do mês de março, e declarado em separado:

a) na DCTF Mensal relativa ao mês de março do ano-calendário subsequente; ou

b) na DCTF Semestral relativa ao 2° semestre do próprio ano-calendário, até o ano-calendário 2009.

PIS/Pasep e COFINS
Período de apuração
Código/Variação Periodicidade Denominação
do fato gerador
0679/02 -
PIS/Pasep De janeiro de 2009 a
Mensal Regime Especial de Tributação - Cervejas - SCP
0760/02 - abril de 2015
COFINS
0679/04 -
PIS/Pasep A partir de maio de
Mensal Tributação de Bebidas Frias - Cervejas - SCP
0760/04 - 2015
COFINS
0691/02 -
PIS/Pasep De janeiro de 2009 a
Mensal Regime Especial de Tributação - Demais Bebidas - SCP
0776/02 - abril de 2015
COFINS
0691/04 -
PIS/Pasep A partir de maio de
Mensal Tributação de Bebidas Frias - Demais Bebidas - SCP
0776/04 - 2015
COFINS
0906/02 -
PIS/Pasep A partir de outubro de Regime Especial de Apuração e Pagamento (RECOB) -
Mensal
0929/02 - 2008 Álcool - SCP
COFINS
1921/03 -
Substituição Tributária na Revenda de Produtos Sujeitos a
PIS/Pasep A partir de março de
Mensal Alíquotas Diferenciadas - Art. 64 da Lei n° 11.196/2005 -
1840/03 - 2006
SCP
COFINS
1921/04 -
COFINS - Substituição Tributária na Revenda de Produtos
PIS/Pasep A partir de março de
Mensal Sujeitos a Alíquotas Diferenciadas - Art. 65 da Lei n°
1840/04 - 2006
11.196/2005 - SCP
COFINS
8109/08 -
PIS/Pasep A partir de janeiro de
Mensal Faturamento - SCP
2172/08 - 2005
COFINS
8109/09 -
PIS/Pasep A partir de janeiro de Substituição Tributária na Comercialização de Cigarros -
Mensal
2172/09 - 2007 SCP
COFINS
8109/10 -
Faturamento - Perda de isenção, suspensão, redução de
PIS/Pasep
Diária A partir de 22.01.2007 alíquotas ou não incidência por não cumprimento das
2172/11 -
condições exigidas para o benefício - SCP
COFINS
5434/08 -
PIS/Pasep
Diária A partir de 01.01.2005 Importação de Serviços - SCP
5442/08 -
COFINS
5434/11 - Importação de Serviços - Perda de isenção, suspensão,
PIS/Pasep redução de alíquotas ou não incidência por não
Diária A partir de 22.01.2007
5442/11 - cumprimento das condições exigidas para o benefício -
COFINS SCP
6912/08 -
PIS/Pasep A partir de janeiro de
Mensal Não Cumulativa - SCP
5856/08 - 2005
COFINS
6912/10 -
Não Cumulativa - Perda de isenção, suspensão, redução
PIS/Pasep
Diária A partir de 22.01.2007 de alíquotas ou não incidência por não cumprimento das
5856/11 -
condições exigidas para o benefício - SCP
COFINS
6912/15 -
Não cumulativa - PJ enquadrada nos códigos CNAE
PIS/Pasep De abril a maio de
Mensal relacionados no Anexo Único da Portaria MF 206/2012 -
5856/15 - 2012
SCP
COFINS
6824/08 -
PIS/Pasep A partir de janeiro de
Mensal Combustíveis - SCP
6840/08 - 2005
COFINS
8496/08 - Mensal A partir de janeiro de Substituição Tributária na Comercialização de Veículos -
PIS/Pasep 2005 SCP
8645/08 -
COFINS

Com relação aos códigos 2172/11 - COFINS, 5442/11 - COFINS, 5434/11, 5856/11 - COFINS, 6912/10 - PIS/Pasep, 5856/15
- COFINS e 6912/15 - PIS/Pasep:

- Quando houver descumprimento de condição exigida para o benefício, a pessoa jurídica deverá retificar a DCTF referente
ao período de ocorrência do fato gerador ou ao período em que a contribuição tornou-se exigível, para inclusão dos valores
da contribuição para o PIS/Pasep e da COFINS não pagos em decorrência de isenção, suspensão, redução de alíquotas ou
não-incidência.

8. INFORMAÇÕES NA EFD-CONTRIBUIÇÕES

Nos períodos de apuração anteriores a janeiro de 2014, a sócia ostensiva transmitia uma única EFD-Contribuições, com as
informações da sócia ostensiva e da SCP, sendo necessário fazer ajustes no bloco M e realizar a identificação da SCP no
registro 0500.

Em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 01.01.2014, a EFD-Contribuições deve ser transmitida separadamente,
para cada SCP, além da transmissão da EFD-Contribuições da sócia ostensiva (Instrução Normativa RFB n° 1.252/2012,
artigo 4°, § 4°).

9. INFORMAÇÕES NA ECD

A partir de 17.05.2019, a SCP obrigada a apresentação da ECD deve apresentá-la como livro próprio (Instrução Normativa
RFB n° 1.774/2017, artigo 3°, § 4°). Anteriormente a essa data, a apresentação poderia ser feita mediante livros próprios ou
livros auxiliares do sócio ostensivo.

10. INFORMAÇÕES NA ECF

A partir do ano-calendário de 2014, todas as pessoas jurídicas, inclusive as equiparadas, deverão apresentar a ECF de
forma centralizada pela matriz. As pessoas jurídicas sócias ostensivas de SCP, devem transmitir a ECF separadamente,
para cada SCP, além da transmissão da ECF da sócia ostensiva (Instrução Normativa RFB n° 1.422/2013, artigo 1°, § 1°).

11. CISÃO OU INCORPORAÇÃO

A SCP, por não ter personalidade jurídica, não está sujeita a cisão ou incorporação.

Os bens da sociedade poderão ser adquiridos pelo sócio ostensivo ou pelos sócios participantes ou rateados na dissolução
da sociedade.

Em qualquer caso, os bens deverão ser avaliados aos preços de mercado para não cair em distribuição disfarçada de lucros
para pessoa ligada.

Na devolução de capital os bens poderão ser avaliados pelo valor contábil ou de mercado conforme previsto no artigo 22 da
Lei n° 9.249/95 e no artigo 244 da Instrução Normativa RFB n° 1.700/2017.

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