Licenciamento H2 Rita Diniz

Licenciamento de projetos de hidrogénio verde
Módulo: segurança, regulamentação e licenciamento
Rita Diniz –STREAM

07/02/2024
Rita Diniz
Gestora de negócios – energia
STREAM STREAM
rita.diniz@streamconsulting.pt
Área da energia
Principais áreas de negócio

Formação Experiência profissional
Mestre em Engenharia e STREAM | 2017 - atualidade

Gestão Industrial pela Gestora de área de
Investir em
Universidade de Aveiro Incentivos Portugal
negócios – energia
2011-2014 (desde 03/2022)
Consultora de gestão
Formada em
(2017-2022)
licenciamento da Energy Market
Gestão da Energia
atividade industrial para Deloitte | 09/2015 – 12/2016 Descarbonização Research
o setor industrial pelo
IAPMEI Consultora de gestão
(2015-2016)
Página 2
Empowering Índice
the future
1. Quando é que é exigido o licenciamento?
Licenciamento de projetos de hidrogénio

verde
_ Licenças e títulos necessários ao licenciamento

de projetos de hidrogénio renovável
2. _Outras autorizações
_Licenciamento municipal
_ Registo prévio para o exercício da atividade de
produção de gases de origem renovável
_Licenciamento elétrico
_Licenciamento industrial e ambiental
Página 3
01.
Quando é que é
exigido o
licenciamento?
Página 4
Quando é que é exigido o licenciamento?
Início de Atividade (Sistema Incentivos

de Indústria Responsável) financeiros
Reconhecimento Registo prévio para a

como Projeto de Interesse produção de gases de
Nacional origem renovável
Legislação em vigor
aplicável
Página 5
Incentivos financeiros
Nos incentivos financeiros é usual existirem critérios de elegibilidade dos beneficiários e das operações associados aos licenciamentos
e autorizações prévias à execução dos investimentos.
Exemplo no aviso de “Apoio à produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis, no âmbito da componente 14 (C14) do PRR:
“3.4.1. Apresentação dos documentos instrutórios do pedido de registo prévio para a

produção de gases de origem renovável (…)”
“6.2. A operação candidata no âmbito do presente Aviso tem de evidenciar que
satisfaz os seguintes critérios de elegibilidade das operações, nomeadamente: f)
Dispor dos licenciamentos e autorizações prévias à execução dos investimentos”
“12.3 Bonificação (…) iii. Projetos que se encontrem numa fase avançada de
desenvolvimento serão majoradas na pontuação final (…) em função dos
licenciamentos necessários (energético, ambiental e industrial) (…)”
Mais informação
Página 6
Regime jurídico da organização e funcionamento do Sistema Nacional de Gás
O Regime Jurídico da organização e funcionamento do Sistema Nacional de Gás, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 62/2020, de 28 de agosto,
prevê a regulação das atividades de produção de gases de origem renovável e de gases de baixo teor de carbono.
Anexo VI [a que se refere a alínea a) do n.º 1 do artigo 70.º], do Decreto-Lei n.º 62/2020, de 28/8:
Estabelecimentos industriais
classificados como do tipo 3:
“Elementos instrutórios do requerimento de registo prévio para o exercício da atividade de
produção de gases de origem renovável (…)
g) Parecer da Autoridade de Avaliação de Impacte Ambiental pronunciando-se sobre a não
Quando o formulário de enquadramento
sujeição do projeto a avaliação de impacte ambiental ou, no caso de projeto sujeito a esta
SIR – simulador devolve estabelecimento
avaliação, declaração de impacte ambiental (DIA) favorável (…)
industrial do tipo 3 sem regimes
j) Requerimento de emissão de título de emissão de gases com efeito de estufa ou decisão de
ambientais aplicáveis é prova suficiente
exclusão temporária do regime de comércio de emissões (…)
para demonstrar que não é necessário
k) Prova do cumprimento da obrigação de notificação e cópia do relatório de segurança, nos realizar as alíneas g), h), j) e k) do anexo
termos do regime de prevenção de acidentes graves (…) VI do DL 62/2020, de 28 de agosto, na sua
versão mais atual.
Página 7
Reconhecimento como Projeto de Interesse Nacional (PIN)
O que é e quais as vantagens do PIN? O requerimento para o reconhecimento do

estatuto PIN deve ser instruído com os seguintes
elementos, entre outros:
O reconhecimento de um projeto de Em acréscimo, implica ainda o tratamento
investimento com o estatuto PIN visa prioritário, em sede de procedimentos de ▪ Indicação se o projeto de investimento está
assegurar um acompanhamento de licenciamento, junto de quaisquer sujeito aos regimes de responsabilidade
proximidade pela Comissão entidades, órgãos ou serviços da ambiental, de prevenção e controlo
Permanente de Apoio ao Investidor Administração Pública. integrados da poluição, de avaliação de
(CPAI) de todos os licenciamentos, impacte ambiental, da Rede Natura 2000,
autorizações ou aprovações da de prevenção de acidentes graves (…);
competência da administração central
e local que sejam necessários obter ▪ Autorizações, aprovações, licenças, pedidos
para a concretização do projeto, de informação prévia ou pareceres
permitindo a superação de eventuais relativos ao projeto, quando existam, bem
bloqueios administrativos por forma a como a indicação da calendarização do
DL 154/2013, 5/11 início dos procedimentos de sua iniciativa
garantir uma resposta célere.
Página 8
02.
Licenciamento de
projetos de hidrogénio
verde
Página 9
Licenças e títulos necessários ao licenciamento de projetos de hidrogénio renovável
O licenciamento de um projeto
de hidrogénio renovável é um
processo complexo, com várias
etapas e intervenientes.
Inicia-se com o desenvolvimento

da ideia de projeto e termina com
a operação em pleno. O promotor
deve assegurar:
▪ Terreno viável para o projeto

▪ Criação da empresa em
Portugal, se aplicável
▪ Informação do projeto
Página 10
Outras autorizações necessárias
▪ Confirmar a disponibilidade de recursos (ex.

disponibilidade de água junto dos serviços
municipalizados)
▪ Obter avaliação preliminar do operador da rede de
transporte ou distribuição de gás (Floene/Portgás)
▪ Confirmar a disponibilização de ligação à rede elétrica (E-
Redes)
▪ Garantir a ligação direta de autoconsumo para o
fornecimento da totalidade de eletricidade renovável ou
proveniente da rede elétrica, cumindo os critérios de
correlação temporal e geográfica mencionados nos atos
delegados vigentes
Página 11
Guias e documentos úteis
Guia de licenciamento Guia do promotor Guia do SIR
Página 12
Licenciamento
municipal
Página 13
Licenciamento municipal
Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE) Regulamentos municipais

Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de dezembro, na sua atual versão Artigo 3.º do RJUE
O licenciamento municipal é regulado pelo RJUE. No âmbito do processo de licenciamento de projetos de

energia renovável, o município assume um papel
Enquadrado pelo Controlo Prévio (artigo 4.º e subsequentes preponderante na obtenção da licença municipal e interage
do RJUE), a realização de operações urbanísticas de forma determinante também no licenciamento elétrico e
associadas a projetos de energia renovável está sujeita à ambiental.
obtenção de licença. Em situações prévias, pode ser alvo de
pedido de informação prévia, o qual irá enquadrar Nos termos do RJUE, os municípios aprovam no exercício do
posteriormente o pedido de licença. seu poder regulamentar próprio, regulamentos municipais
de:
Caso a ação seja sujeita a AIA, as questões relacionadas
com as condicionantes são tratadas por essa via e não por ▪ Urbanização ou edificação
via do RJUE. ▪ Lançamento e liquidação de taxas
▪ Prestação de caução
▪ Entre outros
Página 14
Definições (artigo 2.º do RJUE)
Edificação Obras de construção Operações urbanísticas Operações urbanísticas
a) a atividade ou o resultado da m) as operações urbanísticas (…)

j) as operações materiais de
construção, reconstrução, que impliquem a destruição do
urbanização, de edificação,
ampliação, alteração ou revestimento vegetal, a alteração
utilização dos edifícios ou do solo
conservação de um imóvel do relevo natural e das camadas
b) as obras de criação de novas desde que, neste último caso,
destinado a utilização humana, de solo arável ou o derrube de
edificações para fins não exclusivamente
bem como de qualquer outra árvores de alto porte ou em
agrícolas, pecuários, florestais,
construção que se incorpore no maciço para fins não
mineiros ou de abastecimento
solo com caráter de exclusivamente agrícolas,
público de água
permanência pecuários, florestais ou mineiros
Página 15
A que tipo de procedimento está sujeita a obra?
Aconselha-se o apoio na
instrução deste processo
▪ Arquitetos
▪ Gabinetes de arquitetura
▪ Entre outros
Instrução online ou
presencial nos municípios
▪ Urbanismo ou serviços online dos

municípios
Página 16
A que tipo de procedimento está sujeita a obra?
Aconselha-se o apoio na
instrução deste processo
▪ Arquitetos
▪ Gabinetes de arquitetura
▪ Entre outros
Instrução online ou
presencial nos municípios
▪ Urbanismo ou serviços online dos

municípios
Página 17
Fases de licenciamento
Antes do início da operação Antes do início da obra Após conclusão da obra
Pedido de Informação Prévia: qualquer

Tendo em conta os procedimentos de controlo
interessado pode pedir à Câmara Municipal, a
prévio, os tipos de procedimento urbanístico as
título prévio, informação sobre a viabilidade de Autorização de Utilização
operações urbanísticas passam a agrupar-se
realizar determinada operação urbanística ou (Simplex urbanístico: dispensa autorização de
da seguinte forma:
conjunto de operações urbanísticas (artigo 14.º utilização e ficha técnica, dependerá da
▪ Operações sujeitas a licenciamento;
RJUE), nomeadamente relativos a entrega de: termo de responsabilidade e telas
▪ Operações sujeitas a Comunicação Prévia
infraestruturas, servidões administrativas e finais, caso tenham ocorrido alterações ao
▪ Operações sujeitas a Comunicação Prévia
restrições de utilidade publica, índices projeto)
com Prazo
urbanísticos, cérceas, afastamentos e demais
▪ Operações isentas
condicionantes aplicáveis à pretensão.
Página 18
Pedido de informação prévia - acessos úteis
Emissão de Plantas de Localização online Exemplo: município de Alcobaça
Os municípios disponibilizam, de forma

gratuita e online, plantas como:
▪ Ortofotomapa
▪ Cadastro
▪ Carta militar
▪ Condicionantes (REN, RAN, etc.)
▪ Ordenamento
▪ Perigosidade de incêndio
Página 19
Licenciamento municipal - Simplex Urbanístico
O Simplex Urbanístico, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 10/2024, de 8 de janeiro, apresenta-se como uma reforma do regime jurídico do
licenciamento urbanístico, mantendo-se, porém, a estrutura sistemática que vigora desde a aprovação do RJUE
Cronograma das alterações
01/01/2024 04/03/2024 08/04/2024 06/01/2025 05/01/2026 01/06/2026 01/01/2027 01/01/2030
Uso obrigatório da
nova Plataforma
Disponibilização
Eletrónica dos
Alterações às em Diário da
Procedimentos Uso geral e Apresentação
obras isentas de República dos
Entra em vigor a Urbanísticos (PEPU) obrigatório da Início do projeto- obrigatória dos
controlo prévio. regulamentos Entra em vigor o
generalidade das (interoperabilidade PEPU em todos piloto para projetos de
municipais novo código da
alterações com sistemas de os 308 utilização da arquitetura de
Alterações à atualizados de construção.
previstas. informação – municípios do metodologia BIM. acordo com a
fiscalização acordo com as
Registos e país. metodologia BIM.
administrativa. alterações ao
Notariado, BUPI e
RJUE.
Autoridade
Tributária).
Página 20
Visão geral das principais alterações - RJUE
Simplex Urbanístico (DL 10/2024)
PIP: prolongamento de validade e Apreciação e deliberação: novos

de efeitos de informação prévia prazos e regras de contagem para
favorável (PIP), ou seja, 2 anos com deliberação do licenciamento sob
prorrogação de 1 ano. pena de diferimento tácito (só se
aplica a procedimentos que se
iniciem após 4/3/2024).
Controlo prévio: novas situações Substituição de alvará de

de isenção e de comunicação construção por recibo de
prévia. Interessado não pode optar pagamento de taxas
pelo licenciamento nos casos de
operações sujeitas a comunicação
prévia.
Página 21
Licenciamento municipal - Simplex Urbanístico
Início da contagem dos prazos, pedido de

Prazos de deliberação de licenciamento e deferimento tácito
elementos e pareceres
A Câmara Municipal delibera sobre o pedido de licenciamento:

Início da contagem de prazos: a partir da data
de submissão do pedido, independentemente 120 dias: no caso de obras de construção, reconstrução, alteração ou de ampliação, conservação e
da consulta de entidades externas. demolição realizadas em imóvel com área bruta de construção ≤ 300 m2
150 dias: no caso de obras de construção, reconstrução, alteração ou de ampliação, conservação e
Pedido de elementos: 1 única vez para, no
demolição realizadas em imóvel com área bruta de construção > 300 m2 e ≤ 2.200 m2
prazo de 15 dias (úteis), corrigir ou completar o
pedido. Prazo só suspende por inércia do 200 dias: no caso de obras de urbanização, operações de loteamento e no caso de obras de
requerente. construção, reconstrução, alteração ou de ampliação, conservação e demolição realizadas em
imóvel com área bruta de construção > 2.200 m2
Parecer: não ocorrendo rejeição liminar ou
convite para corrigir/completar considera-se a A deliberação está sujeita a deferimento tácito – possibilidade de certificação através do
correta instrução, não podendo ser indeferido procedimento eletrónico.
por instrução incompleta, nem solicitadas O deferimento tácito ou a deliberação final de deferimento do pedido de licenciamento
correções adicionais consubstancia a licença para realização da operação urbanística, bem como licença para
ocupação da via pública.
Página 22
Registo prévio para o
exercício da atividade
de produção de gases
de origem renovável
Página 23
Registo prévio para o exercício da atividade de produção de gases de origem renovável
Registo prévio para o exercício da atividade de produção

de gases de origem renovável
Decreto-Lei 62/2020, 28 de Agosto
Artigo 69.ª e 70.ª do DL 62/2020, 28/8 Estabelece a organização e o funcionamento do
Sistema Nacional de Gás e o respetivo regime jurídico
O exercício da atividade de produção de gases de e procede à transposição da Diretiva 2019/692
origem renovável é sujeito a registo prévio, apenas
para pessoas coletivas que demonstrem possuir
capacidade técnica, financeira e de gestão Transitoriamente, a instrução do processo pode ser
adequadas. A pessoa coletiva deverá estar registada,
por e-mail à DGEG:
por exemplo, com o CAE 20110 - produção de gases
industriais ou similar. combustiveis@dgeg.gov.pt
Destino da produção: autoconsumo (indústria e/ou

transportes); exportação (terrestre e/ou marítima);
injeção, total ou parcial, na rede pública de gás com
venda nas condições definidas pela ERSE (ao
comercializador de último recurso grossista nos
termos da compra centralizada, contratos bilaterais
ou mercados organizados).
Página 24
Quais são as informações que devem ser apresentadas à DGEG no âmbito do

registo prévio? (Anexo VI do DL 62/2020, 28/8)
1. Identificação completa e perfil do requerente, dos sócios ou acionistas e das

percentagens do capital social detido, quando igual ou superior a 5%, elementos
demonstrativos da capacidade técnica, financeira e experiência
2. Declaração sobre a situação regularizada perante a segurança social, bem como a
sua situação fiscal
3. Comprovativo do direito para utilização do espaço de implantação do projeto
4. Projeto de execução, cronograma e termo de responsabilidade para a conceção da
unidade de produção
5. Simulação de licenciamento industrial (incluindo Avaliação de Impacte Ambiental e
outros regimes ambientais)
6. Parecer favorável sobre a localização emitido pela Câmara Municipal e/ou pela
Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR – Alentejo, Algarve,
Centro, LVT e Norte)
Página 25
Injeção na rede
Caso se preveja a ligação à rede de gás, será necessário
avaliar as condições técnicas de ligação e cumprimento dos
regulamentos aplicáveis. Exemplo de avaliação preliminar da Floene
Assim, após o registo prévio, o Operador da Rede de

Transporte, REN GASODUTOS, SA, ou o Operador da Rede de
Distribuição, Floene ou Portgás, por ordem de chegada e
dependendo das condições técnicas dos projetos, aceita ou
não o projeto e estabelece as condições para a sua ligação à
rede.
Os promotores terão de suportar os custos de construção das

necessárias infraestruturas de ligação à rede de gás nas
condições estabelecidas pelo operador da rede.
Página 26
Registo prévio para o exercício da atividade de
produção de gases de origem renovável
Fluxograma do procedimento de registo
1) As alíneas g), h), j) e k) do n.º 1 do anexo VI, sendo elementos

pendentes de trâmites procedimentais poderão ser apresentados
oportunamente.
No caso de nova instalação a implementar no perímetro autorizado

da unidade de produção de gases de origem renovável já existente ou
de aumento de capacidade da unidade de produção pré-existente,
que utilizem a mesma ou diversa fonte primária, é dispensada a
apresentação dos elementos previstos nas alíneas c), g) e i) do Anexo
VI.
2) Implica análise do pedido, informação de proposta de despacho e

averbamento no registo.
3) O pedido de averbamento para entrada em funcionamento deverá

ser acompanhado do título de licença para a atividade de produção.
Página 27
Procedimento administrativo
A DGEG confirmará o registo prévio no prazo de 30 dias a contar da decisão do operador da
rede e emitirá as taxas: Os interessados podem
obstar à extinção do
procedimento (caducidade
do registo) se realizarem o
pagamento em dobro da
quantia em falta nos 10 dias
seguintes ao termo do prazo
fixado para o seu pagamento
Portaria 13/2021, de 12 janeiro Artigo 133.º CPA
O promotor deverá iniciar a exploração da central de hidrogénio no prazo máximo de 2 anos,

sujeito a prorrogação adicional de 1 ano quando a sua insuficiência se dever a motivos
inadiáveis e não imputáveis ao promotor.
Página 28
Número de registos prévios por destino da produção e tipo de gás Localização dos registos prévios (pontos vermelhos)
Até 12 de dezembro de 2022, a DGEG

Destino da produção N.º registos prévios
Autoconsumo 2 contabilizou 76 registos prévios.
Autoconsumo/ produção de eletricidade 1
Indústria 6 Os projetos de hidrogénio lideram ao
Injeção parcial na rede / indústria 11
Injeção parcial na rede / mobilidade 10 nível do licenciamento, com 69
Injeção parcial na rede / mobilidade / registos prévios instruídos.
indústria 9
Injeção total na rede 17
Mobilidade 9 Os destinos de produção
Mobilidade / indústria 8
preferenciais são:
Produção de eletricidade 2
Produção de eletricidade/ Mobilidade /
Indústria 1 _ Injeção total na rede
Total 76
_ Injeção parcial na rede / indústria
Tipo de gás N.º registos prévios
_ Injeção parcial na rede / mobilidade
Hidrogénio 69
Biometano 5 A maioria dos projetos localiza-se no
Hidrogénio / Biometano 2
Total 76 litoral nas regiões de Lisboa, Centro e
Norte.
Página 29
Licenciamento elétrico
Página 30
Organização e funcionamento do sistema elétrico nacional, DL n.º 15/2022, de 14 de Janeiro
Art.º 11 | Âmbito dos procedimentos de controlo prévio
Isenção de controlo prévio Não é emitido

_ Produção de eletricidade para autoconsumo com capacidade instalada ≤ 700 W
(sem injeção na RESP) título
_ A produção de eletricidade para autoconsumo com potência instalada > 700 W e ≤ 30 Procedimento
Mera comunicação prévia
kW
_ A produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis para injeção total

Registo prévio e certificado de
na RESP, com potência instalada ≤ 1 MW Procedimento
exploração
_ A produção de eletricidade para autoconsumo com potência instalada > 30 kW e ≤ 1 MW
_ O armazenamento autónomo de eletricidade com potência instalada ≤ 1 MW
_ O armazenamento autónomo de eletricidade com potência instalada > 1 MW

Licença de produção e de _ A produção ou o armazenamento autónomo quando sujeitos ao procedimento de
exploração avaliação de impacte ambiental (AIA) ou de avaliação de incidências ambientais
_ A produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis para injeção total
na RESP ou para autoconsumo com potência instalada > 1 MW
+ Art.º 97 | Responsabilidade civil e criminal pelo exercício de atividades de produção, armazenamento e autoconsumo
Página 31
Licenciamento elétrico - reserva de capacidade
Licença de produção e de exploração

A obtenção de licença de produção de
Prévia atribuição de reserva de capacidade de injeção na RESP
eletricidade depende da prévia atribuição de um
TRC (Título de Reserva de Capacidade) de
Acordo entre o injeção na RESP (Rede Elétrica de Serviço
Procedimento
Acesso geral interessado e o Público), que confere ao seu titular o direito a
concorrencial
operador da RESP utilizar o ponto de injeção na RESP com a
capacidade que lhe for atribuída de forma firme
ou com restrições, enquanto vigorar a licença de
exploração.
Página 32
Licença de produção e de exploração O promotor pode obter o TRC via uma das modalidades
identificadas.
Prévia atribuição de reserva de capacidade de injeção na RESP
O pedido de atribuição do TRC de injeção na RESP, em

Acordo entre o qualquer das suas modalidades, depende da prévia
Procedimento
Acesso geral interessado e o prestação de caução destinada a garantir a obtenção dos
concorrencial
operador da RESP títulos de controlo prévio por parte do interessado.
Valor de
Prazo
Modalidade caução Limite (€) Entidade
(meses)
(€/MVA)
Acesso geral 10 000 30 DGEG
Acordo entre Operador
15 000 10 000 000 24
interessado e RESP
operador da RESP 10 000 24 DGEG
Procedimento
Estabelecido nas peças do procedimento
concorrencial
Página 33
Licença de produção e de exploração Atribuída no caso da existência de capacidade de rede.

Prévia atribuição de reserva de capacidade de injeção na RESP A DGEG publicita a capacidade de injeção na RESP
disponível na RNT e RND, comunicada pelos operadores de
Acordo entre o rede, bem como a capacidade de RESP que pode ser
Procedimento disponibilizada com restrições definidas pelo operador da
Acesso geral interessado e o
concorrencial
operador da RESP RESP.
Reserva de capacidade
Página 34
Licença de produção e de exploração Nos casos em que não exista capacidade de receção na
Prévia atribuição de reserva de capacidade de injeção na RESP RESP, pode ser celebrado acordo entre o interessado e o
operador da RNT ou RND, consoante o caso, pelo qual
aquele assume os encargos financeiros decorrentes da
Acordo entre o construção ou reforço da rede necessários para a receção
Procedimento
concorrencial da energia da instalação de armazenamento ou produzida
operador da RESP
pelo centro eletroprodutor ou pela UPAC.
Este pedido não pode incidir sobre pontos integrados na

modalidade de procedimento concorrencial.
Página 35
Licença de produção e de exploração

Prévia atribuição de reserva de capacidade de injeção na RESP O membro do Governo responsável pela área da energia
pode determinar a realização de procedimento
concorrencial para atribuição de título de reserva de
Acordo entre o capacidade de injeção na RESP.
Procedimento
concorrencial
operador da RESP
Após o término do procedimento concorrencial é solicitada
a emissão do TRC aos operadores de rede, nos termos das
peças do procedimento.
Página 36
Licenciamento elétrico - Licença de produção
Após a emissão do TRC e a obtenção da documentação instrutória, o promotor pode instruir o pedido de atribuição de licença de produção
no prazo máximo de 1 ano, em caso de procedimento de AIA, caso contrário no prazo de 6 meses.
Processo de obtenção de licença de produção
Página 37
Licenciamento elétrico - Licença de produção
Documentos instrutórios (Anexo I do DL 15/2022, 14/1)

O pedido de licença de produção deve ser instruído nos termos do Anexo I ▪ Termo de responsabilidade pelo projeto das instalações elétricas;
do Decreto-Lei n.º 15/2022, ou seja, deve incluir os seguintes elementos: ▪ Cronograma das ações necessárias para a instalação do centro
electroprodutor, incluindo a indicação do prazo de entrada em
▪ Identificação completa do requerente; exploração;
▪ Perfil da empresa requerente, dos sócios ou acionistas e das ▪ Título Único Ambiental (TUA) com todas as decisões de ambiente
percentagens do capital social detido, quando ≥5 %, bem como
aplicáveis ao projeto, deferidas ou deferidas condicionalmente;
elementos demonstrativos da capacidade técnica, económico-
financeira e experiência; ▪ Comunicação prévia feita à câmara municipal quando o projeto não
▪ Declaração, sob compromisso de honra, do requerente de que tem esteja sujeito ao regime jurídico de avaliação de impacte ambiental
regularizada a sua situação relativamente a contribuições para a (AIA) ou a avaliação de incidências ambientais;
segurança social, bem como a sua situação fiscal; ▪ Instalação em espaço hídrico sob a soberania ou jurisdição nacional,
▪ Título de reserva de capacidade de injeção na rede ou autorização do certidão do título de utilização concedido pela entidade competente
titular da licença a quem foi atribuído o ponto de injeção na rede; autorizando a utilização dos recursos para o fim pretendido;
▪ Documento comprovativo da disponibilidade dos terrenos para a ▪ Parecer favorável do operador de Rede Nacional de Transporte de Gás,
instalação do centro electroprodutor (ex. contrato de arrendamento); quando o centro electroprodutor tenha interferência com os domínios
▪ Projeto de execução, acompanhado pelo termo de responsabilidade do ou atividades planeadas daquele operador;
técnico pela sua elaboração, deve compreender: memória descritiva e
desenhos; ▪ Informação detalhada e elucidativa da quota de capacidade de
▪ Plano de encerramento e remoção das instalações, apenas quando o produção de eletricidade detida pelo requerente, bem como
projeto não teve AIA; declaração, sob compromisso de honra (minuta da DGEG).
Página 38
Licenciamento elétrico - Vistoria e licença de exploração
O processo de atribuição de licença de exploração deve ser iniciado após a obtenção da licença de produção e quando concluído o
licenciamento municipal. Para iniciar este processo é também necessário garantir uma fase prévia à atribuição licença de exploração na qual
são realizados testes e ensaios e o centro electroprodutor entra em exploração em regime experimental.
Processo para a vistoria e obtenção de licença de exploração
Página 39
Licenciamento elétrico - Vistoria e licença de exploração
Documentos instrutórios (Anexo I do DL 15/2022, 14/1)

O pedido de autorização para realização de testes e ensaios é O pedido para emissão da licença de exploração é dirigido à entidade
acompanhado, sob pena de ser liminarmente indeferido, dos seguintes licenciadora e deve apresentar os seguintes elementos:
elementos:
▪ Declaração de conformidade de execução, assinada pelo responsável
▪ Programa de testes a realizar e sua duração, subscrito pelo técnico ou
pela execução e pela entidade instaladora que ateste que a instalação
peritos responsáveis pela sua execução;
está concluída e preparada para operar de acordo com o projeto
▪ Parecer do operador da rede a que se liga o centro electroprodutor,
com indicação de que estão reunidas as condições de ligação e injeção aprovado;
de energia na rede necessárias para tal efeito; ▪ Parecer do operador da rede competente com indicação de que estão
▪ Declaração, sob compromisso de honra do titular da licença de reunidas as condições de ligação e injeção de energia na rede. Este
produção, de que a instalação está em conformidade com os termos da elemento é o único dos 5 que pode ser substituído, neste caso pelo
respetiva licença, da regulamentação aplicável, em condições técnicas relatório de vistoria, sendo que o pedido é liminarmente rejeitado se não
e de segurança para a realização do programa;
estiver instruído com os restantes elementos;
▪ De parecer favorável, com ou sem condições, do gestor global do SEN.
▪ Parecer favorável do gestor global do SEN, se não tiver sido consultado;
▪ Prova da celebração do seguro de responsabilidade civil;
▪ Documento comprovativo da disponibilidade dos terrenos para a
instalação do centro electroprodutor.
Página 40
Medidas excecionais que visam assegurar a simplificação dos procedimentos de produção de energia a partir de fontes renováveis
DL n.º 30-A/2022, 18/4

DL n.º 15/2022, 14/1
Vigora pelo prazo de 2 anos, i.e., até 18/04/2024
Apreciação prévia e decisão de sujeição a AIA no âmbito do Avaliação de Impacte Ambiental (artigo 2.º)
procedimento e atribuição de licença de produção (artigo 42.º)
1. No caso de projetos não localizados em áreas sensíveis e abaixo dos
1. A decisão de sujeição a AIA dos projetos não localizados em áreas limiares estabelecidos no anexo II do RJAIA, a entidade licenciadora, para
sensíveis, submetidos a uma análise Caso a Caso, compete à DGEG. efeitos de apreciação prévia e decisão de sujeição a AIA, pode solicitar o
2. Nas situações de ausência de pronúncia por parte da autoridade do parecer prévio à autoridade de AIA, quando justificadamente considere
AIA, nos termos do n.º 4 do artigo 3.º do RJAIA, o projeto não está sujeito a que há indícios de que o projeto é suscetível de provocar impactes
AIA, devendo o procedimento prosseguir. significativos no ambiente.
3. A autoridade nacional de AIA pode, mediante despacho conjunto com 4. A emissão de pareceres e autorizações prevista nos regimes jurídicos
o diretor-geral da DGEG, identificar as tipologias de projetos não setoriais aplicáveis às atividades e infraestruturas previstas no artigo 1.º
suscetíveis de provocar impactes significativos no ambiente, em que a do DL 30-A/2022, efetua-se no âmbito do procedimento de AIA ou de
pronúncia e a decisão previstas no artigo 3.º RJAIA não têm lugar, AIncA quando este procedimento se tenha realizado em fase de projeto
designadamente nas situações de projetos de centros electroprodutores de execução e as entidades competentes nele hajam participado,
de fonte primária solar ou eólica que tenham uma potência igual ou esgotando-se nessa sede a respetiva intervenção.
inferior a 1 MVA.
Página 41
Medidas excecionais que visam assegurar a simplificação dos procedimentos de produção de energia a partir de fontes renováveis
DL n.º 30-A/2022, 18/4

DL n.º 15/2022, 14/1
Vigora pelo prazo de 2 anos, i.e., até 18/04/2024
Âmbito dos procedimentos de controlo prévio (artigo 11.º) Procedimentos de controlo prévio aplicáveis às atividades de produção,
armazenamento, autoconsumo de eletricidade (artigo 4.º)
1. O exercício das atividades de produção (…) de eletricidade está sujeito
à obtenção de licença de produção e de exploração, (…). 1. A entrada em exploração dos centros electroprodutores de fontes de
energia renováveis não depende de prévia emissão de licença de
Prazos para pedido e para emissão da licença de produção e da licença exploração, podendo iniciar-se após comunicação pelo operador de rede
de exploração (artigo 14.º) de que estão reunidas as condições de ligação e injeção de energia na
rede e mediante prévia notificação à DGEG que a comunica, de imediato,
3. O prazo para a emissão da licença de exploração conta-se da data da ao gestor global do SEN e ao operador de rede competente.
atribuição da licença de produção, não podendo 3. A licença de exploração ou o certificado de exploração são requeridos
exceder um ano, salvo nos casos listados no número 3 do artigo 14.º. no prazo de três anos após a comunicação referida acima, podendo a
4. O TRC de injeção na RESP caduca se a licença de produção não for realização de vistoria prévia ser dispensada pela DGEG.
pedida no prazo estabelecido ou se a emissão das licenças de produção
e de exploração não ocorrer nos prazos estabelecidos, sem prejuízo das
prorrogações que tenham sido concedidas.
Página 42
Licenciamento
industrial e ambiental
Página 43
Licenciamento industrial e ambiental
Objetivos do licenciamento industrial
1. Evitar os riscos inconvenientes

resultantes das atividades industriais,
com vista a salvaguardar a saúde
pública, a segurança de pessoas e bens, a
qualidade do ambiente e o ordenamento
do território;
2. Estabelecer um quadro jurídico que

facilite a captação de investimento e a
geração de novos projetos para as
empresas já estabelecidas.
Página 44
Estabelecimento industrial
Estabelecimento industrial vs instalação industrial

A totalidade da área coberta e não
coberta sob responsabilidade do
industrial, que inclui as respetivas
Estabelecimento industrial instalações industriais, onde é
exercida atividade industrial.
Instalação industrial
A unidade técnica dentro de um

estabelecimento industrial na qual é
exercida uma ou mais atividades
industriais incluindo armazenamento
Instalação industrial
ou quaisquer outras atividades
associadas que tenham uma relação
técnica com as atividades exercidas.
Página 45
Ciclo de vida dos estabelecimentos industriais

O licenciamento industrial estabelece obrigações que os operadores
industriais devem cumprir em todas as etapas da “vida” do estabelecimento.
Projeto Instalação Exploração Alterações Desativação
Página 46
O regime de licenciamento industrial atualmente em vigor é Principais alterações ao regime de

o Sistema da Indústria Responsável (SIR), aprovado pelo licenciamento industrial
Decreto-Lei n.º 169/2012, de 1 de agosto, tendo
posteriormente sofrido alterações.
Decreto-Lei n.º 11/2023 – 1.ª série
Procede à reforma e simplificação dos
O SIR aplica-se às atividades a que se refere o seu Anexo I.
licenciamentos ambientais
Alterações ao SIR:
Exemplo de atividade industrial abrangida pelo SIR Decreto-Lei n.º 73/2015, 11/5
Decreto-Lei n.º 120/2017, 15/9
Decreto-Lei n.º 39/2018, 11/6
Entidade Coordenadora Declaração de retificação n.º 29/2015, 15/6
CAE Descrição
Tipo 1 Tipo 2 Tipo 3 Portaria n.º 280/2015, 15/9: taxas
Fabricação de Câmara
20110 IAPMEI IAPMEI
gases industriais Municipal
Decreto-Lei n.º 169/2012 – 1.ª série
Página 47
Regimes abrangidos pelo SIR Regimes ambientais classificativos Regimes ambientais não classificativos
O SIR integra um conjunto de diplomas RJAIA - Regime jurídico de avaliação de RJURH - Regime jurídico de utilização de
impacte ambiental recursos hídricos
potencialmente aplicáveis às indústrias e
que estabelecem obrigações e REI - Regime das emissões industriais, SST - Regime jurídico respeitante à saúde e
necessidades de autorizações, registos ou aplicável à prevenção e ao controlo segurança no trabalho
integrados da poluição (PCIP) ESP - Regime de instalação,
licenciamentos.
RPAG - Regime jurídico de prevenção de funcionamento, reparação e alteração de
acidentes graves com substâncias perigosas equipamentos sob pressão
O propósito é evitar que os industriais
tenham de obter essas autorizações junto Entre outros
Não aplicável à produção de H2 verde que não
de cada autoridade competente,
inclua instalações com uma potência térmica
integrando num procedimento
nominal total superior a 20 MW:
administrativo único todos os atos
necessários ao exercício das atividades NCV/NII - Regime jurídico relativo à
industriais. exploração de atividade agroalimentar
RGGR - Regime geral da gestão de resíduos
CELE - Regime do comércio europeu de
licenças de emissão de gases com efeitos de
estufa
Página 48
Licenciamento industrial e ambiental - Regime Jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental
Regime Jurídico de Avaliação de Impacte Ambiental
Regime preventivo, sustentado na realização de estudos Um projeto encontra-se sujeito a AIA quando:
e consultas, com participação pública e análise de 1) É abrangido pelos limiares previstos nos anexos I e II
possíveis alternativas, que tem por objeto a recolha de (sujeição obrigatória)
informação, identificação e previsão dos efeitos 2) Quando não abrangido pelos referidos limiares, seja
ambientais de determinados projetos, bem como a considerado pela entidade licenciadora ou autoridade de
identificação e proposta de medidas que evitem, AIA (área sensível), como suscetível de provocar impactes
minimizem ou compensem esses efeitos, tendo em vista significativos no ambiente em função da dimensão,
localização ou natureza, de acordo com os critérios do
uma decisão sobre a viabilidade da execução de tais
anexo III (análise caso a caso)
projetos e respetiva pós-avaliação.
3) Para os projetos fora de área sensível, foi eliminada a
obrigação de consulta à autoridade de AIA, exceto quando
Quadro legal: a entidade licenciadora for simultaneamente proponente
▪ Decreto-Lei n.º 151-B/2013, 31/10 do projeto (Simplex ambiental)
▪ Decreto-Lei n.º 152-B/2017, 11 /12
Entidade consultada:
Agência Portuguesa do Ambiente (projetos do Anexo I)
ou CCDR (projetos do Anexo II)
Página 49
Verifica-se que, até à data, nenhum dos projetos conhecidos parece

enquadrar-se nesta tipologia.
Página 50
Anexo II [a que se refere a alínea b) do n.º3 do artigo 1.º, do DL 11/2023, 10/2, procede à reforma e simplificação dos licenciamentos
ambientais (Simplex ambiental)]
3 – Indústria da energia
Áreas sensíveis
Tipo de projetos Caso geral (ex. Rede Natura 2000, Tipo de projetos Caso geral Áreas sensíveis
art. 2.º)
Página 51
Anexo II [a que se refere a alínea b) do n.º3 do artigo 1.º, do DL 11/2023, 10/2, procede à reforma e simplificação dos licenciamentos
ambientais (Simplex ambiental)]
6 – Indústria química (projetos não incluídos no anexo I) 10 – Projetos de infraestruturas

Áreas sensíveis
Tipo de projetos Caso geral (ex. Rede Natura 2000, Tipo de projetos Caso geral Áreas sensíveis
art. 2.º)
Página 52
Anexo III
Página 53
Licenciamento industrial e ambiental - Regime de Prevenção e Controlo Integrados de Poluição
Regime de Prevenção e Controlo Integrados de Poluição
A produção de hidrogénio n uma escala industrial (qualquer

quantidade), por transformação química ou biológica,
pressupondo a sua comercialização a granel e/ou por
injeção nas redes de distribuição ou de transporte de gás
apresenta enquadramento no setor químico (categoria 4.2 PCIP não aplicável até 18/4/2024:
Fabricação de produtos químicos inorgânicos - alínea a), Tendo presente o disposto no art.º 7.º do DL n.º 30-A/2022,
logo encontra-se abrangida pela Diretiva Emissões de 18/04, que refere que a produção de hidrogénio por
Industriais, que define regras destinadas a evitar e reduzir eletrólise da água, com recurso a eletricidade com origem
em fontes de energia renováveis não se encontra sujeita ao
as emissões para o ar, água e solo, bem como a produção disposto no Decreto-lei n.º 127/2013, de 30 de agosto, o
de resíduos. SILIAMB afasta a aplicação do regime.
Quadro legal:
Os projetos de investigação e desenvolvimento, bem como
▪ Decreto-Lei n.º 127/2013, de 30 de agosto
o ensaio de novos produtos e processos encontram-se
excluídos do âmbito de aplicação deste regime, nos termos
Entidade consultada: do n.º 2 do artigo 2.º do REI.
Agência Portuguesa do Ambiente
Página 54
Licenciamento industrial e ambiental - Regime Jurídico de Prevenção de Acidentes Graves
Regime Jurídico de Prevenção de Acidentes Graves
Aplica-se aos estabelecimentos onde estejam presentes O hidrogénio consiste numa das substâncias designadas (parte
substâncias perigosas em quantidades iguais ou superiores 2 do anexo I do supra referido diploma):
às indicadas no seu anexo I e, às quantidades de
substâncias perigosas inferiores ao definido, aplica-se a ▪ Nível inferior: ≥ 5 toneladas
regra da adição prevista na nota 4 do referido anexo I. ▪ Nível superior ≥ 50 toneladas
Em função da quantidade e perigosidade de substâncias Os estabelecimentos abrangidos estão sujeitos a um conjunto

perigosas passíveis de se encontrarem presentes no de obrigações, tais como:
estabelecimento, este pode enquadrar-se no nível superior ▪ Comunicação
ou no nível inferior, aos quais estão associadas exigências ▪ Avaliação de compatibilidade de localização
distintas. ▪ Definição de uma política de prevenção de acidentes graves
▪ Relatório de segurança (aplicável ao nível superior)
Quadro legal: ▪ Plano de emergência (aplicável ao nível superior)
▪ Decreto-Lei n.º 150/2015, de 5 de agosto ▪ Entre outras obrigações.
Página 55
Licenciamento industrial e ambiental - Regime de Utilização dos Recursos Hídricos
Regime de Utilização dos Recursos Hídricos
A utilização de recursos hídricos dependerá, salvo

exceções, de autorização, licença ou concessão, com
atribuição de título de utilização de recursos hídricos. SIMPLEX Ambiental
A utilização de água do mar contempla 3 utilizações dos

recursos hídricos: ocupação do espaço marítimo,
captação de águas e rejeição de águas residuais
(concentrados da dessalinização). O título para
ocupação do espaço marítimo é emitido ao abrigo do
Decreto-Lei n.º 38/2015, de 12/3, na sua atual redação.
Quadro legal:
▪ Lei n.º 58/2005, de 29/12 (lei da água)
▪ DL n.º 226-A/2007, 31/5
Página 56
Artigo 60.º Utilizações do domínio público sujeitas a licença

a) A captação de águas;
b) A rejeição de águas residuais;
(…)
f) A ocupação temporária para construção ou alteração de
infraestruturas hidráulicas;
Artigo 61.º Utilizações do domínio público sujeitas a concessão
g) A implantação de infraestruturas hidráulicas;
(…) d) Captação de água para produção de energia;
(…)
j) A instalação de infraestruturas e equipamentos flutuantes,
culturas biogenéticas e marinhas;
l) A sementeira, plantação e corte de árvores e arbustos;
m) A realização de aterros ou de escavações;
(…)
p) Outras atividades que possam pôr em causa o estado dos
recursos hídricos do domínio público e que venham a ser
condicionadas por regulamentos anexos aos instrumentos de
gestão territorial ou por regulamentos anexos aos planos de
gestão da bacia hidrográfica.
Página 57
Artigo 62.º Utilização de recursos hídricos particulares Definições (artigo 4.º)

1 - Estão sujeitas a autorização prévia de utilização de recursos
hídricos as seguintes atividades quando incidam sobre leitos, hh) «Leito» o terreno coberto pelas águas, quando não
margens e águas particulares: influenciadas por cheias extraordinárias, inundações ou
a) Realização de construções; tempestades,
b) Implantação de infraestruturas hidráulicas; nele se incluindo os mouchões, lodeiros e areais nele formados por
c) Captação de águas; deposição aluvial, sendo o leito limitado pela linha da
máxima preia-mar das águas vivas equinociais, no caso de águas
d) Outras atividades que alterem o estado das massas de águas
sujeitas à influência das marés;
ou coloquem esse estado em perigo, para além das referidas
no número seguinte.
gg) «Largura da margem» a margem das águas do mar, bem
2 - Estão sujeitas a licença prévia de utilização e à observância do
disposto no plano de gestão de bacia hidrográfica as seguintes como das águas navegáveis ou flutuáveis sujeitas atualmente à
atividades quando incidam sobre leitos, margens e águas jurisdição das autoridades marítimas ou portuárias, com a largura
particulares: de 50 m; margem das restantes águas navegáveis ou flutuáveis
a) Rejeição de águas residuais; com a largura de 30 m; margem das águas não navegáveis nem
b) Imersão de resíduos; flutuáveis, nomeadamente torrentes, barrancos e córregos de
caudal descontínuo, com a largura de 10 m; (…) a largura da
c) Recarga e injeção artificial em águas subterrâneas;
margem conta-se a partir da linha limite do leito; se, porém, esta
e) Aterros e escavações.
linha atingir arribas alcantiladas, a largura da margem é contada
a partir da crista do alcantil.
Página 58
Licenciamento industrial e ambiental – Equipamentos Sob Pressão
Equipamentos Sob Pressão Exemplo de recipientes e equipamentos abrangidos:
Este regulamento aplica-se à instalação e ao

Reservatórios de ar
funcionamento de Recipientes Sob Pressão Simples (RSPS)
comprimido
e de Equipamentos Sob Pressão (ESP), mais
concretamente:
b) A todos os ESP destinados a conter um fluido — líquido, Tubagens e
acessórios de
gás ou vapor — com PS superior a 0,5 bar; segurança
Recipientes e Equipamentos que contenham gases do
grupo I com:
Reservatórios de
i) PS x V ≥ 1000 bar.L GPL, GN, etc.
Quadro legal:
▪ Decreto-lei n.º 131/2019, 30/8
Estes equipamentos não podem entrar em funcionamento sem a
respetiva autorização ou comunicação prévia de funcionamento,
desde com Inspeção com resultado favorável. Depois da validação,
Instituto Português da Qualidade
o IPQ fornece a respetiva placa de identificação que, para além de
identificar o RSPS/ESP, permite a marcação dos ensaios periódicos.
Página 59
Dangerous Goods
Regulations (DGR)
Gás extremamente
inflamável
Regulamento Categoria I Chama Garrafa
de gás
Página 60
Extremamente
inflamável
Regulamento
Página 61
Licenciamento industrial e ambiental – Segurança e Saúde no Trabalho
Segurança e Saúde no Trabalho
Visa a promoção da segurança no trabalho, ou seja, objetiva

a prevenção de acidentes de trabalho, através da
identificação, avaliação e controlo dos riscos
profissionais. Por sua vez, a saúde no trabalho visa garantir a
São vários os requisitos técnicos das instalações
proteção e promoção da saúde dos trabalhadores.
relacionados com a segurança e saúde no
É um regime abrangido pelo SIR, não classificativo, que é
trabalho que devem ser avaliados no Regulamento
aplicável a todos os estabelecimentos industriais, sem
Geral de Segurança e Higiene do Trabalho nos
exceção.
Estabelecimentos Industriais
Quadro legal:
▪ Lei n.º 102/2009, 10/9 Regulamento
▪ Lei n.º 3/2014, 28/1
▪ Portaria n.º 987/93, 6/10
▪ Lei n.º 52/2018, 20/8
▪ Entre outros
Autoridade para as Condições do Trabalho
Página 62
Licenciamento industrial e ambiental – Segurança e Saúde no Trabalho
Alguns dos requisitos técnicos das instalações a adotar
Página 63
Os estabelecimentos industriais classificam-se, em função do grau de risco potencial inerente à sua exploração, para a pessoa humana e
para o ambiente, em três tipos:
Tipo 1 (risco elevado) Tipo 2 (risco intermédio) Tipo 3 (risco baixo)
Sempre que se verifique uma das Estabelecimentos industriais que Os estabelecimentos industriais
seguintes circunstâncias: não se incluam no tipo 1, mas que não abrangidos pelos tipos 1 e 2.
se verifique uma das seguintes
▪ Regime jurídico de avaliação de circunstâncias:
impacte ambiental (RJAIA)
▪ Regime jurídico da prevenção e ▪ Regime do comércio europeu de
controlo integrado de poluição licenças de emissão de gases
(RJPCIP) com efeitos de estufa (CELE)
▪ Regime jurídico de prevenção de ▪ Operação de gestão de resíduos
acidentes graves que envolvam (OGR) que dispense vistoria
substâncias perigosas (RPAG) prévia
▪ Operação de gestão de resíduos
(OGR) que careça de vistoria
prévia ao início da exploração
Página 64
No Sistema da Indústria Responsável, a cada tipo de estabelecimento corresponde um procedimento de instalação específico, a saber:
Avaliação em
fase de projeto
▪ Título de instalação: direito a executar o seu projeto de execução

Procedimento com Título de Título de
Tipo 1 ▪ Título de exploração: direito de explorar o estabelecimento nas condições fixadas
vistoria prévia instalação exploração
no título de exploração a emitir depois da vistoria
Procedimento sem ▪ Pode iniciar a exploração desde que disponha de alvará de utilização do imóvel e
Tipo 2 Título de instalação e exploração
vistoria prévia do contrato do seguro de responsabilidade civil.
▪ Resume-se à apresentação de formulário e elementos instrutórios, incluindo o

Mera comunicação “Licenciamento zero” (comprovativo de alvará de autorização do imóvel para fins industriais, autorização de
Tipo 3 prévia submissão e de pagamento de taxa) funcionamento de equipamentos sob pressão e título único ambiental.
▪ Impõe-se o cumprimento prévio dos procedimentos aplicáveis nos termos do RJUE.
Página 65
Tipo 1 - Procedimento com vistoria prévia
Simplificação de licenças e
procedimentos na área Industrial
(ainda não publicado em CP até junho
2023)
Há intenção de:
i) eliminar as vistorias prévias nos

procedimentos de “tipo 1” do SIR,
exceto quando as mesmas
decorram de legislação especial
ii) Eliminar quase todos os
procedimentos de “tipo 3” do SIR
Página 66
Como instruir o licenciamento?
O licenciamento é um processo
totalmente desmaterializado e
online, que se encontra na Simular o enquadramento Consultar a situação do
Submeter um pedido de
Plataforma Tecnológica do SIR, com legal à instalação de um licenciamento da atividade
instalação de
interoperabilidade ao SILIAMB. estabelecimento industrial de um estabelecimento
estabelecimento industrial
(prazo, taxas, etc.) industrial e comunicar
alterações
Plataforma
Requer chave móvel digital

ou Cartão de Cidadão
Página 67
1.º Formulário de enquadramento/simulador
1.º Acede-se à Plataforma Tecnológica

do SIR
2.º Interoperabilidade com o SILIAMB
(requer registo nesta plataforma)
Página 68
1.º Formulário de enquadramento/simulador
3.º Volta-se à plataforma Tecnológica do

SIR e obtêm-se os resultados
4.º Deve-se tratar dos regimes
ambientais aplicáveis
5.º Vistoria, se aplicável
Entidade
Taxas Prazo licenciadora 6.º Concluir o licenciamento industrial
Página 69
2.º Formulário de detalhe + interação com outras plataformas

Estabelecimento
Designação e morada
Empresa Investimento
Nome, NIPC e morada Valor e postos de trabalho criados
Representante e responsável técnico Atividades

Nome, contactos, procuração Matérias-primas, produtos e área
Edificação Elementos instrutórios Ambiente

Tipo de documento relativo à edificação do Portaria n.º 279/2015 Data de pedido de TUA e licenciamentos
estabelecimento AIA/PAG/etc.
Energia e ESP Água

Tipos de energia utilizada e produzida, Origem, tratamentos, modo de rejeição,
capacidades de armazenagem, consumo, produção de aerossóis
características dos ESP e licenças
Saúde e segurança no trabalho

N.º de colaboradores, regime de trabalho e
riscos
Página 70
Rua da Floresta n,º 800 244 836 535 Twitter.com/Stream_Consult
Ed, AOC Business Center, piso 0 geral@streamconsulting.pt Facebook.com/stream.consulting.lda
2410-021 Leiria - Portugal streamconsulting.pt linkedin.com/company/streamvalue-consulting-lda-

Licenciamento H2 Rita Diniz

Enviado por

Dados do documento

Descrição original:

Direitos autorais

Formatos disponíveis

Compartilhar este documento

Compartilhar ou incorporar documento

Opções de compartilhamento

Você considera este documento útil?

Este conteúdo é inapropriado?

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Licenciamento H2 Rita Diniz

Enviado por

Direitos autorais:

Formatos disponíveis

Licenciamento de projetos de hidrogénio verde

Módulo: segurança, regulamentação e licenciamento

Rita Diniz –STREAM

Principais áreas de negócio

Mestre em Engenharia e STREAM | 2017 - atualidade

Licenciamento de projetos de hidrogénio

_ Licenças e títulos necessários ao licenciamento

Início de Atividade (Sistema Incentivos

Reconhecimento Registo prévio para a

“3.4.1. Apresentação dos documentos instrutórios do pedido de registo prévio para a

O que é e quais as vantagens do PIN? O requerimento para o reconhecimento do

Inicia-se com o desenvolvimento

▪ Terreno viável para o projeto

▪ Confirmar a disponibilidade de recursos (ex.

Guia de licenciamento Guia do promotor Guia do SIR

Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE) Regulamentos municipais

O licenciamento municipal é regulado pelo RJUE. No âmbito do processo de licenciamento de projetos de

Definições (artigo 2.º do RJUE)

Edificação Obras de construção Operações urbanísticas Operações urbanísticas

a) a atividade ou o resultado da m) as operações urbanísticas (…)

A que tipo de procedimento está sujeita a obra?

▪ Urbanismo ou serviços online dos

A que tipo de procedimento está sujeita a obra?

▪ Urbanismo ou serviços online dos

Antes do início da operação Antes do início da obra Após conclusão da obra

Pedido de Informação Prévia: qualquer

Emissão de Plantas de Localização online Exemplo: município de Alcobaça

Os municípios disponibilizam, de forma

Cronograma das alterações

01/01/2024 04/03/2024 08/04/2024 06/01/2025 05/01/2026 01/06/2026 01/01/2027 01/01/2030

PIP: prolongamento de validade e Apreciação e deliberação: novos

Controlo prévio: novas situações Substituição de alvará de

Início da contagem dos prazos, pedido de

A Câmara Municipal delibera sobre o pedido de licenciamento:

Registo prévio para o exercício da atividade de produção

Destino da produção: autoconsumo (indústria e/ou

Quais são as informações que devem ser apresentadas à DGEG no âmbito do

1. Identificação completa e perfil do requerente, dos sócios ou acionistas e das

Assim, após o registo prévio, o Operador da Rede de

Os promotores terão de suportar os custos de construção das

Fluxograma do procedimento de registo

1) As alíneas g), h), j) e k) do n.º 1 do anexo VI, sendo elementos

No caso de nova instalação a implementar no perímetro autorizado

2) Implica análise do pedido, informação de proposta de despacho e

3) O pedido de averbamento para entrada em funcionamento deverá

Portaria 13/2021, de 12 janeiro Artigo 133.º CPA

O promotor deverá iniciar a exploração da central de hidrogénio no prazo máximo de 2 anos,

Até 12 de dezembro de 2022, a DGEG

Organização e funcionamento do sistema elétrico nacional, DL n.º 15/2022, de 14 de Janeiro

Art.º 11 | Âmbito dos procedimentos de controlo prévio

Isenção de controlo prévio Não é emitido

_ A produção de eletricidade a partir de fontes de energia renováveis para injeção total

_ O armazenamento autónomo de eletricidade com potência instalada > 1 MW

Licença de produção e de exploração

O pedido de atribuição do TRC de injeção na RESP, em

Licença de produção e de exploração Atribuída no caso da existência de capacidade de rede.

Este pedido não pode incidir sobre pontos integrados na

Licença de produção e de exploração

Documentos instrutórios (Anexo I do DL 15/2022, 14/1)

Processo para a vistoria e obtenção de licença de exploração

Documentos instrutórios (Anexo I do DL 15/2022, 14/1)

DL n.º 30-A/2022, 18/4

DL n.º 30-A/2022, 18/4