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MARIA ANDRADE
síndrome
síndrome metabólica
metabólica
A síndrome metabólica (síndrome X, síndrome de
HDL-colesterol < 40 mg/dL e < 50 mg/dL para
resistência à insulina) consiste em um grupo de
os homens e as mulheres, respectivamente, ou
anormalidades metabólicas que conferem
medicação específica
aumento de risco de doença cardiovascular (DCV) e
Pressão arterial > 130 mmHg sistólica ou > 85
diabetes melito. A evolução dos critérios para a
mmHg diastólica, ou diagnóstico anterior ou
síndrome metabólica desde a definição original
medicação específica
feita pela Organização Mundial de Saúde em 1998
Glicemia plasmática em jejum ≥ 100 mg/dL
reflete as crescentes evidências e análises clínicas
(indicação alternativa: tratamento
por uma variedade de conferências de consenso e
medicamentoso de glicemia elevada)
organizações profissionais.
EPIDEMIOLOGIA
As principais características da síndrome
metabólica incluem obesidade central, A característica mais desafiadora da síndrome
hipertrigliceridemia, níveis baixos de colesterol metabólica a ser definida é a circunferência
da lipoproteína de alta densidade (HDL, de high- abdominal. A circunferência intra-abdominal
density lipoprotein), hiperglicemia e hipertensão. (tecido adiposo visceral) é considerada mais
fortemente relacionada com a resistência à insulina
Critérios de definição para síndrome metabólica
e o risco de diabetes e DCV e, para qualquer
NCEP: ATPIII 2001 circunferência abdominal dada, a distribuição de
tecido adiposo entre depósitos subcutâneos e
Três ou mais dos seguintes: viscerais varia substancialmente. Assim, entre as
Obesidade central: circunferência abdominal > populações e dentro delas, há um risco menor vs.
102 cm (H), > 88 cm (M) maior com a mesma circunferência abdominal.
Hipertrigliceridemia: nível de triglicerídeos ≥ Essas diferenças nas populações são refletidas na
150 mg/dL ou medicação específica faixa de circunferências abdominais consideradas
HDL-colesterol baixo: < 40 mg/dL e < 50 mg/dL como de risco em diferentes localizações
para os homens e as mulheres, geográficas.
respectivamente, ou medicação específica
Hipertensão: pressão arterial ≥ 130 mmHg A prevalência da síndrome metabólica varia em
sistólica ou ≥ 85 mmHg diastólica ou todo o mundo, refletindo em parte a idade e a
medicação específica etnicidade das populações estudadas e os critérios
Glicemia de jejum ≥ 100 mg/dL ou medicação diagnósticos aplicados. Em geral, a prevalência da
específica ou diabetes tipo 2 previamente síndrome metabólica aumenta com a idade. A
diagnosticado maior prevalência registrada em todo o mundo é
nos norte-americanos, com cerca de 60% das
Definição de harmonização
mulheres entre 45 e 49 anos e 45% dos homens
Três dos seguintes: entre 45 e 49 anos atendendo aos critérios do
Circunferência abdominal (cm): National Cholesterol Education Program e do
Homens Mulheres Adult Treatment Panel III (NCEP: ATPIII).
≥ 94 ≥ 80
*Povos da Europa, da África Subsaariana, do Nos EUA, a síndrome metabólica é menos comum
Oriente e do Oriente Médio nos homens afro-americanos e mais prevalente nas
≥ 90 ≥ 80 mulheres mexicano-americanas. Com base em
*Sul da Ásia, chineses e povos das Américas do Sul dados da National Health and Nutrition
e Central Examination Survey (NHANES) de 2003 a 2006, a
≥ 85 ≥ 90 prevalência ajustada para a idade da síndrome
*Japonês metabólica nos adultos nos EUA sem diabetes é de
Triglicerídeos em jejum > 150 mg/dL ou 28% para homens e 30% para mulheres. Na França,
medicação específica estudos de uma coorte de pessoas de 30 a 60 anos
mostraram uma prevalência de < 10% para cada se-
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xo, embora 17,5% das pessoas com 60 a 64 anos de tilo de vida sedentário, incluindo aumento do
idade sejam acometidas. Uma maior tecido adiposo (predominantemente central),
industrialização global está associada a taxas colesterol HDL reduzido e aumento dos
crescentes de obesidade, que é um prenúncio do triglicerídeos, da pressão arterial e da glicose nas
aumento drástico da prevalência da síndrome pessoas geneticamente suscetíveis. Comparados
metabólica, em especial à medida que a população com os indivíduos que assistem televisão ou vídeos
envelhece. Além disso, o aumento da prevalência e ou usam o computador por menos de 1 hora/dia,
da gravidade da obesidade entre crianças é aqueles que o fazem por mais de 4 horas/dia
refletido nas características da síndrome apresentaram um risco duas vezes maior de
metabólica em uma população mais jovem. síndrome metabólica.
Envelhecimento. A síndrome metabólica
A distribuição da frequência dos cinco acomete quase 50% da população dos EUA com
componentes da síndrome para a população dos mais de 50 anos de idade e mulheres > 60 anos
EUA (NHANES III) é resumida na figura abaixo. de idade são mais acometidas do que os
Aumentos da circunferência abdominal homens. Observa-se que a prevalência da
predominam entre mulheres, enquanto aumentos síndrome depende da idade na maioria das
dos níveis de triglicerídeos plasmáticos de jejum populações mundiais.
(i.e., para > 150 mg/dL), reduções nos níveis de Diabetes melito. O diabetes melito está incluído
colesterol HDL e hiperglicemia são mais prováveis tanto nas definições de síndrome metabólica
em homens. pelo NCEP como nas harmonizantes. Estima-se
que a grande maioria (cerca de 75%) dos
pacientes com diabetes tipo 2 ou com tolerância
à glicose diminuída tenha síndrome metabólica.
A presença da síndrome metabólica nessas
populações está relacionada com uma
prevalência maior de DCV do que em pacientes
com diabetes tipo 2 ou comprometimento da
tolerância à glicose, mas que não têm essa
síndrome.
Doença cardiovascular. Indivíduos com
síndrome metabólica são duas vezes mais
propensos a morrer de doença cardiovascular
em comparação com aqueles que não a têm, e
seu risco de um infarto agudo do miocárdio ou
acidente vascular encefálico (AVE) é três vezes
maior. A prevalência aproximada da síndrome
FATORES DE RISCO
metabólica em pacientes com doença arterial
Sobrepeso/obesidade. Embora a síndrome coronariana (DAC) é de 50%, com uma
metabólica tenha sido descrita pela primeira vez prevalência de cerca de 35% em pacientes com
no início do século XX, o sobrepeso/obesidade doença da artéria coronária prematura (com 45
epidêmico em todo o mundo recentemente anos de idade ou menos), e uma prevalência
tem sido a força motora de seu crescente particularmente alta nas mulheres. Com
reconhecimento. A adiposidade central é uma reabilitação cardíaca apropriada e alterações no
característica essencial da síndrome, e a estilo de vida (p. ex., nutrição, atividade física,
prevalência da síndrome reflete a forte relação redução do peso e, em alguns casos, agentes
entre a circunferência abdominal e o aumento farmacológicos), a prevalência da síndrome
de adiposidade. Entretanto, apesar da pode ser reduzida.
importância da obesidade, os pacientes que Lipodistrofia. Os distúrbios de lipodistrofia em
têm peso normal também podem ser insulino- geral estão associados à síndrome metabólica.
resistentes e podem ter a síndrome metabólica. Tanto a lipodistrofia genética (p. ex., lipodistrofia
Estilo de vida sedentário. A inatividade física é congênita de Berardinelli-Seip, lipodistrofia
um preditor de eventos de DCV e do risco de parcial familiar de Dunnigan) quanto a
morte relacionado. Muitos componentes da lipodistrofia adquirida (p. ex., lipodistrofia
síndrome metabólica estão associados a um es- relacionada com o HIV em pacientes tratados
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com terapia antirretroviral) podem dar origem a sulina, hiperlipidemia e uma gama de distúrbios
resistência grave à insulina e muitos dos cardiovasculares, como hipertensão, aterosclerose,
componentes da síndrome metabólica. DAC e insuficiência cardíaca.
ETIOLOGIA
A hipótese do estresse oxidativo fornece uma
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Outro mecanismo possível subjacente à
hipertensão na síndrome metabólica é o papel
vasoativo do tecido adiposo perivascular. As
Sinais e sintomas
espécies reativas do oxigênio liberadas pelo fosfato A síndrome metabólica normalmente não está
de dinucleotídeo de adenosina-nicotinamida associada a sintomas. Ao exame físico, a
(NADPH)-oxidase comprometem a função circunferência abdominal pode estar aumentada,
endotelial e resultam em vasoconstrição local. e a pressão arterial, elevada. A presença de um ou
Outros efeitos parácrinos poderiam ser mediados de ambos os sinais deve alertar o médico sobre a
pela leptina ou outras citocinas pró-inflamatórias necessidade de buscar anormalidades bioquímicas
liberadas do tecido adiposo, como fator de necrose que possam estar associadas à síndrome
tumoral α. metabólica. Porém, menos frequentemente, a
lipoatrofia ou a acantose nigricans são
A hiperuricemia é outra consequência da encontradas ao exame. Como esses achados
resistência à insulina e é comumente observada na clínicos estão associados a resistência grave à
síndrome metabólica. Há evidências crescentes não insulina, outros componentes da síndrome
apenas de que o ácido úrico está associado à metabólica devem ser esperados.
hipertensão, mas também de que a redução do
ácido úrico normaliza a pressão arterial em
Doenças associadas
adolescentes hiperuricêmicos com hipertensão. O DOENÇA CARDIOVASCULAR. O risco relativo
mecanismo parece estar relacionado com um para DCV de início recente em pacientes com a
efeito adverso do ácido úrico na sintase de ácido síndrome metabólica que não têm diabetes fica
nítrico na mácula densa do rim e estimulação do em média entre 1,5 e 3 vezes. Entretanto, um
sistema renina-angiotensina-aldosterona. acompanhamento de oito anos de participantes
de meia-idade no Framingham Offspring Study
documentou que o risco de DCV atribuível à po-
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pulação na síndrome metabólica foi de 34% nos lar renal de ácido úrico e pode contribuir para
homens e apenas 16% nas mulheres. No mesmo hipertensão por seu efeito no endotélio. Um
estudo, tanto a síndrome metabólica quanto o aumento da dimetilarginina assimétrica, um
diabetes foram preditores de AVE isquêmico, inibidor endógeno da óxido nítrico-sintase,
com maior risco entre pacientes com a também está correlacionado com disfunção
síndrome metabólica do que entre aqueles com endotelial. Além disso, a microalbuminúria pode
diabetes isoladamente (19 vs 7%) e uma ser causada por alterações do endotélio
diferença particularmente grande entre as decorrentes de um estado de resistência à
mulheres (27 vs 5%). Os pacientes com a insulina.
síndrome metabólica também apresentam SÍNDROME DO OVÁRIO POLICÍSTICO. A
maior risco de doença vascular periférica. síndrome do ovário policístico é altamente
DIABETES TIPO 2. De modo geral, o risco para associada à resistência à insulina (50-80%) e à
diabetes tipo 2 em pacientes com síndrome síndrome metabólica, com uma prevalência da
metabólica é aumentado 3 a 5 vezes. No síndrome entre 40 e 50%. As mulheres com
acompanhamento de oito anos do Framingham síndrome do ovário policístico são 2 a 4 vezes
Offspring Study de participantes de meia-idade, mais propensas a ter síndrome metabólica do
o risco atribuível à população para o que as mulheres sem síndrome do ovário
desenvolvimento de diabetes tipo 2 foi de 62% policístico.
nos homens e 47% nas mulheres. APNEIA OBSTRUTIVA DO SONO. Apneia
Outros distúrbios associados obstrutiva do sono é comumente associada a
obesidade, hipertensão, aumento das citocinas
Além das características especificamente circulantes, comprometimento da tolerância à
associadas à síndrome metabólica, outras glicose e resistência à insulina. Com essas
alterações metabólicas acompanham a resistência associações, não é surpreendente que os
à insulina. Essas alterações incluem aumentos em indivíduos com apneia obstrutiva do sono com
ApoB e ApoCIII, ácido úrico, fatores frequência tenham síndrome metabólica. Além
protrombóticos (fibrinogênio, inibidor 1 do disso, quando os biomarcadores da resistência à
ativador do plasminogênio), viscosidade do soro, insulina são comparados entre pacientes com
dimetilarginina assimétrica, homocisteína, apneia obstrutiva do sono e controles com o
leucograma, citocinas pró-inflamatórias, proteína mesmo peso, a resistência à insulina é
C-reativa, microalbuminúria, doença do fígado observada como mais grave nos pacientes com
gorduroso não alcoólica e/ou esteato-hepatite apneia. O tratamento da pressão positiva
não alcoólica e apneia obstrutiva do sono. contínua das vias respiratórias melhora a
sensibilidade à insulina em pacientes com
DOENÇA HEPÁTICA GORDUROSA NÃO apneia obstrutiva do sono.
ALCOÓLICA. O fígado gorduroso é uma doença
DIAGNÓSTICO
relativamente comum, acometendo 25 a 45% da
população dos EUA. Entretanto, na esteato- O diagnóstico da síndrome metabólica é
hepatite não alcoólica, o acúmulo de estabelecido a partir do atendimento dos critérios
triglicerídeos e a inflamação coexistem. A já listados na página 1, por meio da utilização de
esteato-hepatite não alcoólica está presente recursos à beira do leito e no laboratório. A
hoje em 3 a 12% da população nos EUA e em anamnese deve incluir a avaliação dos sintomas
outros países ocidentais. Dos pacientes com para apneia obstrutiva do sono em todos os
síndrome metabólica, cerca de 25 a 60% têm pacientes e síndrome do ovário policístico nas
doença do fígado gorduroso não alcoólica e até mulheres na pré-menopausa. A história familiar irá
35% têm esteato-hepatite não alcoólica. À ajudara a determinar o risco para DCV e diabetes
medida que a prevalência do melito. As medidas da pressão arterial e da
sobrepeso/obesidade e da síndrome metabólica circunferência abdominal fornecem informações
aumenta, a esteato-hepatite não alcoólica pode necessárias ao diagnóstico.
se tornar uma das muitas causas mais comuns
de doença hepática de estágio final e carcinoma
Exames de laboratório
O lipidograma e a glicemia de jejum são
hepatocelular.
necessários para determinar se há a presença da
HIPERURICEMIA. A hiperuricemia reflete
síndrome metabólica. A mensuração dos biomarca-
defeitos na ação da insulina na reabsorção tubu-
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dores adicionais associados com resistência à tanto, um padrão de dieta de alta qualidade - isto é,
insulina pode ser individualizada. Esses exames uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos,
podem incluir ApoB, proteína C-reativa de alta integrais, carnes magras de aves e peixe - deve
sensibilidade, fibrinogênio, ácido úrico, ser estimulado para fornecer o benefício máximo
microalbuminúria e exame da função hepática. de saúde global.
Deve-se realizar um estudo do sono caso haja a
presença de sintomas de apneia obstrutiva do sono.
Atividade física
Se houver suspeita de síndrome do ovário Antes de recomendar atividade física aos pacientes
policístico com base nas manifestações clínicas e com a síndrome metabólica, é importante
anovulação, é necessário medir a testosterona, o assegurar que esse aumento de atividade não
hormônio luteinizante e o hormônio folículo- cause risco. Alguns pacientes de alto risco devem
estimulante. submeter-se a avaliação cardiovascular completa
antes de iniciar um programa de exercícios. Para
TRATAMENTO
um participante inativo, aumentos graduais na
ministration incluem fentermina (para uso de curto cientes com síndrome metabólica, mas sem
prazo [três meses] apenas), bem como as adições diabetes, e um escore que prevê um risco de DCV
mais recentes fentermina/topiramato e em 10 anos que excede 7,5% também devem
lorcaserina, que são aprovadas sem restrições tomar uma estatina. Com um risco em 10 anos de
durante o tratamento. < 7,5%, o uso de terapia com estatina não é baseado
Combinação fentermina/topiramato. Em ensaios em evidências.
clínicos, a combinação fentermina/topiramato
resultou em cerca de 10% de perda de peso em 50% Dietas com restrição de gorduras saturadas
dos pacientes. Os efeitos colaterais incluem (menos de 7% de calorias) e gorduras trans (o
palpitações, cefaleia, parestesias, obstipação e menos possível) devem ser aplicadas de maneira
insônia. agressiva. Embora existam menos evidências, o
Lorcaserina. A lorcaserina resulta em menos perda colesterol na dieta também deve ser restrito. Se o
de peso - em geral, cerca de 5% além do placebo -, colesterol continuar elevado, é necessária
mas pode causar cefaleia e nasofaringite. intervenção farmacológica. O tratamento com
INIBIDORES DA ABSORÇÃO. O orlistate inibe a estatinas, que reduz o LDL-colesterol em 15 a 60%, é
absorção de gordura em cerca de 30%, sendo baseado em evidências e é a intervenção
moderadamente eficaz se comparado com o medicamentosa de primeira escolha. É preciso
placebo (cerca de 5% de perda de peso). O salientar que para cada duplicação da dose da
orlistate mostrou reduzir a incidência de estatina, o LDL-colesterol é reduzido ainda mais em
diabetes tipo 2, um efeito especialmente apenas cerca de 6%.
evidente em pacientes com intolerância à
glicose na linha de base. Esse fármaco com Hepatotoxicidade (aumento de mais de três vezes
frequência é difícil de tomar devido ao das aminotransferases hepáticas) é rara, e miopatia
vazamento oleoso pelo reto. é observada em cerca de 10% dos pacientes.
Outros fármacos que reduzem os níveis de Nos pacientes com a síndrome metabólica sem
triglicerídeos são estatinas, ácido nicotínico e diabetes, a melhor escolha para o anti-hipertensivo
altas doses de ácidos graxos ômega 3. Para esse inicial é um inibidor da enzima de conversão da
propósito, uma dose intermediária ou alta das angiotensina (ECA) ou um bloqueador do
estatinas “mais potentes” (atorvastatina, receptor da angiotensina II, pois essas duas classes
rosuvastatina) é necessária. O efeito do ácido de fármacos parecem reduzir a incidência de
nicotínico nos triglicerídeos de jejum está diabetes tipo 2 de início recente.
relacionado com a dose e é de cerca de 20 a 35%,
um efeito que é menos pronunciado do que aquele Em todos os pacientes com hipertensão, deve-se
dos fibratos. Nos pacientes com a síndrome metabo defender um padrão de dieta com restrição de
´lica e diabetes, o ácido nicotínico pode aumentar sódio, rica em frutas e vegetais e laticínios com
os níveis da glicemia de jejum. As preparações de baixo teor de gordura. O monitoramento
ácido graxo ômega 3 que incluem altas doses de doméstico da pressão arterial pode ajudar a manter
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Resistência à insulina
Várias classes de fármacos (biguanidas,
tiazolidinedionas [TZDs]) aumentam a
sensibilidade à insulina. Pelo fato de a resistência à
insulina ser o mecanismo fisiopatológico primário
para a síndrome metabólica, os fármacos
representativos nessas classes reduzem sua
prevalência. Tanto a metformina quanto as TZDs
aumentam a ação da insulina no fígado e
suprimem a produção endógena de glicose. As
TZDs mas não a metformina, também melhoram a
captação de glicose mediada pela insulina no
músculo e no tecido adiposo. Benefícios de ambos
os fármacos foram observados em pacientes com
doença do fígado gorduroso não alcoólica e
síndrome do ovário policístico, e os fármacos
mostraram reduzir os marcadores de inflamação.