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AULA 2
2. TRANSFORMAÇÃO DA VARIÁVEL INDEPENDENTE
Em análise de sinais e sistemas é fundamental conhecermos operações que
tornam possível a transformação da variável independente de um sinal.
Fonte: OPPENHEIM, ALAN V.; WILLSKY, ALAN S.. Sinais e Sistemas, 2. Ed. São Paulo: Pearson, 2010. Pág. 7.
Fonte: OPPENHEIM, ALAN V.; WILLSKY, ALAN S.. Sinais e Sistemas, 2. Ed. São Paulo: Pearson, 2010. Pág. 10.
Fonte: OPPENHEIM, ALAN V.; WILLSKY, ALAN S.. Sinais e Sistemas, 2. Ed. São Paulo: Pearson, 2010. Pág. 10.
A função degrau unitário é uma função matemática que possui valor zero para
tempo negativo e valor unitário (igual a 1) para tempo não negativo.
O degrau unitário em tempo contínuo pode ser descrito pela função 𝑢(𝑡) e
em tempo discreto é descrito pela função 𝑢[𝑛]:
1, 𝑡 ≥ 0 1, 𝑛 ≥ 0
𝑢(𝑡) = { 𝑒 𝑢[𝑛] = {
0, 𝑡 < 0 0, 𝑛 < 0
A figura a seguir ilustra a função degrau unitário 𝑢(𝑡) e 𝑢[𝑛]:
Figura 14: Representação da função degrau unitário em tempo contínuo (a) e tempo discreto (b).
Fonte: OPPENHEIM, ALAN V.; WILLSKY, ALAN S.. Sinais e Sistemas, 2. Ed. São Paulo: Pearson, 2010. Pág. 22.
Se quisermos que um determinado si- Figura 15: Representação da função exponencial
que se inicia no tempo igual a zero.
nal comece em 𝑡 = 0, de forma que ele pos-
sua um valor nulo para 𝑡 < 0, podemos sim-
plesmente multiplicar o respectivo sinal
pela função do degrau unitário 𝑢(𝑡). Como
exemplo, se considerarmos um sinal expo-
nencial dado por 𝑒 −𝑎𝑡 , temos um sinal com
duração infinita e que começa em 𝑡 = −∞. A
forma causal deste sinal, de forma que o sinal
se inicie com 𝑡 = 0, é dado por: 𝑒 −𝑎𝑡 𝑢(𝑡), con- Fonte: LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2.
Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. Pág. 91.
forme ilustrado na figura ao lado.
Fonte: LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. Pág. 92.
Observe que o sinal ilustrado na figura anterior em (a) pode ser separado em
duas componentes 𝑥1 (𝑡) e 𝑥2 (𝑡), mostrados, respectivamente, em (b) e (c).
Desta forma, o sinal 𝑥1 (𝑡) é obtido através da multiplicação da rampa crescente,
representada pela função 𝑡, pelo pulso formado pela soma de dois degraus unitários
[𝑢(𝑡) − 𝑢(𝑡 − 2)]. É como se o pulso “ligasse” a função durante aquele intervalo.
Da mesma forma, o sinal 𝑥2 (𝑡) é obtido da multiplicação da rampa decrescente,
representada pela função −2(𝑡 − 3), pelo pulso formado pela soma de dois degraus
unitários [𝑢(𝑡 − 2) − 𝑢(𝑡 − 3)].
Por fim, a função 𝑥(𝑡) é formada pela soma dos sinais 𝑥1 (𝑡) e 𝑥2 (𝑡):
𝑥(𝑡) = 𝑥1 (𝑡) + 𝑥2 (𝑡)
𝑥(𝑡) = 𝑡[𝑢(𝑡) − 𝑢(𝑡 − 2)] − 2(𝑡 − 3)[𝑢(𝑡 − 2) − 𝑢(𝑡 − 3)]
Logo, de forma simplificada o sinal pode ser dado por:
𝑥(𝑡) = 𝑡𝑢(𝑡) − 3(𝑡 − 2)𝑢(𝑡 − 2) + 2(𝑡 − 3)𝑢(𝑡 − 3)
A função impulso unitário, também conhecida como delta de Dirac, é uma fun-
ção matemática que é nula em todos os pontos, exceto em um ponto específico
𝑡 = 0, onde seu valor é infinito, mas sua integral em todo o eixo real é igual a 1.
Isso significa que o impulso unitário é uma função que tem uma amplitude infi-
nita em um instante de tempo muito curto (tendendo a zero) e amplitude zero em todos
os outros instantes, com uma área total que é mantida igual a 1.
A figura a seguir ilustra um impulso como um pulso retangular alto e estreito
com área unitária. A largura deste pulso retangular é um valor muito pequeno 𝜖 → 0.
Consequentemente, sua altura é um valor muito grande 1⁄𝜖 → ∞:
Figura 17: Representação de um impulso unitário (a) e sua aproximação (b).
Fonte: LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. Pág. 94.
Definimos o impulso unitário 𝛿(𝑡) como uma função na qual a área sob o seu
produto com a função 𝜑(𝑡) é igual ao valor da função 𝜑(𝑡) no instante no qual o im-
pulso está localizado.
A relação entre degrau unitário 𝑢(𝑡) e impulso unitário 𝑢(𝑡), de forma gene-
ralizada, pode ser dada por:
𝑡
𝑑𝑢
= 𝛿(𝑡) 𝑒 ∫ 𝛿(𝑡)𝑑𝑡 = 𝑢(𝑡)
𝑑𝑡 −∞
Esse resultado mostra que a função degrau unitário pode ser obtida integrando
a função impulso unitário. Similarmente, a função rampa unitária 𝑡𝑢(𝑡) pode ser obtida
integrando a função degrau unitário. Da mesma forma, a função parábola unitária
𝑡 2 𝑢(𝑡)/2, é obtida pela integração da rampa unitária e assim por diante. Essas inte-
grações sucessivas ilustram como é possível construir uma ampla variedade de sinais
a partir de funções mais simples, como o impulso e o degrau unitários.
Fonte: LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. Pág. 97.
Fonte: LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008. Pág. 98.
Para sinais cuja frequência complexa está situada sobre eixo real, a fre-
quência de oscilação é zero, resultando em sinais exponenciais monotoni-
camente crescentes ou decrescentes.
Para sinais cuja frequência complexa está situada sobre eixo imaginário,
temos senoides convencionais com amplitude constante.
Para sinais cuja frequência complexa não está situada diretamente sobre os
eixos, mas presente no semipleno esquerdo, temos um sinal exponenci-
almente decrescente, cuja frequência de oscilação depende da sua projeção
no eixo vertical.
Para sinais cuja frequência complexa não está situada diretamente sobre os
eixos, mas presente no semipleno direito, temos um sinal exponencial-
mente crescente, cuja frequência de oscilação depende da sua projeção no
eixo vertical.
LATHI, B. P.. Sinais e Sistemas Lineares, 2. Ed. Porto Alegre: Bookman, 2008.
OPPENHEIM, ALAN V.; WILLSKY, ALAN S.. Sinais e Sistemas, 2. Ed. São Paulo:
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