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A Organização de Poderes Brasileira tem por base o Poder, como uno e

indivisível, titulado de forma originária(art.1) pela Assembleia Nacional


Constituinte ou pelo próprio povo brasileiro, como expressão da vontade
suprema, social e juridicamente organizada, no que tange a elaboração de uma
nova constituição para um novo estado, tal é o poder originário, mas também
decorre de forma limitada através do poder constituinte derivado(art.60), no
caso de reforma de uma constituição já existente. Ademais, baseia -se na
Divisão, como doutrina Aristóteles e Maquiavel sobre o perigo da tirania
advinda com o exercício soberano das três funções estatais, além de orgânica,
com o poder dividido em três órgãos, como doutrina Montesquieu, um francês
contratualista, tal qual Thomas Hobbes, John Locke e Jean Jaques Rousseau,
filósofos que analisaram o que leva o ser humano ao abandono do estado natural
em que nascemos e buscamos então realizar “contratos sociais”. Ainda, a o
poder é representado pela União e exercido pelos 3 Órgãos harmônicos e
interdependentes, garantindo o não abuso, por meio da
indelegabilidade/privatividade do funções típicas ou atípicas (exceções
constitucionais, apropriar competência de outro), formando assim um sistema
de freios e contrapesos, ou checks and balances no original inglês de onde
nasce, a noção de que a Interfiscalização das esferas, juntamente com as
cláusulas pétreas não emendáveis, o controle da constitucionalidade do Poder
Judiciário, especialmente o STF, e a imunidade tributária recíproca, compõem
Mecanismos de Proteção, da federação e sua organização.

O PROCESSO LEGISLATIVO
No amplo federal, o processo é pautado na Bicameralismo(art.44), com a
Câmara dos Deputados presente em cada Estado, Território e Distrito Federal,
como um espaço de debate mais amplo e popular, com 8 a 70 deputados
federais eleitos no partido pelo princípio proporcional(art.45), 21 anos mínimos,
de pleno exercício de direitos políticos, alistamento eleitoral, domicílio na
circunscrição e filiação partidária. Com cadeiras de contingente 513 e 1
legislatura de 4 anos reelegível(art.44), possuindo 4 competências
privativas/exclusivas(art.51), como autorizar a legislação presidencial, ou o
Impeachment (de presidente ou Vice) , ou a Tomada de Contas ao Executivo(
julgada no CN). Em caso de foro, desde a expedição de diploma será julgado
pelo STF (art.53), como com senadores, a depender do caso de perda de
mandato, submetem-se a aspectos políticos ou jurídicos(art.55).
Não obstante, somado ao Senado Federal, onde cada estado é representado por 3
senadores e 2 suplentes, eleitos popularmente pelo princípio majoritário (sempre
expresso, característico do Poder Executivo) e com 2 legislaturas= 8 anos
reelegível (1/3 2/3), um espaço mais “senil” que decorre dos 35 anos mínimos
exigidos(art.14) para o ingresso (como para a presidência), possuindo então 14
competências privativas/exclusivas(art.52) e tendo contingente de 81(art.46).
Assim, culminando(art.44) no Congresso Nacional, que é determinante do
Poder Legislativo, tendo assim, competências exclusivas(art.49) com a
participação do Presidente nas atribuições(art.48), como vetar sanção
presidencial pela harmonia ou aprovar leis, e atos próprios, mas sujeitos a
decretos-lei do Executivo, como foi com Getúlio Vargas e na Ditadura.

São regras fundamentais e aplicáveis aos parlamentares:


a Reunião dos parlamentares no Congresso Nacional por convocação
(extraordinário quando em período de Recesso Parlamentar (cerca de 50 dias,
art.57)), através de seção legislativa ordinária/anual, seção legislativa
preparatória (para dar posse e eleger a mesa diretora), extraordinária (no
recesso, estado de defesa ou intervenção) ou conjunta.
As Comissões temáticas em razão da matéria(permanentes)(art.58), que tem
mais participação social no debate, com audiências públicas por exemplo, sendo
ao todo 25 comissões no âmbito da Câmara dos Deputados, como a Primeira
Comissão a de Constituição e de Justiça e de Cidadania (a mais importante das
duas casas, votada em 5 seções, exigindo 3/5 4 vezes) (, as Comissões relativas
ao Orçamento (PPA,LDO,LOA), contendo 1 presidente e 3 vices no processo.
As Comissões representativas são as que ocorrem com caráter de urgência, em
recesso parlamentar, que zelem prerrogativas nacionais. Assim, as temporárias
(com prazo determinado) têm funções legislativas e fiscalizadoras, são dezenas,
contendo 7 senadores e 16 deputados (Mista). Quanto as especiais(temporárias),
como a CPI (art.58) ou a CPMI, ou externas (missões autorizadas), versando
sobre propostas de emenda (PAC), regimento interno da câmara, crimes de
responsabilidade, ou o assunto definido pelo presidente da casa, com
proposições de 3 ou mais Comissões.
A CPI(Comissão Parlamentar de Inquérito) tem poderes de investigação
próprios, das autoridades judiciais e outros, mediante o requerimento de 1/3 de
membros (do CD OU SF, juntos ou separadamente), objetivando a apuração do
fato determinado no prazo certo. Então, envia as conclusões ao Ministério
Público (não ao STF). Atribuições incluem ouvir testemunhas e investigados,
respeitando o direito ao silêncio e ao sigilo profissional (fiscal, bancário, dados),
podendo até conduzi-los coercitivamente. Contendo duração de 120 dias, mais
60 de deliberação no Plenário, e maximizando cinco simultâneos como limite.
Por outro lado, não pode determinar busca e apreensão domiciliar, pois é
reserva jurisdicional, ou autorizar interceptação telefônica, que é meio de
obtenção de provas, de natureza cautelar pro Direito, ou decretar a prisão do
depoente, salvo em flagrante de falso testemunho. Não pode também convocar
magistrados em ato, logo, testemunhar em juízo (Imunidade), ou impedir
presença de advogados, ou conferir publicidade indevida aos dados sigilosos, ou
proibir investigado de ausentar-se do país.
Cabe ainda, que o Processo Legislativo em âmbitos estadual, municipal e DF, a
regra é o Unicameralismo (sem o Senado), contendo Deputados
Estaduais(12x3CD ou + total de deputados federais-12), cada estado tem de 24
a 94 deputados estaduais, é cargo de 4 anos, sucessível, filiada ao partido e com
21 de idade mínima. Já os Vereadores, tem o número proporcional a população,
assim como o percentual do Subsídio (20 a 75% do DE)
O Estatuto dos Parlamentares, além de Imunidades(art.53) aos deputados e
senadores, pode ser Material/Substantiva, quando em relação á reponsabilidade
civil/penal, porém, a responsabilidade política como na quebra de decoro,
permanece, dentro ou fora do recinto parlamentar(in officio ou propter
officium), se verificada a conexão com o exercício parlamentar, mas de maneira
irrenunciável, para garantir a liberdade de expressão e do voto, evit ando
vexames e prisões, pautados na Inviolabilidade dos Parlamentares, que podem
ainda, ser licenciados para Ministros ou Secretário. Não Obstante, pode ser
Formal/Adjetiva, quando relativas a prisões ou processos e a privação da
liberdade de ir e vir, é concedida, salvo em flagrante inafiançável onde a casa
resolve sobre a prisão, ao DF e ao DE, que tem imunidades parecidas, e aos
Senadores somente, não ao suplente. Já o Foro de Julgamento, que é
Prerrogativa de Função, é julgado com baixa efetividade pena l pelo STF.
Assim, os crimes durante o exercício do cargo ou relacionado às funções pode
ter tramitação da ação penal sustada pela Assembleia, suspendendo a prescrição
enquanto ainda no mandato. Portanto, exceto o Executivo, os crimes de
responsabilidade são julgados no Senado Federal. Além da Incompatibilidade
do Deputado ou Senador(art.54), Impedimento (desde a expedição ou a posse) e
Perda de Mandato.

Acerca do Processo Legislativo( o modo de elaborar Leis, art.59 a 69),explique:


As formas pelas quais se dá a reforma constitucional
O artigo 59 prevê as espécies normativas da esfera legislativa, que detém maior
hierarquia. Que se dá devido ao Bloco de Constitucionalidade, composto por
normas e atos administrativos/executivos, além de Tratados Internacion ais,
objetivando o Controle de constitucionalidade e de convencionalidade.
Comparado as normas inferiores, plexo de atos emanados por uma autoridade
administrativa competente para regulamentar as normas gerais e abstratas. Entre
as de hierarquia superior, as emendas à constituição, que são elaboradas pelo
poder constituinte derivado, evitando o PCO, com a finalidade de atualizar
normas para as realidades da época, para que permaneça vigente, são também
limitadas. Materialmente no cunho substancial, relativo à
licitude/constitucionalidade do objeto ( ex: abolir clausúlas pétreas, pode
somente modificá-las progressivamente); Formalmente no procedimento de
quem legitima (1/3 da CD ou SF, Presida,½ +1 da AL(14), Maioria Simples);
Circunstancialmente se determinada situação de caráter suspensivo como o
Estado de defesa ou sítio, ou Intervenção federal; Temporalmente em relação
às emendas de revisão após 5 anos (apenas houve para as do art.3 da ADCT),
comumente; e Implicitamente no que diz respeito à dificuldade de evitar a
dupla revisão. no quórum de 3/5 da Tramitação no Congresso Nacional, a
emenda deve ter aprovada 4 vezes ao longo dos anos e das 5 seções legislativas
ordinárias (para evitar abusos), porém, se rejeitada, poderá voltar no ano
seguinte, exceto em seção extraordinária (Princípio do Paralelismo/Paralelidade
dos Poderes).

Não Obstante, as Medidas Provisórias (art.62), como sucessoras dos antigos


decretos-lei (alguns vigem até hoje), é muito abusada e frequentemente
rejeitada, por conta de seu efeito imediato como função atípica do Executivo,
legitimando o Presidente em regra (Paralelismo? Depende da Const ituição
Estadual ou Lei Orgânica, mas nada impede, estando na esfera de decisão) para
a edição, mas proibindo a reedição, exceto em matéria tributária, pois se não
convertida em lei, cessará efeitos e eficácia, ou se rejeitada/descartada, perde
efeitos e validade, mas eficácia continua até a apuração do CN (somente, pois
representante do povo), de forma não publicizada. Portanto, as
limitações/vedações, na questão penal versadas nos incisos I e II do artigo 62 “I
- relativa a: a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e
direito eleitoral; b) direito penal, processual penal e processual civil; c)
organização do Poder Judiciário e do Ministério Público, a carreira e a garantia
de seus membros; d) planos plurianuais, diretrizes orçamentárias, orçamento e
créditos adicionais e suplementares, ressalvado o previsto no art. 167, § 3º; II -
que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer
outro ativo financeiro; III - reservada a lei complementar; IV - já disciplinada
em projeto de lei aprovado pelo Congresso Nacional e pendente de sanção ou
veto do Presidente da República, além de não permitir reedição de igual MP
pelo presidente (habitual).
Tem origem no direito italiano, onde hoje é uma república parlamentarista
(primeiro-ministro indireto), e tem como critérios/pressupostos de criação a
urgência, discricionaridade (descrever) e relevância (Interesse da Nação), que na
prática, geralmente não são atendidos. Contudo, é criticada por não passar pelo
Poder Legislativo inicialmente ( só na votação), portanto, ainda que Lei, é
decretada normativamente pelo Chefe do Executivo. Assim, o processamento se
inicia na Câmara dos Deputados com a votação, então o parecer prévio da
Comissão Mista e a deliberação no Plenário, onde é analisado os requisitos e os
cabe juízo sobre os pressupostos constitucionais, porém, se caso de regime de
urgência, o prazo é de 45 dias sob penalidade para as duas casas de trancar a
pauta em outras matérias. E, por fim, pode ser sustado pelo Congresso Nacional,
vetando ou sancionando o Recurso Judicial Decorrente/ Pendente, disciplinado
por Decreto Legislativo no período de 60 dias (120 no máximo, não contando
com o recesso p.), onde caso não apurada, passa a ser Lei tacitamente, pelo
silêncio, não expressamente, pela palavra. Ademais. Não cabe MP em relação a
imposto orçamentário, geralmente o INSS e o IPTU evitam por exemplo, mas
tributos, taxas e contribuições podem caber, porém e mais conexo com a
competência legislativa que é atribuída destas questões.
Súmulas são enunciados que buscam traduzir de forma objetiva o entendimento
consagrado de um tribunal em causas similares, além de um método de trabalho
eficaz. Assim, podem ser persuasivas, que é a síntese da jurisprudência,
continuamente criada e gerando efeitos disciplinados por legislação processual,
ou podem ser vinculantes, com um patamar mais elevado de imperatividade,
obrigando os demais membros de qualquer órgão ou da administração pública
(exceto o Poder Legislativo, em função típica), por ser de poder exclusivo do
STF, de ofício ou por provocação pelo: presidente da República, pelos
presidentes do Senado, da Câmara ou de assembleia legislativa, pela Ordem dos
Advogados do Brasil, pelo procurador-geral da República, por partido político e
por entidade sindical de âmbito nacional, dependendo de 2/3 de aprovação do
STF, para ter celeridade processual na reiteração das decisões. E podem ser
revisadas ou canceladas, mas se descumprida, o STF julgará a procedência da
reclamação constitucional concernente, anulando ou cassando a decisão, ainda
que foque em pacificação de controvérsias normativas relevantes.
Fiscalização, competência federal e comum legislativa, CN>TCU (é órgão adm.
auxiliar técnico, mas não subordinado) com jurisdição nacional (União) e várias
atribuições próprias e competências constitucionais, além de prerrogativas de
autonomia, autogoverno e iniciativa reservada, mas não fiscaliza a OAB, o
Conselho Federal does, e Município é vedado ter TCU.

Acerca do Poder Executivo


O PR como chefe de governo, é atribuído com a organização da política interna
do governo, ao sancionar e promulgar leis ordinárias ou complementares
elaborar o regimento interno da Câmara dos Deputados, fiscalizar e controlar,
diretamente, os atos do Poder Executivo, incluídos os da administração indireta
através de decretos-lei, como chefe de estado, com o poder cerimonial
externamente, representando o país em relações estrangeiras e posse
diplomática por exemplo, e como chefe-comandante superior da administração
pública, tendo atribuições delegáveis/privativas/operacionais, como exercer a
administração de grandes estatais, e expedir decretos autônomos/independentes
(VI), que diferente de decretos regulamentadores (exclusiva), que servem para
detalhar leis já existentes, o STF entende que os decretos autônomos são atos
normativos primários, isto é, inovam na ordem jurídica e, consequentemente,
têm força de lei e podem passar pelo controle de constitucionalidade.:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: I - nomear e
exonerar os Ministros de Estado; II - exercer, com o auxílio dos Ministros de
Estado, a direção superior da administração federal; III - iniciar o processo
legislativo, na forma e nos casos previstos nesta Constituição; IV - sancionar,
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos
para sua fiel execução; V - vetar projetos de lei, total ou parcialmente; VI –
dispor, mediante decreto, sobre: (Nova redação dada pela EC 32/01) a)
organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) extinção de
funções ou cargos públicos, quando vagos; Redação original. VI - dispor sobre a
organização e o funcionamento da administração federal, na forma da lei; VII -
manter relações com Estados estrangeiros e acreditar seus representantes
diplomáticos; VIII - celebrar tratados, convenções e atos internacionais, sujeitos
a referendo do Congresso Nacional; IX - decretar o estado de defesa e o estado
de sítio; X - decretar e executar a intervenção federal; XI - remeter mensagem e
plano de governo ao Congresso Nacional por ocasião da abertura da sessão
legislativa, expondo a situação do País e solicitando as providências que julgar
necessárias; XII - conceder indulto e comutar penas, com audiência, se
necessário, dos órgãos instituídos em lei; XIII - exercer o comando supremo das
Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da
Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que
lhes são privativos; (Nova redação dada pela EC 23/99) Redação original.
exercer o comando supremo das Forças Armadas, promover seus oficiais -
generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos; XIV - nomear,
após aprovação pelo Senado Federal, os Ministros do Supremo Tribunal Federal
e dos Tribunais Superiores, os Governadores de Territórios, o Procurador -Geral
da República, o presidente e os diretores do Banco Central e outros servidores,
quando determinado em lei; XV - nomear, observado o disposto no art. 73, os
Ministros do Tribunal de Contas da União; XVI - nomear os magistrados, nos
casos previstos nesta Constituição, e o Advogado-Geral da União; XVII -
nomear membros do Conselho da República, nos termos do art. 89, VII; XVIII -
convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX - declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo
Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das
sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a
mobilização nacional; XX - celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do
Congresso Nacional; XXI - conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII - permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças
estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam
temporariamente; XXIII - enviar ao Congresso Nacional o plano plurianual, o
projeto de lei de diretrizes orçamentárias e as propostas de orçamento previstos
nesta Constituição; XXIV - prestar, anualmente, ao Congresso Nacional, dentro
de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes ao
exercício anterior; XXV - prover e extinguir os cargos públicos federais, na
forma da lei; XXVI - editar medidas provisórias com força de lei, nos termos do
art. 62; XXVII - exercer outras atribuições previstas nesta Constituição. XXVIII
- propor ao Congresso Nacional a decretação do estado de calamidade pública
de âmbito nacional previsto nos arts. 167-B, 167-C, 167-D, 167-E, 167-F e 167-
G desta Constituição. (Acrescentado pela EC 109/2021) Parágrafo único. O
Presidente da República poderá delegar as atribuições mencionadas nos incisos
VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao Procurador-Geral da
República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os limites traçados
nas respectivas delegações, em âmbito federal, não apenas os atos que
exorbitem do poder regulamentar são passíveis de sustação, mas também
aqueles que ultrapassem os limites da delegação legislativa. previstas no artigo
59, inciso IV, e reguladas pelo artigo 68, ambos da Constituição Federal. Dispõe
mencionado artigo 68, in verbis: “As leis delegadas são elaboradas pelo
Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional. § 1° - Não serão objeto de delegação os atos de competência
exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa da Câmara dos
Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem
a legislação sobre: I - organização do Poder Judiciário e do Ministério Público,
a carreira e a garantia de seus membros; II - nacionalidade, cidadania, direitos
individuais, políticos e eleitorais; III - planos plurianuais, diretrizes
orçamentárias e orçamentos. § 2° - A delegação ao Presidente da República terá
a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu conteúdo e
os termos de seu exercício. § 3° - Se a resolução determinar a apreciação do
projeto pelo Congresso Nacional, este a fará em votação única, vedada qualqu er
emenda.” Verifica-se, assim, que a delegação legislativa submete-se a uma série
de limites, expressos tanto na Constituição, como na resolução do Congresso
Nacional que delegar os poderes ao Presidente da República. Uma vez
extrapolados tais limites, torna-se lícito ao Congresso Nacional proceder à
sustação da lei delegada. E limitando-se apenas aos atos do Poder Executivo
que exorbitem do poder regulamentar, e não dos limites da delegação
legislativa, na medida em que não há previsão de lei delegada no âmbito
estadual, mas eis alguns dos princípios enumerados pelo autor (atividade
legislativa do Poder Legislativo no Estado Contemporâneo e na Constituição de
1988, p.234- 238), de observância obrigatória pelo Chefe do Poder Executivo:
a) princípio da preeminência da lei - a lei encontra-se hierarquicamente acima
do regulamento, que, por esta razão, não poderá dispor de forma contrária ao
seu conteúdo. b) princípio da precedência da lei - a edição de regulamento pelo
Poder Executivo pressupõe a prévia promulgação da lei, na medida em que se
presta a favorecer sua aplicação. c) princípio da acessoriedade dos regulamentos
- os regulamentos não podem adentrar ao campo da competência legislativa, na
medida em que funcionam como acessórios em relação à lei. Dessa forma, uma
vez desrespeitados os limites impostos à regulamentação da Lei, ao Poder
Legislativo é lícito proceder à sustação dos atos que exorbitarem da
competência regulamentar. Outras já são exclusivas, como a expulsão,
Legitimidade da delegação a secretários estaduais da competência do
governador do Estado de Goiás para (...) aplicar penalidade de demissão aos
servidores do Executivo, tendo em vista o princípio da simetria. À luz do
princípio da simetria, são de iniciativa do chefe do Poder Executivo est adual as
leis que versem sobre a organização administrativa do Estado, podendo a
questão referente à organização e funcionamento da administração estadual,
quando não importar aumento de despesa, ser regulamentada por meio de
decreto do chefe do Poder Executivo. paraleo princípio da simetria não é um
princípio específico do processo legislativo, é um princípio que permeia todo o
federalismo brasileiro e aí se aplica inclusive pra questão também do processo
legislativo. E você citou um caso interessante, que foi o caso da reforma da
Previdência, da emenda constitucional 103 de 2019, ela é motivo de revolta por
parte de governadores e prefeitos, porque a reforma da Previdência teve
aplicabilidade para a esfera federal e deixou cada estado e município livre pra
adotar as novas regras mais restritivas pra aposentadoria ou não. E aí os
governadores e prefeitos muitas vezes reclamam pra gente dizendo ‘olha é
interessante nunca dão liberdade pra gente pra fazer nada. Aí na questão da
reforma da previdência, que é uma coisa que tem ônus político gigantesco, aí
deixam a gente livre pra gente poder ter que brigar com os servidores, com os
sindicatos, etc. Então realmente é uma questão, uma relação meio ambígua que
existe com o princípio da simetria, mas ele realmente permeia todo o
federalismo brasileiro, não apenas a questão do processo legislativo. Uma
espécie de simetria subsidiária talvez. é aquele que exige que os Estados, o
Distrito Federal e os Municípios adotem, sempre que possível, em suas
respectivas Constituições e Leis Orgânicas (Lei Orgânica é como se fosse a
“Constituição do Município”), os princípios fundamentais e as regras de
organização existentes na Constituição, como As emanações dos Poderes não
advêm de apenas uma unidade/entidade central, mas de diversos outros núcleos
com autonomias e capacidades próprias, de acordo com a preponderância do
interesse, a autonomia local.
Em relação à autonomia dos municípios evidenciou-se que a Constituição de
1988 garante aos municípios quatro capacidades: 1) auto-organização, que se
concretiza por meio de uma lei orgânica elaborada e promulgada pela Câmara
de Vereadores, sem que haja interferência de qualquer espécie do Legislativo
Estadual ou Federal; 2) autogoverno, sendo exercido pelos prefeitos e
vereadores eleitos pelo voto direto e secreto; 3) autolegislação sobre assuntos de
interesse local e outros, de forma suplementar e concorrente; e 4)
autoadministração para a arrecadação dos tributos de sua competência,
aplicando suas receitas e prestando serviços públicos à comunidade local.
Destacou-se que a regra que deve ser observada na aplicação do princípio da
simetria é a da autonomia dos estados-membros e municípios, em favor da
estipulação de suas próprias normas, seguindo, consequentemente, as ressalvas
expressas na Constituição Federal. Assim, do contrário, a exceção seria a
estipulação da aplicação da simetria constitucional, a qual resultaria na
flexibilização da autonomia do ente federado e colocando-a em posição de mera
reprodutora de norma parâmetro Ressaltou-se, ainda, que quando o STF afastou
a aplicação da simetria, indicou que os estados-membros e municípios não estão
sujeitos ao modelo consubstanciado na Constituição Federal, em razão da
preservação da autonomia de organização e político-administrativa dos entes
subnacionais. Portanto, para que se preserve a repartição de competências,
sendo determinada a igualdade e equilíbrio entre os entes, tendo em vista a
concretização do federalismo cooperativo - com isso, a hipótese suscitada na
pesquisa confirma-se em partes. e, o princípio/regra da simetria não pode ter sua
aplicação imposta de forma indiscriminada aos entes subnacionais, em razão de
possível subversão da forma de Estado efetivamente adotada na Constituição de
1988 e possível autonomia dos entes. Logo, o princípio da simetria não pode ser
entendido como uma forma de se engessar a autonomia dos entes subnacionais,
ele deve ser interpretado como um norte, mas não como um meio de se impedir
inovações nas legislações estaduais e locais, isto é, o fato de alguns casos não
estarem previstos na Constituição Federal como reprodução obrigatória nos
entes subnacionais representa o espaço ou margem de autonomia deixado pelo
constituinte aos estados-membros e municípios

As eleições de PR e Vice PR são feitas conjuntamente


No Brasil, o voto é obrigatório para maiores de 18 anos e facultativo para
pessoas de 16 e 17 anos, analfabetos e maiores de 70 anos. Todos estão aptos a
votar, desde que estejam regularmente inscritos na Justiça Eleitoral há, pelo
menos, 151 dias antes do pleito. Para os chamados cargos majoritários –
presidente e vice-presidente, senador, governador e vice-governador –, estarão
eleitos os candidatos que obtiverem a maioria dos votos válidos, sendo
descontados os brancos e os nulos. Já a escolha para os cargos proporcionais –
deputado federal, deputado estadual e deputado distrital – obedece ao princípio
da representação proporcional. O número de vagas em disputa em cada unidade
da Federação para os cargos de deputado federal e distrital está previsto na Lei
Complementar n° 78/1993. As vagas para deputado estadual correspondem ao
triplo da representação do estado na Câmara dos Deputados, sendo que
superado o número de 36, serão acrescidas de tantos quantos forem os eleitos
como deputado federal acima de 12. Todas essas regras e definições estão
previstas na Resolução do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nº 23.677/2021
é responsabilidade do TSE a divulgação, ao final do primeiro ou do segundo
turno, dos candidatos eleitos à Presidência e à Vice-Presidência da República.
Já os respectivos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) são os responsáveis por
anunciar os vencedores aos cargos de governador e vice-governador, senador e
suplentes, deputado federal, deputado estadual e deputado distrital, com os
respectivos suplentes dos partidos políticos e das federações partidárias aos
cargos proporcionais. ualquer alteração na situação jurídica de agremiação
política, federação partidária, coligação ou candidatura individual que acarrete
mudança no resultado será motivo para nova totalização dos votos. Segundo a
norma, dentro da votação para cargos majoritários, novas eleições serão
convocadas caso sejam anulados, em definitivo, os votos dados para a chapa
vencedora ou para a chapa cuja votação tenha sido superior a 50%.
Nesses casos, os novos pleitos serão indiretos se faltarem menos de seis meses
para o término do mandato do governador ou do vice-governador, 15 meses
para o do senador e dois anos para o do presidente da República. Nos demais
cenários, a Justiça Eleitoral deverá organizar novas eleições diretas para a
escolha dos ocupantes dos cargos majoritários.
Os diplomas dos eleitos serão expedidos e assinados pelo presidente do TSE
para os cargos de presidente e vice-presidente da República e pelo presidente do
respectivo TRE para os demais cargos. Não poderão ser diplomados os
candidatos cujo registro esteja indeferido, mesmo que sub judice (com recurso
para ser apreciado). O mandato eletivo poderá ser impugnado na Justiça
Eleitoral após a diplomação em até 15 dias, se for comprovada, por meio de
ação, a prática dos crimes de abuso do poder econômico, corrupção ou fraude.
votação será considerada nula nas seguintes hipóteses: se for feita por mesa não
nomeada pelo juízo eleitoral; se for efetuada em caderno de votação falso;
quando for quebrado o sigilo do voto; se realizada em dia, horário ou local
diferente do designado ou mesmo encerrada antes das 17h; e se ocorrer em
seção eleitoral localizada em propriedade pertencente a candidato, integrante d e
diretório ou delegado de partido político ou federação partidária e autoridade
policial, bem como dos respectivos cônjuges ou parentes de até segundo grau,
se empate no segundo turno = idade.
o Presidente da República pode se reeleger uma vez e ficar oit o anos seguidos
no cargo. Depois disso, precisa deixar a vaga para outra pessoa – podendo até
concorrer de novo quatro anos depois, se quiser. a regra de
desincompatibilização referente aos chefes do Poder Executivo, prevista no
art. 14, § 6º, da Constituição de 1988, que exige que eles se afastem
definitivamente do cargo até seis meses antes do pleito para concorrer a cargos
diferentes daquele que ocupam. É a ação em que ocupantes de cargos no serviço
público se afastam de posto, emprego ou função na administração pública direta
ou indireta para poder se candidatar a um cargo eletivo.
Desincompatibilização eleitoral, portanto, é a liberação legal para que a cidadã
ou o cidadão possa se candidatar e concorrer em uma eleição. Para isso, o pré-
candidato deverá observar, caso a caso, os prazos constantes da Lei de
Inelegibilidade (Lei Complementar 64/90) e da jurisprudência eleitoral.
Em geral, a norma vale para servidores públicos efetivos ou comissionados,
dirigentes ou representantes de autarquias, fundações, empresas, cooperativas,
instituições de ensino que recebam verbas públicas; e dirigentes ou
representantes de órgãos de classe como sindicatos, conselhos de classe.
A desincompatibilização pode ser definitiva ou temporária. De forma geral,
ocupantes de cargos eletivos (com mandato) têm que se afastar definitivamente,
bem como os que têm vínculo precário (cargo que permite demissão a qualquer
momento), os nomeados e os comissionados em geral. Isso é feito por meio de
renúncia e, caso o candidato não seja eleito, não pode retornar ao cargo.
Um exemplo é o caso de um prefeito, que terá que se desvincular do cargo para
disputar o governo do estado. Quem assume é o vice. Se o prefeito não se eleger
governador, ele não pode retornar à prefeitura. Já para os servidores
concursados, a desincompatibilização se dá por meio de uma licença. O
funcionário fica afastado durante o período eleitoral, recebe o salário
normalmente e, caso não se eleja, pode retornar ao cargo.
Prazos
Os prazos para a desincompatibilização eleitoral são contados com base no dia
da eleição e variam de três a seis meses, dependendo da classe a que o agente
público pertence. A pessoa que deseja concorrer deve estar
desincompatibilizada oficialmente no tempo estabelecido, sob pena de ter o
pedido de registro de candidatura negado pela Justiça Eleitoral. Em regra, o
prazo para desincompatibilização de servidores efetivos ou comissionados é de
três meses. Porém, nos casos em que há função de chefia, o afastamento deve
ocorrer com antecedência de seis meses do pleito. No caso de militares da ativa,
o prazo de desincompatibilização do serviço para concorrer a eleições é de
quatro a seis meses, dependendo do cargo ao qual será candidato e da função
que ocupa na corporação militar. Em 2018, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
determinou, ainda, que militar elegível não ocupante de função de comando
deverá estar afastado do serviço ativo no momento em que for requerido o seu
registro de candidatura.
Assim, critico a possibilidade de reeleição do Presidente da República,
governadores, deputados (federais e estaduais), senadores e prefeitos candidatos
à reeleição podem concorrer sem necessidade de afastamento dos cargos, bem
como o vice-presidente da República, vice-governadores e vice-prefeitos, desde
que não tenham substituído o titular nos seis meses anteriores ao pleito, ainda
que exceção, pois, sendo a finalidade da regra buscar impedir que o servidor, no
uso do cargo, função ou emprego público, utilize a administração pública em
benefício próprio. O princípio da desincompatibilização pretende evitar, dessa
forma, que haja abuso de poder econômico ou político nas eleições por meio do
uso da estrutura e recursos aos quais o servidor tem acesso, porém, sem essa
desvinculação da função pública, o candidato torna-se “incompatível” para
disputar as eleições. A incompatibilidade é uma das causas de inelegibilidade
prevista em lei e impede o indivíduo de concorrer a um cargo eletivo enquanto
estiver ocupando determinado cargo.
Por isso, a desincompatibilização é um dos requisitos necessários para o registro
de candidatura de quem deseja disputar um cargo eletivo nas eleições, e deveria,
portanto, exigir este requisito dos cargos majoritários especialmente, visto que
eles têm o uso e possível abuso da plataforma administrativa, muito mais
notórios e estabelecidos que de servidores por exemplo, ainda mais se já
exerciam cargo político.
Quanto a possibilidade de eleição indireta ao presidente, governador e prefeito
do vácuo normativo quanto à realização da eleição indireta quando ficam vagos,
em definitivo, os cargos dos mandatários do poder executivo, nos três níveis de
governo, e quando isso ocorre já na segunda metade de seus mandatos
populares. governador no Distrito Federal e no Estado do Tocantins. Constata-
se a grave lacuna no marco legal que deveria disciplinar a escolha dos
mandatários do poder executivo, mediante eleição indireta pelo respectivo poder
legislativo, ou seja, as câmaras municipais, as assembleias legislativas e o
Congresso Nacional.
No plano federal, como só há um Presidente e um Vice-Presidente, o debate
sobre o tema acaba fulanizando a questão, o que não ocorreria caso o ditame
constitucional se aplicasse apenas aos 27 governadores estaduais e aos 5.564
prefeitos municipais. Sempre é passível de reprimenda a discussão desse tema,
pois abre a possibilidade de ser tomada como uma atitude de mau agouro. Mas é
de difícil compreensão a aceitação do vácuo nas normas políticas para a eleição
emergencial dos primeiros mandatários da Nação, pois, certamente, uma
situação caótica poderia vir a ocorrer se, de repente, o País tivesse de eleger,
dentro do prazo de apenas 30 dias, os sucessores para completar o mandato
presidencial. Não há dúvida de que haveria imensa dificuldade política para o
Congresso Nacional eleger, indiretamente e no curto prazo de 30 dias, os
sucessores para personagens centrais de nosso sistema político atual. Como já
mencionado na Introdução, este trabalho procura avaliar e caracterizar os
ingredientes que tornam a ausência de normatização do art. 81 uma atitude
imprevidente e inaceitável, porta aberta à grave crise institucional e anúncio
antecipado de intervenção do Supremo Tribunal Federal em substituição ao
Congresso Nacional, cuja inanição, mais uma vez, teria criado o espaço para a
prática do ativismo legiferante do Poder Judiciário. Nesta eventualidade, o
conflito seria entre o Supremo Tribunal Federal e o Senado Federal, como se
procura demonstrar neste trabalho.
uma contradição nos ditames constitucionais que tratam do funcionamento do
Congresso Nacional. Enquanto o Poder Constituinte sempre atuou sob o sistema
de votação unicameral, a Carta Magna é rígida ao estabelecer o sistema
bicameral para a realização das atividades do Poder Legislativo Federal, exceto
para a Revisão Constitucional de 1993. 42 Cabe retornar à origem e dar ao
processo de eleição indireta a característica que marcou os trabalhos da
Assembleia Nacional Constituinte e da Revisão Constitucional de 1993: o
sistema unicameral. Assim, a atuação de votação do Congresso Nacional,
quando funcionar como corpo eleitoral nos termos do art. 81, § 1º da CF, se
amoldaria às especificidades dos trabalhos do Poder Constituinte.
O foco do presente estudo à eleição indireta no plano federal deriva da
circunstância de que, no município e no estado, o poder legislativo forma um só
corpo de eventuais membros de um colégio eleitoral que venha a ter de eleger,
indiretamente, o prefeito ou o governador. Ou seja, não haveria maiores
problemas para transformar a câmara de vereadores ou a assembleia legislativa
em colégio eleitoral. Mesmo assim, como será objeto de análise, o marco
normativo foi objeto de intenso debate no Distrito Federal e no Tocantins,
ressaltando o dano resultante da inexistência de uma lei federal qu e
regulamentasse a eleição indireta para Presidente da República. Sem dúvida, a
disponibilidade de uma lei federal serviria de parâmetro para a compreensão do
desafio de uma eleição indireta e evitaria a perda de energia e tempo como se
deu no Distrito Federal e no Tocantins. Como será visto ao longo deste trabalho,
no plano federal não existe previsão constitucional para a transformação do
Senado Federal e da Câmara dos Deputados em um só corpo de eleitores, onde
a cada eleitor corresponda um voto de igual peso. Essa questão ligada ao
funcionamento do Congresso Nacional seria um problema a ser enfrentado na
proposição da lei prevista no § 1º do art. 81 da CF. Outra questão a ser
enfrentada na lei prevista no § 1º do art. 81 da CF se refere à adaptação das
condições de elegibilidade e das causas de inelegibilidade aplicáveis nas
eleições diretas pelo voto universal, que são previsíveis e, assim, permitem o
estabelecimento de um marco normativo que favoreça o predomínio da vontade
do 6 eleitor no resultado das eleições. A natureza imprevisível da vacância, em
definitivo, dos cargos dos mandatários do poder executivo nos três níveis de
governo, não permite que seja exigida aos candidatos à eleição indireta a
obediência aos requisitos próprios de eleição direta.
Infrações comuns são atos estranhos ao exercicio do cargo jurídico ou
relacionados ao cargo de presidente, que são julgados por juizo comum e
suspensão de prazo, além de imunidade relativa por ser prerrogativa do chefe de
estado, como o Foro, respondendo de imediato ao STF. Já as infrações de
responsabilidade, são infrações político-administrativas, gerando um julgamento
político, penas, suspensão de cargo,etc. Após o juízo de pronúncia do CD, se
não engavetada pelo presidente do CD, será autorizada por 2/3 com
discricionaridade, e no SF, em sessão de Maioria Simples ou no STF, será feito
o juízo de admissibilidade da denúncia
Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que
atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:
I - a existência da União;
II - o livre exercício do Poder Legislativo, do Poder Judiciário, do Ministério
Público e dos Poderes constitucionais das unidades da Federação;
III - o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;
IV - a segurança interna do País;
V - a probidade na administração;
VI - a lei orçamentária;
VII - o cumprimento das leis e das decisões judiciais.Parágrafo único. Esses
crimes serão definidos em lei especial, que estabelecerá as normas de processo e
julgamento.

Art. 86. Admitida a acusação contra o Presidente da República, por dois terços
da Câmara dos Deputados, será ele submetido a julgamento perante o Supremo
Tribunal Federal, nas infrações penais comuns, ou perante o Senado Federal,
nos crimes de responsabilidade.
§ 1º O Presidente ficará suspenso de suas funções:
I - nas infrações penais comuns, se recebida a denúncia ou queixa -crime pelo
Supremo Tribunal Federal;
II - nos crimes de responsabilidade, após a instauração do processo pelo Senado
Federal.
§ 2º Se, decorrido o prazo de cento e oitenta dias, o julgamento não estiver
concluído, cessará o afastamento do Presidente, sem prejuízo do regular
prosseguimento do processo.
§ 3º Enquanto não sobrevier sentença condenatória, nas infrações comuns, o
Presidente da República não estará sujeito à prisão.
§ 4º O Presidente da República, na vigência de seu mandato, não pode ser
responsabilizado por atos estranhos ao exercício de suas funções.

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