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Os sistemas normativos são um conjunto de normas que servem para regular o comportamento dos indivíduos.

Estes influenciam o comportamento dos mesmos através das sanções e recompensas. As sanções podem ser
internas (sentimento de culpa) e externas (impostas pelo exterior como multas ou prisão) e as recompensas podem
ser por exemplo a aprovação social. As sanções podem ser vistas como preços no sentido em que o individuo para
violar uma norma tem de pagar um preço, assim se a sanção por essa violação for grande ele será menos propenso
a violá-la. Podemos também fazer uma ligação ao princípio da racionalidade porque os indivíduos ao tomarem uma
decisão têm em conta as consequências esperadas, assim sendo tendem a agir de modo a minimizar os
riscos/custos, optando por comportamento que maximizem os seus benefícios.

Os valores morais podem ter um impacto significativo no comportamento das pessoas. Por exemplo, se uma pessoa
tiver presente a honestidade ela será menos propensa a mentir. No entanto, os valores não são o único fator que
influencia o comportamento dos indivíduos, pois fatores como a pressão social também podem surtir efeitos e fazer
com que os indivíduos sejam mais propensos a mentir.

Os valores morais podem ter um impacto significativo no comportamento das pessoas. Os valores morais são
princípios e crenças que guiam as ações e decisões de um indivíduo. Quando uma pessoa valoriza a honestidade e a
integridade, é mais provável que evite mentir. Por outro lado, se uma pessoa não considera a honestidade como um
valor importante, ela pode ter uma maior propensão a mentir. No entanto, é importante ressaltar que os valores
morais não são a única influência no comportamento humano. Fatores como o ambiente social, pressões externas,
motivações pessoais e experiências individuais também desempenham um papel na decisão de mentir ou não.
Portanto, embora os valores morais possam ter um impacto, eles não são a única explicação para o comportamento
mentiroso.

O conhecimento científico pretende afastar-se das falácias porque estas destorcem os factos o que pode fazer com
que se chegue a conclusões erradas. A falácia da composição é quando utilizamos, por exemplo, uma característica
para representar o todo. Ao dizermos, “poupar é bom” entramos em falácia, pois apesar de ser bom para uma
parte, para o todo não o é, pois se todos o fizerem a economia colapsa. Na falácia Pos Hoc a partir de dois
acontecimentos tiramos uma conclusão, sem haver uma relação causal, ou seja, uma causa-efeito, por exemplo, há
pessoas que acham que se passarem por baixo de um escadote dá azar. Após essa ação pode de facto suceder algo
de mal. No entanto, apesar de haver causa-efeito, os acontecimentos não têm qualquer correlação. Na falácia dos
termos coletivos- consiste na utilização de termos generalistas, pois estes representam algo abstrato, não são
entidades vivas. Neste caso, o que realmente importa é o comportamento individual e, assim sendo, não o podemos
generalizar, por exemplo ao dizermos que a comunidade cigana vive á base dos subsídios. Este é apenas o
comportamento de alguns e não do conjunto. Na falácia do apelo à maioria- Afirma-se que uma proposição é
verdadeira, porque a maioria o aceita, como ao comprarmos um produto exclusivamente porque alguém o
recomendou. Por fim, a falácia do orçamento equilibrado é sempre bom. Ora, uma situação de défice orçamental
pode ser benéfica para a economia e para o emprego. Se houver uma redução de impostos, as famílias acabam por
ter mais rendimentos e, consequentemente o consumo irá aumentar, refletindo-se no aumento da produção e da
empregabilidade.

A análise positiva pretende descrever e explicar os fenómenos económicos baseando-se em factos observáveis e
nas relações causa-efeito. No fundo acaba por descrever o mundo como ele realmente é e não como devia ser, por
exemplo, o salário mínimo gera desemprego. Por outro lado, uma análise normativa acaba por ser uma descrição da
realidade como ela deveria ser e não como é mesmo. Assim sendo, traduz-se como uma opinião individual ou
coletiva, por exemplo, o salário mínimo devia ser aumentado.

A economia com como ciência social estuda o comportamento dos indivíduos e as motivações por detrás dos
mesmos. Estuda também a utilização eficiente dos recursos escassos a fim de se obter o máximo de satisfação dos
desejos ilimitados. Por outro lado, as ciências naturais estudam os aspetos do mundo natural através de métodos
científicos.

A escassez é uma constante adaptação entre os recursos limitados e os desejos ilimitados do Homem. Assim sendo,
é necessário que se façam escolhas, que implicam um custo de oportunidade.

Os preços-sombra são o custo de oportunidade de uma atividade, que pode ser referido como sendo o seu
verdadeiro preço económico. Podem ser calculados para os bens e serviços que não tenham um preço de mercado.
Por exemplo, podem ser utilizados para estimar o valor económico do bem expropriado, considerando-se o seu valor
de mercado e o custo de oportunidade da perda da propriedade.

As normas morais, éticas, religiosas e sociais desempenham um papel importante na influência do comportamento
do indivíduo, uma vez que elas estabelecem padrões de conduta e expectativas sociais. Essas normas geralmente
prevêem sanções, que podem ser positivas ou negativas, dependendo se uma ação está em conformidade ou em
violação dessas normas. Quando uma pessoa considera essas normas como valiosas e importantes, ela está mais
inclinada a agir de acordo com esses padrões. Isso ocorre porque a pessoa tem a noção de que agir de maneira
moralmente correta, ética, religiosa ou socialmente aceitável é a coisa certa a se fazer. Além disso, a pessoa
também está consciente das possíveis consequências negativas ou sanções que podem advir caso ela não esteja em
conformidade com tais normas. Essas sanções podem ser vistas como "preços" ou "custos sombra", uma vez que a
decisão de agir em desacordo com as normas pode resultar em perdas, punições sociais, ou no mínimo, em um
dano à reputação pessoal. Por exemplo, mentir e enganar podem levar a perda de confiança e relacionamentos
interpessoais afetados. A relação entre as normas e a racionalidade está intimamente ligada à ideia de que a
racionalidade implica em fazer escolhas de acordo com os melhores resultados esperados. Considerando as sanções
previstas pelas normas morais, éticas, religiosas e sociais, o indivíduo racionalmente avalia as consequências
positivas e negativas antes de tomar uma decisão. Ele pondera os "preços" ou "custos sombra" associados a cada
ação e decide agir de acordo com a opção que maximize os benefícios ou minimize as consequências negativas. Em
resumo, as normas morais, éticas, religiosas e sociais afetam o comportamento do indivíduo, pois elas estabelecem
padrões de conduta e expectativas sociais. As sanções previstas nessas normas funcionam como incentivos ou
desincentivos ao comportamento, influenciando o indivíduo a agir de maneira consistente com essas normas. A
relação com a racionalidade está na avaliação das consequências e "preços" associados a cada ação, o que leva o
indivíduo a escolher a opção mais vantajosa ou menos prejudicial.

A metáfora da mão invisível consiste em uma expressão usada por Adam Smith, um dos principais pensadores do
pensamento econômico clássico, para descrever um dos mecanismos automáticos que atuam na economia de
mercado.

De acordo com Smith, a mão invisível é um conceito que representa a tendência natural dos indivíduos em buscar
seu próprio interesse egoísta no mercado, que acaba resultando no benefício da sociedade como um todo. A ideia
principal é que, ao procurarem maximizar seus próprios lucros ou utilidade, os indivíduos são levados, de forma
espontânea e sem necessidade de coordenação central, a produzir bens e serviços que são demandados pelo
mercado.

A metáfora da mão invisível baseia-se na racionalidade dos agentes econômicos, ou seja, a mão invisível pressupõe
que os agentes econômicos agem racionalmente, procurando maximizar os seus interesses e diminuindo os custos.
Pressupões a livre concorrência no mercado, onde diferentes produtores competem entre si para atrair
consumidores e, por fim, a auto-regulação do mercado, ou seja, este não tem a necessidade de interferência
externa, onde a oferta e a procura se ajustam livremente através dos preços. Dentro do modelo económico clássico,
a mão invisível está relacionada com os mecanismos automáticos do mercado, que incluem a lei da oferta e procura
(preços ajustam-se), os incentivos, ou seja, os indivíduos, ao procurarem o seu próprio interesse são responsáveis
por gerar incentivos para melhorar a eficiência produtiva e a inovação tecnológica. Por fim, a mão invisível também
defende que os indivíduos com uma procura individual por melhores resultados económicos, acabam por aumentar
a produtividade e a riqueza da sociedade.

A sanção esperada refere-se às consequências negativas que se espera como resultado do incumprimento de uma
norma. Se= S x p (sanção esperada é igual à sanção prevista na lei x probabilidade de aplicação da lei).

A probabilidade efetiva é a medida objetiva da probabilidade de um evento ocorrer, enquanto que a probabilidade
umbral é a perceção subjetiva que cada individuo atribui à probabilidade de um evento ocorrer.

A sanção esperada relaciona-se com a probabilidade umbral, pois quanto maior a sanção esperada, maior é a
perceção de risco (probabilidade umbral) para o indivíduo, o que pode afetar suas escolhas e comportamentos.

"A noção de probabilidade umbral permite aos decisores políticos legislar de forma mais eficaz e eficiente" pode ser
interpretada no sentido de que a compreensão da perceção de risco dos indivíduos e a consideração da
probabilidade umbral em conjunto com a sanção esperada podem ajudar na formulação de políticas públicas mais
adequadas. Ao levar em conta a probabilidade subjetiva dos indivíduos, é possível estabelecer sanções
proporcionais e políticas preventivas mais eficazes para dissuadir o comportamento indesejado.

"A introdução do sistema de carta de condução por pontos, por si só, diminuirá sempre a violação da lei". Esta frase
não é verdadeira porque, embora a introdução de um sistema de pontos possa ter como objetivo reduzir a violação
da lei de trânsito, é necessário considerar outros fatores, como a eficácia do sistema, a aplicação consistente das
sanções e a percepção de risco dos motoristas.

A frase sugere que o aumento das sanções previstas na lei sempre resulta em uma diminuição do comportamento
ilegal, independentemente da atitude em relação ao risco e das sanções impostas pelos sistemas ético e moral. No
entanto, é importante considerar o conceito da probabilidade umbral ao analisar essa afirmação. A probabilidade
umbral implica que existe um nível crítico de probabilidade de uma pessoa violar uma norma. Se a probabilidade de
ser sancionado ultrapassar esse limiar crítico, espera-se que haja menos propensão ao comportamento ilegal. No
entanto, nem todas as pessoas têm o mesmo limiar crítico de probabilidade.

A frase "O direito é um valor esperado" pode ser interpretada no contexto da sanção esperada. A sanção esperada
é um conceito utilizado no estudo do comportamento humano em relação à aplicação da lei. Refere-se à
probabilidade de uma infração ser detetada, multiplicada pelo valor da sanção aplicada. Nesse sentido, a frase pode
ser entendida como o reconhecimento de que a aplicação da lei é baseada na expectativa de sanção. Ou seja, os
indivíduos avaliam os riscos e benefícios de suas ações, levando em consideração as consequências legais que
podem decorrer delas.

O custo marginal traduz-se no consumo de mais uma unidade de um bem implica a existência de um custo, o custo
marginal, que se torna no valor da melhor alternativa sacrificada para obter a unidade adicional do bem escolhido e
que traduz o custo de oportunidade. O custo marginal aumenta com a utilização ou consumo de um bem,
traduzindo o princípio dos custos marginais crescentes. A utilidade marginal é aquela que um individuo obtém da
utilização ou consumo de mais uma unidade de um determinado bem. Quando um prazer qualquer decorre sem
interrupção, a sua intensidade, depois de se elevar, decresce e acaba por se anular e, isto ocorre devido á lei da
utilidade marginal decrescente.

Os custos explícitos são custos operacionais de negócios, ou despesas, que são facilmente quantificáveis e
identificáveis. Traduzem-se nos pagamentos efetuados a terceiros (ex: salários, aquisição de matérias-primas). Estes
são exteriores à empresa. Os custos implícitos não envolvem o pagamento de dinheiro, mas representam um
dispêndio de recursos. Não se traduzem em pagamentos externos, integrando os custos de oportunidade dos
fatores de produção que são propriedade da empresa (ex: formação de trabalhadores).

O imposto sobre o rendimento pessoal e a sua progressividade pode ser relacionada com a teoria da utilidade
marginal decrescente, que sugere que a utilidade de um bem ou serviço diminui à medida que se consome mais
uma unidade do mesmo o que implica que cada unidade adicional de renda tem uma utilidade marginal menor do
que a anterior. Assim, a progressividade do IRS, ou seja, a taxação maior dos rendimentos mais altos, pode ser
justificada pela teoria da utilidade marginal decrescente. Isto ocorre porque o impacto de pagar uma parcela
adicional de imposto é menor para aqueles que têm maior rendimento, devido à menor utilidade marginal dos seus
rendimentos adicionais.

Um bem é tudo aquilo que satisfaz uma necessidade. O que quer dizer que tem um valor de uso, ou seja, utilidade.
Se não tem valor de uso, não tem valor de troca (€). O valor do bem advém da utilidade e não da moeda. A moeda é
o único bem cujo valor de uso se determina pelo valor de troca. Os bens são de natureza material (ex: alimentos) e
não material (ex: amizade, honra). Quando algum bem é afetado negativamente, implica que o bem-estar do
indivíduo diminui.

A 1º lei de Gossen é a lei da saturação que é baseada na baixa da intensidade do prazer, consoante a necessidade,
por exemplo, um individuo com sede, se beber um copo de água vai ter mais prazer do que se não tivesses sede, ou
seja, vai tendo um prazer alto pois estava com sede. A 2º lei de Gossen é a lei da repetição que é baseada na
repetição do consumo de um bem, que faz com que haja diminuição do prazer. Esta está que está ligada à lei da
utilidade decrescente, por exemplo 1º primeiro copo de água será mais satisfatório do que o 5º.

Os fatores de produção são a terra, que representa todos os recursos naturais, o capital, que nasce da relação entre
os indivíduos mediado por coisas e a força de trabalho que é o conjunto de capacidades físicas e intelectuais
capazes de serem usadas no procedimento produtivo.

16- O princípio da racionalidade é um conceito fundamental na economia, que assume que os indivíduos tomam
decisões racionais com o objetivo de maximizar seus benefícios ou utilidade. Esse princípio tem alguns corolários
que podem ser aplicados à realidade econômica, como: O corolário do máximo: Os indivíduos procuram maximizar
seus benefícios ou utilidade, escolhendo a opção que lhes proporciona a maior satisfação possível, considerando as
restrições e oportunidades disponíveis. Isso pode ser aplicado em decisões de consumo, em que as pessoas tentam
obter o máximo de benefício a partir do uso de seus recursos financeiros. O corolário da otimização: Os indivíduos
buscam otimizar suas escolhas, considerando os custos e benefícios marginais. Isso significa que eles comparam os
benefícios adicionais de uma decisão com os custos adicionais associados a ela. Por exemplo, ao decidir a
quantidade de um bem para comprar, o indivíduo considera o benefício marginal que obterá com a compra
adicional em relação ao custo marginal dessa aquisição. O corolário dos incentivos: Os indivíduos respondem a
incentivos, ou seja, eles ajustam seu comportamento de acordo com as mudanças nos custos e benefícios que
enfrentam. Por exemplo, se o preço de um bem aumentar, é esperado que os consumidores comprem menos desse
bem, pois o custo marginal da aquisição está maior. O corolário da consistência temporal: Os indivíduos levam em
consideração o tempo ao tomar decisões, ponderando os benefícios e custos presentes em relação aos futuros. Isso
significa que eles fazem escolhas intertemporais, considerando não apenas o benefício ou custo imediato, mas
também os impactos no longo prazo. Por exemplo, ao decidir poupar dinheiro ou gastá-lo imediatamente, o
indivíduo levará em conta a diferença entre o benefício presente e o benefício futuro que terá com o valor
poupado. Esses corolários têm implicações importantes na análise econômica, pois ajudam a entender e prever o
comportamento dos indivíduos em relação às escolhas econômicas. Eles fornecem uma estrutura conceitual para
entender como as pessoas tomam decisões racionais, considerando os custos e benefícios de diferentes opções
disponíveis.

17- De acordo com o princípio da racionalidade, o objetivo do consumidor é maximizar sua utilidade ou benefício a
partir das suas escolhas de consumo. A utilidade é uma medida subjetiva de satisfação ou prazer que um indivíduo
obtém a partir do consumo de bens e serviços. Para expressar essa relação de utilidade, é comum utilizar uma
função de utilidade, que relaciona as quantidades consumidas de diferentes bens e serviços com a utilidade obtida
pelo consumidor. Uma função de utilidade é uma representação matemática das preferências do consumidor. A
função de utilidade pode variar entre diferentes indivíduos e estar sujeita às suas preferências pessoais. Vamos
supor que um consumidor esteja consumindo dois bens: A e B. A função de utilidade para esse consumidor pode ser
expressa como: U(A, B) = f(A, B) Onde U representa a utilidade obtida, A e B representam as quantidades
consumidas dos dois bens, e f é uma função que relaciona as quantidades de A e B com a utilidade obtida. Por
exemplo, suponha que A seja um bem alimentar e B seja um bem de lazer. A função de utilidade U(A, B) pode
representar o prazer e satisfação que o consumidor obtém desses dois bens. Ao variar as quantidades de A e B, a
função de utilidade pode assumir diferentes valores. É importante ressaltar que a forma exata da função de
utilidade pode variar de acordo com as preferências individuais e a natureza dos bens em questão. Além disso, a
maximização da utilidade está sujeita a restrições de orçamento do consumidor, ou seja, o consumidor deve levar
em consideração a relação entre a quantidade e o preço dos bens que está disponível para ele.

8-Elas são os princípios que governam a relação entre a utilidade total e a utilidade
marginal. Essas leis afirmam que a utilidade total aumenta até certo ponto à medida
que o consumo de um bem aumenta, mas em algum momento começa a diminuir.
Além disso, a utilidade marginal diminui à medida que o consumo de um bem
aumenta.
Essas leis podem ser relacionadas às ideias da utilidade marginal decrescente, uma
vez que enfatizam que a satisfação adicional obtida com o consumo de um bem
diminui à medida que se consome mais dele. Isso está de acordo com a ideia de que
a utilidade marginal decrescente é uma característica comum do comportamento
humano em relação ao consumo.
Um exemplo prático para ilustrar economicamente essas leis e a teoria da utilidade
marginal decrescente pode ser observado no consumo de alimentos. No início,
quando alguém está com fome, a primeira fatia de pizza pode proporcionar uma alta
utilidade marginal, aumentando a satisfação. No entanto, à medida que mais fatias
são consumidas, a utilidade marginal diminui e a satisfação adicional de cada fatia
adicional torna-se menor. Eventualmente, pode chegar um ponto em que a utilidade
total diminui e a pessoa pode até sentir-se mal por ter comido demais.
O princípio da utilidade marginal refere-se à ideia de que o valor ou utilidade de uma
unidade adicional de um bem ou serviço diminui à medida que mais unidades são
consumidas. Essa ideia é frequentemente representada graficamente através de uma
curva de utilidade marginal decrescente, que mostra a diminuição da utilidade
marginal à medida que a quantidade consumida aumenta.
O princípio da utilidade marginal está relacionado as leis de Gossen, pois ambas
enfatizam a diminuição da utilidade marginal à medida que o consumo aumenta.
Enquanto as leis de Gossen são uma característica geral do comportamento de
consumo, o princípio da utilidade marginal fornece uma base teórica para essa
relação e sua representação gráfica.

11- A curva ou fronteira de possibilidades de produção (CPP) é um conceito utilizado


na economia para ilustrar as diferentes combinações de produção de dois bens ou
serviços que uma economia pode alcançar, dadas suas restrições de recursos e
tecnologia existente em um determinado período de tempo.
A escassez está relacionada à ideia de que os recursos produtivos são limitados,
enquanto as necessidades e desejos das pessoas são ilimitados. Isso significa que
não é possível produzir uma quantidade infinita de bens e serviços para atender todas
as demandas da sociedade. A escassez ocorre quando há uma demanda maior do que
a oferta de um determinado bem ou serviço.
A eficiência ocorre quando a economia está produzindo na sua CPP, ou seja, está
utilizando todos os recursos disponíveis da melhor forma possível, sem desperdícios.
Nesse ponto, não é possível aumentar a produção de um bem sem diminuir a
produção de outro.
O custo de oportunidade é a quantidade de um bem ou serviço que é sacrificada para
produzir mais unidades de outro bem. Em outras palavras, é aquilo que se perde ao
optar por uma alternativa em detrimento de outra. Na CPP, o custo de oportunidade
está representado pela inclinação da curva: quanto mais unidades de um bem são
produzidas, maior é o sacrifício em termos de produção do outro bem.
O custo de oportunidade crescente significa que, à medida que a produção de um
determinado bem aumenta, o sacrifício necessário para produzir uma unidade
adicional desse bem também aumenta. Isso ocorre porque, à medida que são
utilizados mais recursos para produzir um bem específico, eles são retirados de
outras atividades, o que leva a uma perda maior da produção dessas atividades.
Por exemplo, suponha uma economia que pode produzir apenas dois bens: carros e
computadores. Se a economia decide aumentar a produção de carros, terá que retirar
recursos (trabalho, capital etc.) da produção de computadores, resultando em um
custo de oportunidade crescente. Cada vez mais recursos são retirados da produção
de computadores para alocá-los na produção de carros, o que implica uma redução
maior na produção de computadores a cada unidade adicional de carros produzida.

13- O custo de oportunidade é o valor que se sacrifica ao tomar uma determinada


decisão, escolhendo uma alternativa em detrimento de outra. Em outras palavras, é
aquilo que se perde ao optar por uma escolha em vez de outra.
Um exemplo simples de custo de oportunidade é o seguinte: imagine que você tem
tempo disponível para se dedicar a duas atividades, estudar para uma prova ou sair
com amigos. Se você decide sair com seus amigos, o custo de oportunidade será o
tempo que você sacrificou para estudar para a prova. Por outro lado, se você decide
estudar, o custo de oportunidade será o tempo que você perdeu para se divertir com
seus amigos.
Relacionando o custo de oportunidade com a curva de possibilidades de produção
(CPP), podemos considerar um exemplo em que uma economia pode produzir apenas
dois bens: carros e computadores. Suponha que a economia esteja no ponto de
máxima eficiência na
CPP, ou seja, está produzindo a combinação ideal de carros e computadores dadas
suas restrições de recursos e tecnologia.
Se a economia decide aumentar a produção de carros, é necessário realocar recursos
da produção de computadores para a produção de carros. Nesse caso, o custo de
oportunidade será a quantidade de computadores perdida para produzir mais carros.
Cada unidade adicional de carros produzida implicará em uma redução da produção
de computadores específica, e isso é representado na inclinação descendente da
curva de possibilidades de produção.
Na representação gráfica da CPP, os pontos de eficiência máxima estão na própria
curva, indicando que a economia está utilizando plenamente seus recursos e
tecnologia. Pontos dentro da curva representam ineficiência, indicando que é
possível produzir mais de um bem sem reduzir a produção de outro. Por outro lado,
pontos fora da curva são inatingíveis com os recursos e tecnologia existentes em um
determinado período de tempo.
15- Os principais determinantes da procura são: preço do bem, renda dos
consumidores, preço de bens relacionados (substitutos e complementares),
preferências dos consumidores, expectativas sobre o futuro e fatores demográficos.
Influência dos determinantes da procura:
◦ Preço do bem: uma relação inversa entre preço e quantidade demandada é
observada na lei geral da procura. Quando o preço aumenta, a quantidade demandada
tende a diminuir, e vice-versa.
◦ Renda dos consumidores: um aumento da renda dos consumidores geralmente
leva a um aumento na procura de bens normais. Bens inferiores, por outro lado,
podem ter uma demanda reduzida quando a renda aumenta.
◦ Preço de bens relacionados: se um bem tem um substituto próximo que tem seu
preço reduzido, isso pode levar a uma redução na procura pelo primeiro bem. Por
outro lado, se um bem tem um bem complementar que tem seu preço reduzido, isso
pode levar a um aumento na procura pelo primeiro bem.Preferências dos
consumidores: mudanças nas preferências dos consumidores podem afetar a procura
por determinados bens. Por exemplo, se em um determinado período as pessoas
passam a valorizar mais a saúde, a demanda por alimentos saudáveis pode aumentar.
◦ Expectativas sobre o futuro: as expectativas sobre o futuro podem influenciar
as decisões de compra dos consumidores. Por exemplo, se as pessoas esperam que o
preço de um bem aumente no futuro, é possível que aumentem sua demanda no
presente.
◦ Fatores demográficos: características demográficas, como idade, sexo e
tamanho da população, também podem influenciar a procura por certos bens. Por
exemplo, o envelhecimento da população pode aumentar a procura por bens e
serviços voltados para idosos.
Condições para que a procura aumente e a curva da procura se desloque para a
direita:
◦ Aumento da renda dos consumidores.
◦ Redução do preço de bens substitutos.
◦ Aumento do preço de bens complementares.
◦ Mudanças favoráveis nas preferências dos consumidores.
◦ Expectativas de aumento futuro do preço do bem.
Fatores demográficos favoráveis, como um aumento na população de consumidores.

16-Existem algumas exceções à lei da procura, como:


Bens de Giffen: são bens inferiores para os quais a demanda aumenta quando o preço
aumenta.
Bens Veblen: são bens de prestígio, para os quais a demanda aumenta quando o
preço aumenta, pois são considerados sinais de status.

17- Em algumas situações, o aumento do preço de um bem pode não afetar


significativamente sua procura. Isso geralmente ocorre quando o bem é um bem de
necessidade básica, essencial ou quando não há substitutos disponíveis. Nesses
casos, a curva da procura é vertical, pois a quantidade demandada permanece
constante, independentemente do preço.

18- Em certas circunstâncias, a procura por um bem pode aumentar mesmo quando o
preço desse bem aumenta. Isso pode acontecer quando há mudanças nas
preferências dos consumidores, aumentando sua disposição em pagar um preço mais
elevado. Nesse caso, a curva da procura se desloca para a direita, indicando um
aumento na quantidade demandada a cada nível de preço.

19- Uma mudança ao longo da curva da procura ocorre quando há uma alteração no
preço do bem, resultando em um novo ponto de combinação de preço e quantidade
demandada. Isso ocorre porque há uma mudança no ponto de equilíbrio entre oferta e
procura.
Uma deslocação da curva da procura ocorre quando há uma mudança em um dos
determinantes da procura, resultando em uma alteração em todos os pontos de
combinação de preço e quantidade demandada. Isso ocorre porque há uma alteração
nas condições de demanda como um todo.

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