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um mau atendimento.
Certa vez um amigo teve que recorrer ao SAC em uma loja. O atendente, que
deveria ser uma pessoa no mínimo educada, era a mais sisuda possível, cara de
pouquíssimos amigos. Com as respostas mais secas possíveis por parte do
colaborador da empresa, ele não conseguiu resolver a questão e teve uma
experiência muito negativa. Este amigo, abismado com a cara de “jogador de
pôquer” do atendente, o perguntou: - No treinamento de sua empresa estava
escrito que é PROIBIDO SORRIR para o cliente?
Infelizmente, e por mais incrível que possa parecer, isto é comum! E as chances
de sucesso de uma empresa diminuem drasticamente quando a expressão do
profissional não ajuda. Obviamente não é para termos colaboradores
gargalhando o tempo todo, mas digo a respeito de um bom humor com bom
senso. As empresas elaboram produtos e serviços diferenciados, precificam de
forma competitiva, oferecem formas de pagamento arrasadoras, conseguem
boa localização e investem em propaganda para atrair o cliente até a loja. Ok,
até aí missão cumprida! Porém, neste momento entra em cena um elemento
fundamental no processo, a EQUIPE DE VENDA. Esta “carrega” consigo a
responsabilidade de manter esta sequência de forma favorável. No entanto,
pode colocar tudo a perder. Imagino como se a empresa fosse alguém colocando
dominós enfileirados de pé sobre uma mesa onde cada peça seria um elemento
importante no processo. Neste caso, o último dominó que falta para concluir a
sequência seria o atendimento. Se por um descuido a mão tremer, todos os
dominós caem e tem que começar “tuuuudo” de novo. Ou seja, o trabalho de
todos cai por terra.
As empresas só existem por uma razão: o cliente. O seu negócio pode deixar de
existir pelo simples fato dele querer experimentar outra marca, ter uma
experiência positiva e resolver gastar seu dinheiro lá. Provavelmente você
conhece pessoas que consideram pagar um pouco mais caro onde tem a certeza
que serão atendidas com excelência. O atendimento é o aspecto intangível do
produto e do serviço mais “tangibilizável” que existe. Você não o pega, não o leva
pra casa, não consegue tocá-lo, mas é algo que você sente e seguramente vai lhe
marcar positiva ou negativamente. E neste quesito, o cliente mal atendido fala
mal da empresa porque para ele o colaborador é “a” empresa, pois é o ponto de
contato que gerou este dissabor. E atualmente ainda há um agravante, antes ele
falava para um ou alguns, hoje ele compartilha, ou seja, é dele para muitos. E
estes, se concordarem, ainda passam adiante, o que prolifera a imagem negativa
de forma devastadora.
Atender bem não garante o sucesso, mas atender mal reduzirá muito suas
chances de vencer. Uma boa apresentação, cortesia, agilidade, respeito, atenção
e um sorriso mantém um grau elevado de proximidade com seu público. Além
disso, transmite segurança ao cliente, criando um ambiente favorável para um
relacionamento duradouro. James Hunter em seu livro “O Monge e o Executivo”
diz que “Liderar é servir”. Relacione isto a empresas de sucesso e perceba que
não são líderes por acaso. Certamente nelas há uma equipe pronta para servir
com excelência.
Aí as perguntas: A Home
Depot fatura quase 100 Bilhões
de dólares e por isso pode ser
dar ao luxo de ter um
colaborador com esta função?
Ou esta empresa tem este
faturamento astronômico
porque se preocupa com todo
processo de compra do
consumidor do início ao fim e,
baseada nisto, tem uma
pessoa dessa em cada loja?
Elementar meu Caro Watson!
Obviamente é a segunda opção. Uma das maiores varejistas do mundo conhece
aquela máxima que diz “RETAIL IS DETAIL”, ou seja, “varejo é detalhe” e se
preocupa com cada um para proporcionar a melhor experiência possível para
seus clientes!
Este fato já seria mais do que suficiente para ser antagônico ao primeiro, não é?
Lembra do atendimento do notebook no início do artigo? Então, mas aí vem a
“cereja do bolo”, o “detalhe do detalhe”, o que faz você ir a um lugar deste e ter
uma aula! Você reparou na foto anterior uma placa? Não?! Então veja abaixo de
forma ampliada:
Precisamos mudar, repensar, disrupção total mesmo nas coisas mais simples.
Tem algo mais básico do que receber bem o cliente? Hospitalidade é ponto chave
no varejo, serviço ou qualquer tipo de negócio. Há tempo para todos se
ajustarem neste sentido, mas precisamos agir logo e mudar. Não existem
empresas “feitas para durar”, existem, sim, empresas que “mudam para
durar “! E a única certeza que temos é que tudo vai mudar, cada vez em uma
velocidade ainda maior. Você e sua empresa estão preparados?
Bem, tomara que não presencie de novo um mau atendimento e tenha que
escrever outro artigo com este teor. Senão, já sabe, terei que postar a “Parte III”
e corre o risco de virar uma dessas trilogias hollywoodianas, o que inclusive
também me dará direito a pedir música no Fantástico!