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Extinção dos

comportamentos
Profa. Michelle Costa Beato

Graduação em Pedagogia (ESTÁCIO)

Especialização em Psicopedagogia Clínica (HC – USP)

Pós-graduação em Psicopedagogia Clínica e Institucional


(Barão de Mauá)

Pós-graduação em ABA: Análise do Comportamento


Aplicada ao Autismo, Atrasos de Desenvolvimento
Intelectual e de Linguagem (UFSCar)
Definição operacional de "extinção":
O princípio da extinção afirma que, se numa dada situação, um indivíduo emitir
uma resposta previamente reforçada e essa resposta não for seguida por uma
consequência reforçadora, então essa pessoa terá menor probabilidade de fazer a
mesma coisa novamente quando encontrar uma situação semelhante. Colocado de
maneira diferente: se uma resposta teve sua frequência aumentada por meio de
reforçamento positivo, então parar completamente de reforçar a resposta fará com
que sua frequência diminua (MARTIN; PEAR, 2009, p. 73).
Tipos de consequências:

EXTINÇÃO:
PUNITIVAS
REFORÇADORAS (ESTÍMULOS
ausência de
consequência. AVERSIVOS)

Aumentam a frequência do
Diminuem a frequência do
comportamento no futuro.
comportamento no momento, mas...

ENSINAM Têm efeitos colaterais. É


(MARTIN; PEAR, 2009) incompatível com a
aprendizagem!
Extinção x punição: semelhanças e diferenças
Assemelham-se na medida em que têm o objetivo de reduzir a
frequência de um comportamento.

No entanto, há 3 formas de enfraquecer um comportamento:

- Quando a resposta produz um reforçador positivo (punição);


- Quando a resposta produz um reforçador negativo (punição);
- Quando a resposta produz um estímulo neutro (extinção).

(BIJOU; BAER, 1980)


Exemplos de extinção:
Antecedente (A) Comportamento (B) Consequência (C)

Diante de uma conversa A criança tenta interromper Os adultos não dão atenção
entre adultos. várias vezes, chamando pelo para a criança e continuam
nome e gritando. conversando.

Ao acabar a atividade, a A criança começa a cantar. A professora ignora a criança


criança levanta o braço. e responde quem está com o
braço levantado, em silêncio.
Exemplos de punição:
Antecedente (A) Comportamento (B) Consequência (C)

Em uma sala de aula, as A criança correu em sala de A criança perdeu a fita por
crianças usavam uma fita. aula e xingou a professora. um curto período de tempo,
foi ignorada pela professora
e não pode participar das
atividades.

(MARTIN; PEAR, 2009)

Em um horário de pico no O adulto passa no sinal O adulto recebe uma multa.


trânsito. vermelho.
Atenção ao uso da extinção!
Alguns comportamentos-problema não podem ser reduzidos com o uso
da extinção porque:

- Podem colocar a vida do indivíduo em risco;


- Podem colocar a vida de outros em risco;
- Podem não ser efetivos.

Por isso, é importante fazer a análise funcional do comportamento!

(MARTIN; PEAR, 2009)


Por que há autores que discordam da punição?
- Elicia comportamentos agressivos;
- Pode causar efeitos colaterais de ordem emocional;
- Pode ocasionar comportamentos de fuga-esquiva;
- Não ensina novos comportamentos;
- Serve como um modelo a ser seguido;
- Círculo vicioso.

(MARTIN; PEAR, 2009)


O que influencia a eficácia da extinção?
- Reforçadores que controlam o comportamento a ser reduzido:
reforçadores apresentados por outras pessoas ou pelo ambiente;
- Extinção de um comportamento combinada com reforçamento positivo
de um comportamento alternativo desejável: importante unir duas
estratégias;
- Ambiente no qual é aplicada: ambiente controlável;
- Instruções fornecidas: quando o sujeito compreende;

(MARTIN; PEAR, 2009)


O que influencia a eficácia da extinção?
- Pode ser mais rápida após reforçamento contínuo: reforçar toda e cada
resposta correta.
- O comportamento pode piorar antes de melhorar;
- A agressividade produzida pela extinção pode interferir;
- O comportamento extinto pode voltar após um tempo: retomar o
programa.

(MARTIN; PEAR, 2009)


Como aplicar a extinção de forma eficaz?
- Selecionar o comportamento a ser reduzido;
- Certificar-se das condições preliminares: identificar reforçadores potentes,
observar um comportamento alternativo desejado, selecionar um ambiente
adequado, fazer uma análise funcional, registrar a frequência e combinar com
todos os envolvidos as mesmas estratégias;
- Começar a intervenção: explicar o plano para o indivíduo e não reforçar os
comportamentos inadequados.

(MARTIN; PEAR, 2009)

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