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Empreendedorismo

ROMILSON RANGEL AIACHE

Prof. Romilson Rangel Aiache 1


Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

A228e

Aieche, Romilson Rangel.

Empreendedorismo. Gama, DF: UNICEPLAC, 2021.

42 p.

1. Empreendedorismo. 2. Teoria - empreendedorismo.


3.Administração. I. Título.

CDU: 32

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EMPREENDEDORISMO

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Se a meta principal de um capitão
fosse preservar seu barco, ele o
conservaria no porto para sempre.
São Tomás de Aquino

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Em todas as áreas da aventura humana, há dois resultados possíveis:

Muitos naufragam!

MAS

Alguns são vencedores!!!


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Para reflexão: Por que algumas nações são ricas e outras são pobres?

Seria a idade da nação?

Seria a disponibilidade de Recursos Naturais?

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Seria a diferença intelectual dos executivos?

Seriam fatores raciais?

Seriam a religião que professam?

Então, qual seria a diferença?

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Concluindo, somos um país pobre não porque nos faltam recursos, ou porque
somos um país jovem, ou porque a raça predominante da nossa nação seria
indolente, ou porque as religiões que professamos nos levam para trás.

Somos pobres porque vemos coisas erradas e achamos que não é problema
nosso.

Porque queremos levar vantagem sobre os outros.

Somos pobres porque nos falta ATITUDE CORRETA.

O fracasso quebra as almas pequenas


e engrandece as grandes, assim como
o vento apaga a vela e atiça o fogo da
floresta.

(Benjamim Franklin)

O fracasso deveria ser nosso professor, não


nosso coveiro. Fracasso é adiamento, não
derrota. É um desvio temporário, não um beco
sem saída. Fracasso é algo que nós só podemos
evitar não dizendo nada, não fazendo nada e
não sendo nada. (Denis Waitley)

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Defina se estas são pessoas que obtiveram sucesso ou
fracasso:

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O conceito de fracasso ou sucesso, de forma geral, pode ser relativo,
dependendo do contexto vivenciado, do objetivo a ser alcançado, do momento
vivido, dos ideais de vida, dos valores individuais etc.

Contudo, o sucesso ou o fracasso empresarial possui nuances muito bem


definidas, uma vez que depende de fatores objetivos como o resultado
financeiro.

Vamos, então, buscar encontrar as razões para o fracasso ou o sucesso de um


empreendimento, bem como as suas consequências. Iniciamos, portanto, com
os conceitos e definições sobre o tema Empreendedorismo.

CONCEITOS:

Empreendedorismo é habilidade de criar e constituir algo a partir de muito


pouco ou de quase nada. (BARRETO, 1998, p. 190).

Schumpeter (1988) utiliza um termo muito interessante quando se


refere ao empreendedorismo. Segundo ele, empreendedorismo é um
processo de destruição criativa. Quando utiliza este termo, ele
pretende dizer que modelos, métodos, processos e produtos podem
ser destruídos ou reconstruídos, para o surgimento de novos
modelos, métodos mais eficientes, processos mais dinâmicos e
melhores produtos.
Exemplos:

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Robbins (2005, p.10) reduz o conceito de empreendedorismo a uma
característica que envolve iniciar um negócio, organizar os recursos
necessários e assumir seus respectivos riscos e recompensas.

Esse mesmo foco é abordado por Shane e Venkataraman (2000 apud


GROSSI; OLIVEIRA FILHO), para quem empreendedorismo é uma vertente
negocial, que procura entender como surgem as oportunidades para criar algo
novo (novos produtos ou serviços, novos mercados, novos processos de
produção ou matérias-primas, novas formas de organizar as tecnologias
existentes), e as diversas consequências que podem advir dessas descobertas.
(grifos nossos)

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Na mesma linha conceitual, Zarpellon (2010) enxerga o empreendedorismo
como um fenômeno individual, ligado à criação de empresas, seja pelo
aproveitamento de uma oportunidade, seja por necessidade de sobrevivência.
Nesse sentido, o autor amplia o espectro conceitual de empreendedorismo,
quando aborda a possiblidade de que ele seja decorrente de um fenômeno
social, que pode induzir um indivíduo ou uma comunidade a desenvolver
capacidades de solucionar problemas e de buscar a construção do próprio
futuro, isto é, de gerar Capital Social e Capital Humano.

Em síntese, emprestamos o entendimento de Shapero (1975, apud HISRISH;


PETERS, 2004, p. 29), segundo o qual, embora existam diversas definições
sobre o empreendedorismo, contendo conotações diversas, existem alguns
pontos comuns a quase todas elas, quais sejam:

 Tomar iniciativa;

 Organizar e reorganizar mecanismos sociais e econômicos a fim de


transformar recursos e situações para proveito prático;

 Aceitar o risco ou o fracasso.

Finalizando, citamos Drucker (1987), que, com propriedade, afirma que o


trabalho específico do empreendedorismo numa empresa de negócios é
fazer os negócios de hoje, capazes de fazer o futuro, transformando-se
em um negócio diferente.

Podemos deduzir das palavras de Drucker um recado direto aos


administradores, uma vez que eles deverão ser os agentes dessa
transformação, ou seja, devem ser empreendedores.

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Evolução do EMPREENDEDORISMO
A palavra “empreendedor” tem origem francesa (entrepreneur),
que significa aquele que começa algo novo e assume os riscos.

Atribui-se a Marco Polo, um primeiro exemplo de


empreendedorismo, uma vez que ele tentou estabelecer uma
rota comercial entre o ocidente e o oriente, então
desconhecida. Marco Polo assinou um contrato com um rico
comerciante, segundo o qual ele venderia suas mercadorias
Marco Polo através dessa rota. Nesse caso, o comerciante arcaria com o
1254-1324
risco financeiro e Marco Polo com os riscos físicos e
emocionais da empreitada.

Na Idade Média o termo empreendedor era utilizado para definir o gerente de


projetos de produção, onde o risco basicamente ficava com o dono do
empreendimento.

O Empreendedor seria uma pessoa ousada que estimulava o progresso


econômico, por meio da inovação, ou seja, a adoção de formas melhores e
inovadoras de ação e produção.

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Exemplos de projetos na Idade Média:

Catedral de Milão - 1386 Catedral de Notre Dame – Paris - 1163

Hospital para peregrinos, León, Castela, Castelo de Carcassonne – França - 890


Espanha – século XI

A relação entre empreendedorismo e risco começa a aparecer a partir do


século XVII. Nessa época, o empreendedor estabelecia um contrato com o
governo para a realização de algum serviço ou fornecimento de produtos. Uma
vez que os preços eram prefixados, lucros ou prejuízos eram assumidos pelo
empreendedor. O economista Richard Cantillon, é considerado por muitos
como o criador do termo empreendedorismo, pois foi o primeiro a diferenciar o
empreendedor - aquele que assume os riscos - do capitalista - o que fornece o
capital. (DORNELAS, 2014)

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Linhas Teóricas do Empreendedorismo

Existem 2 grandes linhas teóricas sobre o Empreendedorismo:

A linha da Teoria Econômica e a linha da Teoria Comportamental.

A linha da teoria econômica traz como expoentes Richard Cantillon, Jean


Baptiste Say e Joseph Schumpeter.

A linha da Teoria Comportamental apresenta Max Weber e David McClelland


como seus maiores precursores.

Richard Cantillon, primeiro a definir as funções do Empreendedor, dizia que era


quem comprava matéria-prima, com seu próprio capital, para depois processá-
las e revendê-las, por preço a ser definido, auferindo lucro.

Richard Cantillon - 1680-1734 Economista franco-


irlandês, autor do livro Essai sur la Nature du
Commerce en Général, considerado o "berço da
economia política“.

Século XVIII, Jean-Baptiste Say, define o Empreendedor como alguém que


inova e é agente de mudanças. Ele cria novas empresas e dedica-se a seu
gerenciamento.

Jean Baptiste Say (1767-1832) foi um economista


francês, formulador da chamada a Lei de Say. Nasceu
em uma família de mercadores de tecidos, fortemente
influenciada pelas ideias iluministas.

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Schumpeter relacionou o campo do Empreendedorismo à necessidade de
inovação.

Joseph Alois Schumpeter (1883-1950), economista norte-


americano, considerado um dos mais importantes
economistas da primeira metade do século XX. Foi um dos
primeiros a considerar as inovações tecnológicas como
motor do desenvolvimento capitalista.

A inovação, para Schumpeter, consistiria na capacidade de percepção e de


aproveitamento de novas oportunidades no mundo dos negócios,
desprendendo-se das suas formas tradicionais e utilizando novas combinações
(ainda que do mesmo negócio) que pudessem transformá-lo, dar-lhe nova
roupagem, fazendo com que essa repaginação despertasse o interesse e,
consequentemente, a demanda pelo negócio.

 Para ele, o desenvolvimento econômico baseia-se na premissa que o


sistema econômico de oferta e procura encontra-se em situação de
equilíbrio e que o empreendedor tende a romper esse equilíbrio através
da inovação (chamado ato empreendedor).

 O Empreendedor é o agente que promove a inovação, de forma radical,


na medida em que destrói e substitui esquemas de produção operantes -
Conceito de Destruição-Criativa.

O lucro é o motor de toda a atividade econômica, porém, o lucro decorrente


da atividade empreendedora não seria a simples remuneração do capital
investido, mas sim um “lucro extraordinário”, ou seja, acima da média exigida
pelo mercado para que novos investimentos sejam possíveis e haja
transferências de capitais entre diferentes setores.

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Linha da Teoria Comportamental

Linha defendida por profissionais ligados à Administração, mas com


formação nas áreas de Psicologia, Psicanálise, Sociologia, Antropologia,
entre outros, segundo a qual é preciso ampliar o conhecimento sobre a
motivação e o comportamento humano, a fim de identificar e analisar o perfil
do empreendedor.

O economista Max Weber e o psicólogo David C. McClelland merecem ser


citados como expoentes dessa corrente.

Karl Emil Maximilian Weber (1864 — 1920) foi um


intelectual, jurista e economista alemão considerado
um dos fundadores da Sociologia. É considerado um
dos fundadores do estudo moderno da sociologia, mas
sua influência também pode ser sentida na economia,
na filosofia, no direito, na ciência política e na
administração. Sua obra mais famosa são os dois
artigos que compõem A ética protestante e o espírito
do capitalismo, que contém parte de suas reflexões
sobre a sociologia da religião. Weber argumentou que
a religião era uma das razões não-exclusivas do porquê
as culturas do Ocidente e do Oriente se
desenvolveram de formas diversas, e salientou a
importância de algumas características específicas do
protestantismo ascético, que levou ao nascimento do
capitalismo.

Max Weber, identificou o sistema de valores como um elemento fundamental


para a explicação do comportamento empreendedor.

Os Empreendedores eram visto como inovadores, pessoas independentes cujo


papel de liderança nos negócios lhes atribuía uma fonte de autoridade formal.

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David Clarence McClelland (1917 - 1998) – psicólogo
norte-americano, conhecido por seu trabalho sobre a
motivação. Ele publicou uma série de trabalhos durante
a década de 1950 e a década de 1990 sobre o
desenvolvimento da Teoria da Motivação e de Realização.

 Os Comportamentalistas pressupõem que o sistema de valores constitui


o eixo principal do desenvolvimento social e econômico, considerando o
Empreendedor o ator principal desse processo.

 Estudam os traços pessoais e atitudes do Empreendedor na tentativa de


encontrar a motivação do Empreendedorismo.

 O empreendedor nunca fez qualquer ligação entre a necessidade de


autorrealização e a decisão de começar, possuir ou gerenciar um
negócio.

 McClelland aborda o Empreendedor a partir de uma perspectiva


comportamental evidenciando suas características psicológicas,
permitindo traçar um Perfil do Empreendedor.

 Tal perfil caracteriza o Empreendedor como autônomo e dotado de


iniciativa, com intuição e amor pelo seu trabalho, estando continuamente
em busca de realização profissional e pessoal.

 A motivação é a principal característica do Empreendedor, sendo essa


fundamentada em três necessidades básicas do ser humano:

 Necessidade de Realização;

 Necessidade de Afiliação;

 Necessidade de Poder.

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 Necessidade de Realização - o indivíduo busca continuamente a
superação de seus limites. É uma característica própria de pessoas que
costumam estabelecer metas passíveis de serem realizadas durante sua
vida, ainda que tais metas os coloquem em situações de competição.
Essa é a primeira necessidade encontrada entre empreendedores de
sucesso, e possui os seguintes indicadores comportamentais:

 superação do padrão de excelência,

 utilização de técnicas de feedback e

 resolução de questões-problema que constituem obstáculos.

 Necessidade de Afiliação - o indivíduo mostra-se interessado em


estabelecer, manter ou restabelecer relações emocionais positivas com
demais pessoas. Essa necessidade apresenta como indicadores
comportamentais:

 estabelecimento de relações de amizade;

 preocupação com o bem estar das pessoas em seu ambiente de


trabalho; e

 desejo de integrar um grupo.

 Necessidade de Poder - o indivíduo centra-se em exercer autoridade


sobre os outros. Essa necessidade pode ser identificada pela observação
dos seguintes comportamentos:

 Capacidade de despertar reações de caráter emocional nas demais


pessoas;

 Habilidade para executar tarefas (pressupõe exercício de comando,


preocupação com a posição social e reputação).

Zarpellon (2010) resume as abordagens das duas principais linhas teóricas


sobre empreendedorismo. Segundo ele elas não são excludentes, apenas
se complementariam.

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os economistas associaram o empreendedor à inovação e os
comportamentalistas que enfatizam aspectos atitudinais, com a
criatividade e a intuição. (ZARPELLON, 2010, p. 49).

Nos séculos XIX e início do séc. XX, provavelmente em decorrência da


Revolução Industrial e dos períodos conflituosos que se seguiram (1ª Guerra
Mundial, Revolução Russa etc.), ocorre uma grande confusão de conceitos e
atribuições entre Administradores e Empreendedores. Nesse período, todos
planejam, dirigem e controlam as empresas, ficando confusa a distinção entre
ambos.

A partir dos anos 70, gradativamente, o papel do empreendedor passa a ser


entendido como um atributo que deve inserir-se no comportamento humano em
geral a ser exercido em todos os aspectos da vida econômica, social e familiar.
Santos (2007, p. 21), em Costa, Barros e Carvalho, afirma que o empreendedor
deve exercer o seu papel o tempo todo, em qualquer lugar, mais ainda: já que
a cidade, a comunidade, a ONG, o casal e até ele próprio devem ser vistos
como uma empresa, das duas uma: ou o mercado recobre a sociedade inteira
ou esta se reduz à esfera econômica.

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O EMPREENDEDOR X EMPREENDEDORISMO

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CONCEITOS:

Podemos definir um empreendedor como uma pessoa que realiza, que constrói
algo, motivado por algum ideal. Assim, um comportamento empreendedor é
aquele que não se rende ao conformismo, a estruturas obsoletas, a conceitos
ultrapassados etc. Pode-se afirmar que está no âmago do empreendedorismo
a busca pelo novo, pela mudança, e até pelo inusitado.

Para Schumpeter (1949),

O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela


introdução de novos produtos e serviços, pela criação de novas formas de
organização ou pela exploração de novos recursos e materiais.

Chiavenato (2004), ao se referir ao espírito empreendedor, utiliza termos como

 energia da economia;

 alavanca de recursos;

 impulso de talentos; e

 dinâmica de ideias.

Além disso, o autor atribui ao espírito empreendedor a identificação e rápido


aproveitamento das oportunidades que surgem, ainda que sejam fortuitas. Para
ele, o empreendedor é o agente que coloca em prática uma ideia ou um projeto
pessoal, e que assume os riscos e as responsabilidades inerentes ao
empreendimento.

TIPOS DE EMPREENDEDOR

Para Mazzei e Pardo (2012), o empreendedor não pode ser caracterizado como
um tipo único, por isso não é possível rotulá-lo como um modelo ideal. Sabe-
se que por ser um fenômeno social, o empreendedorismo também é passível
de mudanças conforme o contexto social. Vejamos como Dornelas (2007) os
classifica:

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• O empreendedor nato (mitológico) – em sua maioria são imigrantes ou
filhos destes, são visionários, 100% comprometidos com seu sonho,
otimistas, normalmente começaram do nada e cedo adquiriram
habilidade de negociação e venda.

• O empreendedor que aprende (inesperado) - é uma pessoa que, quando


menos esperava, a oportunidade bateu em sua porta, então, ele mudou
sua vida e resolveu abrir seu próprio negócio. Normalmente demora para
tomar a decisão de empreender e a se acostumar com ela.

• O empreendedor serial (criar novos negócios) – é uma pessoa


apaixonada por empreender, assim não consegue estar à frente de seu
negócio até que se torne uma grande corporação, por isso está sempre
interessado em novos negócios. Sua maior habilidade é de identificar
oportunidades e não descansar enquanto não conseguir viabilizar sua
implementação.

• O empreendedor corporativo – são geralmente grandes executivos,


assumem riscos e possuem grande habilidade de comunicação e
negociação, já que quase sempre não possuem 100% de autonomia para
a ação.

• O empreendedor por necessidade – cria seu próprio negócio porque não


tem outra alternativa, está fora do mercado de trabalho e não resta outra
opção a não ser trabalhar por conta própria. São vítimas do modelo
capitalista atual e não tem acesso à formação, recursos e uma maneira
estruturada de empreender, por isso normalmente trabalha na
informalidade e de maneira pouco planejada, o que favorece o não
sucesso do empreendimento.

• O empreendedor por herdeiro (sucessão familiar) – herdam o negócio da


família e normalmente aprendem cedo a ter responsabilidades e como o
negócio funciona. Atualmente a família tem se preocupado com a
preparação do sucessor familiar e com a profissionalização da gestão.

• O empreendedor “normal” (planejado) – esse é o empreendedor que faz


a lição de casa buscando minimizar os riscos do negócio por meio do
planejamento de suas ações. Como o planejamento tem sido um pré-

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requisito para os empreendedores com história de sucesso, acredita-se
ser normal a sua utilização, embora não seja o caso da maioria.

• O empreendedor social – tem como missão de vida a construção de um


mundo melhor para as pessoas. É um empreendedor como os outros,
com a diferença que não busca construir um patrimônio próprio, mas
prefere compartilhar seus recursos e contribuir para o desenvolvimento
humano.

Hisrish e Peters (2004) ainda apresentam o tipo:

• Intraempreendedor – que é o empreendedorismo dentro de uma estrutura


organizacional. São indivíduos, em uma organização que acham que algo
pode ser feito de modo diferente e melhor. Cabe às organizações criarem
uma estrutura e um clima organizacional que explorem essas
potencialidades.

• Empreendedorismo feminino – Estudos mostram que o crescimento do


negócio não é um aspecto importante para determinação do sucesso de
mulheres empreendedoras, mas a autorrealização é o fator subjetivo de
destaque na definição do sucesso.

Elas têm descoberto que a busca pelo equilíbrio entre os fatores pessoais,
familiares e profissionais está em perceber que trabalho e família se ajudam
mutuamente e não implica em um “fardo”.

E ainda é possível identificar características de gestão feminina próprias, como:


objetivos bem definidos e amplos; estruturas organizacionais simples e mais
informais; estratégias inovadoras no envolvimento coletivo; e liderança
interativa e cooperativa (JONATHAN, 2003).

Cada vez mais, na sociedade desigual em que habitamos, merecem destaque


o conceito e as características do Empreendedorismo Social.

EMPREENDEDORISMO SOCIAL

É certo que, independente do regime político ou do sistema econômico vigente,


em todos os países, mesmo nos altamente desenvolvidos, não é possível um

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desenvolvimento social sem que haja a preocupação em obter novas fórmulas
para resolver os antigos problemas sociais, seja pela desigualdade na
distribuição de renda, seja pelo envelhecimento da população ou qualquer
outra causa que restrinja benefícios a determinada parcela da sociedade.

Para Mazzei e Prado (2012),

o processo de empreendedorismo social exige principalmente o redesenho de


relações entre comunidade, governo e setor privado, com base no modelo de
parcerias. O resultado final desejado é a promoção da qualidade de vida social,
cultural, econômica e ambiental sob a ótica da sustentabilidade.

Segundo esses autores,

O empreendedorismo social é um misto de ciência e arte, racionalidade e


intuição, ideia e visão, sensibilidade social e pragmatismo responsável, utopia
e realidade, força inovadora e praticidade. O empreendedor social subordina o
econômico ao humano, o individual ao coletivo e carrega consigo um grande
“sonho de transformação da realidade atual”

As principais diferenças entre empreendedorismo social e empreendedorismo


propriamente dito são as seguintes:

 O empreendedorismo social não produz bens e serviços para


vender, mas para solucionar problemas sociais,

 O empreendedorismo social não é direcionado para mercados, mas


para segmentos populacionais em situações de risco social (exclu-
são social, pobreza, miséria, risco de vida).

 Oliveira (2004), constrói dois quadros, transcritos a seguir, trazendo


algumas visões de organizações internacionais e também de autores
nacionais sobre o que seria o empreendedorismo social ou o
empreendedor social:

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ORGANIZAÇÃO ENTENDIMENTO

"É alguém que trabalha de uma maneira


empresarial, mas para um público ou um
benefício social, em lugar de ganhar dinheiro.
School Social Entrepreneurship - SSE, Uk- Empreendedores sociais podem trabalhar
Reino Unido em negócios éticos, órgãos governamentais,
públicos, voluntários e comunitários [...]
Empreendedores sociais nunca dizem “não
pode ser feito”.

"Um empreendedor social vem de qualquer


setor, com as características de empresários
tradicionais de visão, criatividade e
Canadian Center Social Entrepreneurship -
determinação, e empregam e focalizam na
CCSE,
inovação social [...] Indivíduos que [...]
combinam seu pragmatismo com habilidades
profissionais, perspicácias."

"São agentes de intercambiação da


sociedade por meio de: proposta de criação
de idéias úteis para resolver problemas
sociais, combinando práticas e
conhecimentos de inovação, criando assim
novos procedimentos e serviços; criação de
parcerias e formas/meios de
autossustentabilidade dos projetos;
transformação das comunidades graças às
associações estratégicas; utilização de
Foud Schwab, Suíça enfoques baseados no mercado para
resolver os problemas sociais; identificação
de novos mercados e oportunidades para
financiar uma missão social. [...]
características comuns aos
empreendedores sociais: apontam idéias
inovadoras e vêem oportunidades onde
outros não vêem nada; combinam risco e
valor com critério e sabedoria; estão
acostumados a resolver problemas
concretos, são visionários com sentido
prático, cuja motivação é a melhoria de vida

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das pessoas, e trabalham 24 horas do dia
para conseguir seu objetivo social."

"Empreendedores sociais são executivos do


setor sem fins lucrativos que prestam maior
atenção às forças do mercado sem perder
de vista sua missão (social) e são orientados
por um duplo propósito: empreender
The Institute Social Entrepreneurs - ISE, EUA programas que funcionem e estejam
disponíveis às pessoas (o
empreendedorismo social é base nas
competências de uma organização),
tornando-as menos dependentes do
governo e da caridade."

"Os empreendedores sociais são indivíduos


visionários que possuem capacidade
empreendedora e criatividade para
Ashoka, Estados Unidos promover mudanças sociais de longo
alcance em seus campos de atividade. São
inovadores sociais que deixarão sua marca
na história."

"Empreendimentos sem fins lucrativos são o


reconhecimento de oportunidade de
Erwing Marion, Kauffman Foundation cumprimento de uma missão para criar e
sustentar um valor social, sem se ater
exclusivamente aos recursos."

AUTOR ENTENDIMENTO

“O empreendedor social é uma das espécies


do gênero dos empreendedores. [...] São
Leite (2002)
empreendedores com uma missão social,
que é sempre central e explícita.”

“Os empreendedores sociais possuem


características distintas dos
empreendedores de negócios. Eles criam
valores sociais pela inovação, pela força de
Ashoka Empreendedo-res Sociais e Mackisey recursos financeiros em prol do
e Cia. INC (2001) desenvolvimento social, econômico e
comunitário. Alguns dos fundamentos
básicos do empreendedorismo social estão
diretamente ligados ao empreendedor
social, destacando-se a sinceridade, paixão

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pelo que faz, clareza, confiança pessoal,
valores centralizados, boa vontade de
planejamento, capacidade de sonhar e uma
habilidade para o improviso.”

Dentro do contexto de empreendedorismo social, surgem abordagens


diferenciadas e inovadoras, que acompanham ou são consequências dos
fenômenos socioeconômicos que vão surgindo com a evolução das relações
sociais. Uma dessas abordagens é a chamada Teoria da Mudança.

Para Baggio e Baggio (2014), a Teoria da Mudança é

uma metodologia, um conjunto de diretrizes, que orientam os empreendedores


sociais a concretizarem o seu objetivo último – mudança social. Os
empreendedores sociais fazem um mapeamento dos requisitos e condições
necessárias para o seu fim, e desenvolvem indicadores para medir os
progressos e resultados, avaliando assim o desempenho da sua iniciativa de
mudança.

Para Mazzei e Prado (2012), um novo tipo de empreendedor surgiu


recentemente, em função da preocupação climática e a crescente escassez de
recursos do planeta, que corresponderia a um empreendedor voltado para as
questões ecológicas, ou seja, um ecoempreendedor.

Este agente tem a possibilidade de desenvolver trabalhos em diversas áreas,


por exemplo (BENETT, 1992):

• recolhem materiais recicláveis para fábricas que os transformam em


novos produtos;

• vendem para empresas e para o público produtos feitos com materiais


reciclados;

• transformam óleo usado de motor, que seria jogado em estradas sujas,


em lubrificantes de alta qualidade;

• reciclam os líquidos resfriados de aparelhos de ar condicionado


quebrados ou desmontados;

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• transformam embalagens plásticas de leite em um plástico parecido com
“madeira”, que não apodrece nem exige manutenção;

• usam jornais velhos para fazer forragens baratas e resistentes a


bactérias, para animais de fazendas;

• transformam sedimentos e restos de alimentos em fertilizantes e


corretivos de solo.

INTRAEMPREENDEDORISMO

Introdução

Quando falamos em empreendedorismo, nosso pensamento nos leva quase


que automaticamente ao empresário, dono de um negócio, aquele que, dentre
os tipos de empreendedor, escolhe lançar sua empresa no mercado.
Entretanto, existem pessoas que, por diversas razões, não conseguem ou não
querem iniciar um negócio próprio, mas nem por isso deixam possuir na sua
essência a chama do empreendedor.

Para Montenegro (2012) o intraempreendedorismo, também conhecido como


Empreendedorismo Corporativo, é um processo que ocorre dentro de uma
empresa existente, independente de seu porte e leva-a não somente a novos
negócios, mas também a outras atividades e orientações inovadoras como o
desenvolvimento de novos produtos, serviços, tecnologias, técnicas
administrativas, estratégias e posturas competitivas.

Isso implica dizer que o intraempreendedor está continuamente desenvolvendo


novos processos, produtos e serviços nas organizações em que atua (MAZZEI
E PARDO, 2012), pois é uma necessidade das empresas para manterem-se
atuantes no mercado.

Hisrich e Peters (2004) reforçam que numa época em que existe uma
hipercompetição no mercado, a necessidade de inovações e de criatividade
exigem que, mais que simples gestores, as empresas busquem pessoas com
características ou perfis empreendedores.

Mazzei e Pardo (2012) apresentam um quadro, adaptado de Dornelas (2001,


apud SILVEIRA et al. 2012), onde diferenciam o que chamam de domínio

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empreendedor (intraempreendedorismo) do domínio administrativo (gestor
convencional).
Domínio Empreendedor Domínio Administrativo

Pressões nessa direção Dimensões chave do negócio Pressões nessa direção

Mudanças Rápidas:
Dirigido pela Dirigido pelos Critérios de medição de
Tecnológicas. Orientação
percepção de recursos atuais desempenho; sistemas e
Valores sociais. estratégica
oportunidades. sob controle. ciclos de planejamento.
Regras políticas.

Reconhecimento de várias
Orientações para ação;
Revolucionário com Análise das Revolucionário de alternativas; negociação
decisões rápidas;
curta duração. oportunidades longa duração. da estratégia; redução do
gerenciamento de risco.
risco.

Falta de previsibilidade
das necessidades; falta Redução dos riscos
Em estágios Decisão tomada
de controle exato; pessoais; utilização de
periódicos com Comprometimento passo a passo,
necessidade de sistemas de alocação de
mínima utilização dos recursos com base em um
aproveitar mais capital e de planejamento
em cada estágio. orçamento
oportunidades; pressão formal.
por mais eficiência.

Poder, status e
Uso mínimo dos
Risco de recompensa financeira;
recursos existentes Habilidade no
obsolescência; Controle dos medição da eficiência;
ou aluguel dos emprego dos
necessidade de recursos inércia e alto custo das
recursos extras recursos.
flexibilidade. mudanças; estrutura da
necessários
empresa.

Coordenação das áreas Necessidade de definição


chave de difícil controle; clara de autoridade e
desafio de legitimar o Informal, com muito Formal, com responsabilidade; cultura
controle da relacionamento Estrutura gerencial respeito à organizacional; sistemas
propriedade; desejo dos pessoal. hierarquia. de recompensa; inércia
funcionários de serem dos conceitos
independentes. administrativos.

Depreende-se do quadro anterior “que um empreendedor está sempre voltado


para o futuro e o administrador, focado no presente, seria impossível escolher
um destes perfis como melhor que o outro, afinal o ideal é que todo
administrador seja empreendedor e vice-versa, porém isso nem sempre se faz
necessário, depende da posição que o sujeito ocupa numa empresa, o ideal de
vida, o planejamento do seu patrimônio entre outras motivações.” (OLIVEIRA,
2012)

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Outro quadro comparativo é apresentado por Hisrich (1998) em Dornelas
(2001. p. 36). Trata-se de uma Comparação entre gerentes tradicionais e
empreendedores. Vejamos:

Para Hisrich e Peter (2004, p. 57), o domínio empreendedor é pressionado:

 pela necessidade de ação;

 Pela escassez de informações para tomada de decisão;

 Pela disposição em assumir riscos;

 Pela existência de poucos especialistas para apoio às decisões; e

 Pelo curto período de tempo em termos de comprometimento com a


oportunidade.

 Já o domínio administrativo (gerencial) não só é lento em agir sobre a


oportunidade, como também, uma vez que a ação se concretize, seu
comprometimento é, em geral para um longo período de tempo, um
período que, em alguns casos, é longo demais.

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Por essa razão, o que os autores chamam de domínio empreendedor tem
sido mais valorizado nas organizações de ponta, uma vez que traz maior
competitividade em função dos perfis dos colaboradores que atuam nesses
ambientes. Perfis caracterizados por:

• Inovações;

• Aproveitamento de oportunidades; e

• Processo de tomada de decisão mais dinâmico.

• Para Hisrich e Peter (2004), a gestão moderna deve buscar as


potencialidades intraempreendedoras nos seus colaboradores, para não
subutilizar recursos criativos e inovadores, o que poderia provocar, além
da frustração a esses profissionais, a perda de oportunidades negociais.

• Trabalhadores que desejam assumir responsabilidades, que têm


necessidade de autorrealização e que reivindicam mais liberdade de
ação, contribuem para a formação do domínio empreendedor interno, e
por isso devem ser valorizados.

Elementos chave do intraempreendedorismo:

• Novo empreendimento: criação de um novo negócio dentro da


organização, desenvolvimento de um novo mercado e de novos
produtos ou serviços.

• Espírito de inovação: aperfeiçoamento dos produtos serviços ou


processos atuais, ou o desenvolvimento de novos processos,
produtos e serviços.

• Autorrenovação: tem conotação de mudança estratégica da


organização, mudando o enfoque na qual foi criada, adaptando-se às
novas exigências e oportunidades.

• Proatividade: assume riscos na condição de experimento e por isso


é arrojada na busca por oportunidades.

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O quadro acima mostra que o gerente gerencia os recursos disponíveis
enquanto ao empreendedor cabe multiplicar os recursos e utilizá-los de forma
surpreendente em favor próprio, da sociedade e do país. Consideramos o
planejamento com visão de futuro um dos principais diferenciais entre o
empreendedor e o administrador. Porém, se planejar é uma das funções
básicas do administrador, apontadas na abordagem clássica, Dornelas (2001,
p. 37) considera isso um paradoxo, pois, “o empreendedor estaria sendo um
administrador completo, que incorpora as várias abordagens existentes sem se
restringir a apenas uma delas se interage com seu ambiente para tomar as
melhores decisões”. (OLIVEIRA 2012).

Percebe-se que o intraempreendedorismo ganha mais força a cada dia dentro


das organizações. Entretanto, para que seja possível o seu aproveitamento, é
necessário que a empresa, seus mantenedores e seus dirigentes estejam
empenhados em construir algo de vital importância para que se obtenha
sucesso: CULTURA ORGANIZACIONAL.

Principais diferenças entre a cultura tradicional e a cultura


intraempreendedora:

Fonte: Mazzei e Pardo (2012), adaptado de Wunderer (2001, apud Fumagalli et al. 2012)

Já sabemos que para que o intraempreendedorismo possa aflorar na empresa


é necessário incrementar uma Cultura empreendedora na empresa. Entretanto,
para que essa Cultura seja criada e torne-se perene, é de vital importância que
a empresa implemente um processo de gestão que permita esse
desenvolvimento, ou seja, uma Gestão Empreendedora.

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Hisrich e Peters (2004) apontam 9 passos para a implementação de uma
estrutura de Gestão Empreendedora:

1 - Assegurar o comprometimento da alta administração para com o


intraempreendedorismo. Nessa etapa, trabalha-se a conscientização da alta
administração, a identificação e formação dos líderes intraempreendedores, e
a transformação da cultura organizacional em uma cultura intraempreendedora.
O processo de treinamento precisa concentrar-se em obter os recursos dentro
da organização, identificar as oportunidades de negócio e o desenvolvimento
do plano de negócios.

2 - Detectar as ideias e áreas gerais de interesse da alta administração,


juntamente como o capital de risco necessário para o lançamento do conceito.
Estabelecer uma estrutura mentor/patrocinador para garantir a transformação
da cultura empreendedora.

3 – Usar a tecnologia para se tornar mais flexível e se comportar como as


grandes corporações, no que se refere à capacidade de atuação tecnológica.

4 – Estabelecer firmemente uma cultura empreendedora utilizando gerentes


realmente interessados para treinar os funcionários e compartilhar
experiências.

5 - Desenvolver maneiras de se aproximar de seus clientes. Pode ser por meio


de aquisição de banco de dados, da utilização de estratégias de empresas
menores, e ainda fazendo parceria com fornecedores e distribuidores.

6 - Ser mais produtiva utilizando menos recursos.

7 - Estabelecer uma forte estrutura de sustentação para o


intraempreendedorismo até mesmo nas estruturas menores da organização,
que acabam, muitas vezes, sendo esquecidas.

8 - Envolver a ligação das compensações de desempenho, de maneira a


valorizar e estimular as unidades intraempreendedoras.

9. Implementar um sistema de controle de maneira que as unidades


intraempreendedoras bem-sucedidas se expandam e as fracassadas sejam
eliminadas.

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INOVAÇÃO

DEZ MAIORES
INOVAÇÕES DE 2016
(REVISTA EXAME)
1 - SpaceX Falcon 9: o foguete reutilizável

A SpaceX foi capaz de aterrissar um foguete


em uma plataforma no oceano Atlântico. O
foguete Falcon 9 se torna uma boa opção para
o envio de alimentos a Marte e outros lugares
no espaço, cortando custos de missões
espaciais futuras. Ele ainda deve ser
ferramenta para uma possível exploração a
Marte.

2 - Facebook Aquila: internet dos céus

Provando novamente que é mais do que uma rede


social, o Facebook realizou um voo de teste com um
drone alimentado por energia solar e capaz de
fornecer conexão à internet para populações em
locais ermos. Chamado de Áquila, o avião faz parte
da Internet.org, iniciativa do Facebook para conectar
os não conectados. Durante os testes, o Aquila teve
uma falha estrutural na hora do pouso –ele é um
protótipo, afinal.

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3 - Bolt: o carro elétrico para as massas

Se os carros elétricos vão salvar o mundo, eles têm


que servir como substituto para boa parte dos que
queimam combustível. Para isso, não adianta
cobrar centenas de milhares de dólares. O Bolt, da
GM, quer ser esse carro para as massas. Com preço
estimado em 35 mil dólares, ele será capaz de
percorrer até 380 quilômetros com uma carga de
bateria. Mas ele tem um concorrente à altura: o
A prefeitura de Paris pretende substituir todos Tesla Model 3. Neste momento, os dois são a
os carros movidos a combustíveis fósseis na melhor esperança para o meio ambiente nesse
cidade até 2030. (Fonte: CBN, em 16.10.2017) campo

4 - Spectacles: os óculos que filmam

Inovar não é só trazer novas


tecnologias–também é saber como usá-
las. O Google tentou e falhou. Agora, é
a Snap (empresa do Snapchat) quem
tenta trazer óculos digitais e
conectados: Os Spetacles. O par de
óculos escuros fazem vídeos de até 30
segundos para serem compartilhados
no Snapchat. A julgar pelo visual, a
empresa sediada em Los Angeles já sai
bastante na frente do Google.

5 - Teto solar da Tesla

Além dos carros, a Tesla quer revolucionar como


consumimos energia elétrica em nossas casas. A
empresa anunciou sua primeira linha de painéis
solares. Como era de se esperar, eles não parecem
com nada já feito nessa área. O telhado é
construído com vidro texturizado e células solares
integradas. Isso deixa os painéis praticamente
invisíveis graças a uma pintura especial que deixa as
células solares transparentes.

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6 - Moto Z: o futuro dos smartphones?

Nos últimos anos, o mercado de


smartphones parece ter desacelerado em
inovação. Mas a Lenovo mudou isso em
2016. O Moto Z traz uma perspectiva
interessante com seus acessórios
modulares. Os ímãs na traseira permitem
que o Moto Z se conecte a acessórios como
câmera, bateria extra, caixa de som da JBL
ou até um mini projetador. O Moto Z pode
ser, hoje, um indicativo do que devemos
ver nos smartphones do futuro.

7 - Skype Translator: uma barreira a menos

O Skype quebrou uma barreira que


prejudica a comunicação: a língua.
O Skype Translator é uma tecnologia que
faz traduções simultâneas de voz em
conversas por áudio ou vídeo.. Ela já fala
diversas línguas, inclusive o português.
Baseado em machine learning, o recurso
deve ficar mais inteligente à medida que
é usado. Para ele ter uma boa base do
português, os computadores da
Microsoft foram inundados com
conversas e sotaques da nossa língua.

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8 - Google Daydream: construção da realidade virtual

Em 2016, o Google anunciou sua plataforma de


realidade, o Daydream. Com ela, desenvolvedores
podem construir mundos virtuais dentro da realidade
virtual, sem a necessidade de uma tela de computador.
O Daydream serve também para que pessoas interajam
e joguem games. Por enquanto, a plataforma é
compatível apenas com os óculos de realidade virtual do
Google. Eles são equipados com um controle
com sensores inteligentes que entendem os movimentos
e gestos do usuário.

9 - Uber: carros autônomos

A visão de futuro do Uber não é segredo


para ninguém: uma frota de carros
autônomos que vão levar passageiros a
todos os lugares. Em setembro deste ano,
a companhia fez os primeiros testes com
esse tipo de serviço na cidade americana
de Pittsburgh. Os veículos utilizados foram
o XC 90, da Volvo. Eles têm sensores que
captam o ambiente ao seu redor para se
locomover com segurança. Os testes ainda
estão sendo realizados.

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10 - Bots do Messenger: robôs no seu bolso

Os chatbots (robôs que conversam)


eram uma promessa até o Facebook
permitir que eles funcionassem no
Messenger. Depois disso, se tornaram
uma realidade. Eles podem ser usados
para atendimento ao cliente, na
oferta de serviços e até para
aproximar fãs de seus ídolos. Os
chatbots são o começo darevolução
que a inteligência artificial deve
promover.

O PROCESSO EMPREENDEDOR

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