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Conheça e aprenda a aplicar o PDCA, metodologia de gestão que irá ajudar você
e seu time a focar no que realmente importa para alcançar suas metas
Nós do Canal Sonho Grande acreditamos muito na frase que
diz que sonhar grande e sonhar pequeno dá o mesmo
trabalho, dita por Jorge Paulo Lemann e, com certeza,
preferimos sonhar grande!
2
POR QUE O PDCA É IMPORTANTE
Alguma vez sua empresa, time ou até você mesmo teve algum
resultado abaixo do esperado, mas não sabia bem o motivo?
A P
50 por William Edwards Deming. Porém, Deming usou como
base o ciclo de Shewhart, desenvolvido por Walter A. Shewhart,
engenheiro americano que introduziu o controle estatístico de
processos, base para o conceito da qualidade total.
C D
Por mais que Deming e Shewhart tenham sido os principais
responsáveis para a metodologia utilizada hoje, os fundamentos
do PDCA foram na verdade construídos desde o século XVII com
René Descartes, a partir do desenvolvimento do método
científico.
1 Identificação do Problema
Act Plan
A P
Análises dos Desvios
e Implantação das 7 3 Levantamento das Causas
ações corretivas
4 Plano de Ação
1) Identificação do Problema
Antes de se planejar qualquer tipo de ação de melhoria, é fundamental primeiramente identificar qual o real problema que se quer
resolver. Por esse motivo é importante termos muito claro qual a definição de problema:
Melhor
Problema
1) Identificação do Problema
Logo, é fundamental que essa identificação seja definida com base nos
principais indicadores de resultado. Se o intuito é identificar o principal
problema de uma empresa, são observadas métricas como por
exemplo:
Caso tenha interesse, temos em nosso site uma publicação que fala
sobre como definir indicadores e metas.
ETAPAS DO CICLO PDCA
1) Identificação do Problema
1) Identificação do Problema
O output dessa etapa é a definição da meta que queremos alcançar. A diferença entre o patamar atual e o que queremos alcançar é o
problema, ou oportunidade, como mencionamos antes. Mas nem sempre temos o tempo e recursos necessários para "capturar" toda a
oportunidade identificada, por esse motivo é bastante importante avaliar o quanto dela é possível atingir no tempo esperado.
Importante destacar que uma meta é definida por um objetivo, um valor e um prazo.
Melhor
Valor
Problema
Meta Ex: Aumentar a receita em 25% em 1 mês
Objetivo Prazo
1) Identificação do Problema
Vamos imaginar que uma loja de roupas possui 2 unidades e tem tido uma forte queda em sua receita ao longo dos últimos três meses,
enquanto seus gastos se mantiveram no mesmo patamar.
Podemos perceber que o problema da empresa é a receita, a qual diminuiu 20% em relação ao resultado de 2 meses atrás. Nesse caso o
benchmark utilizado é um dado histórico da própria empresa, ou seja, um benchmark interno.
30,000
27,000
24,000 -20%
Lojas de roupas
1) Identificação do Problema
A partir desse problema de queda de 20% da receita, precisamos definir uma meta, que nesse caso será de voltarmos ao mesmo patamar
de dois meses atrás, o que é equivalente a aumentarmos em 25% a receita atual (Março). Logo, a nossa meta será:
META
Aumentar a receita em 25% em 1 mês.
2) Desdobramento do Problema
O objetivo da etapa de desdobramento do problema, é quebrar esse problema em partes menores. Isso irá nos ajudar a entender e focar
onde temos maior oportunidade para melhorar o resultados.
Dando continuidade ao exemplo, sabemos que o resultado geral de receita é o somatório das vendas das duas lojas, então, o primeiro
passo é identificar se apenas uma delas foi responsável pelo problema.
Como podemos perceber a loja A reduziu sua receita em 27%, enquanto a loja B em 8%. Logo a principal responsável pela queda geral de
20% da receita foi a loja A.
Receita e Gastos | Lojas A e B Receita por Loja
30,000 18,600
27,000 16,500
24,000 -20% -27%
13,500
-8%
20,000 20,000 20,000 11,400
10,500 10,500
2) Desdobramento do Problema
Vamos desdobrar ainda mais esse problema da loja A. A receita de uma única loja nada mais é que o somatório da receita de todos os seus
produtos.
Ao desdobrarmos a receita da loja A por produto, vemos que apenas o produto #1 já representa 75% da receita que faltou para atingir a
meta.
Focar na melhoria dos resultados desse produto parece ser a melhor alternativa visto a grande representatividade.
Para visualizarmos isso de uma maneira mais fácil podemos utilizar o diagrama de pareto. Nas colunas temos a distância das vendas
realizadas para as respectivas metas e na linha o total acumulado de quanto isso representa.
Diagrama de Pareto
Receita (R$) | Loja A
4,5 00 120 %
4,0 00
3,810
Realizado Meta 98% 100% 100 %
93%
(Março) (Janeiro) 86%
75%
3,0 00 80%
60%
1,5 00 40%
600
#4 1,620 1,860 -240 5% 98% 500
330 240
20%
#1 #2 #3 #4 #5
Total 13,500 18,600 -5,100 100% 100%
Diferença (Módulo) % Acumulado
ETAPAS DO CICLO PDCA
2) Desdobramento do Problema
Considerando que a receita nada mais é que a multiplicação entre preço médio e volume de venda, o último desdobramento que
precisamos fazer é para descobrir se o produto #1 ficou tão distante do esperado devido a queda do preço médio de venda ou do volume.
Como podemos ver o preço teve uma leve queda de 4% em comparação com Janeiro mas o volume de vendas despencou 28 vendas, que
representa uma queda 56% do valor de janeiro. Agora temos claro qual o nosso problema específico que queremos resolver:
Loja A
2) Desdobramento do Problema
Focando os nossos esforços nesse problema, iremos usar de forma mais inteligente nosso tempo, dado que é o grande responsável pela
queda do resultado da receita.
Nesse exemplo, fizemos apenas 3 quebras, porém em diferentes situações muitas outras podem ser feitas, inclusive em ordens diferentes.
Não há um número de desdobramento ideal, o importante é sempre ter em mente que o objetivo de desdobrarmos o problema é o de
facilitar a identificação das oportunidades e também a realização da etapa de levantamento de causas que falaremos agora.
Receita
1
Loja A Loja B
2
#1 #2 #3 #4 #5
Problema Específico
Queda de 28 unidades do volume de 3
Preço Volume vendas do produto #1 na loja A!
ETAPAS DO CICLO PDCA
3) Análise de Causas
Sabendo exatamente qual o problema específico que queremos resolver, o próximo passo é identificar as causas dele. As causas são as
ações, falhas nas etapas do processo que motivaram o resultado negativo.
Existem algumas boas práticas e ferramentas que podem ser usadas para facilitar essa etapa. Uma delas é a realização de um
brainstorming com uma equipe com participantes de diferentes níveis hierárquicos e áreas do processo que se quer analisar. O objetivo do
brainstorming é levantar o máximo de causas possíveis. Reunir um grupo de pessoas diferentes tende a aumentar o número de causas
levantadas.
Brainstorming: Incentive as pessoas a sugerirem todas as possíveis causas para o problema específico que estão analisando e tenha
atenção aos seguintes pontos:
3) Análise de Causas
Após o levantamento dessas primeiras e inúmeras causas é o momento de organizá-las de forma que identifiquemos a causa raiz do
problema. Para isso o Diagrama de Ishikawa e o método dos 5 Por quês podem auxiliar bastante.
Diagrama de Ishikawa: A partir das possíveis causas levantadas na etapa de brainstorming comece a montar o diagrama de Ishikawa.
Esse diagrama nos ajuda a estruturar cada uma das causas e visualizarmos de forma mais clara quais são causas primárias, secundárias,
terciárias... até alcançarmos as causas raízes.
Na imagem temos nas extremidades palavras que são conhecidas como os 6Ms. Esses grupos servem como referências para possíveis
causas relacionadas aos problemas. Eles são baseados na indústria, tendo em vista que o PDCA foi difundido nesse segmento
primeiramente, mas, com certeza, esses grupos podem ser adaptados para outros negócios. De forma geral cada um dos grupos refere-se:
Meio Ambiente Mão de Obra Método
Causa Secundária
• Mão de Obra: Habilidades, treinamentos e motivação; Causa raiz
3) Análise de Causas
5 porquês: É uma referência de quantas vezes devemos perguntar “Por quê?” desde o problema específico para acharmos a causa raiz.
Isso ajuda a não pararmos em causas muito superficiais, no entanto, perguntar 5 vezes não é uma regra. Geralmente, será possível perceber
que a causa raiz foi encontrada quando as respostas começarem agregar menos valor à análise.
Ainda não está muito claro como realizar essa etapa? Não se preocupe, vamos das continuidade ao exemplo no próximo slide.
5 porquês
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
Por quê?
ETAPAS DO CICLO PDCA
3) Análise de Causas
Na etapa de desdobramento do problema chegamos a conclusão de que o problema específico que queremos resolver é a queda de 28
unidades do volume de vendas do produto #1 na loja A!
Tendo isso claro, podemos partir para os porquês. Abaixo temos o exemplo do racional de 2 causas raízes. Se relacionamos a natureza
destas causas aos 6M, vemos que a primeira está relacionada a Mão de Obra e a segunda ao Meio Ambiente. A ideia é repetir esse processo
para cada um dos outros Ms mencionados anteriormente para encontrarmos as demais possíveis causas raízes.
Causa 1 Causa 2
Por que houve queda no volume de vendas do produto #1 na loja A? Por que houve queda no volume de vendas do produto #1 na loja A?
Por quê? Porque o poder de persuasão dos vendedores Por quê? Produto está atualmente exposto em uma posição
foi abaixo do esperado. que dificulta a visão dos clientes.
Por quê? Porque não possuem argumentos prontos para conseguir Por quê?
Por que alteramos a disposição dos produtos na loja.
convencer o cliente do valor do produto.
Por quê? Por quê?
Porque não consolidamos um material e Para dar maior visibilidade aos produtos novos.
treinamento específico para melhorar o
desempenho na negociação. Causa Raiz
Causa Raiz
ETAPAS DO CICLO PDCA
4) Plano de Ação
Tendo claro qual o problema que se quer resolver, os problemas específicos e as respectivas causas raízes, já temos conhecimento para
propormos ações eficientes para melhorarmos os resultados. A etapa do plano de ação, como o próprio nome diz, é onde consolidamos o
plano que solucionará o problema. Dois pontos importantes para a consolidação do plano são:
• Deve ser suficiente para atingir o resultado esperado, ou seja, resolver completamente o problema geral definido no início do ciclo
PDCA.
• O plano deve conter todos os elementos necessários para execução e acompanhamento. Para isso um ótimo framework é a matriz
5W2H.
Utilizar todos esses elementos para especificar cada uma das ações não é obrigatório, porém é uma ótima referência para que nenhum
elemento importante seja deixado de lado.
ETAPAS DO CICLO PDCA
4) Plano de Ação
Como listamos apenas duas causas raízes, iremos exemplificar um plano que esteja relacionado a elas apenas. As ações que poderiam ser
listadas são:
Da matriz 5W2H que comentamos anteriormente, incluímos apenas os detalhes que eram mais essenciais para esse exemplo: o que é a
ação, quem irá executá-la, até quando precisa ser finalizada, local e quanto deve ser gasto.
ETAPAS DO CICLO PDCA
É nessa etapa que executamos o plano de ação elaborado. Durante a execução é fundamental que tenhamos ferramentas e rotinas de
reuniões que viabilizem o acompanhamento e cumprimento dos prazos estabelecidos.
Uma forma de gerenciar esse plano é através do método Kanban, que auxilia no acompanhamento visual e simples das ações. Conforme as
atividades são desempenhadas, cada tarefa é colocada no campo do status correspondente: to do (a realizar), doing (em andamento)
e done (finalizado).
Você pode consolidar o Kanban com um quadro branco e post-its ou utilizar ferramentas digitais como o Trello ou Asana.
Kanban
To Do Doing Done
ETAPAS DO CICLO PDCA
Após a execução de algumas ações já é possível verificar se o resultado está melhorando. Esse passo é fundamental para:
• Validarmos que as ações estão sendo cumpridas no prazo e com a qualidade esperada. Se não cumprirmos com o plano, o mais lógico é
que não consigamos resolver o problema.
• Após a validação de que o plano está sendo cumprido, verificar se os resultados estão melhorando da maneira esperada, ou seja,
comparar o resultado atual ao resultado esperado (desvio).
O levantamento dos desvios é um pré-requisito para a realização da análise no passo seguinte. Dando continuidade ao exemplo, após a
realização das duas ações planejadas e o mês de abril ter sido finalizado, percebemos que aumentamos as vendas em 23 unidades pra o
produto #1, faltando apenas 5 unidades para bater e meta de melhoria desse produto #1.
Loja A
140 130 128 125 125 140
120 120
100 100
80 80
50 45
60 39 60
40 22 -23 Unidades
40
20 20
0 0
Na análise dos desvios e implantação das ações corretivas temos a missão de entender se o que executamos trouxe o retorno esperado e
por quê. É nesse momento do ciclo que vamos ter a real percepção do que fizemos muito bem e deve ser mantido, e aquilo que temos
oportunidade de melhorar.
Pode ocorrer de algumas vezes executarmos o plano de ação de forma correta e não atingirmos os resultados, mostrando ou que houve
fatores externos que impactaram ou que o plano era insuficiente. Pode ocorrer a situação totalmente oposta, não executamos as ações
previstas e mesmo assim atingimos o resultado, devido a premissas não consideradas na definição das metas e plano de ação. O mais
importante é sempre refletirmos os motivos para o atingimento ou não do resultado.
Existem dois tipos de desvios de resultados, os desvios positivos, que são resultados melhores que os esperados, e os desvios
negativos, que indicam um desempenho abaixo das expectativas.
A partir desses desvios, devemos compreender quais ações foram bem sucedidas e devem se tornar boas-práticas e aquelas que não
funcionaram. Para as que não funcionaram, precisamos propor novas ações (ações corretivas) que possam melhorar o resultado, as quais
serão acrescentadas ao plano de ação.
Uma boa referência de como analisar os desvios negativos é o Relatório de 3 Gerações (R3G), o qual avalia:
• Passado: O que estava planejado? O que foi feito? Que resultados atingimos?
• Presente: Quais são os problemas identificados?
• Futuro: Quais ações de contramedida realizaremos?
ETAPAS DO CICLO PDCA
8) Padronização