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DECISÃO
Documento eletrônico VDA26669673 assinado eletronicamente nos termos do Art.1º §2º inciso III da Lei 11.419/2006
Signatário(a): FELIX FISCHER Assinado em: 18/09/2020 17:29:23
Publicação no DJe/STJ nº 2996 de 21/09/2020. Código de Controle do Documento: 32e9aa9b-9591-4bd7-b84e-08f8ef8dbcdf
(e-STJ Fl.230)
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(e-STJ Fl.231)
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(e-STJ Fl.232)
alegado por ele próprio, desde a mais tenra idade com a patologia indicada, teria
devidamente honrado os poderes conferido, se antecipando no pedido de adiamento ou
até mesmo substabelecendo a outro colega em condições de saúde para proceder o
julgamento, pois o mesmo não poderia ficar paralisado aguardando seu
restabelecimento, motivo pelo qual foi mantida a sessão plenária designada para o dia
18/12/2019, havendo de ser novamente ressaltada a gravidade do delito diante da
eventual motivação preconceituosa e da data de sua ocorrência, 1998. Ademais,
conforme despacho exarado às fls. 1327/1328, os defensores foram devidamente
advertidos que atitudes procrastinatórias ensejariam, em obediência ao princípio
processual da cooperação e boa fé (art. 5º e 6º do CPC, aplicado subsidiariamente ao
processo penal), aplicação de multa, sujeita à majoração no caso de reincidência, bem
como responsabilização criminal a ser apurada e ofício perante a Ordem dos Advogados
do Brasil acerca da conduta ética e profissional, e em que pese essas advertências, de
que a plenitude de defesa hoje se confunde como um “vale tudo”, insistiu o impetrante
na prática de atos já inadmitidos por essa presidente por serem contrários a legalidade,
boa-fé e cooperação processual.” (...) (doc. único fls. 43/45). - grifei
Ocorre que, compulsando os autos, contudo, vislumbro que o causídico
protocolou pedido de adiamento da sessão plenária em 12/12/2019, cerca de uma
semana antes da sua efetiva realização (em 18/12/2019 - fls. 16-20), pedido este que foi
acompanhado do respectivo atestado médico, com data de 12/12/2019 (fl. 15).
Embora zeloso o d. Juízo a quo com a causa e os prazos processuais, não há
nos autos nenhum motivo para que não se dê credibilidade ao atestado médico que
afastara o patrono de suas atividades até data posterior à sessão plenária - que, de
fato, havia sim sido marcada com muita antecedência.
Diante disso, não obstante a total inadequação da via eleita e a conduta
escorreita do d. Juízo a quo ao não remarcar a sessão pelas razões que expôs, até
mesmo porque o réu não estava desassistido, tem-se que o abandono da causa não
restou configurado, pela antecedência do pedido supra, que estava também
acompanhado da documentação hábil.
Assim, sem adentrar a conduta técnica/moral do patrono como um todo e
sem prejuízo de qualquer diligência pela Ordem dos Advogados do Brasil, no caso
concreto, pontualmente, não se vislumbra o abandono da causa apto à aplicação da
multa do art. 265, caput, do CPP.
Ante o exposto, conheço e dou provimento ao recurso ordinário em
mandado de segurança para afastar a multa aplicada com amparo no art. 265,
caput, do CPP.
P. I.
Brasília, 18 de setembro de 2020.
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