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Monitoria – SOI I

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Mariana Bleza
Proteínas Globulares
APG 12
PROTEÍNAS GLOBULARES
Polipeptídeos firmemente dobrados em forma de
“bola” e solúveis em água
enzimas

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albuminas (transporte)
hemoglobina (transportador de oxigênio das
hemácias)

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PROTEÍNAS FIBROSAS
As proteínas fibrosas apresentam forma alongada,
são geralmente insolúveis e desempenham um
papel basicamente estrutural nos sistemas
biológicos.

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colágeno (a principal proteína do tecido conjuntivo)
queratina (cabelo, lã, escamas, unhas e penas)
elastina (encontrada nos vasos sanguíneos)
PROPRIEDADES ESTRUTURAIS
DAS PROTEÍNAS

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1. Estrutura primária: A estrutura
primária é a seqüência de aminoácidos
que compõem a cadeia polipeptídica. A
ordem exata dos aminoácidos em uma
proteína específica é a estrutura

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primária dessa proteína.

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PROPRIEDADES ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS

2. Estrutura secundária: A estrutura secundária diz respeito aos padrões regulares e repetitivos que
ocorrem localmente no enovelamento do esqueleto da proteína. Os dois arranjos locais mais comuns
nas proteínas são a alfa-hélice e a beta-folha.

Alfa-HéliceMonitoria – SOI I
Numa alfa-hélice, o esqueleto polipeptídico se enrola em torno do eixo de uma hélice imaginária, no
sentido horário.

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PROPRIEDADES ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS

2. Estrutura secundária: A estrutura secundária diz respeito aos padrões regulares e repetitivos que
ocorrem localmente no enovelamento do esqueleto da proteína. Os dois arranjos locais mais comuns
nas proteínas são a alfa-hélice e a beta-folha.

Beta-folha Monitoria – SOI I


Na estrutura secundária denominada beta-folha, o esqueleto polipeptídico está quase completamente
estendido. Os grupos R se alternam para cima e para baixo ao longo do esqueleto estendido.

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PROPRIEDADES ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS

3. Estrutura terciária: A estrutura terciária diz respeito à forma tridimensional específica assumida
pela proteína como resultado do enovelamento global de toda a cadeia polipeptídica.

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PROPRIEDADES ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS

Efeitos da Água no Dobramento das Proteínas


A água forma uma “caixa” que mantém a proteína dobrada. Isso ocorre porque as pontes de hidrogênio
mantêm as moléculas de águas juntas. A água repele as cadeias laterais de aminoácidos apolares,

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forçando-os para o interior da proteína. As cadeias laterais polares interagem com a água,
permanecendo na parte externa da proteína.

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PROPRIEDADES ESTRUTURAIS DAS PROTEÍNAS

4. Estrutura quaternária: Muitas proteínas são constituídas por mais de uma cadeia polipeptídica. A
estrutura quaternária descreve a forma com que as diferentes subunidades se agrupam e se ajustam
para formar a estrutura total da proteína.

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Estrutura da hemácia
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- A principal função das
hemácias é levar oxigênio
dos pulmões para os

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tecidos;
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Possui grande quantidade
de anidrase carbônica,

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permitindo o transporte do
CO2 na forma de íon
bicarbonato – menos tóxico
 Tampão ácido-base;

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São discos bicôncavos;

São flexíveis de acordo com


a espessura dos vasos que
atravessam;
FORMAÇÃO DA HEMOGLOBINA

- Começa nos proeritroblastos até

-
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os reticulócitos;

Heme + Globina;

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- Existem cadeias alfa, beta, gama e
delta;

- A forma mais comum de


hemoglobina no ser humano

-
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adulto é a Hemoglobina A (duas
alfa e duas beta);

Cada hemoglobina transporta 4


moléculas de oxigênio;
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LIGAÇÃO DA HEMOGLOBINA AO
OXIGÊNIO

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Ligação frouxa e reversível;

Isso acontece pois ela se


combina com o O2 nos pulmões

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mas depois precisa liberá-los
nos tecidos, onde a tensão de
oxigênio é menor que nos
pulmões;

- Cerca
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de 97% do
transportado dos pulmões para
O2

os tecidos são transportados em


combinação química com a
hemoglobina nas hemácias.
- HbO2  Oxi-hemoglobina;
- A entrada do oxigênio nas hemácias aumenta a capacidade de transporte desse gás no sangue;
- Se todos os locais de ligação da hemoglobina estiverem ocupados por oxigênio, o sangue estará 100%
oxigenado, ou saturado com oxigênio;
- Cooperatividade positiva: a ligação da primeira molécula de O2 a grupo heme aumenta a afinidade para a

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segunda molécula de O2; a ligação da segunda molécula aumenta a afinidade pela ligação da terceira e assim
por diante.

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DIÓXIDO DE CARBONO (CO2):
→ Apenas 7% do CO2 está dissolvido no plasma venoso; o
restante (93%) difunde-se para os eritrócitos, sendo que 23%
deles liga-se à hemoglobina (HbCO2 - carbaminoemoglobina)
e 70% são convertidos em bicarbonato (HCO3-), ou seja, 3

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formas de transporte;
• O transporte na forma de HCO3- ajuda para atuar com
um tampão ácido-base;
• A conversão de CO2 para HCO3- é feito pela anidrase
carbônica.

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MONÓXIDO DE CARBONO (CO):
→ O CO reduz o O2 ligado à hemoglobina;
→ O CO liga-se à hemoglobina com afinidade 250x maior que

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o O2, formando a carboxiemoglobina;
→ Já que o O2 não consegue se ligar aos grupos heme já
ligados ao CO, há menos sítios disponíveis para a ligação do
O2;
→ Além disso, os sítios que ficam disponíveis possuem
afinidade aumentada pelo O2, dificultando a descarga de O2
aos tecidos;
→ Efeitos catastróficos.
METABOLISMO DO FERRO

-
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Quando absorvido no
transportado pela transferrina;
intestino, é

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- No citoplasma o ferro vira ferritina (ferro de
depósito);

- Quando as hemácias completam seu ciclo


de vida, a hemoglobina é fagocitada, o ferro

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é liberado e sua maior parte é armazenado
na forma de ferritina.
TIPOS DE HEMOGLOBINA:

Metemoglobina. Se o componente ferro do domínio permanece no estado férrico, ou Fe3+ (em


vez do estado normal Fe2+), a hemoglobina é chamada metemoglobina. A metemoglobina não se

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liga ao O2. A metemoglobinemia tem diversas causas, incluindo a oxidação do Fe2+ a Fe3+ por
nitritos e sulfonamidas. Existe também variante congênita da doença na qual ocorre redução da
metemoglobina redutase, enzima nos eritrócitos que, normalmente, mantém o ferro no seu estado
reduzido.

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Hemoglobina fetal (hemoglobina F, HbF). Na hemoglobina fetal, as duas cadeias β estão
substituídas por cadeias γ dando sua denominação de α2γ2. A consequência fisiológica dessa
modificação é que a hemoglobina F tem maior afinidade por O2 do que a hemoglobina A,
facilitando o movimento do O2 da mãe para o feto. A hemoglobina F é variante normal presente no

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feto, sendo substituída pela hemoglobina A no primeiro ano de vida.

Hemoglobina S. A hemoglobina S é variante anormal da hemoglobina que causa a anemia


falciforme. Na hemoglobina S, as subunidades α são normais, mas as β são anormais, recebendo
a denominação. Na forma desoxigenada, a hemoglobina S forma eritrócitos distorcidos, em formato
de foice. Essa deformação pode resultar na oclusão de pequenos vasos sanguíneos. A afinidade
por O2 da hemoglobina S é menor que a afinidade da hemoglobina A pelo O2.
HEMOGLOBINA GLICOSADA

-
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Corresponde a união da hemoglobina com
a glicose presente no sangue.

Uma vez ligadas, a glicose permanece na

-
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hemoglobina durante todo o seu tempo de
vida, entre dois a três meses.

A hemoglobina glicosada é utilizada para o


diagnóstico e monitoramento da diabetes.

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Quanto mais açúcar no sangue, maiores
são as chances da hemoglobina ser
glicosada
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Anemia Falciforme
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→ Ocorre em 0,3% a 1,0% dos negros da
África Ocidental e dos afroamericanos;

FISIOPATOLOGIA:
→ O aminoácido valina é substituído pelo
ácido glutâmico em uma cadeia beta;

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→ Quando essa hemoglobina modificada
(hemoglobina S) é exposta a hipóxia,
acidose ou desidratação, formam-se cristais
alongados no interior das hemácias, que

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impossibilitam a passagem por capilares
muito pequenos, podendo romper a
membrana celular;

→ Anemia.

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→ As células falciformes se enredam com
outras células falciformes, à medida que
passam pelos vasos menores, fazendo as
células se aglomerarem e bloquearem o
fluxo;

→ Dano aos tecidos e dor por hipóxia.


GENÉTICA
→ Padrão autossômico recessivo;
→ A doença é causada por uma alteração do cromossomo 11.
→ Para que haja a anemia falciforme é necessário que a mãe e o pai tenham e transmitam o gene defeituoso.

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→ Quando se recebe o gene defeituoso só de um dos pais, chamamos essa pessoa de portadora de traço
falciforme.
→ Indivíduos heterozigotos da Hb S são assintomáticos e representados laboratorialmente por Hb AS. Esses
indivíduos não apresentam a doença, nem possuem anormalidades no número e forma das hemácias, geralmente
evidenciadas por análise de rotina;

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Qual a origem do gene?
- Seleção natural: quando em heterozigose com o gene β normal (traço falcêmico), ele confere uma vantagem
biológica ao proteger o indivíduo contra as formas graves de malária!

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- Quando o Plasmodium invade a hemácia portadora do traço falcêmico, a HbS presente nessa célula se
desnatura de forma extremamente rápida. Tal fenômeno se acompanha de uma modificação antigênica na
membrana plasmática: agregação da proteína banda 3. Autoanticorpos anti-banda 3, fisiologicamente presentes
na circulação, opsonizam a superfície externa das hemácias parasitadas, aumentando a taxa de
eritrofagocitose (remoção de hemácias pelo baço). O rápido clearance dessas células impede o surgimento de
altos níveis de parasitemia, dando tempo ao sistema imune para se adaptar e atingir o controle espontâneo da
infecção!
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MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
→ Hemólise intravascular;

 Disfunção endotelial;

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 Estado de inflamação sistêmica crônica;

 Vaso-oclusão capilar  Crises falcêmicas agudas;

 Hiperplasia e fibrose nos grandes vasos  AVE e infarto;

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 No Brasil, TODOS os recém-nascidos, por lei, devem realizar o
teste do pezinho (entre 2-30 dias de vida), a fim de detectar uma
série de doenças genéticas, incluindo a anemia falciforme. Tal
conduta se justifica porque a adoção precoce de medidas

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preventivas é capaz de mudar a história natural da doença,
reduzindo sua morbimortalidade.

 Os principais “órgãos-alvo” da doença são: (1) baço; (2) ossos;


(3) rins; (4) cérebro; (5) pulmões; (6) pele; e (7) coração.

 (1) profilaxia contra o pneumococo; (2) reativação da síntese de


HbF; (3) hemotransfusão; e (4) uso de quelantes de ferro.
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Obrigada!
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