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CONCEITOS BÁSICOS.

FATO, ATO E NEGÓCIO JURÍDICO1

FATO - QUALQUER OCORRÊNCIA

FATO NÃO
FATO JURÍDICO LATO SENSU OU EM SENTIDO AMPLO
JURÍDICO

FATO NATURAL OU FATO JURÍDICO STRICTO FATO HUMANO OU FATO JURÍGENO


SENSU (EM SENTIDO ESTRITO) + VONTADE

ORDINÁRIO EXTRAORDINÁRIO ATO ILÍCITO ATO LÍCITO


Ex.: decurso do Ex. Catástrofe natural PENAL ATO JURÍDICO LATO SENSU (amplo)
tempo. não esperada
CIVIL
ADMINISTRATIVO

NEGÓCIO ATO JURÍDICO EM


JURÍDICO SENTIDO ESTRITO

Ex.: O decurso do tempo constitui ato jurídico em sentido estrito FATO JURÍDICO. (errada) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA

Uma ocorrência que interessa ao Direito, ou seja, que tenha relevância jurídica. O fato jurídico lato
FATO JURÍDICO sensu pode ser natural, denominado fato jurídico stricto sensu. Esse pode ser um fato ordinário ou
extraordinário. Pode o fato ser ainda humano, surgindo o conceito de fato jurígeno.

Trata-se de um fato jurídico com elemento volitivo e conteúdo lícito. Tartuce, Zeno Veloso, Orosimbo
Nonato, Vicente Ráo, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho estão filiados à corrente
doutrinária que afirma que o ato ilícito não é jurídico, por ser antijurídico (contra o direito).
ATO JURÍDICO
Todavia, a questão não é pacífica, pois doutrinadores como Pontes de Miranda sustentam que o ato
ilícito também é ato jurídico. Esse também é o posicionamento de José Carlos Moreira Alves, autor
da Parte Geral do Código Civil de 2002.

Ato jurídico em que há uma composição de interesses das partes com uma finalidade específica. O
NEGÓCIO JURÍDICO
negócio jurídico constitui a principal forma de exercício da autonomia privada e da liberdade negocial.

No ato jurídico stricto sensu, os efeitos da manifestação de vontade estão predeterminados pela lei.
Para Marcos Bernardes de Mello, destacado intérprete da obra de Pontes de Miranda, o ato jurídico
ATO JURÍDICO stricto sensu é um “fato jurídico que tem por elemento nuclear do suporte fático a manifestação ou
STRICTO SENSU declaração unilateral de vontade cujos efeitos jurídicos são prefixados pelas normas jurídicas e
invariáveis, não cabendo às pessoas qualquer poder de escolha da categoria jurídica ou de
estruturação do conteúdo das relações respectivas”

Pontes de Miranda : são os atos humanos a cujo suporte fático se dá entrada, como fato jurídico, no
mundo jurídico, sem se atender, portanto, à vontade dos agentes: são atos-fatos jurídicos.

ATO-FATO JURÍDICO Paulo Lôbo: “Os atos-fatos jurídicos são atos ou comportamentos humanos em que não houve
OU ATO REAL vontade, ou, se houve, o direito não as considerou. Nos atos-fatos jurídicos a vontade não integra o
suporte fático. É a lei que os faz jurídicos e atribui consequências ou efeitos, independentemente de
estes terem sido queridos ou não. O ato ou a vontade é esvaziada e é apenas levada para juridicização
como fato; o ato dissolve-se no fato”.
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 197, 9ª ed., 2019. Flávio Tartuce.

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Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 197, 9ª ed., 2019. Flávio Tartuce.
Todo acontecimento, natural ou humano, que determine a ocorrência de efeitos constitutivos, modificativos ou extintivos de
direitos e obrigações, na órbita do direito, denomina-se FATO JURÍDICO. A noção de fato jurídico, entendido como o evento
concretizador da hipótese contida na norma, comporta, em seu campo de abrangência:

os acontecimentos naturais FATOS JURÍDICOS EM SENTIDO ESTRITO

ATO JURÍDICO EM SENTIDO AMPLO:


as ações humanas lícitas ou ilícitas NEGÓCIO JURÍDICO, ATO JURÍDICO EM
SENTIDO ESTRITO E ATO ILÍCITO.

aqueles fatos em que, embora haja atuação humana, esta é desprovida de


ATO-FATO JURÍDICO
manifestação de vontade, mas mesmo assim produz efeitos jurídicos
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 197, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
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1.FATOS JURÍDICOS2

Os fatos jurídicos ordinários são fatos da natureza de ocorrência comum, costumeira, cotidiana. São exemplos: o nascimento,
a morte, o decurso do tempo.
Os fatos jurídicos extraordinários, porém, ganham destaque pela nota da extraordinariedade, por serem inesperados ou
inevitáveis (caso fortuito ou força maior, respectivamente).

Ex3.: Modo de aquisição da propriedade imobiliária. Na acessão natural, por exemplo, a pessoa adquire a propriedade em
decorrência de eventos da natureza. (Avulsão, aluvião, abandono de álveo). O CC exige muito requisitos pois uma vez reconhecida
sua existência, esse fato já produz todos seus efeitos sem submissão ao plano da validade.
Ex.: O recente terremoto ocorrido no Japão em 11 de março de 2011, sob o ponto de vista da teoria geral do direito, pode ser
classificado como fato jurídico em sentido estrito. (certa) 2011 - PGE-RO
Ex.: Se, após uma tempestade, uma árvore cair sobre um veículo e causar danos a alguém, esse evento será classificado como
fato jurídico em sentido estrito. (certa) CESPE - 2017 - DPE-AL

2.ATOS-FATOS JURÍDICOS4

Atos-fatos jurídicos são fatos jurídicos qualificado pela atuação humana. No ato-fato jurídico, o ato humano é realmente da
substância deste fato jurídico, mas não importa para a norma se houve, ou não, intenção de praticá-lo.
A ideia que deve presidir a compreensão dos atos-fatos jurídicos é de que, para a sua caracterização, a vontade humana é
irrelevante, pois é o fato humano, por si só, que goza de importância jurídica e eficácia social.
Há um ato humano na base, mas a norma jurídica dispensa o elemento volitivo. Ainda que o sujeito tenha desejado o efeito
jurídico, esse desejo não é exigido. Reforçando... pode existir vontade, mas não é requisito.
O ato-fato jurídico divide-se em5:
ATOS REAIS  São os atos humanos de que resultam conseqüências fáticas. É o fato resultante que importa para a configuração
do fato jurídico, não o ato humano como elemento volitivo. São exemplos de ato real a caça; a pesca; o fato de o louco pintar um
quadro e lhe adquirir a propriedade; a criança descobrir um tesouro enterrado e lhe adquirir a propriedade;
ATOS-FATOS INDENIZATIVOS  É o ato humano não contrário a direito (portanto lícito), do qual decorre prejuízo a terceiro e o
dever de indenizar. O ato não é ilícito, não há uma vontade (intenção) de causar o prejuízo. É praticado no exercício regular de
um direito ou em estado de necessidade, causando dano ao patrimônio de terceiro, gerando o dever de indenizar. Exemplifica-se
com o artigo 160, II, do Código Civil Brasileiro combinado com o artigo 1519 do mesmo; e
ATOS-FATOS CADUCIFICANTES  São os fatos jurídicos cujo efeito é a extinção de determinado direito – decadência – ou da
ação que o assegura – prescrição –, independentemente de ato ilícito (ou verificação de elemento volitivo) de seu titular. A
prescrição e a decadência se dão pelo decurso do prazo. São exemplos os artigos 178 e 179 do Código Civil Brasileiro.

O ato-fato jurídico pode ser conceituado como o evento que, embora oriundo de uma ação ou omissão humana, produz efeitos
na órbita jurídica, independentemente da vontade de os produzir. (certa) FCC - 2021 - DPE-RR

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Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 211, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
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Grancursos, Aula Daniel Carnacchioni, Bloco 34
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Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 211, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
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Marcelo Barroso Kümmel, Ano XI nº 18, jul./dez. 2002 — nº 19, jan./jun. 2003
 O ato-fato decorre da ação ou conduta humana lícita que gera consequência jurídica ainda que a pessoa não tenha vontade que o efeito se
verifique. (certa) 2009 - PC-DF - DELEGADO DE POLÍCIA
 O ato jurídico stricto sensu e o negócio jurídico são, ambos, manifestações de vontade, não se diferindo quanto a sua estrutura, a sua função
e a seus efeitos. (errada) 2009 - TJ-MG – JUIZ
 Ao relativamente incapaz não é permitido praticar nenhum ato da vida civil sem a assistência de seu representante legal, sob pena de
anulabilidade. (errada) 2011 - MPE-PB
 Os negócios jurídicos e os atos jurídicos stricto sensu diferenciam-se pela possibilidade de disposição de vontade no plano da eficácia,
presente nos primeiros, ausente nos segundos. (certa) 2015 - DPE-PA

De acordo com a classificação dos atos e fatos jurídicos, o dever de indenizar terceiro por danos causados em estrito
cumprimento de dever legal possui a natureza jurídica de ato fato jurídico. (certa) CESPE - 2022 - DPE-PI
Em algumas situações, o ato-fato jurídico praticado pelo menor absolutamente incapaz produz efeitos. (certa) CESPE - 2017 - TJ-PR -
JUIZ SUBSTITUTO

Ex.: Isabella possui 14 anos de idade e gostaria de realizar o pagamento de uma prestação do financiamento que seu genitor
obteve na Caixa Econômica Federal de Penedo, no valor de R$ 3.000,00 (três mil reais). A atendente da instituição bancária, porém,
não aceita esse pagamento por ser ela menor de idade. Considerando a classificação de fato jurídico de Pontes de Miranda, escolha
a opção correta. A atendente encontra-se equivocada, pois o pagamento representa um ato-fato jurídico e, portanto, pode ser
realizado por absolutamente incapaz. (certa) 2010- PROCURADOR MUNICIPAL
Ex.: A compra e venda de merenda escolar por pessoa absolutamente incapaz constitui o que a doutrina denomina ato-fato
jurídico real ou material. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA

3.ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO6

No ato jurídico em sentido estrito a despeito de atuar a vontade humana, os efeitos jurídicos produzidos pelo ato
encontram-se previamente determinados pela lei, não havendo espaço para a autonomia da vontade.

No ato jurídico em sentido estrito, uma vez manifestada a vontade humana livre e dirigida a uma finalidade, não há como escolher
qual será o resultado. O resultado é ex lege. É a norma que determina o resultado jurídico.
CC. Art. 185. Aos atos jurídicos lícitos, que não sejam negócios jurídicos, aplicam-se, no que couber, as disposições do Título anterior.

O sistema geral de invalidade dos negócios jurídicos, previsto no Código Civil em vigor, é aplicável aos atos jurídicos stricto
sensu. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ
O ato jurídico stricto sensu diferencia-se do negócio jurídico, porque, embora ambos derivem de ação voluntária humana, os
primeiros não são passíveis de modulação de seus efeitos por meio de elementos acidentais, uma vez que as consequências da
realização do ato são ditadas por norma cogente. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ
Como não é possível a alteração do resultado jurídico, o ato jurídico em sentido estrito é incompatível com os elementos
acidentais (termo, condição e encargo) em razão desses elementos decorrerem exclusivamente da vontade das partes.
Ex.: CC. Art. 1.613. São ineficazes a condição e o termo apostos ao ato de reconhecimento do filho.

Ex.: Reconhecimento de filiação. Uma vez reconhecida a filiação, não é possível não se submeter aos resultados jurídicos da
norma. Não há obrigação de reconhecimento de filiação voluntária, mas uma vez manifestada essa vontade, não há como escapar
dos resultados jurídicos dessa manifestação.
Ex.: Fixação de domicílio.
Ex.: Considerando a classificação dos fatos jurídicos em sentido amplo, a emancipação voluntária praticada pelos pais pode ser
classificada como ato jurídico em sentido estrito. (certa) FUNDATEC - 2011 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Os atos jurídicos em senso estrito consistem em simples declarações de vontade que produzem efeitos estabelecidos em lei. (certa) 2009 - TJ-
MG – JUIZ

 Os negócios jurídicos e os atos jurídicos stricto sensu diferenciam-se pela possibilidade de disposição de vontade no plano da eficácia,
presente nos primeiros, ausente nos segundos. (certa) 2015 - DPE-PA
 Considera-se ato-fato jurídico ATO JURÍDICO EM SENTIDO ESTRITO o ato cuja existência a lei submete à vontade do sujeito da relação, sem permitir, no
entanto, que ele disponha sobre as conseqüências de seu proceder. (errada) 2015 - DPE-PA
 O ato jurídico em sentido estrito tem consectários previstos em lei e afasta, em regra, a autonomia de vontade. (certa) CESPE - 2017 - PREFEITURA
DE FORTALEZA - CE - PROCURADOR DO MUNICÍPIO
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Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 211, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
4.NEGÓCIO JURÍDICO (FUNCIONALIZADO)7

Negócio jurídico é a declaração de vontade, emitida em obediência aos seus pressupostos de existência, validade e eficácia,
com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo ordenamento jurídico pretendidos pelo agente.
A boa-fé objetiva torna-se, indubitavelmente, o barema de interpretação de todo e qualquer negócio jurídico, o que é
extremamente valorizado pelo CC/2002.

É a possibilidade de alterar de alguma forma alguns resultados jurídicos previstos na norma de acordo com seus interesses.
Todo o negócio jurídico deve estar adequado a valores sociais e constitucionais.
Quando detectamos a presença normas dispositivas, “SALVO DISPOSIÇÃO EM CONTRÁRIO”, estamos claramente diante de um
negócio jurídico. O negócio jurídico pode alterar aquilo que a lei SUGERE, mas não impõem. Há um espaço para que aquela norma
seja disciplinada de acordo com o interesse das partes e isso pode ser traduzido como autonomia privada que não existe no ato-
jurídico em sentido estrito.
Ex.: CC. Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o do
vencimento.

Dentro dessa teoria geral do negócio jurídico, o CC não regula o plano de existência do negócio jurídico porque o ato jurídico em
sentido estrito e o negócio jurídico serão controlados no plano da VALIDADE. Não há interesse do Estado em controlar a existência.
É tão fácil o preenchimento o suporte fático concreto que o CC nem se deu o trabalho de regular o plano de existência.
A invalidade é o contra ponto da validade. Trata-se de uma sanção por inobservância dos pressupostos de validade no
momento de formação.
No plano de validade, são trabalhadas questões relacionadas a formação. O erro, o dolo, a coação são exemplos de vícios
existentes no momento da formação do negócio jurídico.
Há determinados pressupostos de validade que tem como objetivo a proteção do interesse público e consequentemente tem
uma sanção mais grave: nulidade. Há outros pressupostos de validade que protegem o interesse privado e tem como consequência
a invalidade. Os graus da sanção de invalidade (nulo ou anulável) são aplicados de acordo com o objetivo de proteção.
No Positivismo, se o sujeito, ao exteriorizar sua vontade para a formação de um ato ou um negócio, não observa a um
pressuposto de validade, torna-se sancionado (invalidade), não produzindo o ato qualquer efeito jurídico.
Já no Pós-Positivismo, o plano de validade e o plano de eficácia encontram-se inseridos no sistema jurídico, de modo que esse
plano possui a pretensão de impedir, na origem, que um ato ou Negócio Jurídico com vícios produza qualquer efeito. Nem sempre
esse impedimento será efetivo, uma vez que existe no próprio sistema jurídico uma tensão de interesses entre partes distintas.
Ex.: CC. Art. 105. A incapacidade relativa de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos
cointeressados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.

Não se pode confundir o vício com os efeitos. Pode existir um ato ou Negócio Jurídico que, em sua origem, por não ter observado
um pressuposto de validade, possua um vício. Ainda assim, ele produzirá seus efeitos, os quais deverão ser preservados para a
tutela de um outro possível interesse, por exemplo, um terceiro de boa-fé.
Ex.: CC. Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto não invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar antes de realizada a condição a que
ele estiver subordinado.
Se a impossibilidade for superveniente, não há que se falar de problemas do plano de validade nem em causa de invalidade,
sendo a impossibilidade disposição do plano de eficácia. Assim, a questão temporal é relevante para que se localize possíveis
impossibilidades de maneira adequada.

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Grancursos, Aula Daniel Carnacchioni, Bloco 35
TÍTULO I: DO NEGÓCIO JURÍDICO

CAPÍTULO I: DISPOSIÇÕES GERAIS

Art. 104. A validade do negócio jurídico requer:


2015 - MPE-BA

I - agente capaz;

II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;

III - forma prescrita ou não defesa em lei.


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 Segundo o Código Civil, a validade do negócio jurídico requer apenas dois requisitos, ou seja, agente capaz e objeto lícito, possível,
determinado ou determinável. (errada) 2013 - MPE-SC
 A validade do negócio jurídico requer o agente capaz, o objeto lícito, possível, determinado e determinável e a forma correlata ao princípio da
autonomia da vontade das partes, dispensando prescrição legal. (errada) UEG - 2013 - PC-GO – DELEGADO

Ex.: Um avô dispõe por testamento público em favor de seu neto, já concebido mas ainda não nascido. Tendo esse neto nascido
morto, esse testamento, de acordo com o Código Civil, inicialmente válido, será tido por ocasião da morte do nascituro como ineficaz
mas não nulo, pois era juridicamente possível que o avô beneficiasse o neto concebido, dentro da teoria adotada pela legislação
civil. (certa) FCC - 2019 - MPE-MT

Art. 105. A incapacidade RELATIVA de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos
co-interessados capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum.
Ex. 1: “A capaz” vendeu um computador para “C capaz” e “B relat. incapaz”. “A” não poderá invocar a incapacidade de “B” para anular o negócio
jurídico. Diferentemente, caso “B” consiga anular o negócio jurídico, “C” se aproveitará da anulação, uma vez que o bem é indivisível. Caso objeto
fosse divisível a obrigação persistiria em relação a “C”.
 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela outra em benefício próprio. (errada) 2009 - TJ-RS - JUIZ
 A incapacidade absoluta de uma das partes não pode ser invocada pela outra em benefício próprio, nem aproveita aos co-interessados
capazes, salvo se, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. (errada) 2010 - PGE-GO
 Pessoa que formalizar negócio jurídico com indivíduo relativamente capaz e, posteriormente, arrepender-se da negociação poderá alegar a
falta de capacidade do outro contratante para exigir a nulidade do negócio firmado. (errada) CESPE - 2015 - TCE-RN – AUDITOR
 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela parte interessada apenas quando for em benefício próprio. (errada) 2017 -
MPE-SP

 Com relação ao negócio jurídico, se realizado por agente relativamente incapaz, ensejará nulidade relativa. (certa) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE
POLÍCIA CIVIL

 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela outra em benefício próprio, aproveitando aos co-interessados capazes,
exceto quando, neste caso, for indivisível o objeto do direito ou da obrigação comum. (errada) 2017 - PGE-AC
 A incapacidade relativa de uma das partes pode ser invocada pela parte interessada apenas quando for em benefício próprio. (errada) 2017 -
MPE-SP

Art. 106. A impossibilidade inicial do objeto NÃO invalida o negócio jurídico se for relativa, ou se cessar ANTES de realizada a
condição a que ele estiver subordinado.
 Se a impossibilidade do objeto de um negócio jurídico for inicial, mas relativa, o negócio é válido. (certa) FMP - 2012 - PGE-AC
 A impossibilidade inicial do objeto do negócio jurídico pode ser classificada em absoluta ou relativa. A classificação não tem valor no que
concerne aos efeitos, porque, em quaisquer dos casos, a repercussão da eiva se dará no plano da eficácia dos negócios jurídicos. (errada)
FMP - 2015 - DPE-PA

 A impossibilidade inicial do objeto do negócio leva sempre à invalidade. (errada) 2017 - MPE-SP
 De acordo com o Código Civil, o negócio cujo objeto, ao tempo da celebração, é impossível terá validade se a impossibilidade inicial do objeto
cessar antes de realizada a condição a que ele estiver subordinado. (certa) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 107. A validade da declaração de vontade não dependerá de forma especial, senão quando a lei expressamente a exigir.
2014 - MPE-MA

 A validade da declaração de vontade, em regra, não depende de forma especial, mas se o negócio jurídico for celebrado com a cláusula de
não valer sem instrumento público, este se torna substância do ato. (certa) 2012 - MPE-GO
 A validade dos negócios jurídicos não depende de forma especial, exceto se a lei dispuser em contrário ou cominar sanção distinta. (certa) FCC
- 2016 - PROCURADOR MUNICIPAL
 A validade da declaração de vontade dependerá sempre de forma especial. (errada) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 A validade da declaração de vontade não depende de forma especial, senão quando houver expressa exigência legal nesse sentido. (certa) 2017
- MPE-SP

 Em regra, a validade da declaração da vontade depende de forma especial. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

Art. 108. Não dispondo a lei em contrário, a escritura pública é essencial à VALIDADE dos negócios jurídicos que visem à
constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 (trinta) vezes o maior
salário mínimo vigente no País.
2010 - PGE-GO

 Com relação à validade do negócio jurídico, considera-se que, não dispondo a lei em contrário, a escritura pública apenas é essencial à
validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
superior a sessenta TRINTA vezes o maior salário mínimo vigente no país. (errada) CESPE - 2009 - DPE-ES
 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos visando a constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis de valor superior a cinquenta TRINTA vezes o maior salário mínimo vigente no país. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis, qualquer que seja o seu valor. (errada) 2012 - PGE-SC
 A escritura pública não é essencial para a validade de nenhum negócio jurídico, bastando às partes a existência de instrumento particular.
(errada) 2017 - MPE-SP

 A escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos
reais sobre imóveis de qualquer valor. (errada) FCC - 2018 - DPE-AP

Art. 109. No negócio jurídico celebrado com a cláusula de não valer sem instrumento público, este é da substância do ato.
2015 - MPE-BA

 A validade da declaração de vontade, em regra, não depende de forma especial, mas se o negócio jurídico for celebrado com a cláusula de
não valer sem instrumento público, este se torna substância do ato. (certa) 2012 - MPE-GO

Art. 110. A manifestação de vontade subsiste ainda que o seu autor haja feito a RESERVA MENTAL de não querer o que manifestou,
salvo se dela o destinatário tinha conhecimento.
2009 - PC-RJ - DELEGADO DE POLÍCIA / 2010 - PGE-GO / CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ / FCC - 2013 - DPE-AM / 2016 - MPE-PR / 2018 - PC-PI - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL / VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ SUBSTITUTO

Obs.: No momento em que a reserva mental é exteriorizada, trazida ao campo de conhecimento do outro contraente, aí, sim, poderá se
converter em simulação, tornando, por consequência, passível de invalidade o negócio jurídico celebrado. Ex.: um estrangeiro, em um país que
admite a aquisição de nacionalidade pelo casamento, contrai matrimônio apenas para este fim, reservando mentalmente a intenção de não
cumprir os deveres do casamento. Pretende apenas tornar-se nacional e evitar a sua expulsão. Se a outra parte sabia do desiderato espúrio,
torna-se cúmplice do outro contraente, e o ato poderá ser invalidado por simulação. Trata-se de típica hipótese de simulação. Até porque o
negócio existirá e surtirá efeitos frente a terceiros, ainda que não sejam aqueles originariamente declarados e aparentemente queridos, até que
se declare judicialmente a sua nulidade. 8
A reserva mental ilícita, conhecida do declaratário, equipara-se, quanto aos efeitos, a simulação. (certa) 2015 - PGR - PROCURADOR DA REPÚBLICA

 Na hipótese de reserva mental, não há invalidação do negócio jurídico. (certa) 2009 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 O negócio jurídico em que o autor faça a reserva mental de não querer o que manifestou será nulo, se o destinatário não tinha conhecimento
dessa reserva. (errada) CESPE - 2010 - MPE-ES
 A reserva mental é uma modalidade de simulação e, como tal, é hipótese de anulabilidade dos negócios jurídicos. (errada) 2011 - MPE-PR
 Para os efeitos legais, não importa que a reserva mental seja ou não conhecida da outra parte contratante. (errada) CESPE - 2012 - TJ-BA - JUIZ
SUBSTITUTO

 Subsistirá a manifestação de vontade ainda que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, mesmo SALVO se dela
o destinatário tinha conhecimento. (errada) NC-UFPR - 2012 - TJ-PR – JUIZ
 A manifestação de vontade não deve subsistir se o seu autor fizer a reserva mental de não querer o que manifestou. (errada) FCC - 2014 - PGE-RN
 A reserva mental não tornará o negócio inválido, salvo se a outra parte tiver conhecimento dessa reserva. (certa) CESPE - 2014 - PGE-PI
 O negócio jurídico celebrado com reserva mental de um dos contratantes, com ou sem conhecimento do outro, deve ser considerado
inexistente. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 A reserva mental somente nulifica a manifestação de vontade quando dela o destinatário não tinha conhecimento. (errada) FCC - 2016 – PROCURADOR
MUNICIPAL

 Reserva mental, também conhecida como simulação unilateral, que deve ensejar a declaração de inexistência do negócio jurídico de venda e
compra e o retorno das partes ao status quo ante. (errada) CESPE - 2019 - TJ-BA - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO
 A manifestação de vontade não subsistirá nos casos em que o seu autor haja feito a reserva mental de não querer o que manifestou, com o
conhecimento do destinatário. (certa) 2021 - MPE-RS

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Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 241, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
Art. 111. O silêncio importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem, e não for necessária a declaração de
vontade expressa.
2009 - TJ-RS – JUIZ / VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ / 2011 - MPE-SP / CESPE - 2012 - TJ-AC - JUIZ SUBSTITUTO / 2015 – MPDFT

 Na interpretação do silêncio, como manifestação da vontade, é correto afirmar que importa anuência, quando as circunstâncias ou os usos
o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa. (certa) FCC - 2011 - TJ-PE - JUIZ
 Após a entrada em vigor do Código Civil de 2002, que atribuiu ao princípio da boa-fé objetiva condição de regra interpretativa, o silêncio
passou a ser interpretado, em qualquer situação, como concordância com o negócio. (errada) CESPE - 2013 - MPE-RO
 O silêncio de uma das partes pode, excepcionalmente, representar anuência, se as circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for
necessária a declaração expressa de vontade. (certa) CESPE - 2014 - PGE-BA
 De acordo com o Código Civil de 2002, não é permitido que o silêncio de um dos participantes seja interpretado como caracterizador de
concordância com o negócio. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 Quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for necessária a declaração de vontade expressa, o silêncio importa em
negativaANUÊNCIA. (errada) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL
 O silêncio apenas importará em anuência quando as circunstâncias ou os usos o autorizarem e não for necessária a declaração de vontade
expressa. (certa) 2021 - MPE-RS

Art. 112. Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem.
2009 - TJ-RS – JUIZ / 2010 - PGE-GO / CESPE - 2014 - PGE-PI / CESPE - 2015 - TJ-DFT - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. Isto representa dizer
que cabe ao intérprete investigar qual a real intenção dos contratantes, pois o que interessa é a vontade real e não a declarada. (certa) 2010 -
TJ-SC – JUIZ

 Nas declarações de vontade em geral, se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. (certa) 2012
- TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Na análise de um negócio jurídico bilateral, deve-se, em atendimento ao princípio da autonomia da vontade, aplicar o sentido literal da
linguagem consubstanciado no negócio, e não, o da intenção dos contratantes. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE
 De acordo com a teoria da confiança, nas declarações de vontade, importa a vontade real, e não a vontade declarada. (certa) CESPE - 2013 -
MPE-RO

 Nas declarações de vontade nunca se atenderá à intenção nelas consubstanciadas pelo agente, mas sim, unicamente, ao sentido literal da
linguagem. (errada) 2013 - MPE-SC
 Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciadas do que ao sentido literal da linguagem. (certa) FCC - 2014 - PGE-
RN

 O sentido literal da linguagem prevalece sobre a intenção embutida na declaração de vontade. (errada) 2017 - PC-AC - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 Nas declarações de vontade, é imperativa a observância do sentido literal da linguagem utilizada, sendo subsidiária a intenção da parte.
(errada) 2017 - MPE-SP

 Nas declarações de vontade se atenderá mais à intenção nelas consubstanciada do que ao sentido literal da linguagem. (certa) 2021 - MPE-RS

Art. 113. Os negócios jurídicos devem ser interpretados conforme a boa-fé e os usos do lugar de sua celebração.
§ 1º A interpretação do negócio jurídico deve lhe atribuir o sentido que: (Lei nº 13.874/2019)
2014 - PGE-MS

I - for confirmado pelo comportamento das partes posterior à celebração do negócio; (Lei nº 13.874/2019)

II - corresponder aos usos, costumes e práticas do mercado relativas ao tipo de negócio; (Lei nº 13.874/2019))

III - corresponder à boa-fé; (Lei nº 13.874/2019)

IV - for mais benéfico à parte que não redigiu o dispositivo, se identificável; e (Lei nº 13.874/2019)

V - corresponder a qual seria a razoável negociação das partes sobre a questão discutida, inferida das demais disposições do
negócio e da racionalidade econômica das partes, consideradas as informações disponíveis no momento de sua celebração. (Lei
nº 13.874/2019)

§ 2º As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios
jurídicos diversas daquelas previstas em lei. (Lei nº 13.874/2019)
 As partes poderão livremente pactuar regras de interpretação, de preenchimento de lacunas e de integração dos negócios jurídicos diversas
daquelas previstas em lei. (certa) 2019 - MPE-GO
 As partes não poderão pactuar regras de interpretação e de preenchimento de lacuna distintas daquelas previstas em lei. (errada) 2021 - MPE-RS
Art. 114. Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente.
 Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. (certa) 2010 - PGE-GO
 Há negócios jurídicos que se exteriorizam de maneira obscura e ambígua, sendo necessário interpretá-los a fim de se precisar a intenção
neles consubstanciada. Nesse sentido, o Código Civil não proscreve/proíbe a interpretação extensiva dos negócios jurídicos benéficos e da
renúncia. (errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Os negócios jurídicos que estabeleçam benefício devem ter interpretação ampla. (errada) CESPE - 2015 - TJ-PB - JUIZ SUBSTITUTO
 Os negócios jurídicos benéficos e a renúncia interpretam-se estritamente. (certa) 2017 - PGE-AC
 Os contratos de transação e doação somente admitem interpretação restritiva. (certa) 2017 - MPE-RS
 A renúncia ao negócio jurídico interpreta-se estritamente. (certa) VUNESP - 2019 - PROCURADOR MUNICIPAL

CAPÍTULO II: DA REPRESENTAÇÃO

Art. 115. Os poderes de representação conferem-se por LEI (legal) ou pelo INTERESSADO (convencional).
 Os poderes de representação podem ser conferidos pelo interessado ou pela lei. (certa) CESPE - 2010 - MPE-RO
 A Teoria geral da representação é própria da parte especial GERAL do Código Civil, no que concerne ao estudo dos Negócios Jurídicos. (errada)
2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA

Art. 116. A manifestação de vontade pelo representante, nos limites de seus poderes, produz efeitos em relação ao representado.
 Os negócios jurídicos podem ser praticados pelo titular do direito negociado ou por seu representante; assim, qualquer manifestação de
vontade do representante produz efeitos em relação ao representado. (errada) CESPE - 2012 - DPE-SE

Art. 117. SALVO SE o permitir a lei ou o representado, é anulável o negócio jurídico que o representante, no seu interesse ou por
conta de outrem, celebrar consigo mesmo.
O mandado em causa própria, ou mandado in rem propriam, é lícito desde que o mandante outorgue poderes para o mandatário, constando
a autorização para que o último realize o negócio jurídico consigo mesmo. (certa) 2013 - PC-GO – DELEGADO DE POLÍCIA
 É anulável o negócio jurídico que o representante celebra consigo mesmo, ainda que o permita o representado. (errada) CESPE - 2010 - MPE-RO
 O chamado “contrato consigo mesmo” é anulável, salvo se ele for permitido pela lei ou pelo representado. (certa) 2011 - PGE-PR
 A autocontratação, no atual Código Civil, é nula e não produz efeitos juridicos. (errada) 2012 – PGR – PROCURADOR DA REPÚBLICA
 O Código Civil veda a realização, pelo representante, de contrato consigo mesmo, haja vista o patente conflito de interesses entre a vontade
do representante e a do representado. (errada) CESPE - 2013 - MPE-RO
 O negócio celebrado pelo representante consigo mesmo é anulável, desde que provado o conflito de interesses com o representado. (errada)
FAURGS - 2016 - TJ-RS - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

 Na representação, em nenhuma hipótese pode o representante utilizar seus poderes para celebrar negócio em que o destinatário da
declaração de vontade do representado seja o próprio representante. (errada) CESPE - 2014 - PGE-PI
 É nulo o negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. (errada) 2019 - MPE-GO
 Nos termos do Código Civil é considerado nulo o mandato em causa própria, quando o mandatário realiza o negócio consigo mesmo. (errada)
2019 - MPE-SC

Parágrafo único. Para esse efeito, tem-se como celebrado pelo representante o negócio realizado por aquele em quem os poderes
houverem sido subestabelecidos.

Art. 118. O representante é obrigado a provar às pessoas, com quem tratar em nome do representado, a sua qualidade e a
extensão de seus poderes, sob pena de, não o fazendo, responder pelos atos que a estes excederem.
 O mandatário que exceder os poderes do mandato será considerado mero gestor de negócios enquanto o mandante não ratificar os atos.
(certa) CESPE - 2010 - MPE-SE

Art. 119. É ANULÁVEL o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou
devia ser do conhecimento de quem com aquele tratou.
2010 - MPE-BA / 2012 - TRF - 4ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2012 - DPE-SC

 É anulável o negócio concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do conhecimento
de quem com aquele tratou. (certa) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 É nulo o negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. (errada) 2014 - MPE-MA
 É desnecessário comprovar o conhecimento desse fato por parte daquele que negociou com o representante, mas o prejuízo deve ser
demonstrado. (errada) 2016 - MPE-SC
 É nulo o negócio jurídico concluído pelo representante em conflito de interesses com o representado, se tal fato era ou devia ser do
conhecimento de quem com aquele tratou. (errada) 2019 - MPE-GO

Parágrafo único. É de 180 (cento e oitenta) dias, a contar da conclusão do negócio ou da cessação da incapacidade, o prazo de
decadência para pleitear-se a anulação prevista neste artigo.
2009 - TJ-RS - JUIZ

 O prazo decadencial para se pleitear a anulação desse negócio é de um ano, contado de sua conclusão ou da cessação da incapacidade.
(errada) CESPE - 2013 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 O prazo para propor ação anulatória de negócio jurídico realizado por representante em conflito de interesses com o representado é de
natureza prescricional. (errada) FGV - 2013 - TJ-AM - JUIZ
 O prazo decadencial para ingresso da ação anulatória de negócio jurídico realizado por representante em conflito de interesses com o
representado, é de cento e oitenta dias, a contar da cessação da incapacidade ou da conclusão do negócio. (certa) 2016 - MPE-SC

Art. 120. Os requisitos e os efeitos da representação legal são os estabelecidos nas normas respectivas; os da representação
voluntária são os da Parte Especial deste Código.
CAPÍTULO III: DA CONDIÇÃO, DO TERMO E DO ENCARGO - ELEMENTOS ACIDENTAIS

São elementos acidentais do negócio jurídico a condição, o termo e o encargo (ou modo). (certa) 2016 - PGE-MS
A condição, o termo e o modo são elementos acidentais do negócio jurídico, cuja inclusão depende da vontade das partes. (certa)
FUNDEP - 2018 - MPE-MG

O ato jurídico stricto sensu diferencia-se do negócio jurídico, porque, embora ambos derivem de ação voluntária humana, os
primeiros não são passíveis de modulação de seus efeitos por meio de elementos acidentais, uma vez que as consequências da
realização do ato são ditadas por norma cogente. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ

Impede o início da produção dos efeitos. Uma vez implementada o negócio produzirá efeitos.
SUSPENSIVA Ex.: É o caso, por exemplo, do indivíduo que se obriga a transferir gratuitamente um imóvel
rural ao seu sobrinho (doação), quando ele se casar. O casamento, no caso, é uma
determinação acessória, futura e incerta, que subordina a eficácia jurídica do ato negocial.
O negócio jurídico ficará resolvido uma vez que a condição resolutiva for implementada.
RESOLUTIVA Ex.: Na mesma linha, quando o sujeito adquire, por meio de um contrato devidamente
registrado, o usufruto de um determinado bem, para auferir renda até que cole grau em
CONDIÇÃO* curso superior, forçoso concluir também tratar-se de negócio jurídico condicional.
São aquelas que derivam do exclusivo arbítrio de uma das partes.
PURAMENTE As condições puramente potestativas caracterizam-se pelo uso de expressões como: “se eu
POTESTATIVA quiser”, “caso seja do interesse deste declarante”, “se na data avençada, este declarante
considerar-se em condições de prestar” etc.
Dependendo também de algum fator externo ou circunstancial, não caracterizam abuso ou
SIMPLESMENTE tirania, razão pela qual são admitidas pelo direito. A hipótese do indivíduo que promete doar
POTESTATIVA vultosa quantia a um atleta, se ele vencer o próximo torneio desportivo.
É o acontecimento futuro e certo que subordina o início ou o término da eficácia jurídica de determinado ato
TERMO
negocial.
Encargo é peso atrelado a uma vantagem, e não uma prestação correspectiva sinalagmática.
ENCARGO Não suspendendo os efeitos do negócio jurídico, o não cumprimento do encargo não gera, portanto, a invalidade
da avença, mas sim apenas a possibilidade de sua cobrança judicial, ou a posterior revogação do negócio, como
no caso de ser instituído em doação (CC. art. 562) ou legado (CC. art. 1.938).
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 270-280, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.

* Acontecimento passado não pode caracterizar determinação acessória condicional. O exemplo citado por SPENCER VAMPRÉ é
bastante elucidativo: prometo a alguém certa quantia em dinheiro, se o meu bilhete de loteria, que correu ontem, estiver premiado.
Neste caso, tratando-se de fato passado, uma de duas situações poderá ocorrer: ou o bilhete está premiado e a promessa de
doação é pura e simples (não condicional) ou o bilhete está branco, perdendo a promessa eficácia jurídica. 9
Se o fato a que se subordina a declaração de vontade for certo (uma data determinada, por exemplo), estaremos diante de um
termo, e não de uma condição. 10
 Não constitui condição a cláusula que subordina os efeitos de um negócio jurídico à aquisição da maioridade da outra parte. (certa) CESPE - 2017
– PGM

Aliás, é bom advertir que essa incerteza diz respeito à própria ocorrência do fato, e não ao período de tempo em que este se
realizará. Por isso, a morte, em princípio, não é considerada condição. O indivíduo nasce e tem a certeza de que um dia morrerá,
mesmo que não saiba quando. Trata-se de um termo incerto. 11
 Maria celebrou contrato de doação de bem imóvel a João. Na negociação, ficou estipulado que a transferência do bem somente se
aperfeiçoará quando da morte da doadora. Nessa situação, o evento morte funciona como condição. (errada) CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE
POLÍCIA

O encargo é elemento acidental característico dos negócios jurídicos que envolvam liberalidade. Em caso de inexecução do
encargo pelo beneficiado, não há previsão de mecanismos de coerção direta ou indireta por parte do disponente. (errada) CESPE - 2016 -
PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA

Ex.: CC. Art. 555. A doação pode ser revogada por ingratidão do donatário, ou por inexecução do encargo.
A condição resolutiva subordina a ineficácia do negócio jurídico a um evento futuro e incerto, enquanto a condição suspensiva
subordina a eficácia a um acontecimento futuro e incerto. (certa) FCC - 2009 - PGE-SP

9
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 268, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
10
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 273, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
11
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 273, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
Se a condição for resolutiva SUSPENSIVA
, o negócio é suspenso, no plano de sua eficácia, até a sua ocorrência. (errada) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-
AUDITOR SUBSTITUTO

São elementos acidentais do negócio jurídico a condição, o termo e o encargo; no caso das classificações das condições quanto à sua licitude,
as ilícitas são aquelas que contrariam a lei, gerando anulabilidade do negócio jurídico. (errada) 2013 - PC-GO - DELEGADO DE POLÍCIA
A venda sujeita à prova A CONTENTO entende-se realizada sob condição suspensiva, ainda que a coisa lhe tenha sido entregue; e não se reputará
perfeita, enquanto o adquirente não manifestar seu agrado. (errada) 2011 - PC-MG - DELEGADO DE POLÍCIA
Denomina-se venda a contento a cláusula que sujeita o contrato a condição suspensiva. (certa) CESPE - 2011 - TJ-PB – JUIZ
A venda feita a contento do adquirente é realizada com cláusula resolutiva SUSPENSIVA, isto é, não se reputará perfeita enquanto o comprador não
manifestar sua satisfação com o negócio jurídico, em relação à coisa comprada, ainda que já tenha ocorrido a tradição. (errada) 2009 - MPDFT

CRITÉRIOS CLASSIFICATÓRIOS DA CONDIÇÃO12

NECESSÁRIAS (CONDICIONES JURIS)


NATUREZA
VOLUNTÁRIAS

MODO DE SUSPENSIVAS
ATUAÇÃO RESOLUTIVAS
POSITIVAS - verificação de um fato - auferição de renda até a colação de grau.
PLANO
FENOMENOLÓGICO NEGATIVAS - inocorrência de um fato — empréstimo de uma casa a um amigo, até que a enchente deixe
de assolar a sua cidade.
LÍCITAS
LICITUDE PERPLEXAS - CONTRADITÓRIAS E INCOMPREENSÍVEIS
ILÍCITAS
PURAMENTEPOTESTATIVAS
POSSÍVEIS
POSSIBILIDADE
IMPOSSÍVEIS (FÍSICA E JURIDICAMENTE)

QUANTO À ORIGEM DA CONDIÇÃO13

As que dependem de um evento fortuito, natural, alheio à vontade das partes. Ex.: “Doarei o valor, se chover
CASUAIS
na lavoura”.
São as que dependem da vontade de uma das partes. Consoante visto acima, poderão ser simplesmente
potestativas ou puramente potestativas. As primeiras, por não demostrarem capricho, são admitidas pelo direito
POTESTATIVAS (lícitas), ao passo que as segundas, por serem arbitrárias, são vedadas (ilícitas). Se a condição nasce
potestativa, mas vem a perder tal característica por fato superveniente alheio à vontade do agente, que frustra
ou dificulta a sua realização, diz-se que é promíscua
São as que derivam não apenas da vontade de uma das partes, mas também de um fator ou circunstância
MISTAS exterior (como a vontade de um terceiro). Ex.: “Darei o capital de que necessita, se formares a sociedade com
fulano”.
.
 As condições simplesmente potestativas são consideradas lícitas porquanto exigem também a ocorrência de fato estranho ao mero arbítrio
da parte. (certa) 2011 – MPDFT
 No negócio jurídico são lícitas as condições que o sujeitam ao puro arbítrio de uma das partes, desde que pactuado pelos contraentes. (errada)
2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO

 A condição puramente potestativa é considerada ilícita. (errada) 2014 - TJ-MT - JUIZ

CLASSIFICAÇÃO DO TERMO14

CONVENCIONAL Fixado pela vontade das partes (em um contrato, por exemplo);
LEGAL Determinado por força de lei;
Fixado por decisão judicial (geralmente consiste em um prazo determinado pelo juiz para que o devedor
DE GRAÇA
de boa-fé cumpra a sua obrigação).

12
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
13
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
14
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
Art. 121. Considera-se CONDIÇÃO a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio
jurídico a evento FUTURO e INCERTO.
 A incerteza é elemento imprescindível à condição e deve apresentar-se sob a forma subjetiva. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 A ocorrência de evento futuro e incerto que caracterize a condição pode consistir em uma possível autorização legislativa. (certa) CESPE - 2009 -
TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 A incerteza é elemento caracterizador imprescindível à condição. (certa) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL
 Condição é o elemento acidental do ato ou negócio jurídico que o faz depender de evento futuro e incerto. (certa) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR
SUBSTITUTO

 A condição é considerada como a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade de uma das partes, determina que o efeito do negócio
jurídico fica subordinado a um evento futuro e incerto. (errada) 2013 - PC-PR - DELEGADO DE POLÍCIA
 Considera-se condição a cláusula que, derivando exclusivamente da vontade das partes, subordina o efeito do negócio jurídico a evento
futuro e certo. (errada) VUNESP - 2014 - TJ-SP - JUIZ
 Denomina-se condição a cláusula acessória pela qual as partes subordinam a eficácia do negócio a acontecimento futuro e incerto. (certa)
CESPE - 2016 - PC-PE - DELEGADO DE POLÍCIA

 Condição é cláusula que submete a eficácia do negócio jurídico a determinado acontecimento. (certa) CESPE - 2017 - PGE-SE
Carlos prometeu dar a Carolina um apartamento que possui em bairro nobre de Belo Horizonte - MG, caso ela passe no vestibular para o curso
de medicina. Nessa situação, trata-se de encargo CONDIÇÃO. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL
A promessa de recompensa sujeita ao implemento de condição suspensiva constitui exemplo de direito futuro não deferido15. (certa) CESPE - 2009
- MPE-RN

Art. 122. São lícitas, em geral, todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes; entre as condições
defesas se incluem as que privarem de todo efeito o negócio jurídico, ou o sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes.
 Em geral, são lícitas todas as condições não contrárias à lei, à ordem pública ou aos bons costumes. (certa) FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL
 Quanto à condição, considera-se anulável NULA se for dependente exclusivamente da vontade de uma das partes. (errada) 2011 - PGE-RS
 Não provoca vício ao negócio jurídico o fato de as suas condições se sujeitarem ao puro arbítrio de uma das partes. (errada) CESPE - 2012 - DPE-
SE

 A condição puramente potestativa é considerada ilícita. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ

São aquelas que derivam do exclusivo arbítrio de uma das partes. As condições puramente
PURAMENTE POTESTATIVA potestativas caracterizam-se pelo uso de expressões como: “se eu quiser”, “caso seja do
interesse deste declarante”, “se na data avençada, este declarante considerar-se em
condições de prestar” etc.

SIMPLESMENTE POTESTATIVA Dependendo também de algum fator externo ou circunstancial, não caracterizam abuso ou
tirania, razão pela qual são admitidas pelo direito. A hipótese do indivíduo que promete doar
vultosa quantia a um atleta, se ele vencer o próximo torneio desportivo.
.
 A condição simplesmente potestativa torna anulável o negócio jurídico, pois não se verifica o elemento incerteza. (errada) CESPE - 2009 - TRF - 2ª
REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 As condições simplesmente potestativas são consideradas lícitas porquanto exigem também a ocorrência de fato estranho ao mero arbítrio
da parte. (certa) 2011 – MPDFT
 No negócio jurídico são lícitas as condições que o sujeitam ao puro arbítrio de uma das partes, desde que pactuado pelos contraentes. (errada)
2011 - TJ-RO - JUIZ SUBSTITUTO

 São vedadas as condições que sujeitam o efeito do negócio jurídico ao arbítrio de uma das partes, somente nas relações de consumo. (errada)
VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ

 Condição simplesmente PURAMENTE potestativa é aquela em que o evento futuro e incerto fica na dependência da vontade, do mero arbítrio de
uma das partes do negócio jurídico, sem a influência de qualquer fator externa. (errada) 2012 - MPE-RJ

A Lig Suprimentos Ltda. firmou uma confissão de dívida perante a SMA Informática S/A, tendo por objeto a quantia de R$ 150.000,00. Uma
das cláusulas da confissão de dívida estabelecia que o pagamento da dívida se daria em data a ser definida por credor e devedor. Com o passar
do tempo, a SMA Informática S/A tentou por diversas vezes fixar a data para pagamento, mas a Lig Suprimentos Ltda. nunca concordava. A
mencionada cláusula contém uma condição suspensiva puramente potestativa. (certa) FGV - 2022 - TJ-AP - JUIZ DE DIREITO SUBSTITUTO

15
Direito futuro é o que ainda não se constituiu. Denomina-se deferido quando a sua aquisição depende somente do arbítrio do sujeito. É o que sucede com o
direito de propriedade, por exemplo, quando a sua aquisição depende apenas do registro do título aquisitivo. Diz-se NÃO DEFERIDO quando a sua consolidação se
subordina a fatos ou condições falíveis. A eficácia de uma doação já realizada pode depender de um fato futuro falível, como, por exemplo, a safra futura ou o
casamento do donatário. Direito Civil Brasileiro, V. 1, Parte Geral - Carlos Roberto Gonçalves, 2018, p. 161.
Na hipótese dos autos, o vencimento da obrigação constante na confissão de dívida restou regulada por cláusula contratual, cujo teor dispôs
que a efetivação do pagamento dar-se-ia de acordo com ajuste futuro a ser estabelecido entre as partes. De fato, o acordo nesse sentido
inviabiliza a exigência da prestação pelo credor, que, para tal, necessitará da atuação (e mesmo da cooperação) do devedor. RECURSO ESPECIAL Nº
1.489.913 - PR (2014/0237228-3)

Art. 123. Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados:


2009 - TJ-RS – JUIZ / 2012 - PGE-PA / CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2014 - PGE-AC / FUNDEP - 2017 - MPE-MG

I - as condições física ou juridicamente IMPOSSÍVEIS, quando SUSPENSIVAS;


 A condição é elemento acidental do negócio jurídico e, não obstante isso, sendo suspensiva, invalidará o ato se for originariamente impossível,
uma vez que o priva de todo o efeito. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ
 Em geral, todas as condições do negócio jurídico que não sejam contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes são lícitas. Entretanto,
condição física ou juridicamente impossível imposta por uma das partes do negócio à outra uma invalidará o negócio jurídico, caso seja
suspensiva. (certa) CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
 As condições físicas ou juridicamente impossíveis, quando resolutivas SUSPENSIVAS, invalidam os negócios jurídicos. (errada) CESPE - 2022 - DPE-RS

II - as condições ilícitas, ou de fazer coisa ilícita;


 A letra do Código Civil em vigor leva à nulidade do negócio jurídico que contiver previsão de condições ilícitas, sejam resolutivas ou
suspensivas. (certa) 2014 - TJ-MT - JUIZ

III - as condições incompreensíveis ou contraditórias.  CONDIÇÕES PERPLEXAS


 As condições contraditórias são consideradas inexistentes, mantendo-se íntegro o negócio jurídico que lhe é subordinado. (errada) VUNESP -
2011 - TJ-SP – JUIZ

 É invalidante do próprio negócio jurídico se incompreensível ou contraditória. (certa) 2011 - PGE-RS


 Invalidam os negócios jurídicos que lhes são subordinados as condições incompreensíveis ou contraditórias. (certa) FCC - 2013 - TJ-PE - JUIZ
 A condição logicamente incompatível com o negócio jurídico gera a nulidade da cláusula condicional, permanecendo hígido o negócio, por
ser elemento meramente acidental do negócio jurídico. (errada) 2014 - TJ-MT - JUIZ
 A condição perplexa pode ser definida como sendo contraditória em seus próprios termos, culminando por privar o negócio jurídico de seus
efeitos; enquanto a condição simplesmente PURAMENTE potestativa é aquela subordinada ao exclusivo arbítrio de uma das partes, sendo que
tanto a condição perplexa quanto a simplesmente potestativa são ilícitas. (errada) 2015 - MPE-MS
.
Art. 124. Têm-se por INEXISTENTES as condições impossíveis, quando RESOLUTIVAS, e as de não fazer coisa impossível.
2010 - PGE-RS / CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL / 2012 - PGE-PA / FUNDEP - 2017 - MPE-MG

 Sendo suspensiva RESOLUTIVA, a condição impossível é tida por inexistente, não havendo anulação do negócio jurídico. (errada) CESPE - 2009 - TRF -
2ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 São tidas por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. (certa) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. (certa) FCC - 2010 - PROCURADOR
MUNICIPAL

 Têm-se por inexistentes as condições impossíveis, quando resolutivas, e as de não fazer coisa impossível. (certa) 2014 – PROCURADOR MUNICIPAL
 A condição resolutiva impossível reputa-se não escrita. (certa) 2014 - TJ-MT – JUIZ
 A fixação de condição resolutiva física ou juridicamente impossível invalida todo o negócio jurídico. (errada) 2015 - PGE-PR
.
CONDIÇÃO A condição será tida como inexistente.
IMPOSSÍVEL
RESOLUTIVA Aqui existe um negócio jurídico produzindo efeitos. Daí entender que uma condição impossível resolutiva será
(art. 124) tida como não escrita (inexistente). Preservação do negócio jurídico.

Causa de invalidação de todo o negócio.


CONDIÇÃO
IMPOSSÍVEL Ex.: João se compromete a comprar o imóvel de José desde que faça usucapião do bem. Contudo, o imóvel
SUSPENSIVA pertence à Marinha. Existe uma condição que nunca será implementada. Logo, o negócio jurídico que já vinha
(art. 123, I) despido de efeitos continuaria assim eternamente visto a impossibilidade de implementação. Logo, o negócio
jurídico é inválido.

Ex.: Em geral, todas as condições do negócio jurídico que não sejam contrárias à lei, à ordem pública e aos bons costumes são
lícitas. Entretanto, condição física ou juridicamente impossível imposta por uma das partes do negócio à outra uma invalidará o
negócio jurídico, caso seja suspensiva. (certa) CESPE - 2018 - PC-MA - DELEGADO DE POLÍCIA CIVIL
Art. 125. Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição SUSPENSIVA, enquanto esta se NÃO VERIFICAR, NÃO se terá
ADQUIRIDO O DIREITO, a que ele visa.
 A condição suspensiva, enquanto não verificada, impede a aquisição e o exercício do direito. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 A condição suspensiva subordina a eficácia a um acontecimento futuro e incerto. (certa) FCC - 2009 - PGE-SP
 A condição suspensiva ou resolutiva não permite, enquanto não se verificar, a aquisição do direito a que visa o respectivo negócio. (errada)
2009 - TJ-SC - JUIZ

 Subordinar a eficácia de um negócio jurídico a uma condição suspensiva significa afirmar que, enquanto esta não se realizar, não se terá
adquirido o direito subjetivo a que visa o negócio. (certa) 2011 - MPE-PR
 Subordinando-se a eficácia do negócio jurídico à condição suspensiva, adquire-se desde logo o direito a que ele visa. (errada) VUNESP - 2014 -
TJ-SP - JUIZ

 Os negócios jurídicos podem ser submetidos a condição, termo ou mesmo encargo, e, enquanto não se realiza uma condição
resolutivaSUSPENSIVA, o negócio jurídico não vigora e não produz seus efeitos. (errada) CESPE - 2014 - MPE-AC
 Subordinar a eficácia de um negócio jurídico a uma condição suspensiva significa afirmar que, enquanto esta não se realizar, não se terá
adquirido o direito a que visa o negócio. (certa) 2015 - PGFN

Ex.: Se Maria firma um contrato de compra e venda com João, subordinando-o a uma condição suspensiva, enquanto esta se
não verificar, não se adquirirá o direito. [...] Assim, se o comprador, inadvertidamente, antecipa o pagamento, poderá exigir a
repetição do indébito, via actio in rem verso, por se tratar de pagamento indevido. Isso porque, não implementada a condição, não
se poderá afirmar haver direito de crédito a ser satisfeito, de maneira que o pagamento efetuado caracteriza espúrio enriquecimento
sem causa do vendedor.16

Art. 126. Se alguém dispuser de uma coisa sob condição suspensiva, e, pendente esta, fizer quanto àquela novas disposições,
estas não terão valor, realizada a condição, se com ela forem incompatíveis.
2015 - PGFN

AULA DANIEL CARNACCHIONI (GRAN)


Ex. de incompatibilidade: “A” doa casa para “B” com a condição de que “B” passe no vestibular (suspensiva). Enquanto “B” ainda não passou
no vestibular, “A” resolve vender a casa para “C”. Essa segunda disposição sobre a casa não terá valor pois é incompatível com a doação. “B”
poderá reivindicar a casa de “C”, por exemplo. (Possibilidade de indenização ou regresso)
Ex. de compatibilidade: “A” doa casa para “B” com a condição de que “B” passe no vestibular (suspensiva). Enquanto “B” ainda não passou
no vestibular, “A” resolve constituir um usufruto em benefício de “C”. Essa segunda disposição é compatível com a doação. No caso, após o
implemento da condição suspensiva, “B” seria o proprietário do imóvel e “C” o usufrutuário.

Art. 127. Se for RESOLUTIVA a condição, enquanto esta se não realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo exercer-se desde a
conclusão deste o direito por ele estabelecido.
FCC - 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL / 2015 - PGFN

 Se for suspensiva RESOLUTIVA a condição, enquanto esta não se realizar, vigorará o negócio jurídico, podendo ser exercido desde a conclusão
deste o direito por ele estabelecido. (errada) 2009 - TJ-RS – JUIZ
 Quando submetido à condição resolutiva, o negócio jurídico produz, desde logo, todos os efeitos que lhe são peculiares. (certa) 2010 - MPE-MG
 Nada sendo estipulado em contrário, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc. (errada) CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 A propriedade fiduciária constitui-se mediante negócio jurídico de disposição condicional porquanto o domínio da coisa móvel ou imóvel
cessa em favor do fiduciário FIDUCIANTE uma vez verificado o implemento da condição resolutiva. (errada) 2011 - MPDFT
Ex. CC art. 547. O doador pode estipular que os bens doados voltem ao seu patrimônio, se sobreviver ao donatário.

 Pode o doador incluir, no contrato de doação, cláusula resolutiva de reversão, que assegura o regresso da coisa doada ao patrimônio do
doador ou de terceiros, caso o doador sobreviva ao donatário. (errada) 2011 – MPDFT
 Nos contratos de doação a cláusula de reversão é resolutiva e não prevalece em favor de terceiro. (certa) 2011 - TJ-PR - JUIZ
A condição resolutiva poderá ainda ser expressa ou tácita. No primeiro caso, opera-se de pleno direito; no segundo, demanda interpelação
judicial. Assim, nos contratos bilaterais, mesmo não havendo cláusula que preveja a resolução da avença em caso de inadimplemento
(acontecimento futuro e incerto), se uma das partes não cumprir a sua obrigação, poderá a outra pleitear a dissolução do negócio, cumulada com
perdas e danos, exigindo-se-lhe, todavia, antes do ajuizamento da ação principal, a interpelação judicial do inadimplente. 17 Ex.: Art. 474. A cláusula
resolutiva expressa opera de pleno direito; a tácita depende de interpelação judicial.

 A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito e a tácita depende de interpelação judicial. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 A cláusula resolutiva tácita reclama interpelação judicial. (certa) 2012 - MPE-RS
 A cláusula resolutiva expressa opera mediante interpelação judicial. (errada) 2013 - PGE-GO
 A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito, já a tácita depende de interpelação judicial. (certa) FUNDEP - 2014 - TJ-MG - JUIZ DE DIREITO
SUBSTITUTO

 Não havendo no contrato expressa cláusula resolutiva, não há como presumir que exista disposição tácita de tal natureza. (errada) 2018 - TRF -
3ª REGIÃO - JUIZ FEDERAL SUBSTITUTO

16
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 270, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
17
Manual de Direito Civil, Vol. Único, p. 271, 5ª ed., 2021. Rodolfo Pamplona e Pablo Stolze.
 A cláusula resolutiva expressa opera de pleno direito, ou seja, sem a necessidade de intervenção judicial. (certa) VUNESP - 2021 - TJ-SP - JUIZ
SUBSTITUTO

Art. 128. Sobrevindo a condição RESOLUTIVA, extingue-se, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe; /////////////////////////
MAS, se aposta a um negócio de execução continuada ou periódica, a sua realização, salvo disposição em contrário, não tem
eficácia quanto aos atos já praticados, desde que compatíveis com a natureza da condição pendente e conforme aos ditames de
boa-fé.
2012 - PGE-SC / 2013 - TJ-SC – JUIZ

 Em contratos de execução periódica, em regra, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc . (errada) CESPE - 2009 - TRF - 2ª
NUNC

REGIÃO - JUIZ FEDERAL

 Implementada a condição resolutiva, os interessados retornam à situação anterior, salvo as hipóteses de execução periódica ou continuada.
(certa) 2010 - MPE-MG

 Nada sendo estipulado em contrário, o implemento da condição resolutiva produz efeitos ex tunc NUNC. (errada CESPE - 2011 - TRF - 2ª REGIÃO - JUIZ
FEDERAL

 O implemento de condição resolutiva sempre extingue, para todos os efeitos, o direito a que ela se opõe. (errada) VUNESP - 2011 - TJ-SP - JUIZ

Art. 129. Reputa-se verificada, quanto aos efeitos jurídicos, a condição cujo implemento for maliciosamente obstado pela parte a
quem desfavorecer, considerando-se, ao contrário, não verificada a condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem
aproveita o seu implemento.
2014 - PGE-MS

 A condição maliciosamente levada a efeito por aquele a quem seu implemento aproveite é considerada como não verificada. (certa) 2009 - TJ-SC
- JUIZ

Art. 130. Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido praticar os atos destinados
a conservá-lo.
 Nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, ao titular do direito eventual é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. (certa) FCC
- 2010 - PROCURADOR MUNICIPAL

 Ao titular do direito eventual, nos casos da condição suspensiva, é permitido praticar os atos destinados a conservá-lo. (certa) 2010 - MPE-MG
 O titular de direito eventual pode praticar os atos destinados a conservá-lo, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva. (certa) VUNESP -
2011 - TJ-SP – JUIZ

 Nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, é permitido ao titular do direito eventual praticar os atos destinados a conservá-lo. (certa)
2012 - TJ-PR - JUIZ

 Ao titular do direito eventual, nos casos de condição suspensiva ou resolutiva, não é permitido praticar os atos destinados a conservá-los.
(errada) VUNESP - 2014 - TJ-SP - JUIZ

Art. 131. O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito.
Obs. Diferentemente do que ocorre com a condição suspensiva que impede a aquisição do direito, o termo inicial SUSPENDE o
EXERCÍCIO, mas não a aquisição. Realizado o ato, já surgem o crédito e o débito, estando os mesmos apenas com a exigibilidade
suspensa.
 O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito e o encargo não suspende a aquisição, nem o exercício do direito, salvo
se imposto no negócio jurídico pelo disponente, como condição suspensiva. (certa) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 O termo inicial suspende a aquisição EXERCÍCIO, mas não o exercício AQUISIÇÃO do direito. (errada) FCC - 2010 – PGM
 O termo inicial suspende a aquisição do direito. (errada) VUNESP - 2011 - TJ-SP – JUIZ
 A inclusão de termo inicial, como cláusula do negócio jurídico, suspenderia o exercício e a aquisição do direito. (errada) CESPE - 2013 - TJ-RN - JUIZ
 O termo inicial suspende o exercício, mas não a aquisição do direito. (certa) VUNESP - 2014 - TJ-SP – JUIZ
Ex.: Cláudio firmou com seu filho Lucas contrato de doação por meio do qual lhe transferiria a propriedade de imóvel no dia de seu trigésimo
aniversário. Em caso de conflito de leis no tempo, considerar-se-á que Lucas possui direito adquirido, por se tratar de direito a termo. (certa) FCC -
2014 - DPE-PB

Art. 132. Salvo disposição legal ou convencional em contrário, computam-se os prazos, excluído o dia do começo, e incluído o
do vencimento.
2010 - MPE-MG

§ 1º Se o dia do vencimento cair em feriado, considerar-se-á prorrogado o prazo até o seguinte dia útil.

§ 2º Meado considera-se, em qualquer mês, o seu décimo quinto dia. 15º

§ 3º Os prazos de meses e anos expiram no dia de igual número do de início, ou no imediato, se faltar exata correspondência.
§ 4º Os prazos fixados por hora contar-se-ão de minuto a minuto.

Art. 133. Nos testamentos, PRESUME-SE o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do devedor, SALVO, quanto
a esses, SE DO TEOR do instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do credor, ou de ambos os
contratantes.
 Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro, e, nos contratos, em proveito do credor, salvo, quanto a esses, se do teor do
instrumento, ou das circunstâncias, resultar que se estabeleceu a benefício do devedor, ou de ambos os contratantes. (certa) 2013 - TJ-SC – JUIZ
 Nos testamentos, presume-se o prazo em favor do herdeiro. (certa) FCC - 2019 - TJ-AL - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 134. Os negócios jurídicos entre vivos, sem prazo, são exeqüíveis desde logo, salvo se a execução tiver de ser feita em lugar
diverso ou depender de tempo.
FCC - 2015 - TJ-PE - JUIZ SUBSTITUTO

Art. 135. Ao termo inicial e final aplicam-se, no que couber, as disposições relativas à condição suspensiva e resolutiva.
2012 - MPE-GO

Art. 136. O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio
jurídico, pelo disponente, como condição suspensiva.
FCC - 2015 - TJ-PI - JUIZ SUBSTITUTO

 O encargo nunca suspende a aquisição, nem o exercício do direito. (errada) FCC - 2009 - TJ-AP – JUIZ
 O modo ou encargo estabelecidos pelo autor de uma liberalidade constituem condições suspensivas para a aquisição ou o exercício do
direito pelo recebedor da liberalidade. (errada) 2010 - PGE-RS
 O encargo não suspende a aquisição nem o exercício do direito, salvo quando expressamente imposto no negócio jurídico, pelo disponente,
como condição suspensiva. (certa) 2010 - PGE-GO
 O encargo suspende a aquisição do direito e será considerado não escrito, se ilícito ou impossível, invalidando o negócio jurídico. (errada) 2010
- MPE-MG

Art. 137. Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, salvo se constituir o motivo determinante da liberalidade, caso
em que se invalida o negócio jurídico.
 Considera-se não escrito o encargo ilícito ou impossível, o que libera o seu cumprimento e torna o negócio jurídico um ato negocial puro e
simples; se o encargo constituir o motivo determinante da liberalidade, o negócio será inválido. (certa) CESPE - 2013 - STM - JUIZ-AUDITOR SUBSTITUTO
Ex.: Carmen doou a Rejane um apartamento para que nele se mantenha uma casa de prostituição. Nessa situação, o encargo será considerado
não-escrito. (errada) CESPE - 2009 - PGE-AL

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