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TURNO:PÒS-LABORAL 4ºANO
DISCENTE:
DOCENTE:
Dr. Richard
BEIRA 2024
UNIVERSIDADE ADVENTISTA DE MOÇAMBIQUE
CURSO:LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO
TURNO:PÒS-LABORAL 4ºANO
DISCENTE:
DOCENTE:
Dr. Richard
BEIRA 2024
Índice
Introdução ................................................................................................................................... 4
Antiguidade ............................................................................................................................. 5
Conclusão ................................................................................................................................. 16
Historicamente, a ciência tem tido uma relação complexa com a religião; doutrinas religiosas
por vezes influenciaram o desenvolvimento científico, enquanto o conhecimento científico tem
surtido efeitos sobre crenças religiosas. A visão do ser humano sobre os deuses influencia a
visão dele sobre natureza e vice-versa, já que o ser humano é um ser integral. Um ponto de vista
descrito por Stephen Jay Gould como magistérios não-sobrepostos (ou não interferentes) -
em inglês Non-Overlapping Magisteria (NOMA) - é que a ciência e a religião lidam com
aspectos fundamentalmente distintos da experiência humana, e desta forma, quando cada uma
delas permanece em seu próprio domínio, elas coexistem de maneira pacífica.[3] Outra visão
conhecida como a tese do conflito, afirma que a religião e a ciência inevitavelmente competem
pela autoridade sobre a natureza da realidade, de forma que a religião está gradualmente
perdendo a guerra contra a ciência ao passo que as explicações científicas tornam-se mais
poderosas e gerais. Esta visão foi popularizada no século XIX por John William
Draper e Andrew Dickson White.
Homens de Ciencia e Crentes
A religião e a ciência são construções humanas, que variam com o tempo. Dentro de qualquer
religião há uma variedade de posicionamentos, ramificações, segundo as diversas
interpretações que fazem das escrituras que consideram sagradas, "inspiradas" por um ou vários
deuses, e geralmente tidas como revelações diretas deste(s) ao homem.
As relações entre ciência e religião mudam ao longo da história e envolvem uma gama muito
grande e complexa de aspectos, como políticos, sociais, econômicos e aqueles que envolvem
as relações de autoridade e poder, visões epistemológicas das épocas, forma das práticas
científicas em cada época, relação ciência e sociedade, choques entre culturas distintas, etc.
Antiguidade
Ao lado da idolatria grega, surgiram pensadores na Antiguidade grega que queriam estudar a
natureza sem evocar espíritos. Esses buscavam se restringir à razão como principal instrumento
para o conhecimento. A dialética e o discurso ganharam muita força nessa época onde as
verdades instituídas eram ganhas com base no raciocínio lógico, indução, dedução e na
capacidade de persuasão do estudioso. Diversas escolas racionalistas gregas surgiram, das quais
as mais famosas são atribuídas a Platão e a Aristóteles. O racionalismo é um movimento
filosófico que crê que a razão é instrumento para se achegar a Verdade Absoluta. Ganhou força
com as visões platônicas (Platão) de que o mundo das ideias seria um mundo perfeito onde
encontra-se a realidade.
A visão platônica é, nesse sentido, dual, uma vez que divide o mundo em duas categorias: o
mundo das ideias e das formas e o mundo concreto e sensível. A partir dessa divisão, o filósofo
funda a Teoria das Ideias, sistema filosófico platônico (Grécia Antiga), em que Platão define
que o conhecimento do mundo ou a Verdade proveriam das ideias ou formas abstratas. Nessa
teoria, as formas ou ideias seriam substanciais, eternas e imutáveis - aquilo que permanece
apesar das mudanças - são o que oferecem a verdadeira realidade e não o mundo material,
mutável e sensível. A realidade viria, portanto, do mundo inteligível, de conceitos abstratos,
como igualdade, diferença, movimento e repouso.
O mundo das ideias é individual. Cada indivíduo nasce com o chamado conhecimento inato:
são as formas ou ideias que se encontram no mundo inteligível, fora do espaço ou tempo, de
acordo com as quais são organizados os objetos do mundo material.
Já o mundo material é o mundo concreto, percebido por todos os indivíduos por meio dos órgãos
dos sentidos. Trata-se de um mundo que representa o mundo das ideias, mas o faz de forma
incompleta. Sua representação é inferior e enganosa e, portanto, não nos oferece a Verdade
Absoluta.
[18]
Essa teoria surge da famosa alegoria mito da caverna que pode ser encontrada na obra A
República de Platão. Tal mito serve como uma metáfora ou ilustração da Teoria das Ideias,
revelando, por meio de um diálogo com Sócrates, sua teoria dualista. No mito, pessoas que são
presas desde a infância numa caverna e apenas percebem o mundo material por meio das
sombras e projeções nas paredes consideram sua realidade, a verdadeira. Entretanto, sabe-se
que esse não é o mundo verdadeiro. E sim, ilusório, percebido pelos sentidos daqueles
indivíduos e, portanto, inferior e enganosa.
Idade Média
Durante toda a Idade Média, houve uma luta pelo poder entre a Igreja Católica e os pensadores
da natureza. A Igreja queria impor que ela era a instituição que definiria o que é verdade sobre
todos os assuntos, inclusive sobre a natureza. Essa atitude impedia a liberdade investigativa da
natureza. Inicialmente o conhecimento grego era banido e a partir do século XII, com Tomás
de Aquino e outros "pais da Igreja", algumas visões filosóficas da natureza dos gregos foram
incorporadas na Teologia Católica e impostas à sociedade. Dessa forma, a Igreja Católica
concentrava em si mesma a autoridade para assuntos religiosos e da natureza, autoridade a qual
todos deviam se submeter, sob ameaças de terríveis punições.
No século XVI, Galileu Galilei (1564-1642) lutava pela autoridade da ciência: à ciência cabe
dizer como vai o céu, e à religião como se vai ao céu.
Galileu foi pressionado a se retratar diante do tribunal da Inquisição, dizendo que era falsa a
ideia de que a Terra girava em torno do seu eixo e em torno do Sol. A postura impositiva da
Igreja, o pensamento de que ela deveria ser quem determina a Verdade, também acerca da
natureza foi a causa de muitas polêmicas no início da era moderna. A filosofia da
natureza passou a lutar para dizer à sociedade que ela poderia estudar a natureza e ter autoridade
para emitir pareceres.
Além disso, durante esse período, tem-se a figura de Santo Agostinho. Agostinho de
Hipona contribuiu para o desenvolvimento da Filosofia Natural, uma vez que compreendeu que
o conhecimento da verdade mundana se daria por meio da razão ou filosofia, enquanto a Fé
cristã ofereceria o conhecimento necessário para aproximar a humanidade de seu Criador.
Sendo assim, coloca fé e razão num único plano, à procura da verdade. Essa postura favorece
o pensamento cristão medieval, já que coloca a filosofia e a ciência em função da Teologia -
para ele, a Fé cristã era considerada superior à razão -, mas, ao mesmo tempo, abre caminho
para a evolução do pensamento filosófico em um período de grande imposição da Igreja. Santo
Agostinho foi muito influenciado pela obra de Platão e pelo pensamento neoplatônico e sua
produção filosófica, ainda que não seja considerada um sistema filosófico, trata-se de uma
filosofia cristã.
Idade Moderna
Dessa forma, ele divorciou a mente do corpo pela crença racionalista. O racionalismo é uma
corrente filosófica que enfatiza o a priori, as ideias como instrumento para se achegar a Verdade.
Para Descartes, o corpo era uma máquina. Na visão mecanicista, a física da máquina ou das
invenções humanas é a mesma que a física da natureza. Isso propiciou a visão reducionista,
onde o objeto analisado é uma amostra reduzida do mundo. Mais tarde, o reducionismo vai
influenciar a ciência moderna, onde o laboratório, a reprodução da natureza no laboratório, é
visto como uma amostra reduzida do mundo, e por isso ganha o status de poder ser visto como
se fosse a própria natureza. No entanto, sabemos que não é a natureza, mas uma tentativa
humana de reproduzi-la.
Gradativamente ia-se rompendo a antiga relação entre a filosofia e a filosofia da natureza, que
mais tarde, vem a se chamar ciência. Isso ocorreu quando as ciências individuais (os diversos
ramos do saber) passaram a ter pretensão de um conhecimento independente e
metodologicamente garantido. Nessa ocasião, a filosofia e a ciência passaram a concorrer. Essa
atitude ocorreu no século XIX e foi fundamentada por uma determinada filosofia, ou modo de
entender o mundo, designada positivismo.
Alguns dos defensores do positivismo foram Francis Bacon (1561-1626), John Locke (1632-
1677), George Berkeley (1685-1753), David Hume (1711-1776) e Auguste Comte (1798-
1856). O empirismo reduz tudo à experiência, sem se interrogar pelas formas a priori, ou seja,
as pré-suposições e a metafísica que a envolve. O verificacionismo é a convicção de que é
possível verificar ou provar algo com certeza absoluta (os empiristas acham que isso se dá
mediante o experimento, com base na observação; os racionalistas acham que isso se dá por
meio da razão). O indutivismo é uma posição filosófica que vê como válido e verdadeiro o
exercício racional da generalização de uma afirmação sobre algo específico (no positivismo
essa afirmação tem fundamento na observação). Dessa forma, a partir de progressivas
observações se conclui uma lei ou princípio geral.
O sociólogo ateu Augusto Comte (1798-1856) pretendeu formar uma nova "ciência da
sociedade" através do positivismo. A ciência do ponto de vista positivista é uma "ciência exata,
metodicamente controlada (pelo método científico); parte de experimentos e observações
empíricas, alcançando assim, passo a passo, o conhecimento dos princípios universais e
superiores bem como os "fatos", a exemplo o modelo da gravitação de Newton. As ciências
naturais assumiram esse caráter pouco a pouco". O que antes era entendido como "fato",
verdade absoluta em tal postura, foi chamado pelo filósofo Hilton Japiassu de
"puritanismo racionalista"; nele prega-se o primado do racional ou científico sobre outras
formas do saber, pela excessiva confiança na razão como configuradora do instrumento que
leva a tentativa humana de buscar a verdade absoluta. Hoje a definição de fato científico é feita
de forma um pouco diferente, como sabido, sobre tudo no que tange ao divórcio desses com o
que denomina-se por hipótese (ideia).
Comte tinha em vista realizar uma dominação coletiva unindo as forças que lideravam a
sociedade (banqueiros e capitalistas) ao círculo de cientistas positivistas, com vistas de que a
autoridade da ciência substituísse a autoridade do clero e da nobreza. Augusto Comte defendia
que o conhecimento humano individual (os diversos ramos do saber) passa por três estágios: o
religioso, o filosófico e o científico. Assim, Comte pensava que havia 3 épocas históricas: Na
época religiosa, o homem explica os fenômenos recorrendo a causas sobrenaturais; na época
filosófica, explica recorrendo a princípios racionais; na época científica, explica por meio das
leis naturais, as quais explicam por si só os fenômenos. Dessa forma ele dava autoridade à
ciência para falar sobre a natureza, vencendo o dogmatismo religioso, que consistia na tentativa
da Igreja de centralizar em si mesma a autoridade para falar sobre a natureza.
O desejo de Comte era fundar uma "espécie de religião da humanidade" onde o amor pela
humanidade seria a "natureza suprema", e assim pregava o altruísmo. O positivismo de Comte
tinha os seguintes pilares:
Desde o século XVI até os dias de hoje, tem sido comum a visão de que a religião e a ciência
empregam diferentes métodos para se dirigirem a questões diferentes, ou mesmo similares;
o método da ciência caracterizando uma abordagem objetiva para mensurar, calcular e
descrever o universo natural, físico e material; e o método das religiões o fazendo de forma bem
mais subjetiva, baseando-se esse, entre outros, nas noções variáveis de autoridade, revelação,
intuição, crença no sobrenatural, na experiência individual, ou, a fim de compreender o
universo, uma combinação dessas. Contudo, filósofos da ciência como Thomas Kuhn, através
da história da ciência, perceberam que os elementos subjetivos do ser humano estão também
presentes no ser humano que analisa a natureza ou que faz ciência. Sendo assim, as pré-
suposições; as hipóteses e modelos teóricos; os métodos de raciocínio dedutivos (vinculados
à hipóteses e convicção de que se esgotaram as variáveis do problema pelo modelo empregado)
e indutivos (onde faz-se uso de generalizações); formas de medições do objeto de estudo e os
sensores dessas medições; todas variáveis que fazem parte também da prática científica, são
muitas vezes subjetivas, limitadas e contaminadas pelas visões que cada cientista traz consigo,
independente do seu desejo de manter-se imparcial e de sua postura ética de compromisso em
buscar a verdade e dar testemunho fiel do que percebe.
As limitações da ciência e a natureza dos caminhos tortuosos pelos quais ela se faz atrelam-se
diretamente à condição de atividade humana que ela é. Isso de forma alguma a invalida, e
certamente ela tem dado importantes contribuições para a humanidade, a exemplo as vacinas,
a energia elétrica, arefrigeração de alimentos, etc.; além de melhor o entendimento acerca do
comportamento da natureza, mesmo sendo esses conhecimentos tidos - segundo o próprio
Método Científico - como limitados, eternamente provisórios, sujeitos a evoluções ou até
mesmo modificações completas.
Algumas visões científicas que mais tarde foram consideradas enganos da ciência, mas que
influenciaram fortemente o pensamento humano da época, envolveram temas como a
possibilidade do infinito, a natureza da matéria e das reações químicas, a origem da vida, a
causa das epidemias, e outros. Alguns exemplos de enganos da ciência foram: o modelo
Geocêntrico (a concepção de que os planetas giravam em torno da Terra), a geometria
euclidiana atrelada ao universo, o calórico (acreditava-se que o calor era uma substância e não
uma forma de energia), etc. Convém mencionar que o uso do termo engano é referente a
comparações entre teorias antigas e teorias posteriores, já que o conhecimento científico está
constantemente em construção (ver item Ciências e Religiões: construções humanas).
A ciência conta com rigores, e busca valer-se da observação, experimentação, mas também de
hipóteses, modelos, raciocínio lógico para entender melhor a natureza e ajudar a sociedade a
ter melhor qualidade de vida (provisão, sustento, sobrevivência). No entanto, os cientistas,
como todos os seres humanos, não estão isentos de equívocos pois muitas vezes a natureza se
mostra diferente da forma como o homem a supôs, já que as limitações humanas impedem de
controlar todas as variáveis da experimentação e as conjecturas da mente humana às vezes se
enganam e não conseguem alcançar a complexidade do mundo ao nosso redor. Portanto, tanto
a razão (conjecturas racionais) quanto a observação (limitadas aos sentidos humanos: tato,
audição, visão, e equipamentos que o homem concebe para realizar medições) são restritos,
falhos e limitados.
Segundo Martins, "apesar de todas as idas e vindas e das incertezas perpétuas, não há dúvidas
de que nosso conhecimento científico é superior ao de dois séculos atrás, ou da Antiguidade.
Porém, é aceitando as incertezas e abandonando o dogmatismo cego que a ciência poderá
continuar a progredir e a se transformar. E não por meio de um otimismo ingênuo e desprovido
de crítica".
Nesses termos, entra em cena o fato de todo ser humano tem alguma posição sobre os deuses e
o sobrenatural, e querendo ou não sua visão a esse respeito influencia todas as demais áreas do
seu viver. Em princípio somos seres integrais e não podemos separar nossa visão sobre os
deuses da visão que temos acerca da natureza. Mesmo frente ao sucesso que a ciência vem
alcançando no corrente século e passado, não seria insensato solicitar que todas as posturas
devam ser respeitadas; e que deve-se evitar posturas intolerantes ou atitudes que diminuam
qualquer ser humano pela sua concepção sobre deuses ou sobre a natureza, mesmo porque não
são todos as pessoas que possuem doutorado em alguma área científica. Tais ideias funcinam,
assim, como críticas aos modelos científicos estabelecidos, críticas que não devem ser coibidas,
embora devam ser certamente debatidas. É nesse ponto que destaca-se a constatação de que a
relação histórica entre ciência e religião é bem mais complexa do que muitos supõem.
Tanto a ciência quanto a religião são construções humanas, e como tais, sujeitas a equívocos e
às limitações humanas. Tanto as ciências quanto as religiões mudam com o tempo. As religiões
baseiam-se geralmente (mas nem sempre) na interpretação de escrituras tidas como sagradas,
ou seja, na hermenêutica, o ramo da teologia que estuda o deus judaico-cristão e
outras divindades ou deidades. As religiões e as ciências sofrem influências de visões de mundo
e de interesses de natureza política, social, econômica, filosofia, etc., devido às suas condições
de instituições humanas. Portanto, essas influências acontecem com todas as instituições
humanas, incluindo as religiosas e as comunidades científicas.
Por ser historicamente muito muito mais antiga que a ciência em acepção moderna, quando os
dogmas religiosos foram estabelecidos, diante do que já se conhece hoje, pouco ou praticamente
nada se conhecia acerca do comportamento do mundo natural. Dada a curiosidade humana
inata, necessitando explicar de alguma forma os fenômenos observados, a explicação mais
óbvia e em senso comum, a de que esses atrelavam-se aos desejos, vontades e ações dos deuses,
foi por muito tempo assumida como verdadeira, e os debates giravam em torno da questão do
porque os deuses agirem dessa ou daquela forma, e de como poder-se-ia agradá-los a fim de
que eles concedessem aos meros mortais graças e não punições. Com o avanço da ciência, à
medida que ganhou-se conhecimento acerca da inter-relação e causalidade dos fenômenos
naturais, tal visão religiosa gradualmente perdeu espaço, e talvez essa concepção configure-se
como o maior engano já cometido pelas religiões.
Embora ainda enormemente difundido na cultura religiosa atual, não há relato de milagres que
sobreviveram ao escrutínio metodológico da ciência. A crença exacerbada nos mesmos
constituem nesses termos um erro épico atrelado à metodologia religiosa quer primordial, quer
atual; engano que já custou e ainda custa a vida de varias pessoas, inclusive.
Conclusão
A fé é parte integrante do homem, está com ele desde o nascimento, associada à fé sempre
existe uma religião, que seria como um estado mítico, para muitos, uma forma de explicação
ultrapassada. Enquanto que a ciência seria o motor do progresso e do conhecimento,
conhecimento esse que transforma o mundo proporcionando melhor qualidade de vida aos seres
humanos. A religião embora detentora de conhecimentos metafísicos, não deixa de fornecer
repostas para grandes questões que afligem a humanidade, como por exemplo: por que
existimos? De onde viemos? Para onde vamos? Há vida após a morte? Por que estamos aqui?
Etc. Existe conflito entre ciência e religião? O fato de que no passado a Igreja Romana era
detentora do conhecimento teológico e científico é inegável, pois determinava o céu, o inferno
e também a rotação dos planetas. O século XVIII trouxe consigo e ideia de que a religião estava
associada ao engano devido a diversos escândalos do alto clero, ouve então o início de uma
ruptura entre a ciência e a Igreja. No século XIX desenvolveu-se uma apologética para fazer
frente à disseminação do conhecimento científico através do método experimental, que postula
que todo conhecimento válido começa da observação e da experiência. Questões metafísicas
não tinham lugar nesse tipo de conhecimento, no entanto, a religião nunca deixou de fornecer
respostas que envolvem esse tipo de questões. Sabendo que cada uma dessas vertentes fala de
coisas diferentes, é possível estabelecer conflito entre elas? Ou elas não têm como competir? É
inegável que cada uma a sua maneira, religião e ciência têm oferecido recursos valiosos para
uma mudança de consciência ética e de ação entre os seres humanos.
Referencias Bibliogaficas
MELO, Júlio de Fátimo Rodrigues de; VIEIRA, Werner Bessa. A Religião Cristã e a Evolução
da Ciência: Considerações Históricas. Id on Line Rev.Mult. Psic., Dezembro/2019, vol.13, n.48
SUPLEMENTO 1, p. 412-428. ISSN: 1981-1179.
CALDWELL, R. S. The Origin of the Gods: A Psychoanalytic Study of Greek Theogonic Myth.
Oxford: Oxford University Press, 1993, p 126.