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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS FACULDADE DE

ODONTOLOGIA

GISELLE MEDEIROS DO NASCIMENTO

Psicologia Aplicada à Odontologia

Mechanisms of memory under stress.

MACEIÓ
2024
Mechanisms of memory under stress

O artigo "Mechanisms of memory under stress" explora


minuciosamente como eventos estressantes afetam os processos
de formação da memória. O autor inicia ressaltando a importância
crítica de lembrar imediatamente estímulos perigosos, como sons,
lugares, e odores, para a sobrevivência dos animais. Apesar de
uma crença medieval curiosa de que atirar crianças no rio após
testemunharem eventos importantes levaria a uma memória
vitalícia, a pesquisa moderna confirma que experiências
estressantes ou emocionantes podem, de fato, intensificar a
memória para eventos circundantes.

Ao longo das décadas, os estudos revelaram uma imagem mais


complexa de como eventos estressantes moldam a memória. O
autor destaca que o estresse pode ter efeitos tanto positivos quanto
negativos, aprimorando alguns processos de memória enquanto
prejudica outros. A análise abrange diferentes padrões de resposta
ao estresse, associados a diversos tipos de estressores, o que
influencia quais informações são codificadas e como são
armazenadas.

O cerne do artigo reside na exploração dos mecanismos cerebrais


subjacentes ao impacto do estresse na memória. O autor destaca a
ação coordenada de vários mediadores de estresse e redes
neurais específicas nesse processo. Uma descoberta crucial é a
influência dos corticosteróides, como o cortisol, na plasticidade
sináptica no hipocampo, uma região-chave para a memória. Os
corticosteróides atuam por meio de receptores genômicos e não
genômicos, permitindo interações rápidas com o sistema
noradrenérgico.

O autor aprofunda a compreensão dos efeitos diferenciais dos


corticosteróides, apontando que os receptores mineralocorticóides
(MR) e os receptores glicocorticóides (GR) têm funções distintas na
memória. Os corticosteróides melhoram a consolidação, mas
prejudicam a recuperação da memória, evidenciando um impacto
contextual. O estresse, conforme destacado, aprimora a memória
para informações relacionadas ao contexto e ao tempo do
estressor, mas prejudica a memória para informações fora do
contexto.

O artigo também destaca avanços recentes nos mecanismos


celulares subjacentes ao impacto do estresse na memória,
examinando as mudanças nas transmissões sinápticas e a
ativação de receptores em diversas regiões cerebrais, incluindo o
hipocampo, córtex pré-frontal e amígdala.

Além disso, o autor aborda a complexidade dos efeitos do estresse


na memória, destacando como eles dependem do histórico e do
estado do indivíduo. O artigo enfatiza a necessidade de considerar
as contribuições de múltiplos sistemas de memória, discutindo
como o estresse pode influenciar a memória em diferentes fases,
desde a codificação inicial até a consolidação e armazenamento a
longo prazo, mesmo meses após o evento estressante.

Em síntese, o artigo oferece uma visão abrangente dos


mecanismos pelos quais o estresse afeta a memória. Ele integra
descobertas recentes com conceitos estabelecidos para fornecer
um novo framework que liga os níveis celular, de rede neural e
cognitivo do impacto do estresse nos processos de memória. O
foco principal está nos efeitos do estresse agudo na memória a
longo prazo.

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