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EMPRESARIAL
Finalidade do orçamento
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Introdução
O orçamento é uma ferramenta cuja finalidade é o planejamento e o
controle da organização. É também uma ferramenta de planejamento,
porque em um momento presente as receitas e os gastos são projetados
para o futuro, de modo que seja possível planejar o lucro desejado. O orça-
mento é uma ferramenta de planejamento de curto prazo que deve estar
alinhada com o planejamento estratégico da empresa de longo prazo.
E, ainda, o orçamento é uma ferramenta de controle, porque por
meio da comparação entre as receitas e os gastos planejados (orçados)
é possível fazer a comparação com as receitas e os gastos realizados, de
modo que seja possível acompanhar o desempenho da organização ao
longo do tempo e realizar ajustes, caso necessário.
1 Planejamento orçamentário
Para a elaboração do orçamento de uma empresa comercial, deve-se seguir
algumas etapas, são elas:
2 Processos orçamentários
Orçamento de vendas
O orçamento de vendas é uma parte do processo orçamentário. O departamento
comercial / de vendas deve ser o primeiro departamento a realizar o processo
de elaboração de um orçamento empresarial. O orçamento de vendas será
o alicerce de todos os outros departamentos. Caso esteja incorreto, todo o
processo ficará comprometido.
Para elaborar o orçamento de vendas, o departamento comercial precisa
projetar dois dados: preço e quantidade, pois eles fornecerão o total da receita.
Ao se multiplicar tais dados, obtém-se uma previsão de faturamento para cada
um de seus produtos ou serviços. O faturamento também é chamado de receita
operacional, pois é proveniente das receitas com a operação que a organização
realiza. Uma organização também pode obter receitas não operacionais (não
estão diretamente ligadas à sua operação).
A elaboração da previsão de faturamento fica sob responsabilidade do
gestor do departamento comercial. E para que tal orçamento tenha certa
coerência, o gestor deve verificar alguns condicionais. Os condicionantes
são restrições internas e externas à organização, que podem influenciar
a elaboração do orçamento de vendas (positivamente ou negativamente).
Como exemplo de restrições internas, pode-se citar: capacidade produtiva
insuficiente, pessoal não habilitado para o exercício de suas funções, difi-
culdades para obtenção de fundos para capital de giro e investimento, etc.
Como exemplos de restrições externas, pode-se citar: mercado fornecedor de
matérias-primas, concorrentes atuais e potenciais e políticas governamentais
de crédito (prazos e taxas de juros).
Para elaborar a previsão de faturamento (vendas), o gestor do departamento
comercial deve conhecer e levar em conta, além das restrições, as políticas
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analisadas para que sejam entendidas as causas das variações e sejam adotadas
ações que ajustem as metas futuras. Assim sendo, o controle orçamentário,
como uma ferramenta de controle gerencial, poderá ser considerado um dos
pilares da gestão, uma vez que reflete as prioridades e a direção da organização
para determinado período, de modo que proporcionará condições de avaliação
do desempenho de áreas e gestores (FREZATTI, 2015). Portanto, conclui-se
que o orçamento, para a avaliação de desempenho para a tomada de decisão,
deve estar alinhado com a estratégia empresarial. E para tal, pode-se utilizar
métricas financeiras e operacionais estabelecidas na elaboração do orçamento
para facilitar o acompanhamento e o controle gerencial.
Para entender melhor o conteúdo deste capítulo, faça a leitura do artigo científico
“Planejamento e orçamento em instituições financeiras: um estudo em uma instituição
de microfinanças pernambucana”, de Herrisson Queiroz Neto e Carla Renata Silva Leitão.
ANTHONY, R.; GOVINDARAJAN, V. Sistemas de controle gerencial. São Paulo: Atlas, 2008.
COVALESKI, M. A. et al. Budgeting research: three theoretical perspectives and criteria
for selective integration. Journal of Management Accounting Research, v. 15, n. 1, 2003.
FREZATTI, F. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 6. ed. rev. e
atual. São Paulo: Atlas, 2015.
JIAMBALVO, J. Contabilidade gerencial. 3. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2009.
PADOVEZE, C. L. Planejamento orçamentário. 3. ed. rev. e atual. São Paulo: Cengage
Learning, 2015.
Leitura recomendada
QUEIROZ NETO, H.; LEITÃO, C. R. S. Planejamento e orçamento em instituições financei-
ras: um estudo em uma instituição de microfinanças pernambucana. In: SIMPÓSIO DE
CONTROLADORIA - SIMPCONT, 3., 2018, Recife. Anais [...]. Recife: UFRPE, 2018. Disponível
em: http://www.simpcont.ppgc.ufrpe.br/sites/simpcont.ppgc.ufrpe.br/files/Artigo%20
011%20III.pdf. Acesso em: 19 jul. 2020.
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