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Centro universitário Anhanguera

Psicologia - Psicologia, ciência e profissão.

Ética e moral sobre o filme “Amor por direito”

Professor Leonardo Zanelli Pereti

Autores:

Alice Santana da Silva


Deyvid Candido
Ester Manja Silva do Carmo
Fábia Neres Martins
Leandro Silva Sobral
Leticia Macedo Sampaio
Lizandra Gonçalves Pinto

São Paulo
Outubro/2018
Resumo do filme Amor por Direito

O filme Amor por Direito é baseado em fatos e foi dirigido por Peter Sollet.
Conta a história de Laurel Hester, uma detetive do condado de Ocean, nova
Jersey, apaixonada por seu trabalho na polícia. Como detetive Laurel é
reconhecida devido ao êxito de suas investigações que culminam nas prisões
de bandidos e dissoluções de redes de tráficos. Laurel é homossexual, o que
implica levar uma vida discreta, sigilosa por medo de represálias em sua
comunidade, sobretudo, em seu trabalho. Conhece Stace, uma mulher mais
jovem, por quem se apaixona e vive um romance. No início, o romance é
marcado pela apreensão de Laurel que vislumbra sob uma perspectiva
negativa que outras pessoas tomem conhecimento de sua orientação sexual;
alega que gays na polícia não são promovidos. Apesar de insegura, já que
observa a publicidade desse relacionamento em detrimento da ascensão em
sua carreira policial, a detetive Hester estreita ainda mais os laços com Stace e
um ano após se conhecerem, decidem morar juntas e oficializarem uma união
estável, já que o casamento homoafetivo não é permitido, para isso Laurel
realizar um empréstimo e comprar uma casa. Após a compra da casa nova,
Dany, amigo e parceiro de Laurel na polícia há anos, visita sua nova casa,
neste momento Laurel conta sobre sua parceira, uma novidade para Dany, que
questiona a amizade e confiança entre eles.

Algum tempo depois, Laurel é diagnosticada com câncer de pulmão em estágio


terminal, afasta-se do serviço para realizar os tratamentos de radioterapia e
quimioterapia, é quando surge a preocupação sobre os fatos após o previsto
óbito, se os direitos de pensão serão garantidos para Stace, sendo assim
possível se manter na casa. Então, através de um e-mail Laurel pede ao
Conselho de Supervisores que sua pensão seja dada a sua companheira, de
acordo com a lei da união estável. Os membros do conselho ignoram o pedido
sob alegação de que o contrato que fizeram com o sindicato da polícia impede
que a detetive transfira seus benefícios para Stace, mesmo alertados por outro
membro sobre o fato de que a lei da união estável, aprovada pela assembleia
legislativa do estado, concede de fato o benefício para a parceira da detetive.
Novamente, estes indeferem o pedido pautado em um discurso religioso e de
desfavorecimento político ante o condado. Então, um jornalista judeu e
homossexual, do jornal “Garden State Quality”, propõe a Laurel para que o
caso torne-se público, não só como uma maneira de fazer com os supervisores
condado reconsiderem sua decisão, mas também como uma forma de
alavancar a discussão sobre o casamento homoafetivo. Ele começa a
organizar passeatas e protestos a favor da causa da detetive Hester e Stace.
Vários pedidos são feitos aos membros do conselho e indeferidos e é quando
Dany recebe a informação de um dos supervisores do conselho (que considera
injusta a decisão dos demais membros) de que pesquisas no arquivo público
sobre folhas de pagamento revelam que alguns dos supervisores, que por
varias vezes indeferiram o pedido, recebem múltiplas pensões. Depois de
vários protestos e pressionados sob a ameaça de que o caso das múltiplas
pensões repercutisse na mídia, os supervisores do conselho concedem a Stace
o benefício da pensão como companheira de Laurel Hester que, antes de
morrer é promovida e torna-se a primeira tenente do condado de ocean.
Ética e moral a partir da análise do filme Amor por Direito

O romance se prolonga e ambas decidem morar juntas e oficializar isso na lei


de união estável, tendo que passar por uma série de procedimentos
burocráticos para serem reconhecidas como famílias, e terem os mesmos
direitos das mesmas.

Stace é mecânica e vai à busca de emprego, tendo que ser duas vezes melhor
que qualquer homem para poder conseguir o emprego, sua capacidade de
mecânica é colocada a prova a todo instante e mesmo provando ter
capacitação para ocupar tal cargo, tem que lidar com a moral dos
companheiros de profissão que acreditam que a profissão é apenas para
homens.

Laurel Hester, é diagnosticado com câncer em estágio terminal e sob a


iminência de sua morte, deseja que sua pensão seja deixada a sua esposa
Stace, com quem oficializou união estável, como forma de que a mesma possa
permanecer na casa onde vivem.

Apesar da lei da união estável reconhecer o documento, esse direito é negado


pelos Supervisores do Conselho – trata- se da forma de governo dos
condados, esses conselhos são formados de três a nove a pessoas eleitos pela
população para mandatos de até três anos, a única autoridade acima deles é o
próprio governador do estado.

Seus parceiros de corporação não lhe dão apoio inicialmente, sendo o único
que apoia seu companheiro de equipe que faz de tudo para garantir que ela
tenha seus direitos reconhecidos, e questionando até mesmo seus
companheiros de profissão por não dar o devido apoio a ela, deixando que a
moral do ambiente corporativo e do seu chef atrapalhe-os de usar a ética e
fazer uma reflexão sobre o que se está acontecendo, tendo apenas um outro
colega de profissão que lhe da apoio por ser homossexual também porem o
medo da retaliação faz o mesmo não prosseguir e levar seu apoio a frente.

A alegação pública para indeferir o pedido é a impossibilidade de transferência


de benefícios de um funcionário(a) do estado a seu(a) companheiro(a), o que
claramente não respeita a Lei da união estável aprovada pela assembleia
legislativa do estado de Nova Jersey que reconhece o documento e afirma que
casais homoafetivos oficializados na lei da união estável tem os mesmos
direitos legais que os casamentos tradicionais. Mas além do discurso pautado
em impossibilidades de cunho burocráticos que seria reconhecer a união delas
como algo legal, eles também questionam se é realmente algo positivo o
dinheiro que é destinado para essas famílias serem distribuídos para a
companheira, se baseando na sua moral

religiosa, os membros do conselho consideram que a lei supracitada é um


atentado,um ultraje à santidade do casamento.

Há de se falar que alguns membros desse conselho recebiam mais de uma


pensão e que isso não era visto ou analisado sob a mesma óptica de
impossibilidade ou santidade, o que pode parecer um típico falso moralismo.

Se a ética é uma reflexão, então isso nos diz sobre como e qual valor iremos
escolher para resolver uma situação e embora não exista uma ética universal,
uma sociedade ética pode ser descrita como aquela que não usa a moral de
um seleto grupo em detrimento de outros.

O grande problema de os conselheiros usarem suas crenças pessoais para


garantir o direito das pessoas, é que ele se baseia nelas deixando de lado e
esquecendo de se fazer uma reflexão do que está se acontecendo e o que de
fato seria o mais correto a se fazer, colocar a moral de seus valores acima de
qualquer coisa e pessoa faz com que outro indivíduo que não faça parte do
mesmo grupo que o seu, tenha todos os seus direitos negados, porque tudo
que foge da moral desse grupo é considerado errado, sendo totalmente
antiético e não deixando abertura pra uma nova reflexão sobre a evolução e os
outros caminhos que surgem com o tempo numa sociedade.

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