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Eqt11 Questoes Exame Nacional Cap2 Escolha Multipla
Eqt11 Questoes Exame Nacional Cap2 Escolha Multipla
“A ciência é uma das maneiras de compreender o mundo. Os cientistas distinguem-se por terem boas
ideias, mas a observação desempenha também um papel muito importante na ciência. Além disso,
descobrir leis da natureza exige trabalho metódico. A formulação matemática dessas leis contribui para
que sejam feitas previsões rigorosas.”
Identifique a opção que reúne apenas as características da ciência que não são próprias do
senso comum.
A. É uma maneira de compreender o mundo; recorre à observação.
B. Usa um método; formula matematicamente as leis.
C. Recorre à observação; usa um método.
D. Produz ideias; faz previsões.
8. Popper afirma que a ciência começou com a invenção do método crítico e considera que os
cientistas agem de modo conscientemente crítico sobretudo quando
A. inventam teorias.
B. formulam conjeturas.
C. procuram eliminar erros.
D. tentam confirmar hipóteses.
11. Considere os seguintes enunciados relativos à posição de Karl Popper acerca da natureza das
teorias científicas.
14. Popper defende que, quanto mais falsificável for uma dada afirmação, mais interessante ela é
para a ciência.
Qual das afirmações seguintes é, de acordo com Popper, mais interessante?
A. Não existem corvos brancos.
B. Todos os corvos são negros.
C. Alguns corvos são negros.
D. Existem corvos brancos.
16. De acordo com Popper, para testar uma teoria científica é preciso
A. falsificá-la.
B. procurar falsificá-la.
C. procurar confirmá-la.
D. confirmá-la.
18. De acordo com Popper, qual das afirmações seguintes é empiricamente falsificável?
A. Há seres inteligentes extraterrestres.
B. Alguns planetas são habitados.
C. Nenhum planeta extrassolar é habitado.
D. Pode haver extraterrestres inteligentes.
19. Segundo Kuhn, quando uma comunidade científica se dedica sobretudo à resolução de enigmas,
a ciência encontra-se num período
A. revolucionário.
B. não paradigmático.
C. de ciência extraordinária.
EQT11DP © Porto Editora
D. de ciência normal.
«Considere-se, para usar outro exemplo, os homens que chamaram louco a Copérnico por este
proclamar que a Terra se movia. Eles não estavam simplesmente errados, nem completamente errados.
Para eles, a ideia de posição fixa fazia parte do significado de “Terra”. [...] De modo correspondente, a
inovação de Co- pérnico não se limitava a mover a Terra. Era, em vez disso, todo um novo modo de
olhar para os problemas da física e da astronomia, um modo de olhar que mudava necessariamente o
significado quer de “Terra”, quer de “movimento”.»
Thomas Kuhn, A Estrutura das Revoluções Científicas, Lisboa, Guerra e Paz Editores, 2009, p. 205
(adaptado).
Para Kuhn, exemplos como o do texto anterior apoiam a ideia de que paradigmas diferentes são
A. extraordinários.
B. comparáveis.
C. incomensuráveis.
D. revolucionários.
O caso apresentado no texto anterior corresponde à descrição feita por Kuhn da comunidade científica
num período de ciência normal, uma vez que
A. a atitude da comunidade médica foi de conservadorismo e de resistência à mudança.
B. a comunidade médica mostrou que procura comprovar cuidadosamente teorias radicais.
C. a corroboração das teorias através de testes é suficiente para produzir mudanças paradigmáticas.
D. as teorias radicais, ainda que a comunidade científica as considere atraentes, são difíceis de comprovar.
«As teorias são, mais do que os instrumentos laboratoriais, as ferramentas essenciais do ofício do
cientista. Sem o seu constante auxílio, mesmo as observações e medições feitas pelo cientista
dificilmente seriam científicas. Uma ameaça à teoria é, por conseguinte, uma ameaça à vida científica e,
embora o empreendi- mento científico progrida por meio dessas ameaças, o cientista individual ignora-
as enquanto puder. Em particular, ignora-as se a sua própria prática anterior já o levou a empenhar-se
no uso da teoria ameaçada. Segue-se daí que novas sugestões teóricas, destrutivas de velhas práticas,
raramente ou nunca emergem na ausência de uma crise que já não pode ser suprimida.»
Thomas Kuhn, A Tensão Essencial, Lisboa, Edições 70, 1989, p. 256 (adaptado).
«Em 1900, num notável momento de arrogância, o célebre físico britânico Lord Kelvin declarou: “Já não
há nada de novo para se descobrir na Física. Restam apenas medições cada vez mais precisas.”»
Ben Dupré, 50 Ideias de Filosofia que precisa mesmo de saber, Alfragide, Publicações Dom Quixote, 2011, p.
138.
De acordo com a perspetiva de Kuhn acerca da ciência, a declaração de Lord Kelvin exemplifica a
maneira de encarar a atividade científica nos períodos
A. de ciência normal.
B. de ciência extraordinária.
C. de crise da ciência.
D. de revolução na ciência.
«Uma coisa requerida para uma nova teoria ser um avanço claro em relação a uma teoria prevalecente
até então é que a nova teoria tenha mais conteúdo testável do que a teoria anterior. Mas Kuhn [...] nega
que uma revolução científica resulte alguma vez nesta espécie de superioridade nítida. A ideia
subjacente é que numa revolução científica há ganhos, mas também perdas, de modo que as duas
teorias são incomparáveis quanto ao conteúdo.»
John Watkins, Ciência e Cepticismo, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1990, p. 189
(adaptado).