Conforme artigo estudado todo o processo da trajetória da saúde mental no Brasil
revela um longo período de sofrimento dos doentes mentais, dentre o sistema da institucionalização da loucura de 1970 até a luta no processo da Reforma Psiquiátrica que somente se consolidou em 2001, diversos foram os processos de avanços e retrocessos ao longo deste período; vale ressaltar que todo esse processo é a luta da desconstrução de um modelo manicomial que via o sujeito doente, como um mero objeto de intervenção, de segregação exclusão da sociedade e do meio familiar, tratado como uma escora da sociedade e que o isolamento e os severos tratamentos seriam capazes de resolver as questões relacionada a doença mental. Alguns processos devem ser elencados devido a conquista da reforma psiquiátrica brasileira, dentre elas o processo de desinstitucionalização, as ações intersetoriais necessárias ao processo de tratamento, a redução dos leitos psiquiátricos, denúncias nos hospitais psiquiátricos diversos casos de superlotação, maus tratos e o isolamento com elevados números de óbitos resultaram no fechamento de diversos locais. A Reforma psiquiátrica brasileira foi necessária e serviu de base para que diversos países revessem suas políticas manicomiais e pudessem também intervir em suas políticas; a partir da lei houve diversos avanços no campo da saúde mental, a ampliação dos serviços extra-hospitalares a criação do CAPS, do NASFs, também foram implantados programas de reabilitação e convivência familiar, além da criação do RAPS, porém todo o avanço e o processo de desinstitucionalização na psiquiatria não foi suficiente para garantir a integridade do individuo e o seu processo de tratamento, algumas políticas implantadas no país ao longo dos últimos anos foram marcadas com grandes retrocessos à trajetória de luta que caminhava a saúde mental no Brasil, vale aqui ressaltar que as políticas públicas, sociais e econômicas tem grande influenciam no processo de adoecimento do indivíduo, pois a extrema pobreza, a falta de acesso a serviços básicos e direitos constituídos como saúde, educação e moradia intervém diretamente na vida do sujeito e sua subjetividade.