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MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO – LABORATÓRIO

21 DE OUTUBRO DE 2020
Dissonância cognitiva
Inconsistências, conflitos e dissonâncias
A tomada de decisão NÃO acaba na decisão!
A dissonância cognitiva é persistente, no entanto, sempre que eu tenho
um processo de tomada de decisão, ela não acaba ali. Ela gera um
conjunto de cascatas cognitivas em que eu vou buscar justificar aquela
decisão pra mim mesmo.

A dissonância cognitiva

 O ato de tomar decisões gera novos processos.


 De acordo com o psicólogo Leon Festinger, sempre que tomamos uma
decisão que pode conflitar com nossas crenças, sentimentos ou valores
anteriores, um estado de dissonância interna é criado em nós. Um
conflito entre aquilo que pensamos e fazemos.
 Quando essa tensão nos deixa desconfortáveis o suficiente, nós nos
motivamos para reduzí-la de diferentes maneiras. A gente pode mudar a
forma como pensamos sobre a decisão, podemos tentar mudar como as
outras pessoas veem a decisão.
 Ou também podemos mudar algum aspecto de nosso comportamento,
fazendo com que nossa decisão se pareça mais com a gente. Em outras
palavras, tentamos reduzir a dissonância entre o que pensamos que
devíamos fazer e aquilo que fizemos de verdade, mudando uma coisa
ou outra.
 1950 – Festinger e Merrill Carlsmith – experimento: estudantes eram
chamados para fazer uma atividade muito chata. Um grupo receberia 20
dólares e outro apenas 1 dólar.
 A dissonância cognitiva vinha do fato de que o experimento era chato! E
um dólar era insuficiente como recompensa para mentir. Muito dos
participantes de 1 dólar realmente se convenceu que o experimento foi
legal depois que eles fizeram a decisão.
 Eles reduziram a dissonância entre suas crenças anteriores e seu
comportamento. Eles começaram a acreditar em grandes mentiras por
um pouco de incentivo.
 O grupo dos 20 dólares não teve dissonância. Eles ficaram confortáveis
mentindo apenas pelo dinheiro.
 Outras teorias tentam prever que o homem que vai mentir mais é o que
teve a maior motivação financeira para se entusiasmar com esta tarefa
chata e, consequentemente, iria “vender” essa tarefa para si mesmo!
 A teoria da Dissonância Cognitiva leva exatamente à predição oposta.
A pessoa que ganhou 20 dólares sabe que a tarefa é chata, mas sabe
também que ele teve desculpa suficiente para dizer que ela era legal.
 A pessoa que ganhou 1 dolar sabe que a tarefa é chata, mas ela tem
pensamentos discrepantes. Ela sabe que não tem justificativa suficiente
para falar que a tarefa é legal. Para eles, vem a dissonância.
 Dia após dia vemos esse padrão. Eles reduzem a dissonância
modificando suas opiniões sobre a tarefa.
 Toda vez que houver uma recompensa insuficiente irá vir a
dissonância.
 O princípio geral parece ser que as pessoas passam a acreditar e
amar coisas que precisam sofrer por elas.

Mudança de comportamento – perda, pós desastre ou “empurrões” (nudges)

28 DE OUTUBRO DE 2020
SNA e emoções
Diferenças
Emoção
 Abrupto e imediato
 Rouba o nosso estado atencional
Sentimento
 Experiência subjetiva da emoção
Humor
 Difuso
 Estável
 Basal
Aspectos fisiológicos

Aspectos de comunicação
Comportamentos não-verbais

Emoções básicas X Emoções não-básicas


Emoções básicas
 Alegria
 Nojo
 Tristeza
 Surpresa
 Medo
 Raiva
Emoções não-básicas
 Amor
 Esperança
 Orgulho
 Ciúmes
 Terror
 Admiração

Coloca nas tabelas do excel a quantidade de pessoas que colocou que a


emoção é básica.
11 DE NOVEMBRO DE 2020
Processamento emocional
O que está em cima da cabeça da mulher?

Expressões faciais

Será que primeiro eu penso e depois faço, ou primeiro faço e depois penso?
A roda das emoções
The complex emotion expressions database: a validated stimulus set of trained
actors (Benda, M. 2020)

Chamou atores e pediram para fazer um conjunto de expressões faciais


relacionadas a emoções (básicas ou complexas).
Depois, divulgaram as fotos e pediram que outras pessoas avaliassem que
emoção era aquela. Aquelas fotos em que mais de 50% desse grupo acertasse
a emoção, os pesquisadores falavam que era uma emoção que estava
estampada.

 Emoções complexas é um termo que se utiliza para caracterizar um


conjunto de emoções que não são consideradas básicas e que podem
vir a partir de uma composição de outras emoções.
 Processamento emocional – todo conjunto de comportamentos que
podemos apresentar quando temos uma emoção, que não envolve
apenas um reconhecimento, mas também um conjunto de ações.

Conclusões
 A comunicação não-verbal é uma peça central em nossos dias e tem um
valor adaptativo.
 Expressões faciais fazem parte dessa comunicação e a detecção e
interpretação dessas expressões (e sua articulação com características
emocionais e psicológicas) já é visto em crianças (até mesmo bebês).
 Existem expressões bem marcadas em relação a algumas emoções. Por
isso, recebem o nome de “básicas”.
 Não há discordância de que existem emoções diferentes das básicas e o
estudo de marcadores faciais destas outras emoções é promissor.

25 DE NOVEMBRO DE 2020

02 DE DEZEMBRO DE 2020
09 DE DEZEMBRO DE 2020
 Regulação emocional
o O papel da amigdala
o Experimentos clássicos em Neurociência

 Processamento emocional
Marcadores históricos
 Broca, 1939
o Lobo límbico

 Kluver & Bucy, 1937


o Amigdala

 Papez, 1939
o Emoções

 Delgado, 1963
o “Emoções”, Comportamento motor

Conclusões
 A amigdala é responsável pela detecção e manutenção das emoções
relacionadas ao medo, motivando o comportamento de defesa (análogo
ao freio de um carro)
 Ela também participa ativamente pelo reconhecimento e processamento
de emoções (medo!), bem como de expressões faciais de medo e
coordenação de respostas apropriadas à ameaça e ao perigo

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