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Tipos de pinos
Com a introdução dos pinos não metálicos, reforçados por fibra, surgiu um novo
conceito de sistema restaurador, no qual os componentes da restauração (sistema
adesivo, agente cimentante, pino e material de preenchimento) constituem um
complexo estrutural mecanicamente homogêneo, com propriedades físicas
semelhantes às da dentina.
Pinos cerâmicos
Composição: são a base de óxido de zircônio
Vantagens:
Estéticos
Excelente resistência mecânica
Desvantagens:
Elevado módulo de elasticidade, assim como ocorre com os pinos metálicos,
causando também concentração de tensões na parede radicular
Dificuldade de remoção
Adesão fraca aos sistemas adesivos e cimentos resinosos
Custo elevado.
Pinos de fibra
Composição:
Matriz: matriz de polímero de resina, geralmente epóxi, tem a propriedade de
ligar-se quimicamente à resina Bis-GMA, constituinte predominante dos sistemas
de cimentação adesiva, por radicais livres comuns às duas substâncias.
Fibras: compõem de 35 a 65% do pino, quanto maior a quantidade de fibras
maiores propriedades mecânicas como módulo de elasticidade, resistência à
fratura e resiliência. Estas são circundadas pela matriz. A microestrutura de cada
pino de fibra é baseada no diâmetro de cada uma dessas fibras, em sua densidade,
na qualidade de adesão entre as mesmas e a matriz resinosa, e na qualidade da
superfície externa do pino, podendo ser divididos em três grupos:
Carbono: tem boas propriedades mecânicas, porém são antiestéticos devido a sua
cor acinzentada.
Vidro: à base de sílica e contendo óxidos de cálcio, de boro e de alumínio.
Quartzo: maior resistência à tração que as de vidro e também apresentam alta
translucidez, o que as torna mais estéticas que as demais.
Vantagens:
Possibilitam a reconstrução do dente destruído com resina composta na mesma sessão
da sua cimentação, dispensando um procedimento indireta
Conta com uma técnica fácil e segura de realização, tanto para o paciente quanto para
o profissional
Têm módulo de elasticidade próximo ao da dentin
Oferecem boa estética
Sua natureza química é compatível com sistemas adesivos e cimentos resinosos
Têm facilidade de remoção quando comparados aos pinos metálicos.
Fatores que influenciam no sucesso da cimentação adesiva dos pinos de fibra à
dentina radicular:
Fator cavitário
Incompatibilidade química entre o cimento resinoso e o sistema adesivo
Heterogeneidade do tecido dentinário
Incerteza da hibridização de toda a dentina do canal radicular
Forma e largura do canal radicular
Forma e composição dos pinos de fibra.
Pinos anatômicos
A utilização de pinos de fibra pré-fabricados de maneira direta em canais amplos, de
forma ovóide ou raízes fragilizadas (com 1 mm ou menos de espessura dentinária,
principalmente na região proximal) gera um espaço entre o pino e as paredes do canal
radicular, criando uma grande espessura do agente cimentante, o que diminui a
resistência à fratura do conjunto pino/preenchimento. Nesses casos são indicados
pinos anatômicos por meio de modelagem do conduto radicular com resina composta,
associada aos pinos pré-fabricados de fibra, de forma a garantir maior adaptação do
pino ao canal e promover mais resistência à extrusão (deslocamento) devido ao bom
embricamento mecânico entre o pino e o conduto radicular. Assim, a retenção do pino
passa a não depender apenas do sistema de cimentação adesiva.
Cimentos resinosos
Permitem a reabilitação da função e da estética, aliando resistência de união elevada,
baixa solubilidade e alta resistência à tração e à compressão.