Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
MARÇO 2024
PROFA. DRA. AMANDA FIGUEIROA
EPIDEMIOLOGIA
As úlceras crônicas em membros inferiores são um grave problema de saúde pública, afetando a
capacidade funcional e a qualidade de vida de 3-5% da população com idade superior a 65 anos.
Sabe-se que a etiologia mais proeminente, aproximadamente 85% dos casos, são as
ulcerações decorrentes das alterações circulatórias causadas pela Insuficiência Venosa
Crônica (IVC), de tal modo que 10% são de etiologia arterial.
FISIOPATOLOGIA
Tecidos como o celular subcutâneo, o ósseo, o cartilaginoso e a própria pele demonstram boa
resistência ao baixo fluxo arterial pois apresentam baixo metabolismo. Tal fato é extremamente
perigoso, uma vez que, de modo geral, o aspecto da pele não reflete com fidelidade as alterações
teciduais mais profundas.
Portanto, faz-se possível encontrar a pele em bom estado, mas com lesões interiores irreversíveis, logo
não se deve avaliar apenas o aspecto estético cutâneo para a classificação de tais lesões.
FATORES DE RISCO
Úlceras Arteriais em membros inferiores são mais frequentes em pacientes idosos (acima de 50
anos) e que apresentam Doença Arterial Periférica. Raramente é encontrada em pacientes jovens,
para tanto esses geralmente possuem Diabetes Mellitus descontrolada e hiperlipidemia.
As Úlceras Arteriais, por serem decorrentes de déficit de suprimento sanguíneo evoluindo com
isquemia e necrose tissular, são extremamente dolorosas, com exceção para os casos em que
há Neuropatia Diabética associada.
SINAIS E SINTOMAS
As sintomatologias mais frequentemente descritas pelos pacientes são: dor no membro afetado,
claudicação intermitente que piora com a deambulação e melhora com o repouso, atrofia cutânea,
alopecia, pele fria e cianótica e unhas distróficas.
Salienta-se que, lesões de origem isquêmica não apresentam proporção entre o tamanho da lesão
e a dor referida pelo paciente, além do que, costumam ser refratárias à terapia analgésica.
AVALIAÇÃO
Outro fator que as diferencia é justamente a queixa dolorosa, como supracitado, as arteriais são
extremamente dolorosas e as venosas causam pouca ou nenhuma dor ao paciente. Ao exame
físico, os pulsos periféricos (Pedioso e Tibial Posterior) não estão palpáveis.
A Ultrassonografia Doppler pode ser utilizada para diagnóstico diferencial, como a presença
comprometimento macrovascular (Insuficiência Arterial ou Venosa), a qual fala a favor de úlceras
decorrentes de outras etiologias.
TRATAMENTO
MARÇO 2024