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Elaborado por:
ENFERMEIRA Eliane Tricarico
Especialista em Urgência , Emergência e APH
Especialista em UTI NeoNatal e Pediátrica
Especialista em Estratégia de saúde da família
TEC ENF. Leonardo Tricarico
Instrutor BLS / APH / STOP THE BLEED
EMR #ID 82.150
Sumário
articulação é deslocada de seu lugar. O dano a tecido mole pode ser muito grave,
afetando vasos sanguíneos, nervos, e a cápsula articular.
Entorses: São lesões aos ligamentos. Podem ser de grau mínimo ou grave, causando
ruptura completa do ligamento. As formas graves produzem perda da estabilidade da
articulação, às vezes, acompanhada por luxação.
Distensões: lesões aos músculos ou tendões, geralmente causados por hiperextensão
ou por contrações violentas. Em casos graves pode haver ruptura do tendão.
Amputações traumáticas: As amputações traumáticas são lesões em que há
separação de um membro ou de um uma estrutura protuberante do corpo. Podem ser
causadas por objetos cortantes, esmagamentos ou tracionamento. As causas por
acidentes industriais e automobilísticos são mais comuns em jovens.
✓ Angina pectoris: se manifesta com uma forte dor torácica causada pela falta de
oxigênio no coração. Muitas vezes vem acompanhada de uma sensação de aperto e
queimação, que se prolonga um pouco acima do tórax e pode se espalhar para os
braços, costas e pescoço. Trata-se de um conjunto de sintomas provocados pela
limitação da irrigação e baixo suprimento de oxigênio ao músculo cardíaco. Essa
insuficiência ocorre em razão do estreitamento das artérias que levam sangue ao órgão.
A evolução do caso de angina pode provocar um infarto. 1
Os sintomas da angina costumam se manifestar de forma mais intensa durante
atividade física, estresse emocional e baixas temperaturas, e decrescem durante
repouso. Entre eles estão: Desconforto e pressão no peito; Fadiga; Respiração rápida;
Náusea; Taquicardia.
O tratamento da angina, na maioria dos casos, é feito com medicação específica,
que inclui fármacos vasodilatadores e os betabloqueadores, que aumentam a irrigação
sanguínea ao músculo cardíaco. Algumas situações exigem procedimento cirúrgico,
como a implantação de pontes em artérias coronárias ou angioplastia, que consiste na
implantação de um balão inflado nas artérias estreitadas a fim de expandi-las e
desbloqueá-las.
1
Instituto Lado a Lado, Angina, 2020. Disponível em: https://www.ladoaladopelavida.org.br/angina-o-que-
e-doencas-cardiovasculares#:~:text=A%20angina%20(ou%20angina%20pectoris,os%20bra%C3%A7os
%2C%20costas%20e%20pesco%C3%A7o.
2
UNASUS, Os sintomas do infarto agudo do miocárdio, 2014. Disponível em:
https://www.unasus.gov.br/noticia/os-sintomas-do-infarto-agudo-do-miocardio. Acesso: 10/06/2020.
3
CardioDay, Hipertensão Arterial, 2016. Disponível em: https://www.cardioday.com.br/single-
post/2016/07/08/Hipertens%C3%A3o-Arterial-Sist%C3%AAmica-HAS.
✓ EAP- Edema Agudo de Pulmão: é uma síndrome clínica em que ocorre acúmulo
de fluido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões, podendo ser decorrente de
causas diversas. O resultado do processo é caracterizado por hipoxemia, aumento no
esforço respiratório, redução da complacência pulmonar e redução da relação ventilação
perfusão. Está relacionado, na maioria das vezes, a causas cardíacas, e em nosso meio
é mais prevalente o acometimento valvular reumático. O EAP pode ser a primeira
manifestação de doença prévia assintomática e que descompensa devido às alterações
hemodinâmicas fisiológicas da gestação, incluindo o aumento do volume plasmático e
débito cardíaco, além da redução da pressão coloidosmótica do plasma, muitas vezes
agravada pela presença de anemia. Aproximadamente 1:1.000 gestações complicam
com EAP que se associa ao aumento da morbimortalidade materna e fetal. 4
4
MACIEL, MVA, Insuficiência cardíaca, Arq. Bras. Cardiol., São Paulo, v. 93, n. 6, supl. 1, p. 146-152, Dec.
2009
A maioria dos doentes com aneurisma da aorta abdominal não apresenta qualquer
tipo de sinal ou sintoma. O aneurisma é identificado quando o paciente faz um exame de
5
BRASIL, Ministério da Saúde, Aneurisma, 2018. Disponível: https://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-
saude/2795-aneurisma.
rotina, como uma ecografia ou TAC. No entanto, alguns sintomas iniciais podem ser
percepcionados pelos doentes. Por vezes, o paciente sente uma palpitação no abdómen.
Diz que sente o “coração a bater na barriga”. Pode ter uma sensação de estômago cheio
(sensação de plenitude gástrica) após ingerir uma pequena refeição. Pode também notar
uma dor no abdómen ou costas. O aneurisma também pode ser diagnosticado quando
o médico por palpação do abdómen, identifica uma pulsatilidade aumentada.
Sintomas
No cérebro, surgem sinais geralmente quando
há ruptura. Em alguns casos, ocorre um
sangramento inicial no cérebro, acompanhado
de dor de cabeça súbita e intensa, antes do
rompimento definitivo. Esta é a hora de procurar
uma emergência. Em outras situações, quando
o aneurisma se rompe totalmente, dependendo
da intensidade do sangramento, a pessoa tem
desde dor de cabeça até perda dos sentidos e
coma.
.
Deve se procurar
imediatamente uma unidade
hospitalar imediatamente
não invasivo e rápido. Por isso, geralmente, a angiografia por tomografia é o primeiro
exame a ser feito. Se não mostrar um aneurisma, deve ser feita a arteriografia.
Existem duas formas:
• Cirurgia: coloca-se um clipe metálico na base do aneurisma, excluindo-o da
circulação. O paciente fica curado.
• Embolização endovascular: leva-se um cateter até o aneurisma, no qual são
introduzidas pequenas molas, fazendo-o coagular e cicatrizar. Cerca de 20% dos
pacientes precisam de novo tratamento, pois o aneurisma pode voltar a se abrir. 6
6
Rede Brasil AVC, Aneurisma Cerebral, 2020. Disponível em: http://www.redebrasilavc.org.br/para-
pacientes-e-falimiares/o-que-e-aneurisma-cerebral/#:~:text=Aneurisma%20cerebral%20%C3%A9%20
a%20dilata%C3%A7%C3%A3o,etourar%20durante%20toda%20a%20vida.
✓ Coma
O coma é uma condição que se caracteriza pela redução do nível de consciência
em que uma pessoa parece estar dormindo, não responde aos estímulos do ambiente e
não demonstra saber sobre si mesmo. Nesta situação, o cérebro continua produzindo
sinais elétricos capazes de manter as funções vitais, como os batimentos do coração,
por exemplo.
Esta condição pode acontecer devido a diversas situações como traumatismo
cranioencefálico, provocado por pancadas fortes na cabeça, infecções e até pelo
consumo excessivo de drogas e álcool, sendo neste caso, denominado coma alcoólico.
O coma pode ser classificado através da escala de Glasgow, em que um médico
ou enfermeiro capacitado avalia as capacidades motoras, verbais e oculares da pessoa
no momento, podendo indicar os níveis de consciência da pessoa e, assim, prevenir
possíveis sequelas e estabelecer o melhor tratamento. 8
As causas do coma ainda não são completamente esclarecidas, porém algumas
condições podem levar uma pessoa a ficar em coma, que podem ser:
7
SILVEIRA, T.C., CASTILLO, A.M.C.M., A importância do tempo e a assistência na unidade de
emergência no atendimento a pacientes acometidos por AVC, 2009. Disponível em:
http://bibliotecaatualiza.com.br/arquivotcc/EE/EE10/SILVEIRA-Thaiane%20Cardoso.pdf
8
BEZERRA, C., O que é coma, principais causas e como é feito o tratamento, 2020. Disponível em:
https://www.tuasaude.com/causas-de-coma/
✓ Escala de Glasgow
A Escala de Coma de Glasgow lista várias condutas possíveis ao paciente e cada
uma delas corresponde a uma pontuação, sendo 15 o resultado máximo. Quanto mais
perto o paciente chegar do 15, mais consciente ele está e menos sequelas ele apresenta
ou pode desenvolver. Conhecida como ECG, essa escala leva em conta diversos três
tipos de estímulos: o verbal, o ocular e o motor.
O uso da Escala de Coma de Glasgow é muito comum por neurologistas, clínicos
gerais e socorristas. No entanto, outros especialistas que precisem determinar sequelas
e inconsciência do paciente podem fazer uso do ECG. Essa escala é essencial quando
os pacientes sofrem de traumatismo craniano, como em casos de pancadas ou de
quedas. Se o indivíduo teve complicações por causa de doenças, ele também pode ter
o seu nível de consciência avaliado por essa escala. Sendo assim, os especialistas
podem monitorar o despertar de pacientes que estavam em coma, por exemplo.
Os profissionais têm de avaliar a resposta do paciente a determinados estímulos
e anotar a sua pontuação. Depois, devem consultar o que aquela faixa de pontuação
representa a fim de determinar se aquela pessoa ainda está relativamente inconsciente
e quais as possíveis sequelas do seu quadro de saúde.
Se o paciente respondeu aos estímulos de forma a somar entre 9 e 12 pontos,
então seu quadro cerebral é de gravidade moderada. Porém, se a soma for de 8 ou
menos que isso, então o quadro clínico é bem preocupante e com grande probabilidade
9
FAIKO, J., Escala de coma de Glasgow: aprenda a utilizar, disponível em:
https://faikojalecos.com.br/escala-de-coma-de-glasgow-aprenda-a-utilizar/
10
BVS, Pneumonia, disponível em https://bvsms.saude.gov.br/bvs/dicas/233_pneumonia.html.
✓ DPOC
Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é a limitação do fluxo de ar
provocada por resposta inflamatória a toxinas inalatórias, frequentemente fumaça de
cigarro. Deficiência de alfa-1 antitripsina e uma variedade de exposições ocupacionais
constituem causas menos comuns em indivíduos que não são tabagistas.
Os sintomas compreendem tosse produtiva e dispneia, que se desenvolvem
durante anos, e os sinais comuns envolvem a diminuição do murmúrio vesicular e a
ausculta de sibilos. Os casos graves podem ser complicados por perda ponderal,
pneumotórax, episódios frequentes de descompensação aguda, insuficiência cardíaca
direita e/ou insuficiência respiratória aguda ou crônica. O diagnóstico baseia-se na
história, no exame físico, na radiografia do tórax e nos testes de função pulmonar. O
tratamento é com broncodilatadores, corticoides e, se necessário, oxigênio e antibióticos.
Cerca de 50% dos pacientes com DPOC grave morrem em até 10 anos após o
diagnóstico.
A DPOC envolve a Bronquite obstrutiva crônica (determinada clinicamente) e o
Enfisema pulmonar (determinado patológica ou radiologicamente). Muitos pacientes têm
características de ambos.
A bronquite obstrutiva crônica é a bronquite crônica com obstrução das vias
respiratórias. A bronquite crônica é definida como tosse produtiva na maioria dos dias da
semana, com duração total de pelo menos 3 meses em 2 anos consecutivos. A bronquite
crônica torna-se bronquite obstrutiva crônica se houver o desenvolvimento de evidências
espirométricas de obstrução das vias respiratórias. A bronquite asmática crônica é uma
condição sobreposta semelhante, caracterizada por tosse produtiva crônica, sibilos e
obstrução parcialmente reversível das vias respiratórias em tabagistas com história de
asma. Em alguns casos, a distinção entre bronquite obstrutiva crônica e bronquite
asmática não é clara e pode ser chamada de sobreposição de DPOC e asma (ACO).
O enfisema pulmonar é a destruição do parênquima pulmonar, acarretando a
perda da retração elástica dos septos alveolares e da tração radial das vias respiratórias,
o que aumenta a tendência ao colapso destas. É sucedido por hiperinsuflação pulmonar,
limitação do fluxo aéreo e aprisionamento de ar. Os espaços aéreos dilatam-se e com o
11
MDS, Manual Doenças Pulmonar Obstrutiva. Disponível em:
https://www.msdmanuals.com/pt/profissional/dist%C3%BArbios-pulmonares/doen%C3%A7a-pulmonar-
obstrutiva-cr%C3%B4nica-e-doen%C3%A7as-relacionadas/doen%C3%A7a-pulmonar-obstrutiva-
cr%C3%B4nica-dpoc
✓ Asma
Asma é o estreitamento dos brônquios (canais que levam ar aos pulmões) que
dificulta a passagem do ar provocando contrações ou broncoespasmos. As crises
comprometem a respiração, tornando-a difícil. Quando os bronquíolos inflamam,
segregam mais muco o que aumenta o problema respiratório. Na asma, expirar é mais
difícil do que inspirar, uma vez que o ar viciado permanece nos pulmões provocando
sensação de sufoco.
A asma acomete pessoas de qualquer
idade. A maioria dos casos, todavia, é
diagnosticada na infância e é comum
manifestar-se em pessoas de uma mesma
família. Os sintomas mais frequentes são:
Falta de ar; Tosse seca; Chiado; Opressão
no peito. Gripes e resfriados costumam
agravá-los.
As recomendações para asmáticos são: não fumar, numa família de asmáticos
ninguém deve fumar, evite o contato com fumaça e com fumantes; todos os membros
12
REDE DOR, Bronquite. Disponível em: https://www.rededorsaoluiz.com.br/doencas/bronquite.
Hemotórax e Pneumotórax
Existe muita confusão a respeito destes termos, por isso define-se:
Hemotórax é o acúmulo de sangue no espaço pleural, quando o hematócrito no
líquido pleural corresponde a pelo menos 50% do hematócrito do sangue periférico. Pode
ser classificado em traumático ou não traumático. O hemotórax iatrogênico pode ocorrer
após cirurgia torácica, inserção de cateteres em veias centrais, toracocentese, biópsia
de pleura, colocação de dreno de tórax, biópsia transbrônquica, tratamento endoscópico
de varizes esofágicas e reanimação cardiopulmonar. A ocorrência de hemotórax não
traumático é incomum, mas suas três causas mais frequentes são doença pleural
maligna metastática, complicação do uso de anticoagulantes em pacientes com embolia
pulmonar e hemotórax catamenial (associado à menstruação).
Pneumotórax é a presença de ar no espaço pleural. É classificado em
espontâneo (sem trauma prévio) ou traumático. O pneumotórax espontâneo ainda é
subdividido em primário (sem doença pulmonar subjacente) ou secundário (com doença
pulmonar subjacente). O pneumotórax traumático ocorre após trauma torácico, mas
também pode decorrer de procedimentos diagnósticos ou terapêuticos, sendo, então,
denominado pneumotórax iatrogênico.
Pneumotórax primário: Apesar de os pacientes com pneumotórax primário não
apresentarem doença pulmonar clinicamente aparente, até 90% deles têm bolhas
subpleurais. Acredita-se que essas bolhas sejam formadas devido à degradação das
fibras elásticas do pulmão, pelo influxo de neutrófilos e macrófagos decorrente do
13
VARELLA, D., Asma. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-sintomas/asma/
tabagismo. Posteriormente, ocorre obstrução das pequenas vias aéreas induzida por
inflamação, de forma a aumentar a pressão alveolar, causando ruptura de alvéolos,
deslocamento de ar para o interstício e hilo pulmonar, gerando pneumomediastino. Com
o aumento da pressão mediastinal, há ruptura da pleura parietal mediastinal e
pneumotórax.
Pneumotórax secundário: Em pacientes com pneumotórax secundário, a pressão
pleural excede a pressão no interstício (p. ex., após tosse em indivíduos com DPOC e
inflamação das vias aéreas), o ar do alvéolo rompido move-se para o interstício e ao
longo do ramo broncovascular até o hilo, resultando em pneumomediastino. Se houver
deslocamento de ar através da pleura parietal mediastinal até o espaço pleural, ocorre,
então, pneumotórax. Também pode haver ruptura de alvéolo, com o ar movendo-
se diretamente ao espaço pleural, devido à necrose do pulmão, como nos casos de
pneumonia por P. jirovecii.14
14
MEDICINA-NET, Pneumotórax e hemotórax, Disponível em:
http://www.medicinanet.com.br/conteudos/revisoes/5888/pneumotorax_e_hemotorax.htm
15
BRASIL, Ministério da Saúde, Doenças renais: causas, sintomas, diagnóstico, tratamento e prevenção.
Disponível em: https://saude.gov.br/saude-de-a-z/doencas-renais.
✓ Pielonefrite
A inflamação do rim é causada por um tipo
específico de infecção do trato urinário (ITU). A
ITU geralmente começa na uretra ou na bexiga
e passa para os rins. Os sintomas incluem
febre, micção frequente e dores nas costas, nas
16
VARELLA, D. Glomerulonefrite , disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/doencas-e-
sintomas/glomerulonefrite/#:~:text=Glomerulonefrite%20%C3%A9%20uma%20inflama%C3%A7%C3%A
3o%20do,ou%20secund%C3%A1rias%2C%20agudas%20ou%20cr%C3%B4nicas.
laterais ou na região genital. As pessoas podem ter: dores locais: costas ou parte lateral
do corpo; dores circunstanciais: durante a micção; no trato urinário: micção frequente,
necessidade frequente de urinar, urina com odor desagradável, urina turva ou sangue na
urina; no corpo: calafrios, fadiga, febre ou mal-estar; também é comum: confusão mental
ou ritmo cardíaco acelerado. O tratamento inclui antibióticos e, muitas vezes, requer
hospitalização.
✓ Cistite
Cistite é uma infecção e/ou inflamação da bexiga. Em geral, é causada pela
bactéria Escherichia coli, presente no intestino e importante para a digestão. No trato
urinário, porém, essa bactéria pode infectar a uretra (uretrite), a bexiga (cistite) ou os rins
(pielonefrite). Outros microrganismos também podem provocar cistite. Homens,
mulheres e crianças estão sujeitos à cistite. No entanto, ela ocorre mais nas mulheres
porque as características anatômicas femininas favorecem sua ocorrência. A uretra da
mulher, além de muito mais curta que a do homem está mais próxima do ânus. Nos
homens, depois dos 50 anos, o crescimento da próstata provoca retenção de urina na
bexiga e pode causar cistite.
Os sintomas são: necessidade urgente de urinar com frequência; quantidade
pequena de urina eliminada em cada micção; ardor durante a micção; dores na bexiga,
nas costas e no baixo ventre; febre; sangue na urina nos casos mais graves.
O Tratamento das cistites infecciosas requer o uso de antibióticos ou
quimioterápicos que serão escolhidos de acordo com o tipo de bactéria encontrada no
exame laboratorial de urina. Especialmente nas mulheres, o retorno das cistites pode ser
frequente e mais grave, mas, se o tratamento for seguido à risca, a probabilidade de cura
é grande. Por isso, é preciso tomar os medicamentos respeitando o tempo recomendado
pelo médico mesmo que os sintomas tenham desaparecido com as primeiras doses. 17
17
BVS, Cistite, Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/dicas-em-saude/2044-
cistite#:~:text=Cistite%20%C3%A9%20uma%20infec%C3%A7%C3%A3o%20e,ou%20os%20rins%20(pi
elonefrite).
✓ Uretrite
É uma infecção bacteriana ou viral que causa inchaço e irritação da uretra.
Costuma ser causada por uma infecção sexualmente transmissível. Os sintomas incluem
dor, ardência, vontade frequente de urinar ou secreção na uretra. As pessoas podem ter:
dores locais: pélvis; dores circunstanciais: durante a micção ou durante a relação sexual;
também é comum: necessidade frequente de urinar, secreção de muco e pus ou coceira
genital. O tratamento envolve antibióticos.
✓ Retenção urinária
A retenção urinária pode não ser causada por doenças subjacentes. Algumas
causas comuns são reter a urina intencionalmente ou efeitos colaterais de
medicamentos. É necessário consultar um médico imediatamente nas seguintes
circunstâncias: incapacidade de urinar e desconforto ou dor intensos no baixo ventre e
no trato urinário.
Caso aconteçam os seguintes fatores, caracteriza-se retenção urinária, e é
necessária uma investigação mais aprofundada: urinar mais de oito vezes por dia; fluxo
de urina fraco ou entrecortado; sentir necessidade de urinar logo após terminar de urinar
sensação de não conseguir esvaziar a bexiga completamente.
✓ Incontinência urinária
Consiste na perda de controle da bexiga, variando de uma ligeira perda de urina
após espirrar, tossir ou rir até a total incapacidade de controlar a micção. A incontinência
urinária pode não ser causada por doenças subjacentes. Algumas causas comuns são
embriaguez, indisponibilidade de banheiros, tosse, espirros, ansiedade extrema ou riso
intenso. É recomendado fazer exercícios para o assoalho pélvico, evitar a cafeína e usar
roupas íntimas absorventes pode ajudar a reduzir a incontinência urinária. Reeducar a
bexiga aumentando gradualmente o tempo até a micção também pode ajudar.
A consulta médica deve ser efetuada imediatamente quando houver início súbito
de vazamento de urina; ocorrência de outros sintomas urinários; sede excessiva e
necessidade frequente de urinar; dificuldade para realizar tarefas diárias; e sensação de
constrangimento ou tendência a se retrair socialmente em função de ocorrências de
perda de urina.
✓ Litíase
Os cálculos renais, mais comumente conhecidos como pedras nos rins, são
concreções formadas pela agregação de sais minerais presentes na urina. Uma pedra é
dita renal quando se localiza na pelve renal ou em algum cálice renal. Sua ocorrência
anual é de 120-140 casos para cada grupo de 100.000 pessoas e atinge mais
frequentemente adultos na faixa dos 30 a 40 anos. As pedras têm diferentes
composições, podendo ser compostas por sais de cálcio (tipo mais comum), ácido úrico,
estruvita (magnésio + amônia+fosfato) ou cistina.
Os rins funcionam como dois grandes filtros do sangue. Além de água para formar
a urina, eles retêm diversos elementos, como cálcio, ácido úrico e oxalato. Quando essas
moléculas aparecem em grande quantidade e há pouco líquido para dissolvê-las, surgem
cristais ou agregados que se avolumam e viram os cálculos. A maioria dos casos de
cálculo renal ocorre por falta de água para diluir a urina adequadamente. Porém, há um
grupo de pacientes que mesmo bebendo bastante água ao longo do dia continua a
formar pedras. São as pessoas com alterações na composição natural urina,
apresentando excesso de sais minerais, em geral, excesso de cálcio. A quantidade de
cálcio na urina é tão grande que mesmo com uma boa ingestão de água este ainda
consegue se precipitar.
Os fatores de risco para ocorrência da litíase urinária são os seguintes: Sexo
masculino (ocorre 3x mais em homens, principalmente na faixa dos 40 anos); Histórico
familiar; Dietas ricas em sódio; Excesso de alimentos ricos em cálcio e proteínas; pouco
líquido na dieta; Altas temperaturas (muita transpiração e falta de hidratação adequada
deixam a urina mais concentrada, aumentando a aglomeração das partículas);
Obesidade; Hipertensão; Predisposição genética
Vale ressaltar que o paciente com cálculo renal em geral não apresenta nenhum
sintoma, convivendo anos com a pedra no interior do rim sem sentir qualquer tipo de dor.
No entanto, se este cálculo impactar na saída do rim ou migrar para o ureter, levará ao
quadro de dor aguda, causada pela obstrução e dilatação do sistema urinário. Os
principais sintomas associados ao quadro são os seguintes: dor lombar variável e
intensa, em cólica, que pode se irradiar para flanco, abdome inferior e região genital (até
vulva ou testículo); náuseas e vômitos são comuns; desejo aumentado de ir ao banheiro
urinar mas não expelir muita urina; desejo de evacuar mas sem eliminar nada, pouco
comum; ardência para urinar; sangue na urina.18
BEBA ÁGUA
18
STRATTNER, Cálculo Renal, disponível em: https://www.strattner.com.br/blog/categorias/tratamento-
nao-invasivo/calculo-renal-em-adultos.asp
tubo, por exemplo, pode ser feita pelo cuidador, a fim de que fique livre de secreções e
afasta possíveis infecções.
✓ Dreno
O dreno é um pequeno tubo fino
que pode ser inserido na pele após
algumas cirurgias, para ajudar a retirar
o excesso de líquidos, como sangue e
pus, que podem acabar se acumulando
no local operado. As cirurgias em que é
mais comum existir a colocação do
dreno incluem as cirurgias abdominais,
como cirurgia bariátrica, no pulmão ou na mama, por exemplo.
Na maioria dos casos, o dreno é inserido abaixo da cicatriz da cirurgia e, é fixado
com pontos ou grampos, e pode ser mantido por cerca de 1 a 4 semanas. O dreno pode
ficar colocado em várias regiões do corpo e, por isso, existem diferentes tipos de drenos,
que podem ser de borracha, plástico ou silicone. Embora existam vários tipos de dreno,
os cuidados normalmente são semelhantes.
O procedimento em caso de obstrução de um dreno de aspiração consiste na
realização imediata de uma massagem na extensão do dreno. A obtenção de êxito na
desobstrução depende de alguns fatores como: tempo que este dreno está obstruído, se
estava fechado o clamp, ou da coagulação da drenagem. Deve-se comunicar o médico
de modo que ele possa tracionar, retirar ou conforme o caso colocar outro dreno. Não
devemos retirar nem tracionar o dreno sem autorização prévia do médico assistente.
Cuidados com drenos aspirativos:
• Observar o aspecto da secreção;
• Fechar o clamp (trava) no momento que for esvaziar o dreno.
• Medir o conteúdo drenado três vezes ao dia, sempre lavando as mãos antes e
após o procedimento;
• Anotar a hora, data e o volume drenado;
• Apertar o dreno (parte sanfonada), e fechar a tampa com o dreno apertado;
• Abrir o Clamp (trava);
19
STOLARSKI, C.V., TESTON, V., KOLHS, M., Conhecimento da equipe de enfermagem sobre suas
atribuições legais, Revista Mineira de Enfermagem, Volume 13:3, 2009.
20
CAMELO, S.H.H., Competência profissional do enfermeiro para atuar em Unidades de Terapia Intensiva:
uma revisão integrativa, Rev. Latino-Am. Enfermagem vol.20 no.1 Ribeirão Preto Jan./Feb. 2012.
21
COFEN, Parecer 07/2014. Disponível em: http://www.cofen.gov.br/parecer-n-
072014cofenctln_50330.html
22
SANTIAGO, I.S., CARVALHO, K.K., Princípios da bioética e o cuidado de enfermagem, CIFMP,
Universidade Federal de Pelotas, 2009.
Os Cuidados de Enfermagem
FARMACOLOGIA
• 1- Introdução:
O problema do erro humano pode ser visto sob duas perspectivas: a abordagem da pessoa ou
do sistema.
• A abordagem sistêmica defende que humanos são falíveis e que erros devem ser
esperados, mesmo nas melhores organizações. As causas dos erros de medicação são
muito complexas. Na maioria dos casos os erros são multifatoriais, porque resultam de
múltiplos fatores ou falhas presentes no sistema, relacionados não só com organização,
procedimentos, condições de trabalho etc., como também com profissionais que estão
em contato direto com os processos.
Introdução
No âmbito da emergência, a maioria dos pacientes admitidos requer, inicialmente, medidas
farmacológicas para aliviar, controlar, diferentes manifestações clínicas ou mesmo evitar morte
iminente decorrente de falências orgânicas, desequilíbrio acidobásico ou choques circulatórios.
Nessas situações, a obtenção do êxito terapêutico demanda, além das habilidades técnica e
diagnóstica, a de manejar a terapia farmacológica. Esta, sem dúvida, é responsável pela
recuperação de milhares de vida, mas pode ser, também, pela morbimortalidade de muitos
pacientes, principalmente quando o conhecimento acerca das reações adversas dos
medicamentos, das interações medicamentosas e precauções relativas ao uso terapêutico são
pouco ou, ainda, desconhecidas. Deste modo, a administração de medicamentos é um dos
processos de trabalho mais complexos e um dos mais importantes neste setor, pois apresenta
várias fases inter-relacionadas e envolve diferentes profissionais (médicos, farmacêuticos,
enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem). No cotidiano, a habilidade de manejar com
segurança a terapia farmacológica deve ser compartilhada por esses profissionais, que, a partir
de conhecimentos distintos, devem ser capazes de trocar, acrescentar informações e atuar de
modo a completar e propor ações que possibilitem um atendimento rápido e eficaz ao paciente
4.2 Absorção
A absorção representa a transferência do medicamento do local de administração para a
corrente sanguínea. Os fatores que influenciam este processo incluem a via de administração, a
solubilidade do medicamento, o tipo de formulação farmacêutica e as condições do local de
absorção (fluxo sanguíneo tecidual, motilidade do trato gastrointestinal, ph e tipo de dieta). As
diferentes vias de administração apresentam uma velocidade de absorção particular, que
depende da estrutura tecidual na qual foi depositado o medicamento. A absorção do TGI é lenta,
quando comparada à mucosa sublingual. A solubilidade dos medicamentos orais depende da
formulação farmacêutica, e os líquidos são absorvidos mais rapidamente que os sólidos. O fluxo
sanguíneo dos tecidos interfere na velocidade de extração do medicamento. Assim, quanto maior
a vascularização do tecido, mais rápida a absorção. Situações como dor e estresse podem
reduzir a absorção dos medicamentos, devido à vasoconstrição periférica. Medicamentos orais
são absorvidos mais facilmente quando ministrados entre as refeições. A presença de alimentos,
geralmente, retarda a absorção, além de haver a possibilidade de interação alimento-
medicamento. Alguns medicamentos são destruídos, se administrados junto às refeições, pelo
aumento do ácido clorídrico.
4.4 Distribuição
A distribuição diz respeito ao deslocamento do medicamento da circulação sistêmica para os
tecidos. Esta fase depende além do débito cardíaco, da fração de ligação dos medicamentos às
proteínas plasmáticas (albumina, beta-globulina), do volume de distribuição e da dinâmica
circulatória. Quando os medicamentos acessam a circulação sistêmica, uma fração é
rapidamente distribuída aos tecidos (fração não-ligada) e a outra se liga às proteínas plasmáticas
(fração ligada). A fração ligada não é capaz de atravessar membranas biológicas, servindo de
reservatório dos medicamentos. Entretanto, quando a fração não-ligada (forma ativa) diminui nos
tecidos, os medicamentos soltam-se das proteínas plasmáticas, reduzindo sua concentração
plasmática, e deixam a circulação com destino ao tecidos.
4.6 Metabolização
A metabolização de medicamentos ocorre nos pulmões, nos rins, no intestino, no sangue e,
principalmente, no fígado. Este órgão representa o principal laboratório que sintetiza proteínas
plasmáticas e enzimas responsáveis por catalisar reações químicas de transformação de
nutrientes e medicamentos em compostos menos ativos, mais semelhantes à molécula da água
para serem eliminados do organismo. Entretanto, nem sempre os produtos da metabolização
são inertes. Alguns 10 mostram atividade farmacológica igual ao próprio medicamento, como por
exemplo, o acetamenofeno, metabólico da fenacetina (anti-inflamatório). Outros metabólicos
possuem propriedades tóxicas, como ocorre com a normeperidina – produto da meperidina
(dolantina).
4.7 Condições Clínicas que afetam a Metabolização A Insuficiência Hepática causada por
lesões como a cirrose reduz o fluxo sanguíneo hepático e aumenta as concentrações séricas dos
medicamentos administrados por VO, principalmente daqueles que sofrem efeito de primeira
passagem, como o propranolol, a morfina e a nifedipina. Nessas condições, é aconselhável o
uso de medicamentos metabolizados e excretados por via renal, para evitar maiores danos ao
paciente. Um grande problema em relação à metabolização é o uso de indutores e inibidores
enzimáticos e as interações advindas das combinações. Os indutores, como a carbamazepina,
a fenitoína e o fenobarbital, aumentam a degradação e a excreção de outros medicamentos
administrados conjuntamente, reduzindo o efeito farmacológico de ambos. Em contrapartida,
inibidores como a cimetidina retardam a degradação dos medicamentos, intensificando a ação,
seja terapêutica, seja tóxica. Nos idosos, apesar da redução da atividade enzimática do
4.8 Excreção
A composição química da substância, geralmente, determina o órgão de sua excreção. As
glândulas exócrinas excretam medicamentos lipossolúveis. Quando os medicamentos são
excretados pelo TGI, muitos passam por transformação química no fígado e são eliminados pela
bile. Fatores que afetam o peristaltismo alteram a excreção de medicamentos pelo TGI. Por
exemplo, os laxantes aceleram a excreção, os analgésicos opióides retardam o processo. A
meia-vida é um termo que diz respeito ao tempo que o organismo leva para excretar metade de
uma determinada dose do medicamento. Este parâmetro depende do ritmo de depuração e do
volume de distribuição do medicamento. Por exemplo, a morfina apresenta uma meia-vida de 4
horas. Assim, um indivíduo com funções orgânicas preservadas, a frequência de administração
deste agente é de 4/4 horas. A maioria dos medicamentos é biotransformada no fígado e
excretada pelos rins, alguns inclusive de forma inalterada. Quando a excreção renal encontra-se
prejudicada, faz-se necessário reajuste da dose para evitar toxidade. Na ausência de situações
clínicas, a ingestão líquida normal assegura a eliminação apropriada do medicamento.
5.1 Agonistas Adrenérgicos Esta classe terapêutica inclui adrenalina, terbutalina, fenoterol e
salbutamol. A ação no sistema respiratório é decorrente da estimulação dos receptores beta
adrenérgicos presentes no pulmão, que resulta no relaxamento da musculatura lisa da árvore
traqueobrônquica, com consequente broncodilatação. Além disso, inibem a liberação de
mediadores químicos envolvidos na precipitação das crises de broncoespasmo. O tempo de
início do efeito terapêutico dos medicamentos desta classe são distintos, porém, a metabolização
de todos é hepática e a excreção, renal. O uso desses agentes deve ser cuidadoso nos pacientes
portadores de diabetes, doenças cardiovasculares, hipertireoidismo, aterosclerose cerebral,
quadros convulsivos, hiperplasia prostática, glaucoma e em idosos.
5.2 Derivados da Xantina A administração dos derivados da xantina deve ser cautelosa em
idosos, pacientes com doenças cardiovasculares ou hepáticas, com úlcera péptica ativa,
diabetes e hipertireoidismo. A aminofilina é utilizada, preferencialmente, por via intravenosa, o
que demanda cuidados relativos à incompatibilidade com outros medicamentos, muitas vezes
infundidos de modo simultâneo. Deste modo, deve-se evitar a administração concomitante com
os seguintes agentes: amiodarona, ciprofloxacina, claritromicina, dobutamina, ondanstrona. 6.
Ipratrópio A sua ação broncodilatadora ocorre por ação de substâncias (acetilcolina) nas
6.1 Cuidados adicionais necessários quando do uso da aminofilina são descritos abaixo:
• Monitorar o nível sérico do medicamento. Dose terapêutica muito próxima da dose tóxica
• Observar sinais de toxidade, especialmente em idosos, como náusea, vômito, ansiedade,
agitação, insônia, taquicardia, disritmia, convulsões
• Checar ECG, se ocorrer taquicardia
• Observar reações alérgicas, exantema cutâneo ou urticária; se esses sintomas ocorrerem,
suspender o medicamento
• Confirmar se o paciente não recebeu aminofilina previamente, para não causar efeito
aditivo.
7. Sedativos e Hipnóticos
Os hipnóticos-sedativos produzem depressão do SNC, em graus variados, que podem
resultar em sedação, hipnose, anestesia e coma, dependendo da dose, via de
administração e sensibilidade do paciente. Estes agentes são amplamente prescritos com
o objetivo de controlar estados confusionais agudos; induzir, facilitar e manter o sono;
facilitar a intubação, a realização de procedimentos invasivos e a ventilação mecânica. Além
disso, ajudam no alívio do medo e da ansiedade do paciente, bloqueando a resposta
fisiológica ao estresse. As classes terapêuticas mais utilizadas são os benzodiazepínicos,
os neurolépticos e os analgésicos opióides.
7.1 Benzodiazepínicos
Os efeitos dos benzodiazepínicos resultam das ações no SNC. Todos os representantes,
em maior ou menor grau, tem a capacidade de reduzir ansiedade, causar sedação, hipnose
e relaxamento muscular. O clonazepan, o clorazepato e o diazepan possuem propriedade
anticonvulsivante. São considerados medicamentos com boa margem de segurança, pois,
mesmo em altas doses, raramente são fatais, a monos que sejam associados a outros
depressores do SNC. O emprego dos benzodiazepínicos está tradicionalmente ligado ao
controle da resposta emocional (medo, ansiedade) relacionada com a dor. São úteis,
também, no combate à insônia e à contração muscular, que acompanha a sensação
dolorosa, bem como na redução do estresse do paciente, o qual se beneficia de seu efeito
amnésico, em procedimentos médicos estressantes. As precauções relativas ao uso desta
classe farmacológica incluem pacientes com doença respiratória obstrutiva, idosos e
aqueles que fazem uso de outros depressores do SNC. Os sintomas de abstinência dos
benzodiazepínicos são: ansiedade, agitação, irritabilidade, depressão, insônia, cefaleia,
tontura, anorexia, fraqueza, fotofobia, diarreia, náuseas e vômitos. Esses sintomas podem
surgir até uma semana após a suspensão do medicamento, devido à atividade
farmacológica de alguns metabólitos. Em caso de intoxicação causada por
7.2 Neurolépicos
Os fármacos neurolépticos (também chamados fármacos antiesquizofrênicas, fármacos
antipsicóticos ou tranquilizantes maiores) são usados primariamente no tratamento da
esquizofrenia, mas são também eficazes, em outros estados psicóticos, como os de mania
e delírio. Os fármacos neurolépticos clássicos são inibidores competitivos de uma variedade
de receptores, mas seus efeitos antipsicóticos refletem o bloqueio competitivo dos
receptores dopaminérgicos.
A cautela no que concerne ao uso dos neurolépticos inclui pacientes com doenças
cardiovasculares, hepáticas, renais, respiratórias crônicas, especialmente crianças e
idosos, e história de crises convulsivas.
Drogas Simpatomiméticas
As catecolaminas (noradrenalina, dopamina e dobutamina) são os agentes simpatomiméticos
mais utilizados em situações de emergência. Os efeitos das catecolaminas variam de acordo
com a dose utilizada, podendo estimular receptores alfa, beta e dopa. Portanto, essas drogas
são classificadas em: alfa-adrenérgica, beta-adrenérgica e dopaminérgica ou mista, de acordo
com o predomínio de receptores sensibilizados.
é inativada no meio gástrico, portanto só pode ser utilizada por via endovenosa em
administração contínua. Apresenta início e cessação de seus efeitos praticamente
imediatos, sua meia-vida é de 2 minutos. Os metabólicos são eliminados por via renal.
Indicações: para pacientes com disfunção miocárdica e baixo débito cardíaco. Também é
indicada em situações nos quais os parâmetros hemodinâmicos estejam estáveis, porém
com oligúria persistente (efeito dopaminérgico). É utilizada nos casos de bradicardia
sintomática (após o uso de atropina sem sucesso), no bloqueio atrioventricular de segundo
grau tipo II ou terceiro grau que não responde ao tratamento com marca-passo transvenoso,
no tratamento de choque (IAM, cirurgia cardíaca, ICC descompensada e insuficiência renal)
persistente depois de reposição volêmica e nos casos de hipotensão [pressão arterial
sistólica (PAS) inferior ou igual a 70 a 100 mmhg] com sinais e sintomas de choque. Dose:
a diluição padrão é de cinco ampolas de dopamina em 200 ml de solução (soro glicosado,
fisiológico a 0,9%, ringer simples ou lactato). A dopamina é disponível na forma de cloridrato
de dopamina em ampolas de 50 a 200 mg da droga. Deve ser usada sempre diluída e a
dose administrada de acordo com o efeito desejado e indicado para cada paciente.
Cuidados:
• Conhecer a ação farmacológica relacionada com a dose;
• Não deve ser diluída com solução alcalina (bicarbonato de sódio);
• Deve ser utilizada somente para uso endovenoso, preferencialmente via central;
• Caso seja instalada em via periférica, atentar para que não haja extravasamento tissular,
porque poderá provocar intensa vasoconstrição local com necrose tecidual;
• Diminuir o gotejamento lentamente até a suspensão do fármaco;
• Utilizar sempre a droga em bomba de infusão;
• Pode ser usada em pacientes hipovolêmicos , porém somente após a reposição de volume;
• Controle rigoroso de parâmetros hemodinâmicos e circulatórios. Efeitos Colaterais:
náuseas, vômitos, arritmias supraventriculares e ventriculares, hipotensão arterial sistêmica,
cefaleia e dispneia.
8.3 Noradrenalina Mecanismo de ação: é um potente vasoconstritor visceral e renal, tem ação
vasoconstritora sobre a rede vascular (sistêmica e pulmonar). Dependendo da dose utilizada
provoca aumento do volume sistólico, diminuição reflexa da frequência cardíaca e
importante vasoconstrição periférica (com elevação da PA). Sua degradação é hepática, e
a excreção renal. A ação endovenosa é rápida, com duração limitada. Indicação: na
elevação da PA de pacientes sépticos, hipotensos e que não respondem à administração
de volume e outras drogas vasoativas. É utilizada no pós operatório imediato de cirurgia
cardíaca quando existe síndrome vasoplégica. Dose: habitualmente utiliza-se cinco ampolas
(4 mg/ampola) diluídas em 250 ml de solução (soro glicosado ou fisiológico). A concentração
final será de 1 mg/ml (4 ml). Inicia-se com dose de 0,5 mcg/kg/min, podendo atingir até 30
mcg/min. Deve ser administrada por via endovenosa, central. Cuidados:
• Conhecer a ação farmacológica relacionada com a dose;
• Não deve ser diluída com solução alcalina (bicarbonato de sódio);
• Deve ser utilizada somente para uso endovenoso, preferencialmente via central;
• Caso seja instalada em via periférica, atentar para que não haja extravasamento tissular,
porque poderá provocar intensa vasoconstrição local com necrose tecidual;
• Diminuir o gotejamento lentamente até a suspensão do fármaco;
• Utilizar sempre a droga em bomba de infusão;
• Pode ser usada em paciente hipovolêmico, porém somente após a reposição de volume;
• Controle rigoroso de parâmetros hemodinâmicos e circulatórios;
• Preferencialmente, não deve ser usada em veia periférica, devido ao risco elevado de
necrose tecidual;
• A infusão deve ser efetuada em veia de grosso calibre e o sítio de inserção deve ser
avaliado constantemente, evitando-se extravasamento da droga;
• Se ocorrer extravasamento, deve-se infiltrar a área com 5 a 10 mg de fentalamina em 10
a 15 ml de soro fisiológico;
• Deve-se evitar a administração desta droga em grávidas, devido ao efeito contrátil sobre
o útero gravídico;
• Utilizar sempre a infusão do medicamento em bomba de infusão;
• Não deve ser usado em paciente com hipovolemia e arteriopatia periférica, mesentérica
ou cerebral.
não exerce efeito no centro vasomotor, nos nervos simpáticos ou nos receptores
adrenérgicos. O início de ação manifesta após 30 segundos e o pico ocorre em torno de 2
minutos. Quando a administração da droga é interrompida, o efeito hipotensor desaparece
em 3 minutos. Este fármaco não é absorvido pelo trato gastrintestinal, portanto só é
administrado via endovenosa e depende da metabolização renal e hepática. Indicações: é
utilizado no tratamento de emergências hipertensivas, em situações que seja necessário
reduzir a pré e pós carga (aneurisma dissecante de aorta, aumento do débito cardíaco na
insuficiência cardíaca congestiva e na diminuição da demanda de O2 no pós Infarto Agudo
do Miocardio). É usada também para induzir hipotensão controlada durante a anestesia e
para reduzir sangramento em procedimentos cirúrgicos. Dose: o nipride é disponível em
ampolas de 50 mg que devem ser diluídas em solução (soro glicosado ou fisiológico),
fornecendo uma concentração de 50 a 200 mg/ml.
Morfina
• Administração: solução decimal
• Efeito: combate a dor, ajuda na diminuição do tônus adrenérgico e, consequentemente,
reduz o consumo de oxigênio.
• Cuidados: possíveis complicações associadas a altas doses de morfina, como, por
exemplo, depressão respiratória.
Oxigênio
• Administração: Cateter de oxigênio de 2 a 3 l/min.
• Efeito: aumenta a oferta de oxigênio ao paciente, reduzindo a área de isquemia e causando
venodilatação dos campos pulmonares aumentando a oferta de O2 ao miocárdio.
Nitrato
• Administração: comprimido sublingual, spray e endovenoso
• Efeitos: efeitos hemodinâmicos mais significativos incluem redução da pré-carga, redução
da tensão na parede ventricular, redução da pós-carga, diminuindo o consumo de O2, além
de vasodilatação das artérias epicárdicas, redistribuindo o fluxo coronariano e aumentando
a oferta de O2 ao miocárdio. • Cuidados: no caso de síndrome coronariana com
acometimento de ventrículo direito, seu uso pode levar à hipotensão e a choque
cardiogênico.
Aspirina
• Administração: via oral 160 a 325 mg.
• Efeitos: atua no impedimento da agregação plaquetária reduzindo a progressão do evento
trombótico.
• Cuidados: reação de hipersensibilidade à droga. Betabloqueador
Metoprolol
• Administração: 5 mg EV lentamente, podendo repetir a cada 5 minutos.
• Efeitos: resulta na diminuição do consumo de O2 pelo miocárdio devido à redução da
frequência cardíaca. Uso obrigatório em todas as SCA.
• Cuidados: possíveis efeitos colaterais em pacientes com doenças pulmonares.
farmacológicos dos Analgésicos Opióides (AO) ocorrem no SNC em outros sistemas orgânicos
como o cardiovascular, o musculoesquelético, o TGI, o geniturinário e o 24 imunológico. A
ocorrência desses efeitos, especialmente no SNC, depende da região afetada do cérebro e da
medula espinhal, bem como da função fisiológica dessas áreas. Alguns efeitos, como, por
exemplo, a sedação e a analgesia, fazem dos AO fármacos indispensáveis na área de
emergência. Todavia, outros, como a depressão respiratória, impedem que esta classe seja
amplamente utilizada como estratégia terapêutica, tendo em vista que há por parte dos
profissionais (médicos e equipe de enfermagem) receio na sua administração. Abaixo quadro
das reações comuns dos analgésicos opióides.