INSTITUTO ANANERY

MARIA FERNANDA GARCIA LEITE

CONCEITO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

EMERGÊNCIAS CARDÍACAS
EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS
TRAUMAS
EMERGÊNCIAS EM PICADAS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

AGUDOS/SP
2023
 INSTITUTO ANANERY

MARIA FERNANDA GARCIA LEITE

CONCEITO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

EMERGÊNCIAS CARDÍACAS
EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS
TRAUMAS
EMERGÊNCIAS EM PICADAS POR ANIMAIS PEÇONHENTOS

Trabalho de conclusão de curso

apresentado como requisito parcial
à obtenção do título especialista
em TÉCNICO DE ENFERMAGEM.

AGUDOS/SP
2023
 CONCEITO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA, EMERGÊNCIAS CARDÍACAS,
EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS, TRAUMAS E EMERGÊNCIAS EM PICADAS POR
ANIMAIS PEÇONHENTOS

Maria Fernanda Garcia Leite.

Declaro que sou autor(a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo
foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou
integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente
referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por
mim realizadas para fins de produção deste trabalho.
Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e
administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos
direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços).

RESUMO- Nesse trabalho você verá um pouco mais sobre a diferença da urgência e emergência,
entendemos que a urgência é algo que não pode ser adiado e caso não for solucionado pode
agravar, já a emergência é uma ameaça para a vida do paciente e necessita de atendimento
imediato. As emergências cardíacas são situações que podem ou não ter um risco imediato a
vida do paciente, por isso precisam de tratamento para evitar complicações. No caso das
emergências neurológicas elas necessitam de uma intervenção médica imediata para evitar o
risco de vida e lesões cerebrais. O trauma já é caracterizado por um evento traumático que causa
uma lesão corporal. Por fim, você entenderá como agir diante da emergência de picadas por
animais peçonhentos e os cuidados que devemos ter nessa situação.
1 INTRODUÇÃO

Esse trabalho tem como objetivo explicar a diferença questões de urgência e

emergência, assim como doenças que entram nessa questão emergencial.
Falar desses temas é entender a gravidade dessas classificações de atendimentos
e sobre as doenças apresentadas.
Ao falar sobre urgência e emergência, imagina-se casos graves, acidentes, estado
crítico e até mesmo a morte, porém, é necessário pensar no papel que o técnico de
enfermagem tem em meio a tudo isso, pois são eles que vão dar toda estrutura e o apoio
necessário durante o atendimento, não só para os pacientes, mas também para os
familiares.

1.1 Objetivos
Este trabalho visa seguir os seguintes objetivos.

1.1.1 Objetivo Geral

Demonstrar a diferença da urgência para a emergência, e explicar como são as
doenças emergenciais – por meio de pesquisas bibliográficas.

1.1.2 Objetivos Específicos

- Descrever a diferença de urgência e emergência;
- Explicar quais são as emergências cardíacas e neurológicas;
- Identificar os casos de trauma;
- Trazer informações sobre picadas de animais peçonhentos e os cuidados
referentes a isto;
1.2 Estrutura do trabalho

Este trabalho está estruturado em quatro capítulos. O primeiro traz a introdução com
informações sobre o que vamos apresentar nesse trabalho.
No segundo capítulo está o desenvolvimento dividido em quatro etapas. A primeira
etapa está informações sobre o conceito de urgência e emergência. A segunda etapa
descreve o processo de emergências cardíacas, que são doenças relacionadas ao nosso
coração. O processo de emergência neurológica está descrito na terceira etapa, que
relata a gravidade dessas doenças que afetam o cérebro. Na quarta etapa descrevo os
casos de trauma e como eles podem ser classificados. Na quinta e última etapa explico
os cuidados que devemos ter em picadas por animais peçonhentos.
O terceiro capítulo apresenta a conclusão geral dos temas abordados nessa
pesquisa.
No quarto capítulo está todas as referências bibliográficas que foram utilizadas para
realização desse trabalho.
2 DESENVOLVIMENTO

CONCEITO DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

Sobre a urgência podemos dizer que é uma situação que necessita de

atendimento rápido, e não pode ter a hipótese de ser adiada pois corre o risco de agravar
para a morte.
A urgência é classificada como nível 2 de prioridade, o tempo máximo de espera
nesse caso é de 30 minutos, mas como já sabemos o atendimento precisa ser o mais
rápido possível. Essa rapidez no atendimento é necessária pois dessa forma os pacientes
não correm o risco de sofrer complicações, e assim podem ter uma melhora rápida nos
sintomas.
Segundo o (Vida Saudável), os tipos de atendimentos de urgência normalmente
são dores agudas, falta de ar, vômitos frequentes, traumas leves e moderados, como por
exemplo, ferimentos por corte sem hemorragia, fraturas, luxações, idoso debilitado e com
mau estar geral, entre outros.
Já a emergência caracteriza-se como uma ameaça para a vida do paciente, ela
pode levar a morte ou causar sofrimento intenso a vítima.
A emergência se torna uma situação mais grave que não pode ser adiada, deve
ser diagnosticada e tratada no momento em que for identificado o problema, por isso a
necessidade de atendimento médico é imediata.
De acordo com o (Blog cuidar-me) os casos de emergência são acidentes de
origem elétrica, picada de animais peçonhentos, hemorragia, infarto, convulsões,
acidentes de trânsito, entre outros. Esses casos são classificados como vermelho, sem
condições de espera pois necessitam de atendimento imediato.
A função do técnico de enfermagem nesses casos é contribuir com a equipe
profissional, aferindo os sinais vitais, preparando e administrando medicações,
acompanhando a evolução do paciente, entre outras atribuições necessárias. Com isso,
precisamos ser capazes de identificar a forma correta de estabilizar e minimizar a dor
desse paciente.
 EMERGÊNCIAS CARDÍACAS

Segundo o (Dr. Moretti), as situações de emergências cardíacas que precisam ter

um socorro rápido são os casos de crises hipertensivas, pulmonares, arritmias cardíacas,
doenças isquêmicas, doenças vasculares como por exemplo infarto do miocárdio, AVC
(acidente vascular cerebral) e a parada cardiorrespiratória.
Podemos dizer que a crise hipertensiva se dá por conta do aumento da pressão
arterial, mais precisamente quando está acima de 180x120. Ela pode acontecer por
vários motivos, alguns deles podem ser estresse, má alimentação, sono desregulado, e
normalmente quem já é hipertenso pode ter essa crise se caso esquecer de tomar o
remédio controlado. Alguns dos sintomas apresentados podem ser, dor de cabeça,
tontura, alterações visuais e dor na nuca. Nesses casos recomenda-se ir à unidade de
pronto atendimento mais próxima, pois a pressão estando elevada oferece um risco maior
de infarto, e de AVC.
Sobre a crise pulmonar entendemos que algumas doenças pulmonares são
crônicas, no caso acompanha o paciente ao longo de toda sua vida, e algumas passam
a ser agudas, com a duração de alguns dias até que o paciente se recupere. Podemos
citar alguns exemplos mais comuns dessa doença, como, asma, bronquite, tuberculose,
DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica), enfisema pulmonar, fibrose cística, e outros.
Entendemos então que essa doença é composta por vários sintomas, alguns
como, falta de ar, dificuldade para respirar, tosse que muitas vezes é acompanhada de
catarro ou sangue, secreção nasal e dor no peito. São inúmeros tipos dessa doença, e
cada uma tem o seu sintoma e o seu tratamento, mas de forma geral o tratamento deve
ser feito com um médico especializado, no caso pneumologista.
Pesquisando um pouco mais sobre, identificamos que a arritmia cardíaca nada
mais é que uma má formação no sistema elétrico do coração, ou seja, uma frequência
cardíaca alterada. Normalmente os sinais de arritmia se dá através dos sintomas que
são, palpitações, tonturas, dificuldade de respirar e desmaios, assim como o paciente
pode não sentir nenhum sintoma.
 Para identificar o estado do coração e a frequência dos seus batimentos, é
realizado um eletrocardiograma e o paciente deve ficar monitorizado para
acompanhamento dos sinais vitais e frequência cardíaca.
Sobre as doenças isquêmicas do coração elas podem também ser conhecidas
como doença arterial coronariana, que no caso afetam as artérias do nosso coração e
com isso causam dores e desconfortos no peito, isso se dá pelo fato de uma parte do
coração não receber a quantidade de sangue suficiente para bombear de forma correta.
Existem dois tipos dessa doença, a crônica que causa dores no peito quando é
praticado algum exercício físico, com isso são chamadas de angina. O segundo é a
aguda, que se dá quando o paciente está em repouso e pode ocasionar um infarto.
Por fim, temos as doenças vasculares que nada mais é que o nosso sistema
venoso apresentando irregularidades. Ela causa algumas doenças mais graves, como
por exemplo, infarto do miocárdio, AVC (acidente vascular cerebral), e parada
cardiorrespiratória.
O infarto do miocárdio caracteriza-se como o bloqueio do fluxo sanguíneo para o
nosso músculo cardíaco, sem esse sangue o tecido perde oxigênio e morre. Já o AVC é
quando a artéria do nosso cérebro está bloqueada ou se rompe, com isso o sangue que
vai para o cérebro é reduzido ou interrompido e priva as células de oxigênio e nutrientes.
E sobre a parada cardiorrespiratória, ela se dá quando o coração para de bater de forma
frequente, e passa a bater de forma desregulada e devagar, com isso temos a perda
súbita da função cardíaca, respiração e consciência. Nesses casos iniciamos as
compressões torácicas, mais conhecida como RCP (reanimação cardiopulmonar), com o
intuito de reestabelecer o ritmo cardíaco e devolver o oxigênio ao paciente.
 EMERGÊNCIAS NEUROLÓGICAS

Em relação as emergências neurológicas precisamos intervir e oferecer o cuidado

imediato, pois tem um risco maior para a vida do paciente e para a função cerebral. Esse
tipo de emergência pode afetar qualquer pessoa e surgir de repente.
Segundo o (Sanarmed) as emergências neurológicas afetam o sistema nervoso
central, e precisa de intervenção médica imediata para evitar danos cerebrais ou risco de
vida.
Podemos dizer que casos como acidente vascular cerebral (AVC), traumatismo
cranioencefálico (TCE), convulsões, infecções do sistema nervoso central e tumores
cerebrais são as principais causas de emergências neurológicas.
Já sabemos que o AVC se dá através de uma artéria do nosso cérebro que está
bloqueada ou que se rompeu, com isso o nosso cérebro não recebe a quantidade certa
de sangue e priva as células de oxigênio e nutrientes. Essa falta de fluxo sanguíneo pode
causar perda de visão, perda de equilíbrio por conta da sensação de estar tudo girando
mesmo que esteja parado, dificuldade para se comunicar, perda parcial dos movimentos
de um lado do corpo.
O traumatismo cranioencefálico acontece por conta dos impactos na cabeça que
causam lesões cerebrais. Além disso, hematomas intracranianos, contusões cerebrais e
lesões axonais difusas podem ser lesões mais graves.
Já as convulsões acontecem através de uma atividade elétrica excessiva no nosso
cérebro. O que pode ocasionar isso são, epilepsia, febre alta, tumores cerebrais, trauma,
infecções cerebrais e distúrbios metabólicos. Com esse quadro de convulsão a pessoa
perde a consciência, sofre alteração no seu estado mental e apresenta movimentos
involuntários.
As infecções que afetam o nosso sistema nervoso central podem levar a
emergências graves, temos exemplos de infecções como meningite e encefalite. Os
sintomas são cefaleia intensa, rigidez, febre, convulsões e confusão mental.
Os tumores cerebrais nas emergências neurológicas têm uma diferença, pois nem
todos tumores se tornam emergenciais, mas alguns tem um crescimento rápido e assim
passa a ter uma compressão cerebral, edema, hemorragia e também obstrução do fluxo
de líquido cefalorraquidiano. Com isso os sintomas se tornam cefaleia intensa, alteração
na visão, perda parcial de um lado do corpo e convulsões.

TRAUMAS

O trauma acontece por conta de um evento traumático externo no corpo, isso se

dá de forma inesperada e causa lesões. Isso pode ocorrer devido a acidentes, violências
ou autoagressão.
Esses traumas são definidos em três categorias, a penetrante que é quando ocorre
laceração ou rompimento da pele, por exemplo, fraturas expostas ou perfurações por
armas de fogo. Já as lesões contusas é quando não há perfurações na pele, por exemplo,
pancadas. As lesões mistas é a mistura das outras lesões citadas acima, e acontece mais
nos acidentes de trânsito.
No trauma temos o ABCDE, que é uma abordagem correta, como uma triagem
feita no atendimento durante casos de urgência e emergência. Cada letra corresponde a
uma avaliação realizada no atendimento, e seguimos uma ordem específica.
A – Vias aéreas e restrição da coluna cervical;
B – Respiração e ventilação;
C – Circulação e controle hemorrágico;
D – Disfunção neurológica;
E – Exposição e controle de temperatura;
A missão de qualquer equipe de enfermagem no atendimento das vítimas de um
trauma é identificar as lesões existentes e garantir sua estabilização.
 EMERGÊNCIAS EM PICADAS DE ANIMAIS PEÇONHENTOS

Sabemos que animais peçonhentos são aqueles que injetam veneno com
facilidade, como por exemplo, serpentes, aranhas, escorpiões, arraias, lacraias, entre
outros.
De acordo com a (Pebmed), os cuidados de enfermagem com esses ofídicos são:
 Manter o membro picado elevado e estendido;
 Avaliar os sinais vitais;
 Controlar a infecção higienizando o local da picada;
 Precauções contra sangramentos;
 E outros...
Para realização dos primeiros socorros é importante fazer a lavagem do local da
picada com água e sabão, manter a vítima deitada e hidratada, e procurar a unidade
médica mais próxima. Se possível, levar o animal peçonhento para identificação do
mesmo. E nesses casos é importante saber que não podemos fazer torniquetes ou
garrotear o membro, não pode ser feito nada que faça aumentar a concentração do
veneno.
Nesses casos os sintomas apresentados podem ser dor, inchaço, pulso rápido,
dificuldade para respirar, fraqueza, náuseas, vômitos, ponto pequeno e descolorado na
pele.
Para esses casos existem medicações corretas a serem utilizadas, temos soros
específicos para tratar esses casos, e por isso é importante procurar a unidade de pronto
atendimento o mais rápido possível após o incidente.
3 CONCLUSÃO

Diante disso, conclui-se que os temas apresentados neste trabalho são

importantes por conta do seu objetivo maior que é salvar vidas.
Como técnicos de enfermagem devemos ter o cuidado, atenção e preparo
específico para agir de forma correta diante desses casos presenciados no setor de
trabalho. E para que não haja problemas futuros como, desatenção, técnica errada,
agravos no estado clínico, e até mesmo a morte, precisamos estar capacitados, atentos
e seguros de cada procedimento realizado. Só assim podemos atingir o objetivo de agir
de forma precisa para melhorar a qualidade de vida do paciente.

4 REFERÊNCIAS

Hospital Santa Virginia - (hsv.org.br)

Blog Cuidar-me - (cuidar.me)
Dr. Miguel A Moretti – (sociedades.cardiol.br)
Vida Saudável – (vidasaudavel.einstein.br)
Sanar Med – (sanarmed.com)
Centro de Ensino e Treinamento em Saúde – (cets.com.br)
Cursos de Especialização em linhas de Cuidado em Enfermagem –
(unasus2.moodle.ufsc.br)
Secretária da Saúde – (saude.pr.gov.br) / (saude.sp.gov.br)
Enfermagem Ilustrada – (enfermagemilustrada.com)
Rede dor – (rededorsaoluiz.com.br)
Pebmed – (pebmed.com.br)
WeCor – (wecor.com.br)
Hospital São Lucas Copacabana – (saolucascopacabana.com.br)
Artmed – (blogartmed.com.br)
Eu Médico Residente – (eumedicoresidente.com.br)