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CURRAIS NOVOS
2019
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ANNA SARAH OLIVEIRA SALES DE MEDEIROS
CINTHIA GABRIELLE BEZERRA DE LIMA
FERNANDA APARECIDA SOARES DE SOUZA
GABRIEL OLIVEIRA MIRANDA
CURRAIS NOVOS
2019
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1 INTRODUÇÃO
Atualmente, os revestimentos comestíveis são uma das alternativas que
auxiliam na conservação de alimentos. O filme formado por polissacarídeos como o
amido de mandioca e quitosana apresenta uma boa barreira para gases como O2 E
CO2 , tornando-os interessantes para a tecnologia frutícola, uma vez que, usados da
forma correta, reduzem a respiração dos frutos, o que possibilita estender a sua
conservação.
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2 MATERIAL E MÉTODOS
2.1 MATERIAL
• Amido de mandioca nativo e Quitosana;
• Solução de ácido acético a 1%;
• Béqueres de 100, 250, 500 e 1000mL;
• Chapa aquecedora;
• Termômetro;
• pH-metro
• Refratômetro;
• Balança semi-analítica;
• Filme plástico de PVC;
• Bandejas de isopor 20x20;
• Peneiras de plástico;
• Hipoclorito de sódio;
• Proveta de 100mL;
• Bureta;
2.2 METODOLOGIA
1- Para eliminar poeira e terras encontradas na superfície dos frutos, lavar em água
corrente.
2- Com o objetivo de reduzir os contaminantes microbianos, os frutos são imergidos
em solução clorada por 10 a 15 minutos, contendo de 100 a 150 ppm de hipoclorito
de sódio a 5% e cloro ativo /L de hipoclorito de sódio/Litro de água, com o pH em torno
de 7,0.
3- Enxaguar os frutos em água potável e deixá-los secar naturalmente.
4- Mergulhar os frutos na solução filmogênica ou géis, durante 1 a 2 minutos.
5- Retirá-los manualmente e inseri-los em uma peneira para o escoamento do
excesso.
6- Deixar secar sobre as peneiras nas condições ambientais, para que ocorra a
polimerização do filme, com consequência da evaporação do solvente.
7- Separar em 6 lotes para destinar os procedimentos seguintes.
8- Pesar os frutos, revestidos e não revestidos, com a balança semi-analítica, para
avaliar a perda de massa durante o armazenamento.
9- Manter os frutos em temperatura ambiente.
10- Avaliar a perda de massa de acordo com os dias de armazenamento, anotando
os dados para calcular os resultados, utilizando a equação:
PM = (Mi - Mf / Mi) x 100
11- Coletar os frutos, no primeiro e último dia, para a determinação de pH, sólidos
solúveis (°Brix) e acidez total.
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3 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Quanto à massa dos frutos, estes foram pesados e obteve-se os resultados
mostrados na figura 1 e na tabela 1.
410
400 398,9 396,5
390 391,2
385
380 380,5
370 373,4 372,3
366 365,1
360 366 353,7
350 359,9
340 344,3
348,1
330 337
320
310
300
DIA 1 DIA 2 DIA 3 DIA 4
CONTROLE AMIDO AMIDO +QUITOSANA PVC
Figura 1 - Perda de massa da cajarana (em gramas) de acordo com os tipos de revestimentos
Propriedades
Tratamentos SS (°Brix) pH Acidez (%)
𝑫𝟎 𝑫𝟒 𝑫𝟎 𝑫𝟒 𝑫𝟎 𝑫𝟒
Controle (C) 10 10,8 2,4 2,3 1,66 1,18
Amidos - 8,3 - 2,2 - 0,81
Amido + Quitosana - 9,7 - 2,26 - 0,95
PVC (P) - 8,2 - 2,1 - 0,52
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Relativo ao °Brix, o teor de sólidos solúveis aumentou devido a maturação que,
conforme acontece, libera açúcares mais simples, como por exemplo na quebra do
amido. O pH, durante esse processo, tende a baixar, pois os ácidos orgânicos vão
sendo sintetizados, o que levará a um aumento da acidez.
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Os frutos que estavam revestidos com PVC e os de controle tiveram uma
mudança mais perceptível na cor, já as cajaranas revestidas com amido e amido
combinado com quitosana quase não alteraram a cor. Quanto a isso, nota-se que os
biofilmes reduziram os processos de maturação da fruta, uma vez que as mudanças
de cor foram mínimas em relação aos outros frutos analisados.
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4 CONCLUSÕES
Durante a aula prática, ficou evidente as transformações bioquímicas no fruto
da cajarana de acordo com os diferentes tipos de revestimento.
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5 REFERÊNCIAS
ASSIS, Odilio BG; LEONI, Ariane Maria. Filmes comestíveis de quitosana. Revista
Biotecnologia, Ciência e Desenvolvimento, v. 30, p. 33-38, 2003.
DE MELLO LUVIELMO, Márcia; VIEIRA LAMAS, Susana. Revestimentos
comestíveis em frutas. Estudos Tecnológicos em Engenharia, v. 8, n. 1, 2012.
RODRIGUES, Fabíola Fernandes Galvão et al. Análise físico-química de espécies
de Spondias oriundas do cariri cearense. Cadernos de Cultura e Ciência, v. 1, n. 1,
p. 44-52, 2010.