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A inflamação e reparação
LICENCIATURA EM NUTRIÇÃO
A inflamação e reparação
71221008
Diante do exposto, o presente estudo tem por objectivo identificar os aspectos nutricionais no
processo de inflamação e reparação. Usou-se a pesquisa bibliográfica, que na perspectiva de
Gil (2002:30), a esta metodologia é possível com base em material já elaborado, constituído
principalmente de livros e artigos científicos. Esta será útil para a recolha de materiais
teóricos que enformam a temática sobre a nutrição e desnutrição e hábitos alimentares, assim
como usar-se a pesquisa online.
2. Desenvolvimento do tema
2.1.Inflamação
Aguda: mais precoce (ocorre primeiro), caracterizada por exsudação (acúmulo de elementos
no local inflamado). Conseguimos ver os pontos cardeais associados ao acúmulo de
elementos no local inflamado.
Crónica: mais tardia (ocorre depois), caracterizada por proliferação celular. Ocorre quando o
processo inflamatório não pode ser resolvido, seja pela persistência da causa (ex: tuberculose,
que é muito resistente ao nosso sistema, na fase aguda o corpo não conseguiu eliminar) ou por
interferência com o processo de cicatrização (ex: úlcera péptica, quando não são oferecidas
condições para ela se cicatrizar, como ingerir álcool, fumar, não comer por muito tempo
porque acidifica demais o estômago).
Uma dieta rica em vegetais está associada a diminuição do risco de demência. Ao potenciar a
acção da insulina, esta dieta diminui o risco de obesidade, um dos factores de risco para o
desenvolvimento de demência (Caracciolo, 2014). Foi também demonstrado que um
consumo de fruta e vegetais apresenta benefício a nível cardiovascular através da sua
influência a nível do colesterol (Nadeem, et al. 2014).
Os ácidos gordos ricos em ómega-3 são um grupo de ácidos gordos essenciais que não são
produzidos em quantidade suficiente para o bom estado de saúde; logo, é necessário que
sejam ingeridos na dieta (Caracciolo, 2014). Encontram-se em elevada quantidade no peixe.
São reconhecidos pelo seu potencial anti-inflamatório e estão associados à diminuição da
incidência de doenças cardiovasculares, neoplasias, diabetes mellitus, doenças neurológicas,
doenças auto-imunes e osteoporose e ao aumento da esperança de vida (Georgiou, 2015).
Tem sido estudada como um meio de atenuar a sarcopenia associada ao envelhecimento. Nos
indivíduos idosos há menor sensibilidade à aminoacidémia pós-prandial, o que condiciona
uma diminuição da síntese de massa muscular; logo, é necessária maior ingestão proteica para
estimular a síntese de músculo (Zamboni, et al. 2014).
Regeneração: células são estimuladas a proliferar até o tecido ficar como era antes. Ocorre
principalmente em tecidos compostos por células lábeis (proliferam a vida toda e é mais fácil
de regenerar, como epitélios de revestimento, tecido hematopoiético) ou células estáveis (nem
sempre se regeneram totalmente, como células endoteliais, células musculares lisas,
fibroblastos)
Controle do processo de regeneração: recuperar a actividade funcional).
Cicatrização: substituição por tecido conjuntivo fibroso. Acaba levando ao prejuízo, pois
ocorre a perda de células específicas para ter deposição de colágeno e perda de elasticidade.
Fases: a) Limpeza (até o terceiro dia): retira os coágulos e células lesadas; b) Tecido de
granulação (a partir do terceiro dia): formado pela proliferação de fibroblastos (tecido
conjuntivo) e de capilares em meio a matriz extracelular; c) Fibrose (a partir da primeira
semana); d) Contracção da cicatriz: miofibroblastos (fibroblastos + miofibrina).
Georgiou T, Prokopiou E (2015). The New Era of Omega-3 Fatty Acids Supplementation:
Therapeutic Effects on Dry Age-Related Macular Degeneration. J Stem Cells;10(3):205-15.
Nadeem N, Woodside JV, Neville CE, McCall DO, McCance D, Edgar D, et al. (2014) Serum
amyloid A-related inflammation is lowered by increased fruit and vegetable intake, while
high-sensitive C-reactive protein, IL-6 and E-selectin remain unresponsive. Br J
Nutr;112(7):1129-36.
Zamboni M, Rossi AP, Fantin F, Zamboni G, Chirumbolo S, Zoico E, et al. (2014) Adipose
tissue, diet and aging. Mech Ageing Dev;136-137:129-37.