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A preocupação com a qualidade e segurança dos alimentos envolve o tipo de material com o
qual os alimentos podem entrar em contato, desde a etapa de processamento até a
embalagem. Conforme a RDC n° 498/2021, da Anvisa, existe uma lista aprovada de aços e suas
ligas inoxidáveis para utilização em embalagens, utensílios e equipamentos metálicos em
contatos com alimentos. Comumente, observa-se nas indústrias de alimentos a utilização de
equipamentos nas instalações sanitárias elaborados em aço inoxidável, que atendem às mais
altas necessidades higiênicas e anticorrosivas.
Mas apesar da boa resistência à corrosão, os aços inoxidáveis não estão livres da oxidação ou
de algum processo corrosivo, o que pode levar à contaminação do alimento por formação de
biofilmes e crescimento bacteriano indesejado. Uma das medidas utilizadas para evitar a
corrosão é a passivação.
Conforme imagem abaixo, a etapa três ocorre sempre que o cromo contido no aço inoxidável
entra em contato com o oxigênio presente no ar. Essa reação química forma uma camada
protetora espessa e uniforme na superfície.
A passivação reestabelece completamente a proteção anticorrosiva do aço, evitando assim
problemas com oxidação e formação de biofilme, que afetam diretamente a qualidade e
segurança do alimento.
Causam perdas devido à contaminação dos produtos finais com microrganismos deteriorantes,
gerando alterações organolépticas nos alimentos e aceleração de processos químicos como
rancificação.
Promovem perdas de lotes por presença de bactérias que devem ser ausentes por legislação.
Recomenda-se realizar a passivação antes do primeiro uso e/ou após grande tempo de uso dos
equipamentos. O equipamento passivado tem melhor performance quanto à higienização e
sanitização empregada e aumento de sua vida útil. Evita-se ainda a contaminação cruzada do
alimento por formação de biofilme.
Uma passivação bem feita deve propiciar uma produção mais segura de alimentos por até
vários anos, mas o ideal e recomendado pelos fornecedores é que se repita o procedimento no
máximo a cada dois anos.
Referências