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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO,

CIÊNCIAS E TECNOLOGIA DE SÃO


PAULO

RESISTÊNCIA DOS MATERIAIS 2


AULA 5 - EQUAÇÃO DA LINHA ELÁSTICA

Professora: Anielle Pardo


Engenheira Civil – IFSP
Mestre em Recursos Hídricos e
Tecnologias Ambientais – UNESP

CÂMPUS VOTUPORANGA - SP
Agradecimento

Material Cedido

Prof. Me. Gabriel Henrique


Morgan
Introdução
Deslocamento: Os deslocamentos decorrem do efeito acumulado das deformações
nos pontos da estrutura. Um deslocamento deve ser entendido como uma translação
emalgum ponto.

Fonte: imagens do google


Introdução
Durante o projeto estrutural, outro objetivo fundamental a ser atingido é
especificar as peças da estrutura com dimensões e materiais adequados, para
que sejam evitados deslocamentos excessivos quando a mesmas estiverem
em funcionamento sob ação dos carregamentos.

Fonte: imagens do google


Introdução

Fonte: Próprio autor


Introdução

∆𝑣

Fonte: Próprio autor


Introdução

Fonte: Próprio autor


Introdução

∆𝑣

Fonte: Próprio autor


Introdução

Fonte: Próprio autor


Introdução
∆ℎ
∆𝑣

Fonte: Próprio autor


Introdução

Fonte: Próprio autor


Introdução

∆ℎ
∆𝑣

Fonte: Próprio autor


Módulo de elasticidade longitudinal
Módulo de Elasticidade Longitudinal (E)
O Módulo de Elasticidade Longitudinal ou Módulo de Young é uma propriedade
mecânica que mede a rigidez de um material sólido na direção do eixo
longitudinal da estrutura, sendo definido pela relação entre tensão normal
(força por unidade de área) e a deformação longitudinal específica de um
material no regime de elástico linear.

Fonte: imagens do google


Módulo de elasticidade longitudinal

Fonte: Próprio autor


Módulo de elasticidade longitudinal

Fonte: Próprio autor


Módulo de elasticidade longitudinal
Região Elástica: O regime elástico é caracterizado por não apresentar
deformações permanentes nos materiais, ou seja, quando um corpo sobre a
influência de um carregamento está no regime elástico, ao ser descarregado o
corpo retorna à sua forma original.

No diagrama de tensão
versus deformação a região
elástica é caracterizada pela
reta oblíqua.

Fonte: imagens do google


Módulo de elasticidade longitudinal
Região Elástica:

A tensão que caracteriza o fim do regime


elástico é denominada de tensão de
escoamento.
Atingido a tensão de escoamento, o corpo
inicia o regime elastoplástico ou regime
plástico.

A deformação no regime
elástico é diretamente
proporcional a sua
deformação
Fonte: imagens do google
Módulo de elasticidade longitudinal
Região Elastoplásico

Esta é uma região de transição do


regime elástico para o regime
plástico. Muitas literaturas inserem
este regime a uma das fases do
regime plástico.
Fonte: imagens do google
Módulo de elasticidade longitudinal
Regime Plástico: O regime plástico é caracterizado por apresentar deformações
permanentes nos materiais, ou seja, se um corpo sobre a influência de um
carregamento estiver no regime plástico (tensão aplicada for superior a sua tensão de
escoamento), ao ser descarregado este não retornará à sua forma original,
apresentando alterações permanentes na sua estrutura.

No diagrama de tensão
versus deformação a região
plástica tende a assumir
diversos formatos conforme o
material em análise.

Fonte: imagens do google


Módulo de elasticidade longitudinal
Módulo de Elasticidade Longitudinal (E):
Regime Plástico:

Dependendo do
material a fase
plástica pode assumir
diversos formatos

Fonte: imagens do google


Módulo de elasticidade longitudinal
Deformação longitudinal específica (𝜺)
Deformação no eixo longitudinal da estrutura
L0
L
Eixo longitudinal

F
Lf
Fonte: imagens do google

L  L f  L0
L
 (‰)  1000
L0
Módulo de elasticidade longitudinal
Fonte: imagens do google

Deformação longitudinal específica (𝜺)


60cm Deformação no eixo longitudinal da estrutura
L

F
61,35cm
L  61,35  60, 00  1,35
1,35
 (‰)  1000
60, 00
  22,5‰
Módulo de elasticidade longitudinal
Fonte: imagens do google
Analisando apenas a região
elástica temos:
Plástica


Elástica

Elastoplástico

 
  
Lei de Hooke tg ( ) 

  E  E  tg ( )
  Tensão normal [MPa] 
E  Módulo de elasticidade longitudinal [GPa] tg ( )   E

  Deformação específica [‰]   E 
Módulo de elasticidade longitudinal
Módulo de elasticidade obtido no ensaio real foi de 196,4GPa (±1%)
Diagrama de tensão versus deformação para o aço
700

600

500
Tensão (MPa)

550[ MPa]
400 E  tg ( )   196, 43GPa
2,8[‰]
300

200
LAB - 45 dias - Sarti Junior (2020)
100

0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20 22 24

Deformação (‰)
Fonte: Morgan (2021)
Módulo de elasticidade longitudinal
A tabela a seguir apresenta uma média aproximada do módulo de elasticidade (E)
para alguns materiais.

Módulo de Elasticidade
Material Longitudinal médio
(GPa)
Aço 200

Alumínio 70

Vidro 65

Concreto 30

Madeira 13

1 𝐺𝑃𝑎 = 1000 𝑀𝑃𝑎 = 100𝑘𝑁/𝑐𝑚²


Linha elástica
Inicialmente temos uma viga biapoiada com seção retangular, ao sofrer um carregamento a viga
deforma (apresentada pela linha elástica) e para o estudo é necessário analisar duas seções (S1 e
S2) separada por uma distância infinitesimal (dS).

Quando temos um elemento


linear adotamos que sua
deformação é dada
inteiramente por flexão,
desprezando a parcela
originada do cisalhamento.
Fonte: Me salva engenharia
Linha elástica

No cento da seção a
deformação longitudinal é muito
pequena, por isso utilizamos a
uma distância (y) do centro.
Fonte: Me salva engenharia

r  raio da circunferência formada pela deformação no eixo da viga


Linha elástica
Propriedade Matemática

l

r
l  r 

ds
d   ds  r  d
r
ds  s
d   ds  s  (r  y )  d
ry
Linha elástica
No cento da seção a
deformação longitudinal é muito
pequena, por isso utilizamos a
uma distância (y) do centro

Em uma distância (y) do centro

Antes 

Depois 

Slide anterior

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

Relação Elástica Fundamental

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica
Referencial
Eixo-x →+
Eixo-w ↓+

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

dFi = dw/dx

1/r = dFi/dx

d ²w M
  R.E.F
dx ² EI
Fonte: Me salva engenharia
Linha elástica
d ²w M
  R.E.F
dx ² EI
d ²w M
 dx²   ( x)    E  I  Giro
d ²w M
 dx²  w( x)    E  I  DeslocamentoVertical
• Ao realizarmos a primeira integral da equação
diferencial da linha neutra será obtido a
equação do giro na linha elástica;
• Ao realizamos a segunda integral será obtido a
função dos deslocamentos (verticais) nas
estruturas lineares sob efeito do momento
fletor.

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica
Para que possamos resolver a equação diferencial da linha elástica, é
imprescindível que saibamos determinar as condições de contorno da viga.
Mas afinal, para que servirão essas condições de contorno? Se você se
lembrar lá da disciplina de Equações Diferencias, você recordará que sempre
que a gente integra algo, aparece uma constante de integração que, a
princípio, desconhecemos. As condições de contorno são aplicadas para que
essas constantes possam ser descobertas! As condições de contorno
aparecem quando conseguimos aplicar um valor na equação de giro ou de
deslocamentos que zere essa equação. Elas dependem do tipo de vinculação
que a viga terá.

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

Fixo

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

Fonte: Me salva engenharia


Linha elástica

Fonte: Me salva engenharia


x
Linha elástica
EXEMPLO
w
q
x d ²w M

l dx ² EI
w
q.x M  q  l  x q  x² 
 
d ²w  2 2 

x Q dx ² EI
q l d ² w  q  l  x  q  x ² 

dx ² 2 E  I
2
M  0 d ²w  q  l  x  q  x ² 

q l x
 x  q x  M  0  dx²   2  E  I
2 2
q  l  x q  x²
M 
2 2 Fonte: Próprio autor
x
Linha elástica
EXEMPLO
w
q
x dw q  l x ² q x³
l     
dx 2 E  I 2 2 E  I 3
w
M dw q  l  x ² q  x ³
q.x
    C1
dx 4 E  I 6 E  I
dw  q  l  x ² q  x ³ 
x Q
 dx    4  E  I  6  E  I  C1 
q l
q  l x ³ q x4
w( x)      C1  x  C2
2
M  0 4 E  I 3 6 E  I 4
q l x  q  l  x ³ q  x 4

  x  q  x   M  0 w( x)    C1  x  C2
2 2 12  E  I 24  E  I
q  l  x q  x²
M 
2 2 Fonte: Próprio autor
Linha elástica
EXEMPLO
q
x
l
w
M
q.x
q  l  x ³ q  x4
w( x)    C1  x  C2
12  E  I 24  E  I
x Q APOIO FIXO  ( x  0)  w( x)  0
q l q  l  0³ q  04
w(0)    C1  0  C2  0
12  E  I 24  E  I
2
M  0 C2  0
q l x
  x  q x  M  0
2 2
q  l  x q  x²
M 
2 2 Fonte: Próprio autor
Linha elástica
EXEMPLO
w
q
x q  l  x ³ q  x4
w( x)    C1  x  C2
l 12  E  I 24  E  I
w APOIO MÓVEL  ( x  l )  w( x)  0
q.x M
q  l  l ³ q l4
w(l )    C1  l  0  0
12  E  I 24  E  I
 q  l 4
q  l 4
x Q w(l )    C1  l  0
12  E  I 24  E  I
q l 2  q  l 4  q  l 4
w(l )   C1  l  0
24  E  I
2
 M 0
w(l ) 
q  l 4
 C1  l  0 (l )
q l x 24  E  I
  x  q x  M  0  q  l 3
2 2  C1  0
q  l  x q  x² 24  E  I
M  q  l3
2 2 C1 
Fonte: Próprio autor 24  E  I
Linha elástica
EXEMPLO
w
q
x
l
w
q  l  x ³ q  x4
q.x M w( x)    C1  x  C2
12  E  I 24  E  I
q  l3
x Q C2  0 eC1 
24  E  I
q l q  l  x ³ q  x4 q l3
w( x)    x0
2
M  0 12  E  I 24  E  I 24  E  I
q l x
  x  q x  M  0
2 2
q  l  x q  x²
M 
2 2 Fonte: Próprio autor
Linha elástica
EXEMPLO
w p/ L/2
q
x
l
q  l   l / 2  ³ q   l / 2 
4
w q  l3
q.x M w(l / 2)     l / 2  0
12  E  I 24  E  I 24  E  I
q  l   l 3 / 8  q   l 4 /16  q l4
w(l / 2)   
x Q 12  E  I 24  E  I 48  E  I
q l  q  l 4
q  l 4
q  l 4
w(l / 2)   
96  E  I 384  E  I 48  E  I
2
M  0 w(l / 2) 
4q  l 4  q  l 4  8q  l 4
q l x 384  E  I
  x  q x  M  0
2 2 5 q  l 4
w(l / 2)  wmax (l ) 
q  l  x q  x² 384  E  I
M 
2 2 Fonte: Próprio autor
Linha elástica
EXEMPLO
w Calcule o deslocamento máximo da viga de aço
q biapoiada com carga distribuída de 0,58kN/cm
(sabendo que esta carga gera momento em torno
l
w do eixo-x) e comprimento de 150cm.
16

5q  l 4
wmax (l ) 
10

384  E  I
6 6

5  0,58 1504
wmax (150)   0, 0119cm
384  20000 16000
20

wmax (150)  0,12mm


4
Fonte: Próprio autor
Linha elástica
ATIVIDADE
q d ²w M
x 
l dx ² EI
w
q.x M

x Q

q l
2 q  l  x ³ l ²  x ² x 4 
w( x)     
EI  6 4 24 
q l4
w(l ) 
8 E  I
Fonte: Próprio autor
Linha elástica
ATIVIDADE
Calcule o deslocamento máximo da viga de aço
q engastada-livre com carga distribuída de
0,312kN/cm (sabendo que esta carga gera
l
momento em torno do eixo-x) e comprimento de
25
200cm.
q l 4
wmax (l ) 
5

8 E  I
10 10

0,312  2004
wmax (200)  0,149cm
25

8  20000  20833,33
wmax (200)  1,50mm
5

Fonte: Próprio autor


8 - Ações na estrutura
𝟓. 𝒒. 𝑳𝟒
∆𝒗,𝒎𝒂𝒙 = Viga biapoiada de
𝟑𝟖𝟒. 𝑬. 𝑰 concreto com carga
distribuída.
𝑞 = 2𝑘𝑁/𝑐𝑚
𝑦

𝐹
100𝑐𝑚
𝑦 𝑏 = 10𝑐𝑚
𝑏. ℎ³ 10.20³
ℎ = 20𝑐𝑚 𝐼= → = 6666,67𝑐𝑚4
20𝑐𝑚

12 12
𝐸 = 30𝐺𝑃𝑎 = 30000𝑀𝑃𝑎 = 3000𝑘𝑁/𝑐𝑚2 (𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜)
𝑥
10𝑐𝑚 5. 𝑞. 𝐿4 5.2. 1004
∆𝑣,𝑚𝑎𝑥 = = = 0,1302 𝑐𝑚 = 1,302 𝑚𝑚
384. 𝐸. 𝐼 384.3000.6666,67
Fonte: Próprio autor
8 - Ações na estrutura
Viga biapoiada de
𝑭. 𝑳³ concreto com carga
∆𝒗,𝒎𝒂𝒙 = 𝐹 = 20𝑘𝑁 concentrada a meio vão.
𝟒𝟖. 𝑬. 𝑰
𝑦

50𝑐𝑚
𝐹
100𝑐𝑚
𝑦 𝑏 = 10𝑐𝑚
𝑏. ℎ³ 10.20³
ℎ = 20𝑐𝑚 𝐼= → = 6666,67𝑐𝑚4
20𝑐𝑚

12 12
𝐸 = 30𝐺𝑃𝑎 = 30000𝑀𝑃𝑎 = 3000𝑘𝑁/𝑐𝑚2 (𝑇𝑎𝑏𝑒𝑙𝑎𝑑𝑜)
𝑥
10𝑐𝑚 𝐹. 𝐿³ 20.100³
∆𝑣,𝑚𝑎𝑥 = = = 0,0208 𝑐𝑚 = 0,208 𝑚𝑚
48. 𝐸. 𝐼 48.3000.6666,67
Fonte: Próprio autor
8 - Ações na estrutura

Fonte: imagens do google


8 - Ações na estrutura

Fonte: imagens do google

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