Você está na página 1de 59

CIÊNCIA DOS MATERIAIS

- PROPRIEDADES MECÂNICAS-

Luciana Cordeiro - 2017


Introdução
Introdução
Introdução
Os materiais apresentam aplicabilidade limitada devido seu comportamento frente
as propriedades de interesse
CAUSA X EFEITO = PROPRIEDADES
Força Mecânica Deformação ou Mecânica
trinca Mecânica
Força Elétrica Corrente ou transporte de Elétrica
cargas elétricas
Força Magnética Transporte de carga Magnética
magnética
Pulso de Luz Absorção, luminescência, Óptica
transparência
Calor ou Pulso Transporte de calor ou Térmica
Térmico variação de temperatura

Propriedades de interesse na utilização de materiais na construção


Propriedades Mecânicas
dos Materiais
 Muitos materiais, quando em serviço, são submetidos a forças ou cargas;
exemplos incluem a liga de alumínio a partir da qual uma asa de avião é
construída e o aço do eixo da roda de um automóvel.

 Em tais situações é necessário conhecer as características do material e


projetar o elemento estrutural a partir di qual ele é feito de tal maneira que
qualquer deformação não seja excessiva e que não ocorra fratura.
Propriedades Mecânicas
 Comportamento do material quando sujeito à esforços mecânicos:
 Capacidade de resistir a estes esforços sem romper e sem se deformar de forma
incontrolável , estabelecidas por ensaios
 Carga aplicada - tração
- compressão Diagrama  x 
- cisalhamento
 Forma de aplicação - variável com o tempo Fadiga
mecânica
 Tempo de aplicação - curto Impacto
- longo Fluência
 Condições do meio - constante com o tempo Fluência
- temperatura Fadiga térmica
- umidade Fadiga estática
Propriedades Mecânicas
 Ensaios mecânicos:
 Permitem quantificar as propriedades mecânicas
Resistência
- Tração
Conformabilidade
- Escoamento
- Compressão - % alongamento Resistência
- Flexão - % de redução
- Cisalhamento - Raio de flexão - Módulo de
Tenacidadea
- Fluência elasticidade
- Tensão de Ruptura - Módulo de - Resistência Durabilidade
flexão ao impacto
- Módulo de - Sensibilidade - Dureza
cisalhamento ao entalhe - Resistência
- Intensidade ao desgaste
da tensão - Resistência
crítica à fadiga
Propriedades Mecânicas
 Formas de carregamento externo:

Tração

Torção

Cisalhamento

Compressão
Propriedades Mecânicas
 Formas de carregamento externo:

Tração Compressão Cisalhamento


Propriedades Mecânicas
 Ensaio de Tração:
 Uma amostra é deformada, usualmente até a fratura, com uma carga de tração que
é aplicada ao longo do seu eixo.
 Uma amostra padrão de tração é mostrada abaixo:
Propriedades Mecânicas
 Ensaio de Tração:
 A amostra é montada por suas Célula de carga
extremidades que são colocadas
dentro das garras do aparelho de
teste.
 A máquina de teste de tração é Extensômetro
Corpo-de-
projetada para alongar a amostra prova

numa velocidade constante e para


medir continuamente e
simultaneamente a carga aplicada.
Travessão
móvel
Propriedades Mecânicas
 Resultado:

Tensão

Deformação
Diagrama Tensão-Deformação

Elástica Plástica
Diagrama Tensão-Deformação
 Curva real x curva nominal
 A curva σ – ε obtida experimentalmente é denominada curva σ – ε de engenharia
 Esta curva passa por um máximo de tensão, parecendo indicar que, a partir deste valor, o
material se torna mais fraco, o não é verdade
 Isto, na verdade é uma Curva σ – ε real Fratura
consequência da Considera Ainstantânea
estricção, que concentra
o esforço numa área Curva σ – ε de engenharia
Considera Ainicial
menor.
 Pode-se corrigir este Fratura

efeito levando em
conta a diminuição
da área, gerando
assim a curva σ – ε real

Comparação entre a curva de tensão real-extensão real e o diagrama de tensão nominal-extensão nominal de um aço de baixo carbono.
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Elástica: 1a região do diagrama  x 
 A deformação elástica não é permanente, o que significa que quando a carga aplicada
for aliviada, a peça se retorna à sua forma original.

Deformação elástica
Região elástica: Módulo de elasticidade
Limite de elasticidade
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Elástica:
 O grau até onde uma estrutura se deforma depende da magnitude de uma tensão
imposta. Obedecendo inicialmente a correlação conhecida como Lei de Hooke:
σ = E ·ε

 E é o módulo de Young, ou módulo de elasticidade, tem com unidade (Kgf/mm2,


GPa). Pode ser inicialmente associado ao quão um material é deformável, ou seja,
quanto maior for o valor do módulo de elasticidade menos deformável será o
material.
Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade (E)
Módulo de Elasticidade
Liga Metálica
GPa 106psi
Alumínio 69 10
Latão 97 14
Cobre 110 16
Magnésio 45 6,5
Níquel 207 30
Aço 207 30
Titânio 107 15,5
Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade (E):
 Está relacionado diretamente com as forças das ligações interatômicas
 materiais cerâmicos tem alto E
 materiais poliméricos tem baixo E

Para deformações por cisalhamento a


relação é equivalente: τ = G . γ, onde
G = módulo de cisalhamento.
Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade: fatores influentes
 Forças das ligações interatômicas
Similar para metais e materiais Diferenciada em polímeros:
cerâmicos (a) Aumento do comprimento das ligações
Diferentes somatório de forças na ligação entre
(b) Endireitamento das ligações
dois elementos, obtendo-se diferentes módulos
de elasticidade.

E ≈ (dF/dr) r0

r0 = separação interatômica de equilíbrio


Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade: fatores influentes
 Temperatura
Comportamento de materiais Comportamento de materiais
metálicos cerâmicos
Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade: fatores influentes
 Relação com a microestrutura e com a porosidade

Microestrutura Porosidade
MATERIAIS POLIFÁSICOS

Comportamento acentuado da
diminuição da rigidez em relação a
porosidade para materiais
cerâmicos, metálicos e
poliméricos.
ISOTROPIA e ANISOTROPIA:
Dependendo do grão (sua
orientação, forma,...) o valor do
módulo de elasticidade varia.

E=E0(1-1,9P+0,9P2)
Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade: fatores influentes
 Coeficiente de Poisson (υ): definido como sendo a razão entre as deformações lateral
e axial.
𝜺𝒙 𝜺𝒚
υ=− =−
𝜺𝒛 𝜺𝒛

ν = Razão de Poisson
(adimensional),
εx= Deformação na direção x, que é
transversal,
εy= Deformação na direção y, que é
transversal,
O coeficiente de Poisson pode ser εz= Deformação na direção z, que é
usado para estabelecer uma relação a longitudinal,
entre o modulo de elasticidade e o
módulo de cisalhamento de um
E=2G(1+υ) → G ~ 0,4E
material.
Diagrama Tensão-Deformação
 Módulo de Elasticidade: fatores influentes
 Coeficiente de Poisson
Módulos de elasticidade, de cisalhamento e coeficientes de Poisson
para várias ligas metálicas a temperatura ambiente.
Diagrama Tensão-Deformação
 Resiliência
 Capacidade que um material tem de absorver
energia quando ele é deformado
elasticamente então, no descarregamento, ter
recuperada esta energia, ou seja, retornar ao
estado inicial.
 A propriedade associada é dada pelo módulo
de resiliência (Ur)
Ur= y2/2E
 Materiais resilientes são aqueles que têm alto
limite de elasticidade e baixo módulo de
elasticidade (como os materiais utilizados
para molas)
Diagrama Tensão-Deformação
 Resiliência
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica:
 Conforme a tensão é aumentada o material passa por um ponto onde não responde
mais com deformações elásticas.
 Na medida em que o material é deformado além deste ponto e ocorre deformação
permanente, não-recuperável, ou deformação plástica
 Do ponto de vista atômico, corresponde ao rompimento das ligações com os átomos
vizinhos e a seguir formação de ligação com novos vizinhos.
 Esse tipo de deformação é caracterizado pelos altos níveis de deformação.
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica: 2a região do diagrama  x 
Transição elástico-
plástica:
Resistência ao
escoamento

Deformação plástica
Tenacidade
Região plástica: Resistência máxima
Ductilidade
Ponto de ruptura
Diagrama Tensão-Deformação
 Limite de Escoamento:
 Tensão que limita as deformações elásticas e plásticas.
 Muitas estruturas são projetadas para assegurar que apenas deformação elástica
resultará quando uma tensão for aplicada.
 A magnitude do limite convencional de escoamento para um metal é exatamente a
medida de sua resistência à deformação plástica.
 Após o escoamento, a tensão necessária para continuar a deformação plástica
cresce até um máximo, e a seguir decresce até a fratura eventual.
 O limite de resistência à tração é o valor máximo que pode ser atingido pelo gráfico.
Diagrama Tensão-Deformação
 Tensão de Escoamento:
 Na curva “a”, não observa-se Escoamento
nitidamente o fenômeno de escoamento,
a tensão de escoamento corresponde à
tensão necessária para promover uma
deformação permanente de 0,2%.
 Na curva “b”, o limite de escoamento é
bem definido (o material escoa -
deforma-se - praticamente sem aumento
da tensão). Geralmente a tensão de
escoamento corresponde à tensão
máxima verificada durante a fase de
escoamento.
(a) (b)

Não ocorre
escoamento
propriamente dito
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Resistência máxima:
 Corresponde à tensão máxima aplicada ao material antes da ruptura (muitas
vezes é superior à tensão de ruptura)
 Cálculo: divide-se a carga máxima suportada pelo material pela área de seção
reta inicial

 = F/Ao
 Tensão de ruptura:
 Corresponde à tensão que provoca a ruptura do material
 O limite de ruptura é geralmente inferior ao limite de resistência em virtude
de que a área da seção reta para um material dúctil reduz-se antes da
ruptura

 = F/Af
Diagrama Tensão-Deformação
 Tenacidade
Resistência máxima
 Capacidade que um material tem de absorver
energia até a fratura.
 Pode ser quantificada a partir dos resultados de um

Tensão (MPa)
teste de tensão de tração deformação. Tenacidade
 É a área sob a curva até o ponto de fratura.
 Para um material ser tenaz, ele deve exibir tanto
resistência mecânica quanto ductilidade; e às vezes,
Deformação
materiais dúcteis são mais tenazes do que outros
materiais frágeis.
Diagrama Tensão-Deformação
 Ductilidade
 Ela é uma medida do grau de deformação plástica que foi sustentada na fratura.
 Um material que experimenta muito pouca ou nenhuma deformação plástica antes
da fratura é denominado frágil.
 O conhecimento da ductilidade dos materiais é importante por pelo menos 2 razões:
 Ela indica ao projetista o grau até onde uma estrutura se deformará plasticamente antes
da fratura.
 Ela especifica o grau de deformação permissível durante operações de
fabricação.
Diagrama Tensão-Deformação
 Ductilidade
 Corresponde à elongação total do material devido à deformação plástica

% elongação = ((lf-lo)/lo) x 100

l0: comprimento inicial do


corpo-de-prova
lf: comprimento final após a
ruptura
Diagrama Tensão-Deformação
 Relação E com a deformação plástica:
 Ocorre em metais
 A rigidez não modifica o módulo de elasticidade do material, apenas a ductilidade

E9 E
8
E7
E6
E5
E4 E1 = E2 = E3 = E4 = ...E9
E3

E2

E1
Diagrama Tensão-Deformação
 Questão Fundamental

Como os materiais se deformam (e rompem)?

 1ª Hipótese: ruptura ao mesmo tempo de todas as ligações.


A resistência mecânica seria extremamente elevada comparada à obtida na prática (1000 x!).
 2ª Hipótese: deslizamento de planos até a ruptura. (20x!)

 3ª Hipótese: deslizamento facilitado por movimento de discordâncias.


Diagrama Tensão-Deformação
 2ª Hipótese
 Deslizamento
 Na escala microscópica a deformação plástica é o resultado do movimento dos átomos devido à
tensão aplicada
 Durante este processo ligações são quebradas e outras refeitas.

Cristais apresentam menor resistência


ao cisalhamento que à tração e
compressão, logo esta é a solicitação
responsável pela deformação destes
materiais

CRISTAIS DEFORMAM-SE PELO


DESLIZAMENTO DE PLANOS
CRISTALINOS EM RELAÇÃO AOS
DEMAIS
Componentes de cisalhamento (a) tração; (b) compressão
Diagrama Tensão-Deformação
 2ª Hipótese
 Deslizamento em sólidos cristalinos
 1. Monocristal associado a estrutura cristalina
 2. Mecanismo hipotético de deslizamento
 1. Deslizamento em monocristal
 Ocorre mais facilmente ao longo de
certas direções e planos MAIS POVOADOS
 O deslizamento é mais provável em planos
e direções compactas porque nestes casos a
distância que a rede precisa se deslocar é
mínima.
 Dependendo da simetria da estrutura,
outros sistemas de deslizamento podem
estar presentes.
Deformação Plástica
 2ª Hipótese
 1. Deslizamento em monocristal

Menor densidade
planar, menor NC:
- Ligação entre os
átomos mais intensa
- Maior resistência
Maior densidade planar,
maior NC:
- Ligação entre os
átomos menos intensa
- Maior ductilidade
Diagrama Tensão-Deformação
 2ª Hipótese
 1. Deslizamento em monocristal
 A tensão de cisalhamento necessária para produzir deslizamento em um determinado plano
cristalino é chamada de TENSÃO CRÍTICA DE CISALHAMENTO.
 A força necessária para produzir o escorregamento é função não apenas da tensão crítica de
cisalhamento, mas também depende do ângulo entre o plano de escorregamento e a direção da
força e entre a direção de escorregamento e a direção da força.
Diagrama Tensão-Deformação
 2ª Hipótese
 1. Deslizamento em monocristal
 O escorregamento LEI DE SCHMID: tensão de deslizamento
ocorre no plano e na
direção de
escorregamento.
 Para calcular a tensão
efetiva para
escorregamento
devemos projetar a
força no plano e na
direção
Diagrama Tensão-Deformação
 2ª Hipótese
 1. Deslizamento em monocristal
 Exercício 1: Calcule a tensão tangencial resolvida no sistema de deslizamento (111)[011] de uma
célula unitária de um monocristal CFC de níquel, quando é aplicada uma tensão de 13,7 MPa
segundo a direção [001] da célula unitária.
 Resolução:  = 45°
Sistema cúbico: Direção normal ao plano (111), o plano de deslizamento, é [111]

Célula unitária CFC onde está aplicada uma tensão de tração segundo a direção [001], que origina uma tensão
tangencial resolvida no sistema de deslizamento (111) [011]
Diagrama Tensão-Deformação
 2ª Hipótese
 1. Mecanismo hipotético de deslizamento simplificado
Assumindo o mecanismo abaixo e calculando o limite de resistência dos metais, obtém-se um valor na
ordem de E/20 Metais não são tão resistentes

Deve existir outro


mecanismo
Mecanismo hipotético simplificado, na verdade os metais se deformam com uma tensão de
cisalhamento menor que a exigida por este mecanismo.
Diagrama Tensão-Deformação
 3ª Hipótese
 Deslizamento facilitado por movimento de discordâncias:
 Materiais sólidos cristalinos apresentam menor resistência ao cisalhamento que à
tração e compressão, logo esta é a solicitação responsável pela deformação
destes materiais.
 Cristais deformam-se pelo deslizamento de planos cristalinos em relação aos
demais.
 Isto envolve o movimento de discordâncias

 Deformação em metais
1. Mecanismo de deslizamento associado a discordâncias
2. Maclagem
Diagrama Tensão-Deformação
 3ª Hipótese
 Esquema mostrando como, por ação de um pequeno corte, o MOVIMENTO
DE DISCORDÂNCIA em cunha origina um degrau unitário de deslizamento.
Diagrama Tensão-Deformação
 3ª Hipótese:
 Características das discordâncias importantes para as propriedades mecânicas
 Nos metais deformados plasticamente cerca de 5% da energia é retida
internamente, o restante é dissipado na forma de calor.
 A maior parte desta energia armazenada está associada com as tensões
associadas às discordâncias
 Densidades de discordâncias típicas
 Materiais solidificados lentamente = 10³ discord./mm²
 Materiais deformados= 109 -1010 discord./mm²
 Materiais deformados e tratados termicamente= 105 - 106 discord./mm²
Diagrama Tensão-Deformação
 3ª Hipótese: 1. Mecanismo de deslizamento associado a discordâncias

 Presença de discordâncias promove uma distorção da rede cristalina: algumas regiões ficam
comprimidas e outras tracionadas.
 Região onde encontra-se a discordância deixa a rede comprimida
 Região abaixo da discordância a rede fica tracionada
 Tensão de cisalhamento é aplicada, planos interatômicos são deslocados até quebrar, forma-
se um novo plano atômico no cristal
Diagrama Tensão-Deformação
 3ª Hipótese: 2. Maclagem
 Segundo mecanismo de deformação plástica em METAIS
 Maclas também contribuem na deformação plástica
 Deformação em materiais CFC, como o cobre, é comum ocorrer por maclagem.
 Uma força cisalhante age ao longo do contorno de grão, causando a transformação dos átomos
para novas posições
 Uma parte da rede atômica deforma-se originando a
sua transformação a imagem, num espelho plano, da
parte não deformada da rede que lhe fica adjacente.
 PLANO DE MACLA: plano cristalográfico que
separa as regiões deformada e não deformada da rede.
 DIREÇÃO DE MACLAGEM: direção específica em
que ocorre a maclagem
Diagrama Tensão-Deformação
 3ª Hipótese: 2. Maclagem Maclagem na estrutura cristalina
 Diferença básica entre o efeito do deslizamento e da e microestrutura
maclagem na topografia da superfície de um material
metálico deformado.
 Átomos se movem em distâncias proporcionais às
respectivas distâncias ao plano de macla
 Contorno de maclas interfere no escorregamento e 
RM
Deslizamento Maclagem estrutura cristalina

microestrutura
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação plástica em materiais poliméricos
 A deformação plástica ocorre por deslizamento das cadeias moleculares umas sobre
as outras, quebrando e refazendo as forças de ligação secundárias apolares.

REFORÇO POR AUMENTO DE


CRISTALINIDADE
Ausência de Curvas de tensão x deformação do
deformação polietileno expandido de baixa e alta
plástica densidade. O polietileno de alta densidade
é mais resistente, porque tem maior grau
Curvas de tensão x de cristalinidade.
Deformação plástica
deformação do
polimetacrilato de metilo,
obtidas em ensaio de tração
realizados a várias
temperaturas . A transição
dúctil/frágil ocorre entre 86 e
104°C.
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Relação com a porosidade e com a temperatura
Porosidade Temperatura

Exemplo em cerâmicos

Curva da resistência mecânica em função da


Efeito da porosidade em alumina temperatura para diferentes materiais
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Encruamento ou endurecimento pela deformação à frio
 É o fenômeno no qual um material endurece devido à deformação plástica
(realizado pelo trabalho à frio)
 Esse endurecimento dá-se devido ao aumento de discordâncias e imperfeições
promovidas pela deformação, que impedem o escorregamento (cisalhamento) dos
planos atômicos
 A medida que se aumenta o encruamento maior é a força necessária para
produzir uma maior deformação
 O encruamento pode ser removido por tratamento térmico (recristalização)
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Encruamento
Percentagem de deformação a frio em Percentagem de deformação a frio em função
função da tensão de ruptura e extensão da tensão de ruptura e extensão até à fratura
até a fratura do Cu. da liga 40%Cu 30%Zn.
Encruamento
aumenta a
resistência
mecânica

Encruamento
aumenta o limite
de escoamento

Encruamento
diminui a
ductilidade
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica Ex: Latão
 Encruamento
 Durante o recozimento
de um metal encruado
podem ocorrer os
seguintes fenômenos:

 Recuperação
 Recristalização
 Crescimento de grão
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Recuperação
 Há um alívio das tensões internas
armazenadas durante a deformação devido
ao movimento das discordâncias resultante
da difusão atômica
 Nesta etapa há uma redução do número
de discordâncias e um rearranjo das
mesmas
 Propriedades físicas como condutividade
térmica e
elétrica tendem a voltar ao seu estado
original (correspondente ao material não-
deformado)
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Recristalização
 Depois da recuperação, os grãos ainda estão um
pouco tensionados
 cristais plasticamente deformados
tem mais energia que os não deformados, devido a
presença de discordâncias e imperfeições
 átomos se reacomodam sob temperatura elevada,
através de recozimento Recuperação

 ocorre um rearranjo dos átomos


em grãos menos deformados em temperaturas elevadas,
a
recristalização, com o crescimento do grão
 o número de discordâncias reduz ainda mais as
propriedades mecânicas voltam ao seu estado original
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Recristalização
 A temperatura de recristalização é dependente do tempo
 A temperatura de recristalização está entre 1/2 e 1/3 da temperatura absoluta de fusão
 Temperatura onde ocorre a diminuição significativa da dureza

TEMPERATURAS DE RECRISTALIZAÇÃO DE Chumbo - 4C


DIFERENTES METAIS E LIGAS
Estanho - 4C
Zinco 10C
Se os metais deformados plasticamente Alumínio de alta pureza 80C
forem submetidos
a um aquecimento controlado, este
Cobre de alta pureza 120C
aquecimento fará com que haja Latão 60-40 475C
um rearranjo dos cristais deformados Níquel 370C
plasticamente, diminuindo a dureza dos
mesmos Ferro 450C
Tungstênio 1200C
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica
 Crescimento de grão
 Depois da recristalização se o material
permanecer por mais tempo em temperaturas
elevadas o grão continuará à crescer
 Em geral, quanto maior o tamanho de grão
mais mole é o material e menor é sua
resistência
Diagrama Tensão-Deformação
Recristalização
Diagrama Tensão-Deformação
 Deformação Plástica

Como sabe-se que se efetuou um trabalho a frio em um


determinado material?

 Deformação à quente
 Quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado acima da temperatura
de recristalização do material

 Deformação à frio
 Quando a deformação ou trabalho mecânico é realizado abaixo da temperatura
de recristalização do material

Você também pode gostar