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Índice 2
John Watson 3
Biografia 3
Watson e o Behaviorismo 4
Críticas 5
Wilhelm Wundt 6
Vida e Educação 6
Psicologia Experimental 7
Bibliografia 10
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John Watson
Biografia
John B. Watson, nascido a 9 de janeiro de 1878, foi um psicólogo americano amplamente
considerado o pai do comportamentalismo. O trabalho de Watson focou-se no estudo do
comportamento observável e no papel dos fatores ambientais na formação do
comportamento, em vez do estudo de experiências subjetivas ou processos mentais.
John Broadus Watson nasceu em Travelers Rest, Carolina do Sul, filho de Emma e Pickens
Watson. O seu pai era alcoólico, abandonando a sua família quando Watson tinha apenas 13
anos. Apesar das dificuldades de sua infância, Watson destacou-se na escola frequentando
depois a Universidade Furman, onde obteve seu diploma de bacharel em 1899. Mais tarde,
recebeu o seu mestrado em psicologia pela Universidade de Chicago em 1903 e um
doutoramento em psicologia pela Universidade da Pensilvânia em 1907.
"Behaviorism":
Publicado em 1925, este livro é considerado uma obra extremamente importante no que toca
à maturação do comportamentalismo enquanto uma teoria. Nele, Watson expande os seus
argumentos para incluir uma visão geral da história da psicologia, bem como uma discussão
detalhada dos princípios do comportamentalismo, discutindo também a aplicação da psicologia
behaviorista em campos como publicidade e educação.
Publicado em 1928, este livro é um guia para pais e profissionais que trabalham com crianças.
Watson explica a importância do condicionamento e do ambiente na formação do
comportamento infantil. Também dá conselhos práticos para ajudar as crianças a superar
medos e outros problemas comportamentais.
Publicado em 1924, este livro descreve as experiências de Watson com uma criança conhecida
como” Little Albert". Ele discute como emoções como o medo podem ser condicionadas em
humanos e outros animais. O livro também inclui uma discussão sobre o papel das emoções na
vida cotidiana.
Este livro acabou por se revelar por ser uma das mais controversas experiências de Watson já
que Watson durante a experiência com o “Little Albert” dependia de expô-lo a um rato
juntamente com um som alto, de modo que este consiga associar o rato a este som. Esta
experiência demonstrou os princípios do condicionamento clássico, mas foi criticado pelas suas
implicações éticas.
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A pesquisa de Watson sobre comportamentalismo teve um impacto significativo no campo da
psicologia, levando ao desenvolvimento de novas teorias e técnicas para o estudo do
comportamento. O seu trabalho foi influenciado por muitos outros psicólogos proeminentes,
incluindo B.F. Skinner e Ivan Pavlov, especialmente nas suas pesquisas sobre o
condicionamento de reflexos fisiológicos em cães, o condicionamento clássico, o processo pelo
qual um estímulo não condicionado, que produz efeitos conhecidos, se associa a um estímulo
neutro até o ponto em que o estímulo neutro produz efeitos muito similares aos do estímulo
não condicionado. Isto levou Watson a aplicar os princípios do condicionamento em
comportamentos humanos.
Além disso, Watson foi juntamente influenciado pela abordagem da psicologia americana, que
se concentrava em estudar como os processos mentais se relacionam com o comportamento
adaptativo, levando-o a acreditar que o comportamentalismo era uma continuação natural do
funcionalismo.
Durante a sua vida, Watson enfrentou muitos desafios, incluindo problemas de saúde
relacionados ao consumo excessivo de álcool. Infelizmente, ele foi diagnosticado com cirrose
hepática, uma doença crônica do fígado que pode ser fatal em estágios avançados. Ele lutou
contra a doença, mas infelizmente, sucumbiu às complicações da cirrose hepática e faleceu em
25 de setembro de 1958.
Watson e o Behaviorismo
O grande marco na psicologia moderna de Watson foi o “behaviorismo” ou também conhecido
como “comportamentalismo”, conceito que ganha muita fama por volta de 1925 com a
publicação do livro “Behaviorismo”, que deu nome à teoria de Watson.
Esta obra de Watson, largamente impulsionada pelo fisiológico russo Ivan Pavlov, serve como
continuidade daquele que foi o trabalho do próprio; optando agora por realizar os mesmos
testes em seres humanos. Pavlov ao estudar a fisiologia da digestão dos cães percebeu que
estes salivavam perante estímulos que não a comida em si, são exemplos desses estímulos o
som dos passos do tratador ou mesmo a sua simples presença, Pavlov procurou assim
condicionar o comportamento do animal com um estímulo neutro, no caso, o som de uma
campainha. Esta tentativa foi amplamente sucedida pelo que o cão sem a presença de comida
ou do seu cheiro, revelou um comportamento semelhante ao ouvir a campainha com estar na
presença de comida.
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exposto aos mesmos. Watson procurou assim condicionar o comportamento de Albert ao
bater com um martelo numa vara de metal sempre que expunha o bebé aos animais, os quais
não revelava quaisquer sinais de temor anteriormente. Após vários emparelhamentos de som
e exposição aos pequenos animais, Albert revelou-se angustiado e assustado ao ver os animais,
mesmo sem o barulho estridente que anteriormente o assustava, gatinhando e fugindo dos
mesmos. A experiência acabou por originar uma fobia no bebé por coisas peludas e fofas,
tendo replicado o mesmo comportamento anteriormente revelado com um coelho, um cão
peludo, um casaco de pele de foca e até mesmo a figura fictícia do Pai Natal.
Críticas
A tese de Watson foi amplamente criticada tanto por Piaget em colaboração com Fraisse como
por Ben Harris.
Ben Harris questionou a tese de Watson fundamentalmente quanto à inconsistência nos dados,
alguns desses exemplos foi a fobia por ratos que Albert supostamente desenvolveu ou que os
animais realmente despoletaram uma situação de desequilíbrio emocional, questionando
assim o sucesso do condicionamento a que Watson quis chegar. Ben admitiu ainda que Albert
ao contrário do que foi referido não era uma criança saudável bem pelo contrário, contraiu
desde a nascença hidrocefalia nunca tendo aprendido a andar ou falar. Por fim Watson foi
ainda muito criticado por uma série de psicólogos e profissionais de diversas áreas dado o seu
desprezo pela ética e moral, ao usar um bebé órfão para experimentos desumanos e
possivelmente significativos para o futuro de Albert podendo mesmo deixar traumas.
John B. Watson concluiu assim que o fator hereditário era muito pouco relevante ou mesmo
descartável para o desenvolvimento do comportamento humano enquanto que os fatores
externos como pela experiência do sujeito, fatores sociais e educativos, desta forma admite
que seria possível prever o comportamento humano bem como alterá-lo e conduzi-lo num
certo rumo, daí surge uma das frases mais famosas do próprio: “Dêem-me uma dúzia de
crianças saudáveis, bem constituídas, e a espécie do mundo que me é necessária para as
educar, e eu comprometo-me, tomando-as ao acaso, a formá-las de tal maneira que se tornem
um especialista da minha escola, médico, comerciante, jurista e mesmo mendigo ou ladrão,
independentemente dos seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, assim como da
profissão e da raça dos seus antepassados”. Watson acredita por isso que somos produtos do
meio, de forma que, não são as características inatas que nos definem, mas sim todo o
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processo de socialização e educação, defende ainda que o processo de aprendizagem é
cumulativo e gradual, e que os motivos do comportamento do indivíduo não estão no interior
do mesmo, mas que são uma causa de estímulos externos e nos condicionamentos a que foi
submetido.
Wilhelm Wundt
Vida e Educação
Wilhelm Wundt foi um filósofo, psicólogo e fisiologista alemão, conhecido como um fundador
da psicologia científica moderna e o criador do primeiro laboratório de psicologia
experimental.
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licenciar tornou-se professor assistente do físico e fisiologista Hermann von Helmholtz, começa
também a escrever as suas primeiras teses.
Casou-se em 1872 com Sophie Mau, filha de um professor de teologia, o casal teve três filhos,
Eleanor, Louise e Max.
No ano de 1875 torna-se professor de filosofia na universidade de Leipzig onde quatro anos
mais tarde abriu o primeiro laboratório dedicado apenas ao estudo da psicologia. Na época, a
psicologia ainda era considerada uma área subordinada à filosofia e não existia uma
abordagem científica e rigorosa para o estudo da mente e do comportamento humano. Wundt
acreditava que a psicologia deveria ser estudada de forma objetiva e empírica, usando
métodos experimentais semelhantes aos usados na física e na química. Assim, ele criou um
laboratório com equipamentos especializados para medir e registar as respostas psicológicas
dos seus participantes.
Ao fazer isso, ele separou a psicologia da filosofia e da biologia e tornou-se a primeira pessoa a
ser chamada de psicólogo. Muitos dos alunos de Wundt vieram a ganhar reconhecimento
próprio na área da psicologia e não só, nos Estados Unidos maior parte da primeira e da
segunda geração de psicólogos tinha uma ligação a Wundt.
Wundt, além de criar um laboratório para explicar o fenómeno da psicologia, escreveu também
diversos livros relacionados com a psicologia, incluindo “Princípios da Psicologia Fisiológica”,
publicado em 1874, sendo dos livros mais conhecidos do mesmo.
Wundt viajou também diversas vezes pela Europa e pelo Estados Unidos, onde deu palestras e
espalhou o seu conhecimento através dos seus trabalhos em psicologia. Ele não só escreveu
livros como também criou algumas revistas, que o ajudaram na comunicação e divulgação da
psicologia experimental.
Psicologia Experimental
Ao criar o primeiro laboratório de psicologia experimental Wundt separa a psicologia das
restantes ciências e começa a abordá-la com uma visão menos especulativa e mais
metodológica. Numa altura em que a mente representava um enigma ainda maior do que nos
dias de hoje, Wundt procurou decompor as suas estruturas da mesma maneira que as
restantes ciências decompunham o mundo.
Para ele, estudar os componentes mais básicos dos processos mentais permitiria entender os
processos cognitivos. Tendo estudado tanto medicina como fisiologia, Wundt percebeu que tal
como o estudo dos processos físicos beneficia do entendimento dos processos psíquicos, o
estudo da mente necessita da assistência dos conhecimentos fisiológicos. Acreditava que o
total entendimento do ser humano passava por entender a componente física e psicológica e a
forma de interação.
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Segundo esta perspetiva Wundt procurava criar processos experimentais rigorosos que
eliminassem a subjetividade da psicologia, o que se revelou um desafio tendo em conta a
natureza complexa e abstrata da mente humana. A abordagem experimental de Wundt
consistia em expor os participantes a estímulos.
Wundt definiu psicologia como o estudo científico da experiência consciente e dividiu a mesma
em duas categorias, psicologia experimental pela qual é mais conhecido e psicologia social
(Völkerpsychologie), que incluía o estudo da linguagem, costumes e religião. Dentro da
psicologia experimental Wundt fundou o Voluntarismo que consistia dos três processos de
assimilação de um estímulo ou experiência, apreensão, aperceção e volição. Apreensão é o
processo de receber o estímulo, aperceção é a transformação do estímulo pela sua combinação
com experiências passadas e volição, capacidade voluntária de organizar conteúdos em níveis
de pensamento superiores.
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Infelizmente os conteúdos escritos por Wundt não foram, na maior parte, traduzidos para
inglês muito menos para as restantes línguas, então ao longo do tempo o seu trabalho tem
vindo a ser alvo de interpretações erradas e erros associados às teorias e trabalhos dos seus
alunos. Esta barreira linguística impediu-nos de encontrar informação coerente sobre as suas
perspetivas acerca da psicologia social, parte da sua carreira pela qual é menos conhecido.
O seu trabalho foi alvo de várias críticas nomeadamente a sobrevalorização da vontade e a sua
desvalorização do inconsciente, que no futuro seria essencial para Freud. Outra perspetiva a ter
em conta é a veracidade da informação obtida através da introspeção, já que podemos apenas
confiar na pessoa que realiza a introspeção.
No entanto, analisando o seu trabalho sobre psicologia experimental percebemos que Wundt
se encontrava anos à frente dos seus pares, a procura por uma psicologia objetiva e distinta das
restantes ciências provaram-se essenciais para os avanços no entendimento da mente humana.
A ideia de que a psicologia poderia ser estudada da mesma forma em várias partes do mundo
com a realização dos mesmos processos experimentais deve-se a Wundt e a influência que este
teve nas gerações futuras não pode ser esquecida. Apesar de tudo percebemos que Wundt se
preocupou demasiado em objetivar a mente e a psicologia, a mente de cada um funciona de
maneira única, por muito pequena que sejam as diferenças, e havendo experiências que
realizadas em várias pessoas levem às mesmas conclusões irá sempre haver processos mentais
que têm de ser estudados individualmente. Wundt merece realmente o nome de “pai da
psicologia experimental” e esperamos que no futuro mais das suas obras sejam traduzidas para
um melhor entendimento das suas teorias e perspetivas.
Bibliografia
● Biografia de John Watson, https://www.ebiografia.com/john_watson/
● Biografia de John B. Watson,
https://amenteemaravilhosa.com.br/biografia-de-john-b-watson/
● John B. Watson, https://www.britannica.com/biography/John-B-Watson
● Little Albert experiment,
https://en.wikipedia.org/wiki/Little_Albert_experiment
● Teoria comportamental de Watson,
http://psicob.blogspot.com/2008/06/teoria-comportamental-de-watson.ht
ml
● Wilhelm Wundt, https://pt.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt
● Wilhelm Wundt, https://en.wikipedia.org/wiki/Wilhelm_Wundt
● Biografia de Wilhelm Wundt,
https://pt.thpanorama.com/blog/psicologia/wilhelm-wundt-biografa-y-teoras-p
rincipales.html
● Voluntarism,
https://www.europeanmedical.info/psychology-basics/voluntarism.html
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● Resumo Voluntarismo,
https://www.trabalhosfeitos.com/ensaios/Resumo-Voluntarismo/64678567.ht
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