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JOHN WATSON

Psicologia | EPTC | 2ºB

Ana Inês Oliveira Nº2


Inês Amaro Nº12
José Miguel Perfeito Nº14
Luana Dungue Nº15
Luísa Piano Nº16
Rafael Balão Nº22
Sara Quadros Nº25
Índice
Contextualização....................................................................................................................................2

Introdução.............................................................................................................................................3

Desenvolvimento...................................................................................................................................4

Conclusão...............................................................................................................................................5

Inês: amarelo

Amaro: roxo

Perfeito: verde

Luana: roxo

Luísa: vermelho

Sara: laranja

Balão: azul
Contextualização

John B. Watson, (1878-1958) era um psicólogo e professor norte – americano que fundou o conceito do
comportamentalismo, embora fosse mais correto chamar-lhe behaviorismo, uma vez que Watson
abominava o uso do sufixo “mentalismo”.

Completou os estudos académicos na universidade de Chicago (doutoramento sobre a maturação


neurológica e psicológica dos ratos albinos)

Em 1903 recebeu o seu doutoramento em Neuropsicologia e tornou-se investigador em psicologia


experimental na universidade de Chicago.

Entre 1908 e 1920 tornou-se professor e investigador em psicologia experimental na John Hopkins, em
Baltimore, onde fundou um laboratório de psicologia animal.

Em 1913, articulou as suas primeiras declarações sobre o behaviorismo no artigo de 1913 “Psychology
as a Behaviorist sees it” afirmando que a psicologia é a ciência do comportamento humano, e que este,
como o comportamento animal, deve ser estudado sob condições de laboratório exatas.

Watson permaneceu na Universidade John Hopkins até 1920. Teve um caso com a psicóloga Rosalie
Rayner, sua aluna e foi então solicitado pela universidade a renunciar o cargo. Watson casou-se com
Rayner e os dois permaneceram juntos até a morte dela em 1935. Depois de deixar a sua posição
académica, Watson começou a trabalhar para uma agência de publicidade onde permaneceu até se
reformar em 1945.

Ele passou os seus últimos anos a viver uma vida reclusa em uma fazenda em Connecticut. Pouco antes
da sua morte, a 25 de setembro de 1958, ele queimou muitos dos seus papéis e cartas pessoais não
publicadas.
Introdução

Behaviorismo é a teoria baseada na ideia que todos os comportamentos são adquiridos através de
condicionamento, e esse condicionamento ocorre através de interações com o meio ambiente. Os
behavioristas acreditam que as nossas ações são moldadas por estímulos ambientais. O objetivo teórico
é a previsão e o controlo do comportamento.

Watson afirma que a psicologia, aos olhos de um behaviorista, é um ramo experimental puramente
objetivo da ciência natural que não precisa de todo de introspeção.

Watson afirma que “o ser humano é um produto do seu meio”, dizendo:

“Dê-me uma dúzia de bebés saudáveis, bem formados e deem-me o meu próprio mundo específico para
criá-los e eu garanto que escolherei qualquer um ao acaso e o treinarei para se tornar qualquer tipo de
especialista que eu escolher – médico, advogado, artista, comerciante-chefe e, sim, até mesmo mendigo
e ladrão, independentemente de seus talentos, inclinações, tendências, habilidades, vocações e raça dos
seus ancestrais.1”

1
John B. Watson (2017). “Behaviorism”, p.21, Routledge
Desenvolvimento
Agora que conhecemos melhor o conceito de Behaviorismo, como é que os estudos de John B. Watson
ajudaram na evolução da psicologia enquanto ciência?

Watson para chegar à conclusão de que o ser humano é um produto do seu meio, fez várias
experiências, sendo a mais conhecida (e controversa) a experiência do ‘Little Albert’.

A experiência do ‘Little Albert’ foi realizada em 1920 e teve como objetivo demonstrar o
condicionamento clássico em seres humanos, uma vez que Ivan Pavlov já o tinha demonstrado em
animais.

‘Little Albert’, mais recentemente identificado como Douglas Merritte, foi a principal cobaia nos estudos
de Watson. Infelizmente, Douglas morreu aos 6 anos de hidrocefalia (fluído acumulado nos ventrículos
do cérebro).

Na primeira fase desta experiência foram apresentados diversos estímulos à criança, com o objetivo de
observar quais deles lhe causavam medo. Foi comprovado que o medo só se manifesta que ele ouvia
sons fortes. Tirando os sons, não demonstrou medo nem de animais, nem mesmo do fogo. Por exemplo,
foi apresentado ao bebé uma ratazana branca, com a qual ele quis brincar. A seguir, mostraram-lhe a
ratazana ao mesmo tempo que soavam um forte som, que o assustou. Após algum tempo a repetir este
processo, o bebé passou a sentir medo da ratazana.

Repetiram processo com coelhos, cães e até com um casaco de pele. Em todos os casos a criança teve
este medo dos objetos.

Uma segunda fase da experiência, que não chegou a ser realizada, consistia em reverter o
condicionamento, ou seja, descondicionar os medos, mas Watson escolheu não avançar com esta
segunda fase, e “Little Albert” abandonou o hospital pouco após fazer um ano.

A sua influência faz-se notar noutra situação, pois Watson deu uma série de palestras a descrever o
estudo de Little Albert. Uma dessas palestras contou com a presença de Mary Cover Jones, e fez
despertar o seu interesse em fazer pós-graduação em psicologia. Jones conduziu uma experiência para
descobrir como eliminar as reações de medo em crianças e estudou um menino chamado Peter, que
tinha dois anos. Peter compartilhava medos semelhantes de coelhos brancos e objetos peludos como o
Pequeno Albert. Jones foi capaz de aumentar a tolerância de Peter aos coelhos brancos, expondo-o ao
animal, conhecido como condicionamento direto, e fazendo com que Peter interagisse com crianças que
não tinham medo do coelho. Mary Cover Jones foi a primeira psicóloga a descondicionar uma resposta
ao medo e ficou conhecida como a "Mãe da Terapia Comportamental” graças aos estudos de Watson.

Com esta experiência concluímos que, por muito controversos que os seus métodos fossem, as
experiências de John B. Watson influenciaram os avanços da psicologia, originando a teoria de que o
Homem é um produto do seu meio.
Conclusão

Para concluir, temos uma crítica a fazer aos estudos de John B. Watson.

Os estudos de Watson, especialmente em relação à experiência do “Little Albert”, poderiam ter sido
feitos no ambiente seguro e saudável (ou não) da sua casa, observando as influências do meio em que
Albert poderia ter crescido, em vez de fechar a criança no laboratório sem o conhecimento da família.

Até os dias atuais, a controvérsia mantém-se sobre se Watson e a sua colega realmente obtiveram o
consentimento informado da mãe da criança. Há evidências que sugerem que a mãe foi coagida a
aceitar a participação da criança. Estas são claras violações éticas, além do facto de que não houve
acompanhamento para garantir que ‘Albert’ não iria sofrer danos de longo prazo pelas condições a que
foi exposto no estudo. Como se isso não fosse mau o suficiente, uma nova pesquisa sugere que Watson
pode ter selecionado uma criança que não era realmente saudável para começar.

No entanto, a teoria de Watson não é uma teoria sem pés nem cabeça. O que é certo é que das suas
experiências surgiram resultados e a teoria behaviorista ainda é aplicada hoje em Etologia, Terapia
Cognitivo - Comportamental e em tratamentos contra vícios.

O behaviorista não pode encontrar a consciência no tubo de ensaio da sua ciência.

- John B. Watson

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