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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO.............................................................. 3

A HISTÓRIA DO TROLLER.......................................... 5

A ORIGEM DO NOME TROLLER................................ 9

OS MODELOS DE TROLLER...................................... 11

BIBLIOGRAFIA........................................................... 57

CONHEÇA O INSTITUTO RETORNAR....................58

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Crédito editorial: Pan_photo / Shutterstock.com

INTRODUÇÃO
Ainda em janeiro de 2022, a Ford anunciou o fim da
produção de veículos no Brasil. Essa decisão repre-
senta o último capítulo de uma história centenária.
Entretanto, durante o anúncio, a empresa chegou
a declarar que a Troller, marca adquirida por ela em
2007, continuará fabricando até o final de 2022.

A fábrica da Troller fica na cidade de Horizonte, no


estado do Ceará. Depois de um processo de nego-
ciações e de algumas propostas quase aprovadas, a
Ford chegou a afirmar que suspenderia a produção
e venderia os ativos desta fábrica, encerrando uma
das poucas montadoras originadas no Brasil.

Isso acontece porque os direitos do nomeTroller conti-


nuarão pertencendo à montadora americana. Alguns
empresários, que ainda tentavam manter a fabrica-
ção dos veículos da marca, foram pegos de surpresa.
O Governo do Ceará também foi surpreendido pela
decisão e não gostou da atitude da Ford.

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Esse aborrecimento por parte do governo refere-se
ao fato de que 470 empregos gerados diretamen-
te pela fábrica serão perdidos. Além de não vender
a Troller, a Ford chegou a anunciar que o T4, único
veículo oferecido por ela, teria a sua produção in-
terrompida.

Um pouco da história da Troller e dos seus mode-


los serão relembrados ao longo deste conteúdo. Se
você gostaria de saber mais sobre isso, continue a
leitura para se informar a respeito.

Crédito editorial: Repina Valeriya / Shutterstock.com

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A HISTÓRIA
DO TROLLER
É possível afirmar que a Troller foi fundada em 1995,
no estado do Ceará. Rogério Farias, o seu fundador,
posteriormente vendeu o negócio em 1997 para Má-
rio Araripe, que anteriormente atuava no setor têxtil
e na construção civil.

Foi no ano de 1999 que o T4, produto mais conheci-


do da marca, começou a ser fabricado. Ele usou mo-
tores à gasolina feitos pela Volkswagen até o ano de
2001. Aos poucos, este modelo se tornou um verda-
deiro sucesso entre os praticantes de off-road.

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Crédito editorial: Dmitry Molchanov / Shutterstock.com
Outros pontos que contribuíram para o sucesso do
Troller foram a sua carroceria, feita de fibra de vi-
dro (mais leve) e o chassi de longarinas de aço que
tornava o veículo mais resistente.

Algumas mudanças aconteceram a partir do ano


de 2001. Nessa ocasião, o motor do T4 passou a ser
um 2.8 turbodiesel, que era fornecido pela MWM.
Além disso, o carro passou a contar com câmbio
manual, caixa de redução e tração nas quatro ro-
das.

Em 2005, outras alterações no modelo acontece-


ram e o motor foi substituído por outro da MWM,
dessa vez um 3.0 turbodiesel. Entretanto, os ele-
mentos que ajudaram no seu sucesso foram con-
servados, como a carroceria de duas portas e as
suas linhas retas.

Para ampliar o mercado, no ano seguinte, foi lança-


da a picape Pantanal, que usava os mesmos com-
ponentes do T4 em termos de mecânica, mas con-
tava com um chassi alongado, bem como com uma
caçamba um pouco maior.

O ano de 2007 ficou marcado pela compra da Trol-


ler pela Ford. Essa aquisição aconteceu cercada
de controvérsias. Isso está ligado ao fato de que a
montadora americana não tinha motivações cla-
ras para tomar essa ação, visto que era capaz de
fazer um veículo do segmento sem precisar com-
prar a Troller.

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Assim, algumas críticas a este movimento surgi-
ram. Elas apontavam que a Ford estava interes-
sada nos incentivos fiscais que a compra poderia
trazer através da fábrica localizada no Ceará.

Algum tempo depois da aquisição, foi detectado


um problema de engenharia nas picapes Pantanal
devido ao chassi alongado e que poderia causar o
trincamento das longarinas. Então, a empresa re-
comprou as 77 unidades vendidas diretamente dos
seus donos.

Em 2009, sob a direção da Ford, o T4 começou a


passar pelos seus primeiros ajustes em termos de
visual e algumas alterações internas aconteceram
no veículo. É interessante destacar a mudança na
cabine dianteira, que passou a contar com alguns
componentes de carros fabricados pela Ford à épo-
ca, como o EcoSport.

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Três anos depois, em 2012, aconteceu uma última re-
novação visual do Troller T4. No ano seguinte, o mo-
tor mudou para um 3.2 turbodiesel cuja origem era
internacional. Assim, a primeira geração do T4 durou
de 1999 a 2014, ano onde a primeira grande mudan-
ça foi apresentada.

Desse modo, a segunda geração foi feita sem que ne-


nhum componente fosse compartilhado com o mo-
delo antigo. Ela chegou a herdar alguns itens da Ford
Ranger lançada no mesmo ano, como as suspensões,
o câmbio, o motor e as linhas.

Outro aspecto que se destaca a respeito dessa nova


versão é que ela passou a contar com mais tecnologia
e também teve as suas dimensões ampliadas, além
de um visual um pouco mais moderno. Entretanto, os
anacronismos ainda se faziam presentes no modelo.

No ano de 2021, foram lançados os últimos Troller


sem airbags. Este item se tornou obrigatório em 2014,
mas o T4 era isento por causa de uma brecha na lei.
Assim, a última mudança no veículo aconteceu nes-
te ano, quando ele passou a contar com câmbio au-
tomático e o seu nome foi mudado para TX4.

Apesar da sua história marcada por altos e baixos e


por detalhes anacrônicos, o fato é que a Troller vai
deixar bastante saudade para os praticantes do of-
f-road, já que as capacidades do T4 são ideais para
as trilhas.

Desde o ano de 1996, quando as primeiras vendas da


empresa foram feitas, até julho de 2021, mais de 26
mil carros foram produzidos na fábrica de Horizonte.

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Crédito editorial: M M Vieira / Shutterstock.com

A ORIGEM DO
NOME TROLLER
Algumas pessoas se sentem curiosas quanto à ori-
gem do nome Troller. Desse modo, é importante
esclarecer pontos relativos a isso. Ainda durante
a criação do carro em Horizonte, o engenheiro Ro-
gério Farias lhe deu o nome de Troler, com apenas
um L.

Mais tarde, no ano de 1997, quando ele se associou


a Mário Araripe, o outro L foi acrescentado para
que o nome do carro se tornasse uma variação da
palavra de língua inglesa troll.

Este é um termo que possui diversos significados.


Mas, em geral, o troll pode ser compreendido como
um personagem que faz parte de lendas escandi-
navas. Ele é um gnomo que habita florestas e as
cavernas da Noruega e se transforma em pedra
quando é atingido pelo sol, visto que se trata de
um ser noturno.

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A função do troll é proteger os visitantes das flo-
restas. Ele pode ser considerado leal, mas se sente
muito irritado quando é desrespeitado de alguma
forma. Portanto, a alusão faz todo sentido quando
se pensa no jipe Troller T4.

Isso acontece especialmente em virtude da capa-


cidade deste veículo de transitar por espaços difí-
ceis, o que é capaz de provocar certo encanto nos
amantes de carros off road. Quando conhecem o
Troller, eles têm a certeza de que terão ao seu lado
um companheiro forte o bastante para passar por
qualquer tipo de aventura.

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OS MODELOS
DE TROLLER
O primeiro modelo do Troller foi lançado em 1996, mas
o T4 somente ganhou as ruas em 1999. Ele chegou
ao mercado pelo preço de R$ 30,5 mil e era equipado
com um motor AP 2000 da Volkswagen, o mesmo
do Santana e do Gol.

O motor em questão contava com quatro cilindros e


injeção eletrônica multiponto. Em termos de potên-
cia, ele possuía 114,2 cavalos de potência e 17,5 kgfm
de torque. A carroceria era feita em fibra de vidro e
contava com dois volumes, quatro lugares e três por-
tas.

Mais detalhes sobre outros modelos de Troller a par-


tir do lançamento do T4 serão devidamente explora-
dos para oferecer um panorama eficiente da marca.

Continue a leitura se você deseja saber mais sobre


isso.

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Troller 2001

Crédito editorial: Wallace Silva / Pexels.com

O T4 de 2001 é um jipe compacto da Troller fabricado


no Brasil. É possível afirmar que este é o modelo mais
popular e mais antigo da marca, de modo que se tor-
nou um dos mais vendidos tanto para as ruas quanto
para a prática de off road.

Trata-se de um veículo de 2 portas e, que conta com


duas versões distintas. Uma delas possui capota rígida
de fibra e a outra possui capota de lona, ambas remo-
víveis. Além da variedade nesse sentido, o carro ainda
podia contar com duas motorizações diferentes.

Sobre o motor, vale destacar que ele é alimentado com


injeção direta e com aspiração turbocompressora, além
de contar com 4 cilindros em linha. Assim, atingia a po-
tência máxima de 114 cavalos a 3200 rpm e o torque
máximo de 33,3 kgfm a 1800 rpm.

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Vale pontuar ainda que o modelo em questão usa-
va diferenciais Dana 44, bem como uma caixa de
câmbio Eaton. A caixa de transferência, por sua
vez, era uma Borg Warner 1352.

É possível afirmar que este foi o modelo de jipe mais


vendido do Brasil até a metade do ano de 2008,
quando 1104 unidades foram vendidas. Em abril de
2010, a Troller chegou a anunciar que o T4 havia
atingido a marca das 10 mil unidades comerciali-
zadas.

Crédito editorial: Bruno Pereira / Unsplash.com

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Troller 2002
O ano de 2002 marca algumas conquistas para a
Troller, como o campeonato brasileiro de Rally Cross
Country na Geral. Além disso, a marca também foi
campeã da Copa Dunas na Geral e do Rally dos
Sertões na Production Diesel.

Dessa forma, os veículos passaram por alguns tes-


tes de laboratório para receber melhorias. Na ver-
são de 2002, o carro passou a contar com porta
traseira, bem como com novos eixos e freio a disco
nas quatro rodas.

Vale destacar também que este período marca uma


época na qual a marca teve o seu espaço conso-
lidado no mercado, de modo que o seu nome se
tornou forte o suficiente para que ela começasse a
sua própria competição, chamada Copa Troller.

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Com o tempo, esta competição passou a ser con-
siderada um dos rallies mais importantes em cinco
categorias distintas: Expedition, Turismo, Master,
Graduados e Passeio.

Sobre as evoluções em relação ao modelo anterior


é interessante citar os seguintes aspectos:

• Roda livre de série;

• Porta traseira;

• Console para caixa de som;

• Freios nacionalizados;

• Limpadores de portas com estágios;

• Forração interna das portas;

• Limpadores de pára-brisa com área de atuação


mais abrangente;

• Novo painel;

• Puxador de porta mais bem posicionado;

• Console entre bancos emborrachado.

Sobre o console entre os bancos, é interessante


destacar que com o passar dos anos essa modifi-
cação deixou de ser percebida como uma evolução
para ser compreendida como uma ideia negativa
da marca, em especial pela tinta branca, que foi
usada como base.

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Troller 2003
Quando se fala sobre a versão de 2003 do Troller,
é interessante ressaltar que o setor de engenharia
de desenvolvimento passou a se dedicar a mudan-
ças cujo objetivo era aprimorar a ergonomia do ve-
ículo para que ele oferecesse maior conforto.

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Além disso, questões relativas ao acabamento e a
dirigibilidade também foram priorizadas, de modo
que a versatilidade do carro passou a aumentar
quando se fala sobre o seu uso urbano. Logo, é in-
teressante destacar que as principais evoluções do
T4 2003 em relação ao modelo anterior foram:

• Para-brisa dégradé;

• Bancos mais macios e com novo visual;

• Fixação da capota rígida, com menos parafusos e


guias que facilitam a sua remoção;

• Cintos de segurança fixados pelo lado de dentro


da carroceria.

Existem dois aspectos que merecem destaque es-


pecial. O primeiro deles é a caixa de direção, que
se tornou melhor dimensionada e passou a gerar
mais conforto ao dirigir.

O outro aspecto que deve ser pontuado é a nova


pedaleira, que se tornou mais funcional e passou
a garantir mais ergonomia. Isso torna o sistema de
freios mais eficiente e o acionamento da embrea-
gem um pouco mais confortável.

Também é interessante ressaltar alguns itens op-


cionais e acessórios interessantes, como o vidro
traseiro com desembaçador e a possibilidade de
instalação do teto solar.

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Troller 2004
Lançado com duas opções de capota, de lona e rí-
gida, o Troller T4 de 2004 foi vendido por, respec-
tivamente, R$ 60,1 mil e 63,2 mil. Com motor dian-
teiro, longitudinal, turbodiesel e de quatro cilindros,
ele alcançava a potência máxima de 114 cavalos a
3200 rpm e o torque de 33,4 kgfm a 1800 rpm.

Quando se pensa as evoluções em relação ao mo-


delo anterior, é possível destacar algumas mudan-
ças bastante interessantes, que serão devidamen-
te listadas a seguir:

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• Faróis mais potentes e com design arredondado,
o que dificulta a sua quebra por torção;

• Comando eletrônico diferente para os vidros;

• Reposicionamento da buzina;

• Freio de estacionamento redimensionado para


melhor equalização da frenagem entre as rodas
traseiras;

• Alteração do curso da suspensão na parte trasei-


ra;

• Aumento da palheta do limpador do para-brisas;

• Alavanca de câmbio reforçada;

• Modificações dos acoplamentos da árvore de


transmissão traseira, que foram reforçados;

É interessante destacar ainda que esta versão do


jipe ganhou dois porta-objetos. O primeiro deles
foi colocado debaixo do banco, onde passou a ficar
o macaco; e o segundo está presente na porta tra-
seira do carro, onde fica localizado o triângulo.

TROLLER
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Troller 2005

Na ocasião do seu lançamento, o Troller 2005 con-


tou com duas opções de capota: lona e rígida. Elas
foram vendidas inicialmente por, respectivamente,
R$69,5 mil e R$79,2 mil. Em termos de motorização,
ela permaneceu igual à versão de 2004, com mo-
tor dianteiro, longitudinal, turbodiesel e de quatro
cilindros.

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As evoluções, por sua vez, foram bastante expressi-
vas no T4 de 2005. O modelo passou a contar com
uma embreagem mais macia. Entretanto, o grande
diferencial desta versão fica mesmo por conta do
câmbio, que passou a ser mais moderno nessa ver-
são do jipe.

Assim, o FSO2405B tomou o lugar do EATON


2305B. Essa nova versão foi usada pela marca até
o final de 2004 passando apenas por alterações
pontuais. Dessa forma, a versão de 2004 pode ser
considerada a última fabricada com um sistema de
bomba injetora.

Diante dos fatos destacados, a partir do lançamen-


to do T4 2005 não existiam mais sensores e outras
eletrônicas embarcadas, de modo que o modelo se
tornou bastante cobiçado pelos consumidores, es-
pecialmente por aqueles que estavam à procura de
um carro que fosse confiável, sólido e simples.

Por fim, uma última modificação que deve ser men-


cionada é o fato de que o Troller 2005 perdeu o por-
ta-copos presente no console. Isso aconteceu pela
necessidade de reposicionar a alavanca do câmbio,
que no modelo de 2004 tinha o espaço ocupado
pelo porta-copos.

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Troller 2006
É interessante destacar que da versão de 2005 para
a de 2006 a maior evolução do Troller T4 está ligada
ao motor. Embora ele continue sendo movido a die-
sel, agora se tornou o internacional NGD 3.0 eletrô-
nico e foi usado pela marca até o ano de 2012. Além
disso, possui 163 cavalos de potência.

Este motor pode ser considerado excelente e confor-


me os anos foram se passando ganhou alguns chips
de potência nas oficinas especializadas. Atualmente
é fácil encontrar algumas programações que alteram
a potência, fazendo com que ela chegue a até 270
cavalos. Também vale mencionar as versões de 220
e 240.

Para além da questão da motorização, outras evolu-


ções interessantes do T4 de 2006 estão ligadas ao
painel de instrumentos, que passou a contar com um
fundo negro e sofreu algumas alterações estéticas.
Essas mudanças estão diretamente ligadas à eletrô-
nica, bem como a alguns sensores do veículo.

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Vale mencionar também que o cofre do motor foi
totalmente redesenhado, visto que o internacional
possui dutos de escape à admissão que são inver-
tidos quando se pensa o modelo anterior da MWM,
bem como mangueiras de arrefecimento, tubula-
ção do escapamento e filtros de ar; itens que tam-
bém precisaram passar por este processo de redi-
mensionamento.

Um aspecto que deve ser destacado sobre o Troller


T4 2006 é o problema de posicionamento das man-
gueiras que aconteceu ainda no início da venda do
carro. Em alguns casos, ele chegava a se romper.

Entretanto, vale mencionar que o impasse descri-


to foi solucionado com rapidez pela Troller e ainda
em 2006 os novos modelos já passaram a deixar a
fábrica com a correção necessária. Além disso, os
carros que já estavam circulando também tiveram
o problema resolvido.

Crédito editorial: marciorahal / Pixabay.com

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Troller 2007
O Troller de 2007 passou por diversas melhorias.
O objetivo da fabricante era aprimorar o T4 para
conseguir atender os seus clientes cada vez me-
lhor. No que se refere ao desempenho, vale afirmar
que o carro passou a ganhar mais força para o off
road.

Isso aconteceu graças ao aumento na relação en-


tre a primeira e a segunda marcha, que se torna-
ram mais curtas. Desse modo, foram disponibili-
zados 10% e 7%, respectivamente, de força nas
rodas durante essas duas marchas.

Outro aspecto sobre o desempenho que merece


destaque na versão 2007 do T4 foi a maior econo-
mia em rodovias, que tem relação direta com a 5º
marcha, que se tornou mais longa. Este processo
reduziu a rotação do motor em termos de veloci-
dade de cruzeiro.

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Portanto, além de um menor consumo de combus-
tível, visto que o carro passou a trabalhar dentro
da faixa máxima de torque do motor, a alteração
descrita foi capaz de provocar ainda outra melho-
ria: a redução do ruído do motor nas velocidades
mais altas, já que passou a trabalhar com rotações
menores. Isso representou mais conforto na parte
interna.

Em razão das diversas ações implementadas du-


rante a produção do carro, como a troca de forne-
cedores de alguns componentes, é possível afirmar
que a qualidade passou por algumas melhorias. Elas
também estão diretamente ligadas às revisões de
layout de mangueiras no cofre do motor.

Outros pontos que passaram por uma melhoria de


qualidade foram os moldes de laminação. Essas
melhorias na produção foram reflexos da implan-
tação dos sistemas ISO 9001:2000, bem como do
uso da pista de testes.

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Troller 2008

O Troller de 2008 representa o primeiro modelo lan-


çado depois que a Ford comprou a marca. Assim, a
montadora em questão resolveu modificar algumas
coisas no carro. O primeiro ponto que se destaca nes-
se sentido é a parte interna, que passou a contar com
alguns recursos.

O primeiro deles foi a tampa do porta-luvas, que pas-


sou por alterações. A capa do buraco de freio e a ma-
nopla também foram alteradas. O para-sol, por sua
vez, passou a contar com um espelho do lado direito.

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Vale pontuar que as alterações mais substanciais
aconteceram na parte mecânica do veículo. As
mangueiras da direção hidráulica ao reservatório
e do retorno de água no radiador foram reposicio-
nadas. Essa decisão aconteceu para evitar que o
atrito gerasse desgaste e também para liberar mais
espaço.

Outras mudanças estão ligadas aos seguintes as-


pectos:

• Mudança no modelo do reservatório de água do


radiador;

• Alterações de lado e de tamanho do reservatório


de água do limpador;

• Mudança de formato do reservatório de óleo na


direção;

• Aumento no disco de freio traseiro;

• Cofre do motor mais bem-arrumado e mais es-


paçoso para a manutenção.

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Crédito editorial: Pavel Vaschenkov / Shutterstock.com
Troller 2009
Desde a compra da Ford, as mudanças no Troller
eram bastante esperadas, visto que não faria sen-
tido a fabricante continuar comercializando um
jipe, que estivesse cheio de peças de outras mon-
tadoras, como a Fiat e a Volkswagen.

Para a versão de 2009, foi divulgado pela monta-


dora que mais de 500 peças do veículo foram alte-
radas, como o painel, que se tornou mais elegante
e mais quadrado, além de ter ganhado o nome Trol-
ler em destaque, gravado próximo ao porta-luvas.

O volante, por sua vez, passou a ser do EcoSport,


assim como os comandos de direção vieram do Fies-
ta e do Ka. Vale citar a forração das portas, bem
como o revestimento da capota removível, que se
tornaram 50 kg mais leve.

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Troller 2010, 2011 e 2012
Com as diversas alterações que foram aplicadas
nos modelos anteriores, 2008 e 2009, era espera-
do que pouca ou nenhuma mudança fosse sentida
com grande impacto nos Trollers que viriam a se-
guir. E foi justamente o que aconteceu nas versões
dos anos de 2010, 2011 e 2012.

A mais sensível alteração que foi notada para essas


novas versões do Troller foi em relação ao radiador,
que foi diminuído. Outro aspecto foi a respeito da
aplicação de guarda pó nos bicos injetores.

Outro momento marcante em relação ao Troller do


ano de 2010 que se deve dar o devido destaque é
que o modelo recebeu uma edição especial, o Trol-
ler Expedition, que fez parte de uma série que con-
tou com apenas 100 unidades produzidas, sendo
bem reduzido o seu alcance no mercado.

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Apesar desses aspectos sentidos em relação ao
modelo de 2010, em sequência vieram os de 2011 e
2012, que não contaram com nenhuma mudança.
Uma curiosidade, no entanto, vale ser lembrada.

A particularidade a respeito deste espaço de tem-


po do Troller é que existe um do ano de 2010 mo-
delo de 2011 e o ano 2011 modelo de 2012, mas não
existe o Troller que conta com o ano de fabricação
de 2012 e modelo 2012. Isso aconteceu pelo fato
de que neste ano em questão entrou em vigor uma
lei que determinava que fossem feitas as trocas de
motores. E assim, o novo motor que foi necessá-
rio adicionar, acabou entrando apenas na linha de
produção de 2013.

Esse novo motor veio com o lançamento do Troller 3.2


TGV e com as mudanças necessárias para se ade-
quar a essa realidade. Não há, então, um registro de
modelo de fabricação de 2012, uma curiosidade bas-
tante particular para o modelo desse período.

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Troller 2013
Com poucas mudanças nos anos anteriores, o mo-
delo de 2013 chegou ao mercado inovando com o
seu novo motor. A alteração foi feita ainda quando
o modelo chamado de 2012 estava chegando ao
mercado, por mais que não exista um registro es-
pecífico desse fato.

Esse foi o primeiro modelo a contar com o motor


MWM-Internacional TGV 3.2 Turbodiesel e com 165
cv de potência e 4 cilindros. Essa foi então a prin-
cipal novidade trazida pelo Troller de 2013.

Apesar de não contar com várias novidades a seu


respeito, esse já foi um grande impacto causado
pelo modelo de 2013 no mercado. O restante das
configurações se parece muito com os seus ante-
cessores.

Mas para não deixar novamente os fãs do modelo


sem nenhum tipo de novidade, a marca teve um lan-
çamento diferenciado, com as variações T4 Praia,
que traz um foco maior no lazer dos usuários.

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O T4 Praia possui acessórios originais e uma pintu-
ra especial. Além disso, os bancos também contaram
com um revestimento bem distinto, feito com neopre-
ne. Apesar de um investimento maior em agradar com
novidades, este último ponto acabou não agradando o
mercado.

Outro momento importante a se mencionar a respeito


do Troller 2013 é que o modelo contou com uma situa-
ção adversa. Os proprietários desse modelo específico
acabaram sofrendo com um incômodo muito grande
em relação à falta de potência apresentada pelo novo
motor.

Isso porque o 3.2 TGV adicionado ao Troller desse ano


acabou apresentando algumas falhas. Mesmo com vá-
rios casos que foram reportados a respeito disso, a Ford
não chegou de fato a assumir que isso era um proble-
ma que estava acontecendo com os seus carros.

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Na época, a marca, diante das polêmicas com as
falhas que vinham sendo apresentadas na potên-
cia do veículo, emitiu apenas uma nota à imprensa
na qual destacava que mesmo com essa perda de
potência, isso não causava nenhum risco aos con-
dutores.

Com muitas reclamações e vários comentários


sendo feitos pela imprensa especializada, a Divisão
Troller da marca resolveu então tomar uma medi-
da. E assim comunicou a respeito da necessidade
de se fazer um recall dos veículos.

A nota emitida pela empresa a respeito do recall


solicitava que os que contavam com o jipe Troller
T4 modelo de 2013 realizassem os devidos proce-
dimentos. A chamada falava a respeito dos carros
que foram produzidos pela empresa entre os dias
6 de junho de 2012 até o dia 10 de agosto de 2013.

Os veículos foram chamados para esse recall tive-


ram como mudanças a troca de turbocompressor,
conjunto de bico com injetores e reprogramação do
módulo eletrônico do motor ECU.

Crédito editorial: Alex Urezkov / Pexels.com

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Troller 2014
Mesmo com todas as polêmicas registradas em
relação ao recall que foi necessário para o Troller
2013, o modelo de 2014 chegou com o mesmo mo-
tor TGV. Entretanto, houve aqui uma alteração in-
teressante que em nada se relaciona diretamente
com essa questão.

A mudança no modelo de 2014 do Troller mostrou


que o pára-choques, que agora vinha de fábrica,
era off road tanto na parte dianteira quanto tra-
seira. A inclusão do peito de aço também foi algo
significativo para a versão de 2014 do modelo.

Crédito editorial: Nikolay Dimitrov/ Unsplash.com

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E novamente, no restante das configurações, o jipe
permaneceu igual à sua versão anterior em amplo
aspecto. Aqui, vale relembrar uma situação que
merece certo destaque: desde 2013, o Troller con-
tou com o uso do motor MAXXFORCE MWM 3.2
TGV que tornou obrigatório o uso do Diesel S10.

É importante lembrar que o uso do combustível in-


correto é um fator que pode contribuir para a falha
ou para a perda de potência do veículo, com vários
registros dessa natureza.

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Troller 2015
Depois de algum tempo contando somente com pe-
quenas mudanças e atualizações em relação à sua
motorização, que em alguns pontos contou com
particularidades e momentos adversos, o Troller de
2015 chegou com uma reformulação total e cheio
de novidades.

As mudanças em questão abrangem vários as-


pectos do carro, como o seu motor, carroceria, ei-
xos, freio ABS e vários outros pontos, que foram
alterados para trazer um veículo totalmente novo,
mas que, ao mesmo tempo, fosse reconhecido fa-
cilmente como um verdadeiro Troller.

O motor que este modelo recebeu é o mesmo que


foi utilizado no Ford Ranger 3.2 L Diesel Duratorq
de 5 cilindros com 200 cv de potência. Com essa
modificação, o modelo se tornou ainda mais po-
tente do que os seus antecessores ao ser avaliado.

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A evolução foi notável ao comparar o novo Troller
de 2015 com os que vieram antes deste. O jipe foi
modificado de uma forma muito completa, o que
faz com que praticamente só o seu chassi ficasse
igual ao do modelo antigo, mas mesmo assim, ain-
da foram vistas modificações neste aspecto.

As rodas, por exemplo, passaram de 15” para 17”.


O eixo traseiro ficou igual ao da Ranger e agora ele
não contava mais com roda livre. Os freios, que fo-
ram adicionados, ganharam ABS e o modelo tam-
bém recebeu uma atualização importante ao pas-
sar a contar com ar condicionado dual zone.

Crédito editorial: TheDigitalArtist / Pixabay.com

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Outro diferencial que foi adicionado nesta versão
do Troller foi o teto solar, um item considerado de
série. Portanto, já nessa versão foi possível obser-
var que a marca resolveu inovar, o que não vinha
fazendo nos anteriores com apenas pequenas mu-
danças.

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Troller 2016
Por mais que no ano anterior o Troller tenha passa-
do por muitas mudanças, o mesmo não aconteceu
em sua versão de 2016 - não foram feitas muitas
alterações na parte mecânica e nem mesmo na vi-
sual.

Sendo assim, uma novidade básica foi feita com o


modelo: ele contou com o acréscimo de um descan-
so para o pé esquerdo. Essa modificação foi feita
pela empresa por causa de algumas reclamações
feitas por usuários.

Como não existem muitas modificações, vale lem-


brar a respeito de alguns aspectos interessantes do
modelo, que foram herdados das outras versões do
Troller. Por exemplo, o mesmo motor, que foi usado
no Ford Ranger 3.2L Diesel Duratorq de 5 cilindros
e a sua incrível potência de 200 cv.

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Troller 2017
Ao ser comparado com o modelo de 2016, a versão de
2017 do Troller não contou com modificações muito
grandes. A sua ficha técnica permaneceu bastante
estável em vários aspectos, seguindo um padrão dos
anos anteriores, após a sua grande reformulação.

Mas nesse quesito, uma mudança significativa, que


pode ser destacada, é a respeito de uma série espe-
cial, que foi lançada pela marca para valorizar um
pouco mais o modelo de 2017. Foi a versão Troller
Bold, que contou com algumas particularidades.

Para o Troller Bold, a marca resolveu adicionar al-


guns itens, como uma pintura totalmente diferente e
alguns acabamentos internos bem particulares que
deixaram o Troller ainda mais bonito e diferenciado.

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Vale destacar aqui, que diferente do que acontece
com alguns veículos, o Troller não deixa claro os pon-
tos que podem identificar o seu ano de fabricação.
Em geral, isso é visto por faróis, carroceria ou então
outros itens.

Entretanto, no caso do Troller, isso acaba sendo bem


diferente, tanto na arte visual quanto em outras ques-
tões. Visualmente, ele não mostra esse tipo de mu-
dança que esclarece seu ano de fabricação.

Do modelo de 2015 em diante - chamado de Troller


modelo novo - não foram notadas alterações em re-
lação ao motor 3.2 litros DURATORQ, que é de fabri-
cação da Ford. Ele conta com cinco cilindros em linha
e é alimentado de ar através de uma turbina de geo-
metria variável.

O modelo ainda conta com uma transmissão mecâ-


nica de 6 marchas mais a ré e na época em que foi
lançado de cara não havia sequer uma previsão de
que ele contaria com câmbio automático, mas pos-
suía circuito hidráulico independente com ABS e tam-
bém EBD.

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Troller 2018
Para o lançamento do Troller 2018, muitos motoris-
tas esperavam e desejavam que a marca lançasse
um Troller 4 portas ou então até mesmo um que
contasse com o diferencial do câmbio automático.
Apesar disso, não foram adicionadas muitas novi-
dades.

O desejo dos motoristas na época era que a mar-


ca fizesse uma mudança significativa nesses dois
pontos. Apesar da cobrança, o Troller que chegou
ao mercado em 2018 contava com muitos detalhes
que eram iguais aos seus antecessores de modo
geral.

O modelo contou com o mesmo powertrain e tam-


bém um câmbio manual, que era de seis marchas.
A tração utilizada ainda seguia um mesmo padrão
e era 4x4 reduzida. O motor seguia sendo o grande
conhecido dos motoristas, o 3.2 Diesel de 200 cv,
sem maiores mudanças.

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Essa mesma versão de motor vinha sendo então usa-
da pela marca desde a grande mudança pela qual o
carro passou. Esteve presente no modelo 2015, 2016
e também no modelo 2017, chegando até a versão
que foi lançada em 2018 intacto.

Para não dizer que o carro não passou por nenhu-


ma melhoria de fato, ele contou com uma modifica-
ção que foi necessária para trazer mais conforto. Isso
aconteceu porque foi aplicada uma correção em re-
lação à braçadeira do intercooler, que acabava cau-
sando um certo desgaste na tubulação do freio.

Esse aspecto fazia com que o carro acabasse per-


dendo ação do componente citado. Assim, o item em
questão foi grande motivo para que esta versão de
2018 precisasse em determinado momento de reali-
zar um recall para melhorar esta questão nos mode-
los vendidos.

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Troller 2019
Em 2018, quando a marca preparava o seu mode-
lo para ser lançado em 2019, o Troller apareceu no
Salão do Automóvel no qual foram mostrados mais
detalhes do que chegaria às lojas no ano seguinte.

O modelo então seguia a mesma linha que os seus


antecessores em diversos aspectos, com novidades
que foram notadas, mas que não eram tão expres-
sivas quanto em outros momentos em que o carro
foi totalmente reformulado. Entretanto, elas eram
suficientes para distanciá-lo dos anos anteriores.

Dessa forma, as novidades, que foram vistas na


época para o lançamento da versão de 2019, mos-
travam uma opção de cor distinta, o vermelho Tos-
cana e o cinza Moscou. Além disso, também foram
adicionados alguns detalhes muito particulares e
que trouxeram modernidade para o carro.

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A marca investiu em colocar uma central multimí-
dia exclusiva, que foi criada pela JBL/Harman, com
o objetivo de fornecer um sistema com alta qua-
lidade de som. Outra mudança importante e que
tornou o Troller mais moderno ainda foi o Smart
CarDrive, que conta com uma conectividade tanto
para o Android Auto como também para o Apple
CarPlay.

Por mais que não se tenham muitas mudanças na


parte mecânica e nem mesmo outros tipos de con-
figurações, o Troller na versão de 2019 contou com
mudanças que o destacaram e deram mais prati-
cidade para os motoristas com as funções tecno-
lógicas.

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Troller T4-M
Voltando um pouco na história do modelo - em 2003,
a Troller apresentou ao mercado uma versão diferen-
ciada dos seus carros. Este era o jipe militar T4-M,
que contava com alguns diferenciais que valem ser
lembrados.

O modelo em questão criado pela marca tinha um


potente motor MWM 2.8 turbodiesel com 132 cv de
potência e também tração 4x4. Na época, ele foi
enquadrado na categoria de Forças Armadas como
VTNE (Veículo de Transporte Não Especializado).

Os seus diferenciais fizeram com que ele fosse um


modelo ideal para o momento, para que realizasse a
condução das tropas em regiões nas quais o acesso
era mais complicado, visto que ele possuía configu-
rações bem específicas para essa finalidade.

Crédito editorial: Molnár Tamás Photography™/ Pexels.com

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Um ponto importante a respeito da forma como
o modelo foi criado é que ele conta com um per-
fil baixo e que, ao retirar a sua capota e quando o
pára-brisa for rebatido, fica fácil para que ele seja
transportado de algumas formas, como em porões
de navios ou até mesmo em helicópteros.

Como o modelo contava com esse diferencial mili-


tar, era preciso que ele fosse adaptado para várias
situações e adversidades. E por isso também foi
adicionada a capacidade de que ele pudesse então
realizar travessias em locais com água, com pro-
fundidade de até 80 cm.

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Caso ele conte com snorkel, que é uma saída ele-
vada da tomada de ar, ele pode passar por locais
até mesmo com 1 metro de profundidade. Portan-
to, estará apto para desembarcar em localidades
que contam com este tipo de ambiente facilmente,
sem causar danos ao seu motor e a outros itens.

Como o modelo possui essa característica militar,


muitos podem não conhecer a sua história aprofun-
dada, mas a realidade é que ele também foi vendi-
do para pessoas físicas. Para isso, entretanto, era
preciso realizar uma encomenda.

Na época, o T4-M foi fabricado e disponibilizado


para o exército considerando a homologação e le-
vando em conta os critérios que foram exigidos pelo
contexto. Essa seria muito importante, não somen-
te para a venda dos carros para o Exército, como
também cumprir as exigências de venda para ou-
tros países.

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Troller Pantanal
Essa versão diferenciada do Troller foi lançada em
setembro de 2003 no mercado e na época em que
foi divulgada, a promessa era que iria movimentar
o segmento de pick-ups do Brasil. Tudo isso pela
sua mecânica diferenciada e robusta, já típica dos
Trollers.

Sendo assim, a versão Pantanal contava com al-


guns pontos muito diferentes, a começar pelo fato
de que tinha uma alta capacidade de carga, de até
1.300 kg. O objetivo quando o modelo foi lançado
era que ele conseguisse preencher o vazio deixado
pelo Toyota Bandeirantes.

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Em 2004, durante o Salão do Automóvel, o mode-
lo se mostrou como um destaque para a marca. E
a sua venda nesse momento estava ainda prevista
para acontecer no segundo semestre do ano se-
guinte, o que gerou uma grande expectativa.

Além da versão Pantanal comum, a marca apro-


veitou o momento para lançar também uma opção
que era a Pantanal Militar, que vinha com várias
mudanças na sua estética que remetiam ao uso
militar. O que pôde ser notado na caçamba, que
tinha uma largura ampliada em comparação à tra-
dicional, passando de 1480 para 1615 mm.

A versão Pantanal podia ser usada para transpor-


tar até 14 soldados ao mesmo tempo. E nesse mo-
mento, vale mencionar, não se tinha algo seme-
lhante a isso no mercado, o que era um diferencial
da Troller.

Como contava com este aspecto militar, essa ver-


são do Troller Pantanal ainda possuía um espaço
dedicado para suporte de fuzil, bem na cabine do
carro. Outro diferencial adicionado foi a antena
para a radiocomunicação, que poderia ser adap-
tada para uma operação.

Vale lembrar, que mesmo que o lançamento esti-


vesse sendo especulado desde 2003, quando co-
meçou a ser mostrada, a Troller Pantanal somen-
te foi lançada em 2006. Podendo contar na época
com cabine simples ou então opções como 4x2 e
também 4x4.

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Troller Expedition
No Salão do Automóvel de 2010, a Troller resolveu
trazer mais uma vez uma novidade. Dessa vez, foi
o modelo Troller Expedition. Por se tratar de uma
série especial, a marca optou por fabricar apenas
100 unidades para serem comercializadas.

Mesmo que tenha sido lançado como uma versão


especial, ele conta com uma mecânica do jipe T4,
que já é conhecida pelos motoristas que acompa-
nham a marca. Mas para dar uma diferenciada, a
Troller então resolveu adicionar alguns detalhes
especiais que fariam com que valesse a pena com-
prar a versão especial.

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Na parte externa, entre as mudanças, que foram
adicionadas para dar um ar de especial ao modelo,
a marca optou por itens como snorkel, bagageiro
maior, proteção nas lanternas e também nas setas
e alguns outros detalhes, como peito de aço e pro-
teção de estepe personalizada.

Já na parte interna, o modelo contou com alguns


diferenciais muito positivos, como o revestimento
feito em couro sintético para os bancos, onde fo-
ram adicionadas a inscrição “Expedition”.

Também na parte interna do modelo a marca op-


tou por um sistema de som, que conta com seis
alto-falantes e com MP3 player e entrada USB e
também, uma tomada de sinal de velocidade para
que seja feita a integração com navegador de rally.

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Troller Desert Storm
Depois da marca ter lançado o Troller Expedition
em 2010, ela resolveu novamente em 2011 optar
por um modelo diferenciado. E de novo chegou ao
mercado uma edição limitada do Troller T4, que re-
cebeu o nome de Troller Desert Storm, modelo de
2012, como foi registrado.

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Diferente de outros modelos, que foram criados
pela marca para edições especiais, O Expedition
contou com ainda menos unidades sendo vendidas.
Se as outras versões especiais optaram por 100
unidades, esse teve apenas 45 modelos no merca-
do. É uma das mais exclusivas e raras.

Para diferenciá-lo, a marca optou por um tom de


bege, com alguns acessórios que deram um ar es-
pecial a ele. A lista de itens é bem vasta, mas na
parte externa ele conta com guincho elétrico, pa-
ra-choques off-road, proteções nas lanternas, ani-
lhas de aço nos para-choques e snorkel.

Na parte interna, os bancos foram feitos em couro.


A montadora deu como opção aos motoristas uma
capota feita em lona bege e também uma cinta de
desatolamento.

55
Troller Bold
O Troller Bold foi divulgado através do Salão do
Automóvel do ano de 2016 em São Paulo. Ele con-
tou com algumas cores diferenciadas logo quando
chegou ao mercado, podendo ser encontrado em:

• Cinza Londres escuro e amarelo Drakar;

• Cinza Londres escuro e branco diamante II;

• Cinza Londres escuro e vermelho Arizona.

A marca divulgou que seriam produzidas apenas


180 unidades do modelo na época e ele viria equi-
pado com alguns itens, como snorkel, central mul-
timídia e outros. Motor, suspensão e rodas como
outros itens seguiam o mesmo padrão do pacote
do Troller 2015.

Crédito editorial: Chris Cordes / Unsplash.com

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BIBLIOGRAFIA
As informações e dados utilizados neste e-book se
basearam nos conteúdos abaixo listados:
Crédito Editorial: usanoel | Pixabay.com (capa)

Crédito Editorial: Volodymyr TVERDOKHLIB | Shutterstock.com (sumário)

https://www.cnnbrasil.com.br/business/tchau-troller-relembre-a-historia-da-marca-brasileira-de-jipes/

https://www.t4clube.com.br/troller

https://www.t4clube.com.br/troller-1999

Este e-book, caracterizado como uma obra literá-


ria, produzido pela Retornar e de sua integral titu-
laridade, contém citação de marcas de terceiros em
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