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Então, foi a partir desse questionamento que serviu de base para a grande
“sacada” de Kant, que logo percebeu e afirmou em sua práxis, que o método
usado pela filosofia estava errado e por isso a mesma não avançava com
respostas satisfatórias, porque diferente das outras áreas exatas, o ritmo da
filosofia era colocar o objeto como centro e o ser humano orbitava em torno e
com essa maneira de estudo, encontrava-se mais perguntas do que respostas,
por isso nunca se conseguia responder a grandes questões que estavam em
pauta. E, ainda por esse lado, Kant afirmava que era impossível se usar desse
método como forma de resposta, o método que usa o objeto, porque segundo
ele o ser humano é “limitado cognitivamente” para conhecer, saber sobre o
fenômeno, devido que só é possível conhecer aquilo que se apresenta, por
isso toda a tradição da teoria do conhecimento da filosofia, assim como o da
metafísica estão errados para Kant, porque eles buscam o que é o fenômeno,
sempre colocando o objeto como centro do questionamento.
Para Kant, toda essa tradição equivocada impossibilita chegar a uma resposta
satisfatória, já que para ele precisa-se mudar o processo e começar a realiza-lo
por outro ângulo, que é; o homem, como centro do conhecimento, pois já que é
impossível para ele conhecer o objeto, a linha investigativa ideal será o homem
e as possibilidades que ele apresenta de conhecer determinado objeto e como
esse objeto, se apresenta a esse homem.
Dessa forma, percebe-se que Imannuel Kant não propõe criar mais uma teoria
de metafisica, mas investigar os próprios limites da razão, que ele intima a
razão a conhecer-se através de um método reflexivo, fazendo essa crítica
sobre o que a razão pode e não pode fazer, daí novamente volta a sua obra
sobre “a crítica a razão pura”, em outras palavras, buscar os limites e as
possibilidades de conhecimentos e objetos metafísicos.
Por fim, vale ressaltar outro conceito importantíssimo nas revoluções de
estudos Kantianos que é o imperativo categórico e hipotético; imperativo
categórico, nada mais é brevemente do que o dever e o agir aplicados a partir
do principio da universalidade. Imperativo, em suma é um dever nada mais do
que moral, o que logo diferencia assim das condutas e comportamentos dos
animais, já que se entende que o ser humano é o único e capaz de agir a partir
dos princípios, a característica principal do categórico é a ação a partir da
vontade.