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APOSTILA

CURSO DE EXTENSÃO

NUTRIÇÃO
FUNCIONAL
SUMÁRIO
MÓDULO 1
Entendendo a Nutrição Funcional e Avaliação Inicial do Paciente.................................................5
Aula 1 - Estabelecendo as Prioridades no Tratamento pela Nutrição Funcional....................................... 5
Aula 2 - Anamnese Nutricional Funcional e a Aplicação da Matriz da Nutrição Funcional............... 6
Aula 3 - Descomplicando o Exame Nutrigenético........................................................................................................ 17

MÓDULO 2
Implementando o Cuidado Conforme a Pirâmide de Prioridades...................................................................22

Aula 4 - Alergias Alimentares............................................................................................................................................................................22

Aula 5 – Meio Ambiente, Toxicidade e Detoxificação........................................................................................................................27

Aula 6 – Saúde Gastrointestinal....................................................................................................................................................................... 40

Aula 7 – Detalhando o Programa 6Rs......................................................................................................................................................... 49

Aula 8 – Inflamação..................................................................................................................................................................................................58

Aula 9 – Mitocôndria.................................................................................................................................................................................................66

Aula 10 – Disfunção Adrenal...............................................................................................................................................................................77

Aula 11 - Entendendo a Pirâmide de Prioridades em Nutrição Funcional baseada na genética -

interpretação prática dada pelo Professor Gabriel

MÓDULO 3
A Visão Funcional de Alguns Alimentos e Substâncias..........................................................................................93

Aula 12 – Trigo e Glúten..........................................................................................................................................................................................93

Aula 13 – Arroz...............................................................................................................................................................................................................95

Aula 14 – Aloe Vera.....................................................................................................................................................................................................97

Aula 15 – Cacau: Um Alimento Funcional............................................................................................................................................... 100

Aula 16 – Ovo: Desmistificando o Alimento Funcional...................................................................................................................103

Aula 17 – Agrotóxicos – Impacto para a Saúde.....................................................................................................................................106

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Nutrição 2
Funcional
MÓDULO 4
A Visão Funcional de Algumas Situações de Saúde Especiais.........................................................................110

Aula 18 – Gripes E Resfriados: Uma Abordagem Funcional........................................................................................................110

Aula 19 – Gastrites e Úlceras................................................................................................................................................................................ 111

Aula 20 – Saúde Tireoidiana.............................................................................................................................................................................. .116

Aula 21 - Uma Consulta na Prática

Curso Extensão
3 Nutrição
Funcional
APOSTILA
CURSO DE EXTENSÃO

NUTRIÇÃO
FUNCIONAL

MÓDULO 1

4
Módulo 1 - Entendendo a Nutrição Funcional e
Avaliação Inicial do Paciente

Aula 1 - Estabelecendo as Prioridades no Tratamento


pela Nutrição Funcional

A nutrição clínica funcional compreende a interação entre todos os


sistemas do corpo, enfatizando as relações que existem entre bioquímica,
fisiologia e aspectos emocionais e cognitivos do organismo. Para organizar
o atendimento, precisamos estabelecer prioridades no tratamento e não
podemos pular etapas. Para isso, o Prof. Gabriel de Carvalho desenvolveu a
pirâmide das prioridades, mostrando a caminhada que está além da matriz
da NF para se obter efetividade na conduta:

Assista agora à aula “Estabelecendo as Prioridades


no Tratamento Pela Nutrição Funcional”.

Metilação; Complexo B;
Vit. A, D, E e K; outras
Vitaminas e Minerais;
Ácidos Graxos...

Inflamação; Suporte
Mitocondrial e Estresse
Oxidativo.

Alergias e Sensibilidades Alimentares;


Detoxificação e Saúde Gastrointestinal.

Nutrição; Sono-Descanso; Atividade Física; Contato com Natureza;


Emoções - Amor; Pensamentos; Meditação; Fé - Espiritualidade.

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Funcional
A base da pirâmide envolve cuidados prioritários e imprescindíveis para um resultado em
qualquer tratamento. Devem ser o enfoque inicial:

Alimentação baseada em alimentos e menos produtos alimentares. Orgânica e natural.


Adequar conforme sinais e sintomas, demandas individuais;

Hidratação 35-50ml/Kg de peso corporal ao dia;

Cuidar da higiene do sono (8h/noite), dia circadiano ideal, controle no consumo de cafeína,
alimentação e exposição à luz. Jejum mínimo de 12h diárias;

Atividade física;

Contato com elementos da natureza para equilíbrio energético;

Estado emocional (amor) – emoções em todas as áreas da vida, ensinar vigília dos
pensamentos. Buscar afirmações positivas, pessoas que fazem bem, leituras e emoções
boas. Ter fé, espiritualidade e meditação como formas de trazer estabilidade.

O segundo nível da pirâmide envolve sensibilidades alimentares, saúde gastrointestinal e


detoxificação. A primeira intervenção será nas sensibilidades alimentares, pois não há como
detoxificar ou modular intestino de alguém que usa alimentos aos quais possui reação.

A dieta de eliminação e reintrodução é a primeira que deve ser feita em


qualquer paciente. Após o 2º nível ter sido abordado, a ação no 3º nível é
otimizada. Somente após entrar no detalhamento do 4º nível.

Aula 2 - Anamnese Nutricional Funcional e a Aplicação


da Matriz da Nutrição Funcional

PRINCÍPIOS DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL: Interconexões em teia; Individualidade bioquímica;


Saúde como vitalidade positiva; Equilíbrio dinâmico de fatores externos e internos; Centrada no
paciente e não na doença.

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Funcional
A anamnese permite avaliar o objetivo do atendimento, compreender o processo em
andamento (fisio-patologia) e motivar o paciente para adesão ao tratamento. Na anamnese se
encaminha a resolução.

PASSOS DE UMA CONSULTA:


Passo 1: Questionário de Rastreamento Metabólico – antes do início da consulta.

IMPORTÂNCIA E OBJETIVOS DA APLICAÇÃO DO QRM:


Diferencial de abordagem; Otimização de tempo na consulta; Quantificação
problemas; Minimiza o esquecimentode dos relatos; Mostra interesse no indivíduo
como um todo; Avalia de forma pessoal – subjetiva; Auxilia diagnóstico correto;
Propicia acompanhamento de evolução clínica.

Assista agora à aula “Questionário de Rastreamento Metabólico”.

Classificação da Pontuação Total: <20 baixa chance de hipersensibilidade; >30 indicativo


de hipersensibilidade; >40 certeza de hipersensibilidade; > 100 estado de saúde ruim,
doenças crônico-degenerativas;

OBS: ≥10 pontos em única seção ou seções que tenham pontuações marcadas em “4” são
indicativas de hipersensibilidade
Passo 2: Investigar motivo da consulta – Iniciar construção da matriz da Nutrição Funcional.

O início da consulta deve ter como base o levantamento de queixas e prioridades do


paciente. Associar queixas com resultado do QRM e mostrar ao paciente zonas de pontuação. Avaliar
necessidade de aplicação de outros questionários, que podem ser aplicados no momento ou na
sequência do tratamento.

Assista agora à aula “Questionário de Saúde Emocional”.

Passo 3: Investigar alimentação do paciente – Uso de recordatório 24h


e de alimentação habitual.

É importante verificar o grau de consciência do paciente sobre sua alimentação ao avaliar


recordatório alimentar.

Passo 4: Correlacionar sinais e sintomas com deficiências e excessos de nutrientes.


Passo 5: Recomendações Nutricionais – Iniciar correções alimentares de forma pertinente
ao momento do indivíduo e fazer educação nutricional na visão funcional (visando o todo).

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Funcional
Passo 6: Solicitação de avaliação bioquímica laboratorial – englobando o maior número de
parâmetros possíveis e necessários conforme dados levantados na consulta.

Passo 7: Solicitação de registro alimentar de 3 dias – para avaliação de consumo médio de


macro e micronutrientes e análise em conjunto com sinais/sintomas e resultados de exames.

A MATRIZ DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL:


O profissional deve mostrar ao paciente sua
matriz e explicar suas inter-relações.

Assista agora às aulas “A Aplicação da Matriz da Nutrição Funcional - Partes 1 e 2”.

1. HISTÓRICO DO PACIENTE:
Juntos desenvolvem condições clínicas, gatilhos atuam sobre
antecedentes e disparam mediadores que acionam células e genes.

Assista agora à aula “Anamnese Pela Visão da Nutrição Funcional”.

Antecedentes (Background genético): aspectos genéticos, história familiar, história


pregressa de vida, história gestacional e de aleitamento materno, saúde e doenças na
infância, reação a medicamentos e cafeína, história de dietas realizadas.

Gatilhos: história da doença, queixa principal, ocorrências dos últimos 6 meses da vida do
indivíduo – questões físicas, emocionais, alimentares, medicamentosas, profissionais, etc.

Mediadores/Perpetuadores: carência nutricional, estresse oxidativo, depleção células T


reguladoras, desequilíbrio hormonal e de neurotransmissores, traumas.

2. FATORES DE ESTILO DE VIDA:

Sono/relaxamento: hábitos de sono, disposição ao despertar, sono ao longo do dia, uso


de estimulantes, dores musculares ligadas à tensão/respiração. Distúrbios podem ser
investigados com questionário do sono.

Exercício/movimento: tipo, forma e frequência.

Nutrição e Hidratação: hábitos de quantidade, qualidade e variabilidade.

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Funcional
Biomarcadores
Nutricionais a avaliar
*outros parâmetros serão citados QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:
na próxima tabela em conjunto
com sistemas da matriz

Vitamina 25(OH)D3 e 1,25(OH)2D3 baixas Deficiência de vitamina D, magnésio e B2.

Relação 25(OH)D3 / 1,25(OH)2D3 Alto: inflamação, infecção e autoimunidade.

Cromo baixo Excesso de açúcar, resistência à insulina.

Zinco baixo Deficiência de zinco, excesso de cádmio.

Selênio baixo Falta de selênio, excesso de mercúrio.

Magnésio baixo Falta de magnésio.

Baixo: falta de cálcio.


Cálcio iônico
Alto: falta de magnésio e K2.

Baixo: baixa absorção, baixa D3, magnésio.


Relação cálcio-creatinina urina Alto: alta excreção, disfunção mitocondrial, dano renal ou falta de
D3, magnésio, K2.

Baixo: falta.
Manganês
Alto: excesso de manganês.

Baixo: disfunção adrenal, falta de sódio e carboidratos.


Sódio
Alto: excesso de sódio, carboidrato e disfunção renal.

Potássio e Folato Baixo: falta de fontes alimentares.

Baixo: falta de B12, B9.


B12
Alto: inflamação, dano hepático, renal ou câncer.

Baixo: falta de cobre, excesso de zinco.


Cobre
Alto: inflamação, estresse oxidativo, anticoncepcionais.

Baixo: má conversão do betacaroteno por falta de ferro, zinco, T3 e


Vitamina A sais biliares, falta de vitamina A.
Alto: excesso de vitamina A.

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Funcional
Estresse e Resiliência: graduar nível de estresse, avaliar uso de técnicas de relaxamento –
ensinar quando necessário.

Relações Pessoais: familiares e profissionais.

2. FATORES DE ESTILO DE VIDA:

QUANDO ALTERADO É
SISTEMA SINAIS A AVALIAR
INDICATIVO DE:

Reduzida secreção do pâncreas


Baixa elastase pancreática exócrino (baixa liberação de
enzimas).

Má mastigação, hipocloridria,
ASSIMILAÇÃO: Amido presente ingestão de água na refeição,
avalia sistema respiratório e insuficiência pancreática.
gastrointestinal
(frequência/forma/volume de
evacuação, distensão abdominal, Má mastigação, hipocloridria,
flatulência, ondulação nas unhas). Fibras musculares mal digeridas
insuficiência pancreática.

Esse sistema pode ser avaliado


no exame coprológico funcional Insuficiência biliar, hipocloridria,
Gotículas de gordura
(demonstrada ao lado a insuficiência pancreática.
interpretação dos resultados).
É possível determinar pelo
período/hora do dia em que Alto: má digestão de
Ácidos orgânicos
ocorre distensão abdominal qual carboidratos, excesso de
(normal 14 a 18%)
a porção intestinal onde está carboidratos, SIBO.
havendo crescimento bacteriano.
O questionário de
hiperpermeabilidade intestinal Alto: aumento de protobactérias,
pode ser um parâmetro da Amoníaco (normal <4%) hipocloridria, excesso de
avaliação do processo de proteínas.
assimilação do paciente.
Na aplicação do questionário de
fungos e candidíase, mulheres Má digestão de gorduras,
Cristais de ácidos graxos
com resultado >120 e homens >90 insuficiência biliar e pancreática.
devem ser tratados.

Alta: hipocloridria ou câncer,


excesso de cálcio e falta de
Gastrina - normal <110 magnésio, excesso de proteína.
Baixa: hipercloridria ou
normocloridria.

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Funcional
QUANDO ALTERADO É
SISTEMA SINAIS A AVALIAR
INDICATIVO DE:

GGT (normal é <16), PCR e ácido Estresse oxidativo e intoxicação


úrico altos por metais.

Plaquetas, leucócitos e eritrócitos


Exposição tóxica.
baixos

Estresse oxidativo, disfunção


TGO (normal é 15 a 20)
mitocondrial.

Estresse oxidativo, dano


TGP (normal é 15 a 20)
BIOTRANSFORMAÇÃO hepático.
E ELIMINAÇÃO:
Avalia exposição tóxica.
Catabolismo, dano renal,
Uréia (normal é 25 a 45)
excesso de proteína.
Deve ser solicitado enzimas
hepáticas, marcadores de função
renal, além de níveis séricos e
Creatinina (normal é 0,8 a 1,2) -
urinários de metais tóxicos. Alta = dano renal
relativo à massa muscular
Verificar reação do indivíduo
a medicamentos, odores e Alto: mostra disfunção
produtos químicos. Pode utilizar hepática e biliar, síndrome de
questionário de avaliação de Bilirrubina total (normal é <1,2) Gilbert e hemólise aumentada
detoxificação. (inflamação, infecção,
oxidação).

MDA - malonaldeído (normal é <4) Estresse oxidativo.

Alumínio, Chumbo, Mercúrio,


Altos = contaminação por
Níquel, Arsênico, Cádmio,
metais pesados
Fluoreto (urina)

Taxa de Filtração Glomerular


Baixo: insuficiência renal.
(normal ≥ a 60 mL/min/1,73m²)

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Funcional
SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

Leucócitos altos Inflamação.

Neutrófilos altos Inflamação, infecção bacteriana e fúngica.

Infecções virais, herpes, alergias e hipersensibilidades,


Linfócitos altos
câncer.

Monócitos altos Infecção crônica.

Eosinófilos altos Alergias e hipersensibilidades, parasitoses.

Basófilos altos Alergias mediadas por IgE e parasitoses.

Plaquetas altas Risco de trombose. Marcador de coagulação.


DEFESA E REPARO:
relacionado
com alergias e VSG alto Estresse oxidativo, inflamação.
hipersensibilidades,
inflamação, infecção,
autoimunidade. Relação neutrófilos-linfócitos alta.
Inflamação.
PCR, TNFa e IL-1B altos
A avaliação
principal se baseia
Disfunção endotelial, risco de aterosclerose,
no hemograma Homocisteína alta
hipometilação.
completo com
plaquetas, VSG,
PCR, ferritina, Baixa: falta de ferro.
fibrinogênio, Ferritina
Alta: excesso de ferro ou inflamação.
homocisteína, ácido
úrico, IgA sérica, IgG
+ complemento. Mieloperoxidase alta Inflamação por neutrófilos.

Fibrinogênio alto e Lipoproteína


Risco de trombose.
A alta

Resistência à insulina, inflamação, excesso de frutose


Ácido úrico alto e purinas, álcool e falta de vitamina C, disfunção
mitocondrial.

Adiponectina baixa Resistência à insulina, inflamação do tecido adiposo.

Alta: parasitoses, alérgenos, hiperpermeabilidade


IgA sérica
intestinal. Baixa: Imunossupressão.

Baixa: imunidade linfóide intestinal, infecção, estresse,


IgA secretora baixa
menor defesa da mucosa, falta vitaminas D e A.

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Funcional
QUANDO ALTERADO É
SISTEMA SINAIS A AVALIAR
INDICATIVO DE:

Maior defesa da mucosa, mas com alta


IgA secretora alta
agressão.

Parasitoses, inflamação, alergias


Proteína eosinofílica X alta imediadas por IgE, IgG e IgA, doença
Celíaca, colite, helmintíase.

Calprotectina alta (proteína dos Inflamação, infecção ou ocorre após uso


neutrófilos) de antiinflamatórios não esteroidais.

Inflamação, disbiose e
Mucina e albuminas intactas e hiperpermeabilidade intestinal,
degradadas colón inflamado, colite, aumento de
protobactérias.
DEFESA E REPARO:
relacionado
Altas: inflamação e infecção.
com alergias e Lisozima e lactoferrina
Baixas: imunossupressão.
hipersensibilidades,
inflamação, infecção,
autoimunidade. Hiperpermeabilidade intestinal, doença
Zonulina alta celíaca, hipersensibilidade ao glúten
A avaliação não celíaca.
principal se baseia
no hemograma
completo com >20: alergias mediadas por IgE e
plaquetas, VSG, Triptase sérica
parasitoses.
PCR, ferritina,
fibrinogênio,
homocisteína, ácido Índice de razão de TGO /plaquetas
úrico, IgA sérica, IgG (APRI) cálculo: valor TGO ÷ valor
+ complemento. máximo de referência TGO (normal-
mente 40) ÷ nível de plaquetas x 100
(normal é <1,5)

Nível AST (IU/L)


Fibrose hepática

AST (Limite Superiror do Normal) (IU/L)

APRI= x 100=
Contagem de plaquetas (109/L)

https://www.hepatitisc.uw.edu/page/clinical-calculators/apri

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13 Nutrição
Funcional
SISTEMA SINAIS A AVALIAR
QUANDO ALTERADO É
INDICATIVO DE:

Glicose jejum e TTG


ENERGIA: Disglicemia, resistência à insulina.
alterados
Compreende tudo que se refere à
saúde mitocondrial e à produção
energética. Coq10 baixa Falta de Coq10 e uso de estatinas.
Avalia função mitocondrial através
de cansaço e disposição.

Temos que diferenciar resultados


coletados quanto a sistema adrenal,
sistema mitocondrial e sono:

Se mitocondrial: sintomas LDH (lactato


musculares, cerebrais, esgotamento, Disfunção mitocondrial, falta de B1,
desidrogenase) e Lactato
ptose, alteração no espermograma. B2, B3, B5, ácido lipóico e Coq10.
alterados
Se adrenal: sintomas são
relacionados à hora do dia,
necessidade de cafeína, melhora
com sal (Na+ sérico é baixo).

Baixo: insuficiência adrenal.


Cortisol
Alto: estresse.

COMUNICAÇÃO: Avalia
neurotransmissores e hormônios. Baixa: diabetes.
Insulina
Alto: resistência à insulina.
Avaliação hormonal saliva/sérica/urina.

Utilizando questionário de Homa IR Resistência à insulina.


neutrotransmissores, interpretar
conforme listado abaixo para
suplementação adequada:
Baixo: anemia.
Eritrócitos, Hemoglobina,
Alto: hemocromatose, hipóxia,
1º bloco >10: 2 a 3g tirosina em jejum. Hematócrito
excesso de ferro, desidratação.
2º bloco >10: uso opcional de 5HTP
entre 300-500 mg à tarde (antes do Baixo: falta de ferro e hemo.
jantar – sem carne e sem ovos, pois VCM, HCM, CHCM
Alto: falta de B12 e B9.
AA ramificados competem com
triptofano). + Mg, ácido fólico, B6 e B3.

3º bloco: ideal tratar com serotonina – RDW alto Estresse oxidativo, inflamação.
hábitos noturnos.

Estresse oxidativo, inflamação, falta


Reticulócitos
de B9 e B12.

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Nutrição 14
Funcional
SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

TTG Insulina, Pró-insulina, Hb


Resistência à insulina.
glicada, Peptídeo C alterados.

Baixo: hipertireoidismo, inflamação, jejuns longos, estresse.


TSH
Alto: hipotireoidismo.

T4 livre e T3 livre. Baixos: hipotireoidismo, falta de nutrientes, metais tóxicos, inflamação, hipó-
Relação T3L/T4L xia.

Relação T3/T3 reverso Alto: falta de micronutrientes, metais pesados, hipóxia, inflamação.

T3 total Baixo: hipotireoidismo. Alto: hipertireoidismo

Tireoglobulina Alto: câncer de tireoide, falta de iodo.

Homa-B Baixo: diabetes. Alto: resistência à insulina.

COMUNICAÇÃO:
Avalia
DHEA/cortisol salivar Estresse
neurotransmissores
e hormônios.

FSH (medir no 3º-5º dia do


Envelhecimento ovariano, disfunção mitocondrial.
ciclo), Anti-Mülleriano (AMH)

Progesterona (medir 21º dia), Baixo: Envelhecimento ovariano, disfunção mitocondrial, estresse oxidativo,
Estradiol (medir no 3º-5º) estresse. Alto: predominância estrogênica, aromatização, xenoestrógenos.

HOMENS: Baixo: magreza, hiperprolactinemia. Alto: resistência a insulina.


MULHERES: Alto resistência a insulina, hiperandrogenismo, acne, queda de
LH (medir 3º ao 5º dia)
cabelo, aumento de DHT, menopausa. Baixo: insuficiência ovariana, magreza,
infertilidade, alteração hipofisária, hiperprolactinemia.

Alto: estresse oxidativo, dano hepático, hepatite C, cirrose, falta de GH,


hipertireoidismo, anticoncepcionais estrógenos, disfunção adrenal, magreza,
SHBG porfiria aguda, anticonvulsivantes de 1ª geração. Baixo: resistência à insulina,
excesso GH, hipotireoidismo, glicocorticoides, andrógenos, progestógenos,
estresse, obesidade, dano hepático, vitamina D baixa, síndrome nefrótica.

SDHEA (avaliar no 21º dia ciclo) Baixo: estresse crônico. Alto: suplementação, hiperandrogenismo, SOP.

Prolactina (avaliar no 21º dia


Baixo: falta de leite na gestação, dopamina.
ciclo) Testosterona, DHT, Lh,
Alto: adenomas, prolactinomas, hipotireoidismo, infertilidade, medicamentos,
fsh e estradiol (avaliar do 3º ao
estresse, inflamação.
5º dia)

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15 Nutrição
Funcional
SISTEMA SINAIS A AVALIAR QUANDO ALTERADO É INDICATIVO DE:

MHR: Nº de monócitos/HDL >8: risco de aterosclerose, processo inflamatório.

HDL Baixo ou alto: risco de doença cardiovascular.

LDL, Relação CT/HDL, Relação


LDL/HDL, Apob, ApoA1 e Relação Se alterados: risco cardiovascular.
Apob/Apoa
TRANSPORTE:
Associado aos
sistemas arterial,
venoso e linfático. Relação TG/HDL Alta: resistência à insulina, risco cardiovascular.
Avalia problemas
circulatórios e edema.

*Se apresenta inchaço Frutosamina Alta: resistência à insulina, glicação.


matinal: detoxificação
lenta.
Alta: excesso de cobre, estresse oxidativo,
*Se edemacia ao Ceruloplasmina
anticoncepcionais.
longo do dia: distúrbio
circulatório.
Baixo: falta de ferro, inflamação.
Saturação de transferrina
Alto: excesso de ferro.

Microalbuminúria Se alterado: disfunção endotelial.

Baixo: desnutrição proteica, dano hepático e


Albumina
renal. Alto: desidratação.

Baixo: excesso de ômega 6 e demais gorduras


Index ômega 3
e falta de ômega 3.

CPK Se alterado: dano muscular


ESTRUTURAL:
Avalia integridade de
membranas celulares, GGT alta: indica maior dano hepático e biliar.
Fosfatase Alcalina
ossos, músculos e GGT baixa: indica perda óssea.
articulações.
É influenciado pelo
tipo de gorduras Alta: disbiose, protobactérias,
consumidas. Amônia sérica hiperpermeabilidade intestinal, dano hepático,
catabolismo proteico, excesso proteico.

Baixo: falta de magnésio, excesso de vit. D


PTH Alto: falta de cálcio, de vit.D e
hiperparatireoidismo.

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Nutrição 16
Funcional
SISTEMA SINAIS A AVALIAR
QUANDO ALTERADO É
INDICATIVO DE:

MENTAL /EMOCIONAL/ESPIRITUAL Ácido 5 hidroxi indol acético


(5-HIAA) - principal metabólito
urinário da serotonina (produto
MENTAL: performance cognitiva Alterados: baixa produção
final do metabolismo do
EMOCIONAL: sentimentos, pode de neurotransmissores como
triptofano)
ser aplicado questionário de saúde serotonina e dopamina.
Ácido homovalínico (HVA) -
emocional
principal metabólito urinário
ESPIRITUAL: fé, crenças da dopamina

Aula 3 - Descomplicando o Exame Nutrigenético

O laudo do exame genético é composto por 4 partes:

Assista agora à aula “Descomplicando o Exame Nutrigenético - Parte 1”.

PARTE 1 - É UM RESUMO VOLTADO A


POSSIBILITAR O ENTENDIMENTO DO PACIENTE

Cores:
A cor vermelha mostra MAIOR risco ou necessidade e MENOR benefício que a população
em geral.
A cor laranja mostra ALTO risco ou necessidade e MENOR benefício.
A cor amarela mostra INTERMEDIÁRIO risco ou necessidade e INTERMEDIÁRIO benefício.
A cor verde mostra MENOR risco ou necessidade e MAIOR benefício.
A cor azul mostra BAIXO risco ou necessidade e MAIOR benefício que a população em geral.
Quando aparecer cinza é porque existem estudos na população referente ao gene, porém,
para os alelos de risco evidenciados no exame genético pessoal, não há estudos.

Cruzes:
0: MÍNIMO risco, necessidade ou benefício.
+: BAIXO risco, necessidade ou benefício.
++: INTERMEDIÁRIO risco, necessidade ou benefício.
+++: ALTO risco, necessidade ou benefício.
++++: MAIOR risco, necessidade ou benefício.

Curso Extensão
17 Nutrição
Funcional
PARTE 2 - PRIORIDADES NO TRATAMENTO DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL:
NORTEIAM A CONDUTA DO NUTRICIONISTA TENDO COMO BASE A MATRIZ.

ASSIMILAÇÃO: referente às doenças gastrointestinais, intolerâncias alimentares, absorção de


nutrientes e necessidade de probióticos.

DEFESA E REPARO: demonstra as predisposições e susceptibilidades genéticas, viabilizando


as condutas nutricionais e de estilo de vida. Referente a autoimunidade, alergias,
hipersensibilidades e intolerância à histamina. Busca enfatizar o benefício de uma dieta,
excluindo os alérgenos principais e dos quais suspeita-se reatividade, além da prática dos 6
R’s (Remover, Recolocar, Reparar, Reinocular, Reequilibrar e Reavaliar).

ENERGIA: enfatiza a necessidade de coenzimas mitocondriais e antioxidantes, o equilíbrio


redox e o suporte à síntese de glutationa.

BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO: refere-se à atividade e à eficiência das enzimas


antioxidantes envolvidas nas fases 1, 2 e 3, metabolização da cafeína, álcool, xenobióticos e
poluentes, suporte à metilação e risco de doença renal.

TRANSPORTE: genes relacionados evidenciam a predisposição à anemia, doenças


cardiovasculares, perfil lipídico e benefício da suplementação de compostos bioativos
relacionados a esses sistemas. É imprescindível verificar exames laboratoriais associados a
esses dados genéticos para entender o presente e ter visão futura de riscos, possibilitando
uma conduta assertiva.

COMUNICAÇÃO: tudo que se refere aos hormônios e neurotransmissores relacionados


à compulsão alimentar, performance cognitiva, sono, saúde suprarrenal, pancreática e
tireoidiana. Permite atuar sobre nutrientes e hábitos para a modulação dos sinais e sintomas
atuais associando aos exames genéticos.

INTEGRIDADE ESTRUTURAL: investiga polimorfismos relacionados à síntese e degradação


de colágeno e à saúde óssea. Portanto, é possível analisar quais nutrientes são necessários e
remover fatores agressores à estrutura de colágeno e que promovam a reabsorção óssea.

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Nutrição 18
Funcional
MENTAL E EMOCIONAL: refere-se à saúde cognitiva, à síntese e à degradação de
neurotransmissores e benefícios suplementares. Associado aos sinais e sintomas da prática
clínica, auxilia no entendimento do déficit ou excesso de neurotransmissores investigados,
podendo otimizar a síntese através de cofatores, como triptofano e tirosina ou inibindo sua
degradação (MAO - Monoamina oxidase e COMT - Catecol-O-Metil Transferase).

SONO E RELAXAMENTO: refere-se ao cronotipo, à latência, qualidade e necessidade do sono,


bem como benefícios com o uso de melatonina, passiflora e malefícios com a cafeína. Dessa
forma, podemos otimizar a síntese endógena de melatonina e ensinar sobre a higiene do
sono para um sono reparador.

EXERCÍCIO: o exame genético norteia qual a modalidade em que podemos ter maior
performance e que seja ideal ao tipo de fibras musculares, além dos benefícios da atividade
física em nossa saúde.

NUTRIÇÃO E HIDRATAÇÃO: o exame demonstra a capacidade de absorver, metabolizar e


degradar macronutrientes e micronutrientes. Refere-se ao equilíbrio e demanda dos ácidos
graxos essenciais, ao risco com gorduras saturadas, à necessidade proteica, qualidade e tipo
de carboidrato diante da carga e índice glicêmico, risco com consumo de produtos finais
de glicação avançada (AGES), necessidade de maior consumo de polifenóis e prebióticos.
Ademais, demonstra susceptibilidade à compulsão alimentar, desequilíbrios dos mecanismos
de fome e saciedade, além da predisposição à sobrepeso e síndrome metabólica. Por fim,
auxilia na elaboração do plano alimentar conforme sua capacidade genética.

Parte 3 - Resultados de necessidade, benefício ou risco de diversas condições abordadas


na Matriz da Nutrição Funcional: detalhamento das predisposições, necessidades e aspectos
nutricionais e de estilo de vida a serem levados em consideração.

Parte 4 - Detalhamento dos polimorfismos analisados: voltado a especialistas em


nutrigenética. Demonstra quais as variantes genéticas e alelos de risco de cada gene.

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19 Nutrição
Funcional
INSIGHTS

Quanto maior o benefício com o suplemento, provavelmente maior será a necessidade de


fazer uso desse suplemento.

Quanto maior o risco ou necessidade de algum nutriente, maior a necessidade da


suplementação. Mesmo com uma alimentação saudável, devido à genética pode não
manter níveis ótimos.

Quanto mais polimorfismos relacionados às alergias e hipersensibilidades, maior o prejuí-


zo de uma dieta monótona.

Naqueles pacientes com polimorfismos “ruins” relacionados à absorção, metabolismo, uti-


lização e excreção de vitaminas e minerais, manter níveis próximo do máximo nos exames
sanguíneos é benéfico. Por exemplo: maior necessidade de zinco. Os valores ótimos de
zinco são entre 95 e 120. Nesse caso, manter níveis próximos de 120 é o ideal.

Compreender o tempo de resposta e tratamento de cada paciente. Por exemplo:


algumas pessoas suplementam metilcobalamina e conseguem otimizar seus parâmetros
bioquímicos de forma mais rápida e outras, mais lentamente.

Testes genéticos podem ser refeitos: embora nossos genes sejam únicos e polimorfismos
genéticos não se alterem, os exames genéticos se renovam diante da atualização de
estudos científicos voltados às áreas de nutrigenômica e nutrigenética.

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Nutrição 20
Funcional
APOSTILA
CURSO DE EXTENSÃO

NUTRIÇÃO
FUNCIONAL

MÓDULO 2

21
Módulo 2 - Implementando o cuidado
conforme a pirâmide de prioridades
Aula 4 - Alergias Alimentares

O Alimento é a maior carga antigênica a que o sistema imunológico é exposto!

Assista agora à aula “Alergias Alimentares Não Mediadas pelo IgE”.

TOLERÂNCIA: alimentos bem digeridos chegam ao lúmen intestinal, são absorvidos pelos
enterócitos, processados nas células M induzem a tolerância oral ao antígeno, induzindo a
diferenciação de linfócitos T virgens em T reguladores.

REATIVIDADE: fatores como parasitoses, disbiose, infecção fúngica, peptídeos do glúten,


estresse, alérgenos, medicamentos e/ou toxinas ambientais geram um intestino inflamado,
danificado e hiperpermeável. Isso danifica as junções que unem os enterócitos, levando
à absorção paracelular e transcelular, ativando linfócitos autorreativos (Th1, Th2 ou Th17),
aumentando a produção de imunoglobulinas por linfócitos B, desencadeando processos
inflamatórios, alérgicos e/ou de autoimunidade.

ALERGIA: é uma reação imunológica contra um antígeno (alérgeno) manifestada por


inflamação no tecido e/ou disfunção no órgão. Pode ser local ou sistêmica. A manifestação de
alergias alimentares está relacionada à individualidade bioquímica de cada um.

Fatores que levam à predisposição alérgica:


Polimorfismos genéticos (IL-10, DAO, STAT6, TGF-B...);
Partos cesáreos;
Baixo tempo de aleitamento materno e uso de fórmulas;
Deficiência de zinco, vitamina A, D e ômega 3 materna;
Excesso de folato;
Introdução precoce de alimentos íntegros;
Monotonia dietética;
Uso de antibióticos pela mãe e pelo bebê;
Hipótese de “excesso de higiene” e baixo contato com animais;
Xenobióticos X saúde imune;
Consumo de glúten e lácteos;
Disbiose, hiperpermeabilidade intestinal, parasitoses e alterações digestivas como
hipocloridria, falta de enzimas e má mastigação.

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22 Nutrição
Funcional
Somos o resultado da interação do genótipo com o ambiente em que vivemos

CLASSIFICAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS AOS ALIMENTOS

Alergia Hipersensibilidade Intolerância


(hipersensibilidade imediata) (Alergia tardia)

Reações imediatas a um Reações tardias à ação de Incapacidade de digerir/


antígeno um antígeno metabolizar

Mecanismos imunológicos: Mecanismos imunológicos:


Mecanismos não
imunoglobulinas, imunoglobulinas,
imunológicos, Deficiência
imunocomplexos imunocomplexos e sistema
enzimática;
e sistema complemento. complemento.

Reação não tóxica Reação não tóxica Reação tóxica, pelo


acúmulo da substância

Referente a frações Referente a frações proteicas


proteicas. (glicoproteícas ou (glicoproteícas ou
lipoproteícas tb) lipoproteícas tb)

Tipo I Imediata, mediada por IgE (receptor de superfície do mastócito), tem seu início em
minutos até 4-8 horas após a exposição. Aumenta a permeabilidade vascular, a secreção de
muco, sensação de dor e contração do músculo liso.
CONSEQUÊNCIAS: Vasodilatação; contração músculo liso visceral; aumento secreção de
muco pelas glândulas; aumento da permeabilidade vascular.

Tipo II Citotóxica, mediada por IgG ou IgM. Ocorre em doenças como a Tireoidite de
Hashimoto, por exemplo.
CARACTERÍSTICAS: Depende de anticorpo e sistema complemento; antígeno adere-se à
célula alvo; ativação do complemento; destruição da célula.

ATENÇÃO: tipo III e IV são os principais envolvidos na alergia alimentar tardia

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Nutrição 23
Funcional
TIPO III Mediada por imunocomplexos (IgG e IgM + antígenos)
CONSEQUÊNCIAS: Formação de imunocomplexos que se depositam sobre os tecidos, ativando
o sistema complemento e recrutando fagócitos, levando a dano tecidual. Exemplo: na artrite
reumatoide, imunocomplexos se depositam nas articulações levando a dano articular.

TIPO IV Tardia, mediada por células ou imunidade celular mediada por linfócitos T. Ocorre de 24
a 96 horas após o contato com alérgeno. Ocorre em diversas doenças, como na Doença Celíaca e
na reação de alergia às bijuterias, por exemplo.

MANIFESTAÇÕES GASTROINTESTINAIS DAS HIPERSENSIBILIDADES

Assita agora à aula “Manifestações Clínicas”.

1. Refluxo gastroesofágico;
2. Cólicas do lactente;
3. Esofagite eosinofílica alérgica;
4. Gastroenterite eosinofílica alérgica;
5. Proctocolite induzida por proteínas alimentares;
6. Enterocolite induzida por proteínas alimentares;
7. Síndrome do intestino irritável;
8. Constipação alérgica;
9. Sintomas variados: eructação, secreção na garganta, aftas, gastrite, muco nas fezes, diarreia,
distensão abdominal, flatulência e náuseas.

MANIFESTAÇÕES RESPIRATÓRIAS DAS HIPERSENSIBILIDADES

1. Rinite e sinusite;
2. Asma;
3. Tosse;
4. Secreção Nasal.

MANIFESTAÇÕES CUTÂNEAS DAS HIPERSENSIBILIDADES ALIMENTARES


1. Urticária;
2. Angioedema;
3. Dermatite;
4. Eczema;
5. Dermatite atópica;
6. Coceiras e erupções.

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24 Nutrição
Funcional
OUTRAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DAS HIPERSENSIBILIDADES

1. Ansiedade;
2. Alterações cognitivas;
3. Cefaleia, enxaqueca;
4. Dor articular;
5. Doenças autoimunes (maior parte da população com FAN positivo tem níveis elevados de
IgG contra alimentos).

IMPORTANTE: As alergias da infância não desaparecem com o tempo, o que


ocorre é a mudança de sua manifestação ao longo da vida, mudam de órgão alvo,
trocam de apresentação clínica - FIQUEMOS ATENTOS A ISSO!

Exemplos de formas de apresentação ao longo da vida de uma mesma alergia:


Bebê - refluxo, constipação....
Criança - rinite, sinusite, otite, asma....
Adolescência - acne, facilidade de ganho de peso, hiperatividade, irritabilidade....
Adultos - doenças reumáticas, doenças autoimunes....

Diversas manifestações clínicas podem ser desencadeadas por um mesmo alimento,


ou uma mesma condição clínica pode ser desencadeada por diferentes alimentos, com
diferentes tempos de reação (algumas com início imediato, outras reações tardias).
Em quadros de alergias são observados diversos cenários.

DIAGNÓSTICO DA HIPERSENSIBILIDADE ALIMENTAR - COMO FAZER?

HISTÓRIA: questionar sobre alergias na infância, sintomas gastrointestinais, respiratórios,


pele e comportamento. Casos na família.

EXAME FÍSICO E AVALIAÇÃO CLÍNICA: questionário de rastreamento


metabólico e achados clínicos em alergias tardias.

Assista agora à aula “Alergias Alimentares Não Mediadas pelo IgE”.

TODOS OS PACIENTES COM AUTOIMUNIDADE DEVEM SER TESTADOS PARA ALERGIAS


ALIMENTARES. QUANTO MAIS O INTESTINO FOI AGREDIDO, MAIS HIPERPERMEABILIDADE,
MAIS ALIMENTOS PARA O INDIVÍDUO REAGIR.

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Nutrição 25
Funcional
ACHADOS LABORATORIAIS:
Alergia imediata = IgE teste Elisa, teste cutâneo de punctura.
Alergia tardia não mediada por IgE =
IgA e IgG anti-gliadina + biópsia por endoscopia (para avaliar alergia ao glúten);
Teste cutâneo Patch;
Medição de IgG + complemento de alimentos;
Teste citotóxico de linfócitos;
Biorressonância;
Desafio alimentar - Dieta de exclusão (eliminação) e reintrodução: muito útil e de baixo custo.

DIETA DE ELIMINAÇÃO

Consiste na eliminação dos alimentos mais alergênicos e preferir


alimentos orgânicos

Assista agora à aula “Diagnóstico e Tratamento das Hipersensibilidades Alimentares”.

Alimentos consumidos diariamente e principais alérgenos: álcool, pistache, açúcar, mel,


xarope de glicose e frutose.
Grupo 1: Lacticínios de vaca, cabra e ovelha;
Grupo 2: Trigo, centeio, cevada, aveia e malte;
Grupo 3: Feijão preto, soja e as leguminosas mais consumidas;
Grupo 4: Levedo de cerveja e fermento de pão - caso consuma;
Eliminar Grupo 5: Amendoim - caso consuma;
Grupo 6: Castanhas mais consumidas;
Grupo 7: Abacaxi - caso consuma;
Grupo 8: Pimentão - caso consuma;
Grupo 9: Tomate - caso consuma;
Grupo 10: Café com cafeína, bebidas com cafeína (chá verde, mate, chimarrão) caso consuma;
Grupo 11: Repolho - caso consuma;
Grupo 12: Ovo - caso consuma;
Grupo 13: Milho - caso consuma;
Grupo 14: Aminas biogênicas: Vinagre de maçã, fermentados e cítricos - caso consuma diariamente;

AS PESSOAS REAGEM ÀQUILO QUE MAIS CONSOMEM!!


Dieta de eliminação é Padrão Ouro. – Atenção para a baixa de probióticos, enzimas e
ácido clorídrico, pois potencializa as alergias.

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26 Nutrição
Funcional
Rotacionar Frango, gado, porco, peixe, peru, ovos, proteína de arroz, proteína de girassol, proteína de
carnes linhaça, aminoácidos essenciais, whey protein isolado.

Água Alta ingestão

Período de
eliminação 30 a 45 dias (2,5 vidas do IgG).

• Escolher 1 único alimento para teste de reintrodução. Preferir alimentos orgânicos.


• Ingerir o alimento escolhido, 2-3 porções ao longo do dia, mantendo o restante da alimentação.
• Voltar a dieta de eliminação. Nos próximos 3 dias, observar e anotar sintomas - caso ocorram.
Reintrodução:
isolada e • No 5º dia reintroduzir outro alimento ou caso ainda apresente sintomas do alimento testado
gradativa anteriormente deve esperar melhorar sintomas.
• O alimento que não desencadeou sintomas poderá voltar a ser consumido moderadamente
(2x na semana em doses menores) após finalizar o período de reintrodução isolado para cada alimento

• O alimento testado que causou reação não será liberado para consumo, deverá se manter
eliminado até nova testagem.
• Após 3 meses tentar reintroduzir novamente. Se tiver reação alérgica, reintroduzir após 6 ou 9
Atenção
meses. Se continuar tendo reação é possível que não tolere esse alimento.
• Alimentos reintroduzidos após 3, 6 ou 9 meses: devem ser mantidos com consumo em menor
frequência e menor quantidade do que era habitualmente.

Suplementos • Probióticos, Enzimas digestivas (junto as refeições ou longe delas, também) e Ácido Clorídrico.
Auxiliares

Aula 5 – Meio Ambiente, Toxicidade e Detoxificação

Os poluentes do ar, metais tóxicos, agrotóxicos, aditivos alimentares, plastificantes,


medicamentos, produtos químicos e até mesmo metabólitos bacterianos são considerados
toxinas que podem aumentar a produção de espécies reativas de oxigênio no organismo,
levando a danos celulares.

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Nutrição 27
Funcional
Toxinas estão presentes em peixes (principalmente nos de vida mais longa e predadores),
agrotóxicos, na água, no ar, em alimentos contaminados por micotoxinas, em solventes
utilizados no café descafeinado, em garrafas e copos plásticos, em panelas de alumínio e teflon,
maquiagens, gorduras de origem animal, embalagens, inseticidas, pesticidas, antibióticos,
aminas heterocíclicas aromáticas e hidrocarbonetos policíclicos aromáticos resultantes
da queima, amálgamas dentárias, tabaco, álcool, tintas cerâmicas, alimentos enlatados,
medicamentos, entre outros que são fontes de contaminação.

TOXINAS E POLUENTES A QUE ESTAMOS EXPOSTOS AFETAM


OS SISTEMAS DE BIOTRANSFORMAÇÃO E ELIMINAÇÃO NA
MATRIZ DA NUTRIÇÃO FUNCIONAL.

Assista agora à aula “Meio Ambiente”.

Vimos na aula de forma detalhada que tais contaminantes levam a inibição de enzimas,
danos ao DNA, disbiose, aumento da permeabilidade intestinal, aumento de citocinas
inflamatórias, acúmulo de proteínas tau e beta-amiloides, danos à tireóide, disfunção
endotelial, agem como disruptores endócrinos, possuem ação mimética a estrógenos,
induzem a mutação do DNA, podem levar ao câncer, causam disfunção mitocondrial
e estresse de retículo endoplasmático, impedindo o emagrecimento e promovendo a
sarcopenia, inibem a metilação do DNA, desacoplam a fosforilação oxidativa, levam à perda
da integridade da membrana celular e mitocondrial.

Processo de detoxificação: ocorre em todas as células,


principalmente no fígado, rins e intestino.

Assista agora à aula “Xenoestrógenos”.

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28 Nutrição
Funcional
FASE 1 (BIOTRANSFORMAÇÃO): ocorre em todas as células, fígado de 60 a 65% e intestino
20%. É responsável pela conversão de moléculas lipossolúveis em hidrossolúveis. O citocromo
P 450 produz metabólicos intermediários e espécies reativas, permite que o composto possa
ser eliminado na fase II. Polimorfismos genéticos determinam a velocidade e a eficiência da
enzima.

FASE 2 (CONJUGAÇÃO): responsável pela conjugação com glutationa (SH), com


aminoácidos, acetilcoA, sulfato e ácido glicurônico, metilação (SAME). Todos xenobióticos
serão metilados ou glicuronidados e depois excretados por vias urinária e biliar.

Curso Extensão
Nutrição 29
Funcional
FASE 3 (SISTEMA ANTIPORT): não acontece necessariamente após a fase II, não é
necessariamente nessa ordem!!! Glicoproteína P, um transportador transmembrana,
bombeia as toxinas para o meio extracelular, contra o gradiente de absorção. Rins e vesícula
biliar, por exemplo, utilizam-se deste sistema para bombear toxinas pela urina e pelas fezes,
respectivamente. Células tumorais podem fazer com que este sistema seja super expresso
para eliminar quimioterápicos, por exemplo.

Uma toxina qualquer, quando entra no organismo, pode:


1- Ser diretamente e facilmente excretada (menos frequente);
2- Sofrer uma fase I, virar um metabólito e ser excretado;
3- Sofrer fase I, fase II, virar um conjugado e ser excretado (rota mais comum de todas);
4- Passar direto para fase II e ser conjugado;
5- Sofrer a fase I e virar um metabólito REATIVO, sofrer fase II e ser excretado.

FÁRMACOS, XENOBIÓTICOS E SUAS ROTAS DE DETOXIFICAÇÃO VIA FASE 2

Assista agora à aula “Xenoestrógenos”.

Todos xenobióticos serão metilados ou glicuronidados e depois excretados. Mesmo os


suplementos, nutrientes - tudo será usado pelo organismo e depois eliminado. Substâncias
importantíssimas, mas também serão eliminadas! O ciclo natural de tudo envolve uso e
eliminação.

FATORES QUE INFLUENCIAM A CAPACIDADE DE DETOXIFICAÇÃO

Podem influenciar a inibição ou indução da fase 1 e/ou fase 2:


1. Polimorfismos genéticos;
2. Idade e sexo;
3. Alimentação;
4. Estilo de vida;
5. Meio Ambiente;
6. Doenças e medicamentos.

Exemplos:
Mulheres fumantes tem 3x mais riscos de desenvolver câncer de pulmão do que homens
devido a fatores genéticos.
Para crianças, veja tabela de diferenças de produção enzimáticas nos slides da aula.
Metilação (MT), sulfatação (SULT), acetilação (NAT), glicorunidação (UGT) no adulto e nas
crianças. Algumas sobem na adolescência e outras só na vida adulta. Por isso as crianças
são mais sensíveis a diversos poluentes!

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30 Nutrição
Funcional
NUTRIENTES PARA SUPORTE NA FASE 1: tiamina (B1), riboflavina (B2), niacina (B3), ac.
pantotênico (B9), cianocobalamina (B12), biotina, aminoácidos de cadeia ramificada,
glutationa, NAC, fosfolipídios, carotenoides, ácido ascórbico (C), vitamina E, CoQ10, ac. Lipóico,
Se, Zn, Cu e Mn, enxofre (S), flavonóides, silimarina e antocianidinas.

NUTRIENTES PARA SUPORTE DA FASE 2: glicina, L-arginina, L-cisteina, N-acetilcisteina,


l-glutamina- L-glicina , L-taurina, L-metionina, SAME, colina, sulfato de potássio, MSM, selênio,
molibdênio, magnésio, pantotenato de cálcio, niacinamida, riboflavina, piridoxina, cobalamina,
ac. Fólico, ácido ascórbico, silimarina, catequinas, aloe-vera, própolis, alcachofra.

COMO IDENTIFICAR A INTOXICAÇÃO


Sinais e sintomas a observar:

Assista agora à aula “Exames, Sinais e Sintomas”.

SINAIS E SINTOMAS OBSERVAÇÕES:

Hipersensibilidade Químicas Múltiplas Reações a produtos de limpeza, maquiagens, metais, odores, fumaças,
perfumes, medicamentos e outros.

Sintomas musculoesqueléticos Mialgias, artralgias, fibromialgia, síndrome da fadiga crônica

Alterações em marcadores hepáticos Hepatite não viral

Disfunção Cognitiva Disfunção em metilação, adrenalina, noradrenalina, cortisol.

Alterações Hormonais Hipotálamo, hipófise, tireoide, adrenal, ovário e testículos

Sistema Nervoso Autônomo Parestesia e formigamento

Infertilidade Redução ovulação; Redução quali / quantitativa no espermograma.

Menopausa Andropausa precoce Falência hormonal

Doenças autoimunes Radical livre em excesso, indução de disfunção imunológica.

Edema recorrente matinal = POLUIÇÃO

Hipertensão “essencial” Acúmulo de poluentes na matriz extracelular

Piora de sintomas pós anestesia


ou gestação, menopausa Anestesia é um grande desafio aos sistemas de detoxificação

Reações paradoxais
a medicações e suplementos Passa mal com tudo

Resistência à insulina e gordura


visceral “desproporcional” Insulina e relação triglicerídeos/HDL elevada
ao peso/alimentação

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Nutrição 31
Funcional
ANAMNESE: identificar sinais ao aplicar o seguinte questionário:
1- Ao beber café à tarde você perde o sono?
2- Acorda inchado?
3- Se sente mal com cheiros de tinta, gasolina e produtos de limpeza?
4- Apresenta dor de cabeça e fadiga?
5- Sente gosto metálico na boca?

Quando toma o medicamento apresenta muitos sintomas de efeito e tem que reduzir a dose?
Caso a resposta seja SIM para as questões, é sinal de detoxificação lenta.

EXAMES PARA CONFIRMAR DIAGNÓSTICO:

GAMA GT alta, TGO e TGP altas, metais tóxicos (sangue e urina) elevados, anemia, leucopenia,
neutropenia, plaquetopenia, Colesterol LDL Peroxidada, Dialdeído Malônico alto (MDA). Na
tabela, alguns exames específicos:

EXAMES LABORATORIAIS (u) urina, (c) cabelo, (s) sangue OBSERVAÇÕES

Benzeno Ácido trans-trans-muconico (u) Esses 4 exames são usados na


medicina ocupacional, ou seja, só
vai dar positivo para quem trabalha
Tolueno Ácido hipurico (u)
exposto.

Diclorometano Carboxihemoglobina sanguinea (s) Não temos valores de referência.

Medir sangue e urina. É correto ter


Estireno Ac. fenilglioxilico (u) e ac mandélico (u) na urina e, ter pouco ou não ter no
sangue.

Arsênico Arsênico (u/c/unhas/fecal) Medir sangue e urina.

Medir sangue e urina. É correto ter


Chumbo (s/u), ALA-U ou ZPP* e Chumbo (u)
Chumbo na urina e, ter pouco ou não ter no
provocada por 0,5g, EDTA.
sangue.

Mercúrio Mercurio (u/s/c) Medir sangue e urina.

Cádmio Cadmio (s/u/c) Medir sangue e urina.

Urinário só para quem trabalha na


Alumínio Alumínio (s/u/c)
exposição tóxica.

Manganês Manganês (u/s/c/hemácia/fecal)

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32 Nutrição
Funcional
EXAMES LABORATORIAIS (u) urina, (c) cabelo, (s) sangue OBSERVAÇÕES

Níquel Níquel (s/u) Medir sangue e urina.

Medir só urina. Primeira urina


Flúor Fluoreto (u)
da manhã.

GGT = poluído - Biomarcador


Gama GT
de exposição a muitas toxinas:
metais tóxicos, pesticidas
PCR >3, GGT >30, HOMA-IR >3 organoclorados, dioxinas...
= PACIENTE INTOXICADO!!!
Mais importante marcador.

Quanto mais GGT maior a


demanda por glutationa.

Proteína C Reativa PCR = inflamação

HOMA-IR HOMA-IR = RI

MODULAÇÃO DA DETOXIFICAÇÃO

Assista agora à aula “Detox”.

UTILIZAR ALIMENTOS OBSERVAÇÕES

Agrião, brócolis, brotos de brócolis, Provavelmente o mais importante


Brássicas
couve-chinesa, couve-de-bruxelas, grupo.
couve-folha, couve-flor, grão de mostarda, Contém compostos
nabo, rabanete, rábano, repolho, rúcula organoenxofrados que
modulam a biotransformação de
xenobióticos, e podem influenciar sua
toxicidade e
carcinogenicidade.
Modulam reações de fase 1 e fase 2.

Os compostos bioativos têm sabor


Sabor específico
adstringente, acre ou amargo

Os compostos bioativos são


Compostos Broto de trigo, alfafa, cevada, brócolis, feijão, geralmente maiores nos brotos
bioativos X maturação rabanete, trevo, girassol (flores e sementes) do que em
tecidos maduros (folhas)

Folha da alcachofra ou extrato seco defesas antioxidantes, protege as


Alcachofra
padronizado (Altilix) organelas intracelulares

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Nutrição 33
Funcional
UTILIZAR ALIMENTOS OBSERVAÇÕES

Mucosave – para o estômago Protege a mucosa gástrica,


Oputia fícus-indica
CactiN – específico para detoxificação, revertendo lesões ulceradas e
diurese preservando a atividade de
enzimas antioxidantes, inibindo a
peroxidação lipídica e a
fragmentação do DNA.

Ação antioxidante
Aloe vera
Induz enzimas de fase 2

Algas chlorella, spirulina

Inibição da mutagenicidade de
Alho diversos carcinógenos está
Alho cru e picado
intimamente relacionada a sua
capacidade de induzir as
enzimas de fase 2

Própolis Extrato de própolis GST – melhora da toxicidade


hepática

Quercetina e Rutina Chá, cebola e algumas frutas cítricas frutas formação de oxidantes
vermelhas, brócolis e verduras. glutationa
Flavonóides alterações enzimáticas
Modificam a expressão de
diversas isoenzimas do Cit P450

resistência de depleção de
Limão Casca é muito boa para usar no suco verde
glutationa

Pimenta preta; Gengibre; Estimula fase 2 Antioxidante,


Cominho; Canela; antiinflamatório, Antimutagênico
Condimentos
Páprica; Mostarda; cúrcuma, alecrim, e anticancerígeno
orégano, tomilho, sálvia, manjericão,

PANCS azedinha, ora-pro-nóbis, caruru, beldroega, Ação anti-inflamatória,


(Plantas Alimentícias
Não Convencionais) taioba, dente de leão, hibiscos anticancerígena e purificante.

Clorofila Folhas verdes (alface, coentro, salsa, acelga, Antioxidante e antimutagênico


folha de brócolis...)

Efeito destoxificante e protetor


Silimarina Silybum marianum
hepático Antioxidante potente.

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34 Nutrição
Funcional
UTILIZAR ALIMENTOS OBSERVAÇÕES

D-Glucarato Frutas e hortaliças como laranja, maçã, Melhor usar silimarina pelo custo
grapefruit e brássicas e faz o mesmo efeito

Antioxidante, Antimutagênico
Uvas, amoras, framboesa, morangos, Aumenta atividades de fase2
Elagitanina
Ácido elágico groselha preta e outros berries, nozes e Propriedades inibidoras contra a
noz-pecã replicação do vírus HIV.

farinha de casca e semente de uva,


abacate, azeitona preta, azeite de oliva
Outros extravirgem, sementes (gergelim, chia,
linhaça, semente de abóbora e girassol),
farelo de arroz.

CONDUTAS GERAIS PARA DETOXIFICAÇÃO


1- Evitar a exposição, usar alimentos orgânicos;
2- Trocar panelas: preferir cerâmica, vidro ou aço inox;
3- Hidratação ótima e qualidade da água (FUNDAMENTAL NA DETOX);

Testar a qualidade da água usada em casa, saber de que são feitos os encanamentos: PVC,
cobre ou ferro?
Trocar embalagens e garrafas plásticas pelas de vidro. Usar filtros de água, pH 7 a 8, e utilizar
também no preparo dos alimentos.
Beber pelo menos 35 ml/kg ao dia (a desidratação diminui em 20% a produção energética).

4- Aumentar a eliminação com nutrientes e bioativos (hepática, intestinal e renal);


5- Reduzir a absorção intestinal (aumento de fibras dietética e fitoquimicos). Mínimo de 600g
de alimentos crus: saladas, frutas, legumes, sementes;
6- Utilizar ervas e temperos frescos e secos;
7- Utilizar sal grosso moído ou gersal ou sal de ervas;
8- Chás (alecrim, raiz de cúrcuma, gengibre, cavalinha, carqueja, boldo, casca de limão).
500 ml ao dia;
9- Incluir na rotina: sucos verdes diariamente, sementes oleaginosas – remolho 24 h,
leguminosas germinadas, carnes magras/orgânicas/ecológicas;
10- Dosar vitaminas e minerais (zinco, selênio, manganês, vitamina A, vitamina C, cobre,
ferritina, saturação de transferrina) para ajustar suplementação e garantir níveis ideais;

Curso Extensão
Nutrição 35
Funcional
11- Suporte adequado de vitaminas, minerais, aminoácidos e polifenóis que alterem a
biodisponibilidade/toxicidade dos metais tóxicos. Principais suplementos são: silimarina, extrato
de alcachofra, N-Acetilcisteína, extrato de boldo, taurina, DIM, extrato de uva, CactiN, complexo B;

CONTRA O QUE USAR:

Arsênico Detox envolve metilação (folato, B12, B6, Colina, mg)

Vit C: Abs de Pb ( abs Ferro)


Chumbo
Ca, Mg, Fe, Mn e P: Abs do Pb
Proteinas, Zn, Vit E: Toxicidade Pb

Vit. E, Cisteína e Selênio: toxicidade do mercúrio


selênio passagem placentária e concentração no leite materno
Zn, Mn, Cu e Fe: Antagonizam Hg em diferentes órgãos.
Mercúrio
• Ác. Lipóico: favorece a ligação do Hg ao fígado aumenta a excreção do
Hg na bile e aumenta glutationa.
• Microflora converte metilmercúrio em mercúrio inorgânico.
• Excesso de B6: Toxicidade do Hg

• Vitamina C ( Abs Ferro), Fe, Ca, Mg: ↓Abs de Cd


Cádmio • Proteínas, Zn, Cu, Se Toxicidade Cd: > excreção
• Cádmio e Mercúrio tem efeitos Aditivos.

Alumínio Silício, além das medidas gerais

CONTRA TODOS OS METAIS TÓXICOS: Conjugação com glutationa e metilação.

PARA GSH PARA METILAÇÃO


L-cisteína Folato
N-Acetil-Cisteina Riboflavina
L-metionina Cobalamina
Taurina Piridoxina
MSM Fosfaticilcolina
Sulfato de Zinco Betaína
Glicina SAME
L-glutamina

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36 Nutrição
Funcional
12- Quânticos frequenciais e homeopáticos;
13- Atividade física;
14- Contato com a natureza (pés na grama, terra), saunas, infravermelho longo/exposição solar.

Dieta Detoxificante – Sistema A-B-A: mínimo 21 dias

Assista agora à aula “Detox”.

PERÍODO A PERÍODO B
Frutas Frutas

Verduras cruas e legumes cozidos Verduras e legumes


Leguminosas (germinadas): feijão azuki, lentilha, feijão branco
Leguminosas – 1 x ao dia
e grão de bico
Cereais integrais / raízes: inhame, batata doce, arroz integral,
Cereais integrais / raízes – 2 x ao dia
quinua e amaranto, arroz cateto
Oleaginosas- cruas (deixar de molho de um dia para o outro) Oleaginosas
Óleos extra-virgem: para cozinhar = óleo de coco /para salada
Óleos extra–virgem
= linhaça e oliva
Proteínas (ovos caipira, frango caipira, gado ecológico, peixes
do mar (qualquer um exceto tilápia, salmão e panga) até 100 g
2 x ao dia.
Temperos: sálvia, manjerona, manjericão, gengibre, alecrim,
alho, cebola, tudo!

EXEMPLOS DE FÓRMULAS DE SUPORTE DETOX


FASE 1 | Exemplo:

Tiamina 10 – 25 mg

Riboflavina 10 – 25 mg

Niacinamida 30 – 100 mg

Pantotenato de cálcio 150 – 200 mg

Piridoxina 10 – 25 mg

Ácido fólico 200 – 800 mcg

Metilcobalamina 50 – 100 mcg

Biotina 100 – 200 mcg

Ácido ascórbico até 300 mg/dose

Molibdênio 100 a 200 mcg

Selênio 60 a 150 mcg

Dividir em 2 ou 3 doses

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Nutrição 37
Funcional
Cálcio (ascorbato, aspartato, citrato) 200 a 300 mg

Magnésio (ascorbato, aspartato, citrato) 200 a 500 mg

Zinco 15 a 40 mg

Cobre 0,5 a 3 mg

Manganês 1,5 a 3 mg

Dividir em 2 ou 3 doses

Tiamina 7 mg Selênio quelado 50 mg

Riboflavina 7 mg Exselen 50 mg

Niacinamida 40 mg Manganês quelado 0,5 mg

Pantotenato de cálcio 50 mg Zinco quelado 15 mg

Piridoxina 7 mg Sulfato de zinco 5 mg

Metilcobalamina 50 mcg Cobre quelado ? mg

MTHF 100 mcg kelp iodine 100 mcg

Biotina 50 mcg iPlus 50 mg

Ascorbato de Mg 300 mg

1 dose misturada em água, 2x ao dia, no desjejum e no meio da tarde

FASE 2

Glicina 200-2000 mg
l-metionina 200 – 1000 mg

Same 200 – 500 mg


l-cisteina 300 – 2000 mg

n-acetil-cisteina 300 – 2000 mg


l-glutamina 500 – 2000 mg
l-arginina 200 – 1000 mg

Taurina 250 – 2000 mg


Fosfatidilcolina 300 – 2000 mg
Sulfato de /Na/Zn 50 – 150 mg
MSM 150 – 2000 mg
Dividir em 2 ou 3 x ao dia

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38 Nutrição
Funcional
FASE 1 e 2

Quercetina 150 – 500 mg

Aloe vera 50 – 300 ml


Própolis E.S 500 – 2000 mg

Curcumina E.S. pad 95% 500 – 2000 mg


Alecrim E.S 250 – 1000 mg

Óleo de alho 1000 – 2000 mg


Capim de trigo 20 – 60 ml

Silimarina 150 – 250 mg


Altilix 100 – 500 mg

Piperina 10 mg

Clorella/Spirulina 15000 – 5000 mg


Dividir em 2 a 3 porções

Pool de fitoquímicos: modulação mitocondrial, detox, modulação de SIRTs, inflamação.

Silimarina 100-300 mg Vinoxin 25 – 50 mg

Quercetina 25-250 mg Resveravine 5 – 10 mg

Hesperidina 25 – 50 mg Curcumina, ext. 95% 25 – 100 mg

Picnogenol 25 – 150 mg Piperina 5mg

Diosmina 20 – 100 mg Altilix 25 – 100 mg

Açaí E.S 25 – 100 mg Oli-ola 25 – 150 mg

Amora E.S 50 – 200 mg CactiN 125 – 500 mg

Gengibre E.S 25 – 150 mg I-plus 25 – 250 mg

Ascorbato de Mg 100 – 300 mg DIM 25-50Mg

Brocolinol 25-50Mg

1 dose duas vezes ao dia longe das refeições, de 2° a 6°

Pool adaptógeno: 1 dose ao acordar e às 16 h, de 2° a 6°-feira

Rhodiola rósea 150 mg 100 – 400 mg

Panax ginseng 200 mg 100 – 400 mg

Ashwagandha 250 mg 200 – 400 mg

FREQUENCIAIS: Hepatodetox, Renaldetox, Linfodetox, Quellanthus – 1 frasco de cada – usar até


terminar os frascos. Uso 10 gotas sublinguais (reter 30 segundos em boca, fazer bochecho), 3 x ao dia.

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Nutrição 39
Funcional
Aula 6 – Saúde Gastrointestinal

O Sistema Gastrointestinal se refere ao sistema de Assimilação na matriz da NF.


O Sistema Gastrointestinal tem 7 funções. É um sistema digestivo, absortivo, excretor,
neuro-imuno-endócrino e destoxificante.

Assista agora à aula “Saúde Gastrointestinal”.

FUNÇÕES DE DIGESTÃO E ABSORÇÃO:

Nossa digestão se inicia na saliva pela ação da amilase e lipase lingual. A secreção de saliva chega
de 500 a 1000 ml/dia. É “um dos fluídos mais complexos, versáteis e importantes do corpo”.

A importância da mastigação se dá por iniciar o processo de digestão. Conforme o tamanho


da partícula alimentar ingerida se dará o tempo de esvaziamento gástrico (quanto maior a
partícula, maior será o tempo de digestão).

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40 Nutrição
Funcional
A secreção de suco gástrico chega de 2000 a 2500 ml/dia. No estômago, temos lipases
estomacais e nossas células parietais que produzem muco, bicarbonato, fator intrínseco e
pepsinogênio. Em pH ácido, o pepsinogênio é convertido em pepsina digerindo proteínas,
chegando peptídeos e aminoácidos no intestino que induzem a liberação de CCK
(colecistoquinina) e secretina, estimulando as secreções pancreáticas e biliar, onde ocorre
toda a digestão no intestino.

Fisiologia gástrica:
• pH gástrico em jejum: 1 – 3
• pH gástrico no uso de prazóis e outros medicamentos redutores da acidez gástrica: >4

FUNÇÕES DO ÁCIDO CLORÍDRICO


• Facilita a absorção: ferro, cálcio, vitamina B12, certos medicamentos;
• Previne: crescimento bacteriano excessivo (estômago e intestino), infecções entéricas;
• Possivelmente previne: pneumonia adquirida na comunidade, peritonite bacteriana
espontânea, alergia alimentar mediada por IgE.

QUAIS SÃO OS SINTOMAS DO SEU PACIENTE?

HIPOCLORIDRIA HIPERCLORIDRIA

• Azia • Azia
• Eructação • Eructação
• Dor e desconforto APÓS comer
• Dor e desconforto ANTES de comer e alivia com alimentação
• Digestão proteica lenta
• Se sente bem com ácidos* • Digestão proteica normal
*Se houver deficiência de muco, pode se sentir mal • Se sente mal com ácidos
com ácidos.

USAR: USAR:
• Cloridrato de betaína 750-1500mg • Aloe vera
• Solução de HCl (ácido clorídrico): 1 a 7 gotas, diluído
• Espinheira santa
em pouca água, no início das refeições
• Relaxamento • Guaçatonga
• Melhora da função mitocondrial: B1, B5, B6 • Alecrim
• Limão, gengibre, vinagre de maçã, alecrim
• Aloe vera: 2-3 (20 a 30ml) colheres de sopa 10
minutos antes das 3 refeições;

PODE SER CONSEQUÊNCIA DE:


• Infecção por Helicobacter pylori
• Gastrite autoimune / atrófica
• Infecção pelo HIV
PODE CAUSAR:
• Deficiência de Ferro, zinco e outros
micronutrientes

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Nutrição 41
Funcional
O intestino secreta enzimas líticas, peptídeos antimicrobianos e muco. No intestino
delgado ocorre a absorção dos nutrientes.

NUTRIENTES ENVOLVIDOS NA SÍNTESE DOS SUCOS DIGESTÓRIOS


• Sais biliares: ferro, ácido ascórbico (vitamina C), glicina, taurina, sulfato, magnésio;
• Fosfolipídeos: fosfatidilcolina – colina.

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42 Nutrição
Funcional
PROBLEMAS DE MÁ ABSORÇÃO: sintomas de má digestão; fezes excessivamente
volumosas; queda de cabelo e unhas fracas; ondulações nas unhas; pele excessivamente
envelhecida e ressecada; carência nutricional ampla.

Fazer avaliação laboratorial: vitamina B12, ácido fólico, zinco, cobre, manganês, cálcio,
magnésio...

FORMAÇÃO DE CÁLCULOS BILIARES: insulina e citocinas inflamatórias inibem a síntese da


CYP7A1, enzima limitante na síntese dos sais biliares (essenciais para manter a solubilidade da
bile), aumentando, assim, o risco de cálculos biliares.

Função de Excreção:
O intestino grosso reabsorve água e minerais, forma e elimina as fezes. As fezes devem ser
bem formadas, hidratadas, compridas, eliminadas com facilidade, de cor marrom. Como o
tipo 4 na Escala de Bristol.

Para otimizar a formação e excreção fecal devemos manter: ingestão ótima de água e
fibras, exercício físico, probióticos e prebióticos para microbioma ótimos, remover alérgenos e
ter horário para criar hábito.

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Nutrição 43
Funcional
Função Imunológica:

A circulação de linfócitos entre diferentes mucosas é um dos componentes mais importantes


deste sistema, pois permite que as respostas sejam integradas em rede. 70-80% dos linfócitos
do corpo estão no TGI.

Alterações relacionadas à idade na função imunológica da mucosa parecem particularmente


importantes, e podem estar relacionadas ao equilíbrio entre citocinas inflamatórias e anti-
inflamatórias (relembre detalhes na vídeo aula). O intestino é o principal órgão responsável
pela modulação do sistema imunológico. No intestino, temos a GALT (Tecido Linfóide
Associado à Mucosa) responsável pela reatividade ou tolerância imunológica, combate a
antígenos, alérgenos e microorganismos.

No intestino delgado, temos um número de atividade elevada de enzimas de fase 2 de


destoxificação e P-glicoproteína, tornando rara a incidência de câncer neste órgão. Contudo,
no intestino grosso, temos pouca expressão de enzimas de fase 2 e alta expressão de beta-
glicuronidase por bactérias, o que leva à desconjungação de xenobióticos detoxificados
via glicuronidação, resultando em uma maior suscetibilidade de câncer no cólon. A
P-glicoproteína é uma enzima de fase 3, responsável pela eliminação de toxinas dos
enterócitos. Em um intestino hiperpermeável, a P-glicoproteína possui menor eficiência, já
que xenobióticos podem escapar de sua ação.

Função Neuro:

Assista agora à aula “Funções Neurológicas”.

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44 Nutrição
Funcional
Nosso intestino comunica diretamente com o cérebro via nervo-vago comandado pela
acetilcolina (sistema nervoso parassimpático). Bactérias produzem serotonina, dopamina,
acetilcolina, glutamato e GABA (vimos isso em detalhes na vídeoaula, confere lá, ok?!).
Nas células enterocromafins, há produção de serotonina a partir do triptofano, otimizando
a motilidade. Ao ser convertida em melatonina, repara a mucosa. Nosso intestino secreta
inúmeros hormônios controlando as secreções endócrinas e motilidade.

Assita agora à aula “Funções Neurológicas”.

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Nutrição 45
Funcional
MICROBIOTA INTESTINAL - Somatório de todos os micro-organismos que colonizam
determinado local (bactérias, fungos, vírus e outros).

“A composição da microbiota intestinal é essencial


para a saúde e bem-estar do ser humano.”
“A interação entre o hospedeiro e estas bactérias
é muito importante.”

Como é avaliada?

Riqueza - classificação QUALITATIVA de espécies. Mínimo 400 espécies.


Uniformidade – avaliação QUANTITATIVA de cada espécie.
A combinação entre riqueza e uniformidade é expressa como DIVERSIDADE.

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46 Nutrição
Funcional
DESENVOLVIMENTO DA MICROBIOTA INTESTINAL HUMANA
1) Dieta da mãe durante a gestação e amamentação;
2) Parto normal vs. cesariana;
3) Amamentação vs fórmulas;
4) Alimentação;
5) Higiene;
6) Medicamentos - antibióticos;
7) Xenobióticos - emulsificantes, adoçantes (sacarina, aspartame, acessulfame K, sucralose);
8) Genética;
9) Alteração circadiana.

Um aprendizado… “A microbiota intestinal é significativamente influenciada pela


colonização alimentar, com as mesmas espécies detectadas em alimentos consumidos
e nas fezes dos indivíduos.”

Microbioma
Bacterioma somatório dos microorganismos, …e pode incluir ainda a
combinação de dados da
Viroma seu genoma, e dos fatores
metabolômica, metagenômica
ambientais do seu habitat e/ou metatranscriptômica
Micobioma
Archea

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Nutrição 47
Funcional
Disbiose

Os principais fatores que levam à disbiose são: tipo de parto, falta de


amamentação, “superhigiene”, carências nutricionais, hipocloridria,
má mastigação, ingestão de líquido na refeição, hospitalização, uso de
medicamentos, metais tóxicos, flúor, agrotóxicos, estresse e outros.

Assista agora à aula “Fatores que Predispõem à Disbiose no Intestino Delgado”.

Existem tipos diferentes de disbiose:

1- Falta de probióticos
2- Falta de diversidade microbiana
3- Supercrescimento bacteriano (SIBO)
4- Excesso de patógenos

Os principais sintomas de SIBO são: flatulência, refluxo, distensão abdominal, constipação ou


diarreia, alteração no formato das fezes, carência de vitaminas e minerais levando a sintomas
em todo organismo, déficit de crescimento, fadiga, doenças autoimunes, doença de Crohn,
retocolite, esofagite, sepse, ansiedade, depressão, esteatose hepática, resistência à insulina,
obesidade, alergias, câncer e osteoporose.

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48 Nutrição
Funcional
Assista agora à aula “Fatores que Predispõem à Disbiose no Intestino Delgado”.

Tratamento:

Aula 7 – Programa 6Rs

Assista aogora à aula “Detalhando o Programa dos 6Rs”.

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Nutrição 49
Funcional
Todos os R são feitos simultaneamente ao longo de dois meses. O único que pode ficar para
depois é o da reinoculação dos probióticos. Os demais todos são feitos simultaneamente.

Os pré e probióticos do reinocular podem ficar para os 30 dias da segunda fase.


Então: primeiros 30 dias - fazer tudo, exceto reinocular. Após 30 dias - continua com tudo e
inclui reinocular.

ETAPA ATENÇÃO O QUE FAZER?

Alérgenos, Sem alérgenos – retirar cereais com glúten, aveia, lácteos,


1. Remover
xenobióticos, carne vermelha, açúcar, café, feijão. Dieta de eliminação e
contaminantes, reintrodução
embalagens, Usar alimentos orgânicos
parasitas, fungos, Low FODMAPS
SIBO. processados / refinados / industrializados / sal, álcool /
queimados / fritos
verduras, frutas, sementes, ervas e especiarias, carnes
brancas e peixes, óleos não refinados, tubérculos e raízes
Pimentas em grão (piperina), louro e noz moscada reduzem
a permeabilidade intestinal
Óleo de orégano, antimicrobiano geral - 200mg, 3x/dia
Ideal – liberação entérica, lenta
Berberina, antimicrobioano, antiprotozoário, antifúgico – 200
a 500mg, 3x/dia
Óleo de alho – 1cp, 500mg, de 8/8h
Óleo essencial de Mentha piperita - 0,2-0,4 mL, até três
vezes ao dia - 1 a 2 semanas, máximo 3 meses. SII - em
cápsulas gastro-resistentes e para demais – preparações
diluídas ou suspensões.
Própolis, suspensão / tintura: 20-30gts, 3 a 4x ao dia, em
água
Sementes de frutas cítricas, melão, abóbora - Não torrar,
apenas secar
Alecrim, orégano, alcaçuz, gengibre, alho, cebola, cúrcuma -
Frescos ou secos
Cranberry - Extrato seco: 120 a 800mg 1 – 2x/dia ou Suco
120 a 300mL 1 a 3x/dia
Artemisina – para SIBO
Tomilho – bactérias e leveduras
Cravo – contra fungos e leveduras
Anis – contra fungos e leveduras
Endro – fungos e leveduras

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50 Nutrição
Funcional
ETAPA ATENÇÃO O QUE FAZER?

2. Reparar Mucosa gástrica e Vitamina A - 5000 – 10000UI / dia - Meta 0,5 a 0,7 mg/L no exame laboratorial

Zinco: 20 – 40mg/dia - Meta >95mcg/dl no exame laboratorial


intestinal, tight
Vitamina D3: - Meta 40 – 60ng/ml no exame laboratorial
junctions,
Probióticos, Prebióticos e fibras 29g/dia, alimentos Fermentados
replicação celular
L-Glutamina 2 – 5g/dia

L-Arginina: 1 a 5g/dia

Aloe vera Gel -50ml, 1 a 3x/dia, longe das refeições

Jejum - intervalo mínimo de 12h

Vitaminas B2, B5, B6, B9, magnésio

Treonina, triptofano

TCM (óleo de coco?)

Espinheira santa, guaçatonga

Frequenciais e organoterápicos de intestino.

Betaína HCl 200mg - 1 a 5cp, no início das refeições, ajustar a dose ao


3. Recolocar Mastigação, ácido
volume da refeição, ao tipo de alimento
clorídrico, enzimas
Solução de ácido clorídrico 5% - 1 a 7gts, em 50ml de água, no início das
digestivas
refeições - pode ser tomada com canudo
Enzimas Digestivas: 1 dose, com as refeições - por 60, 90 a 120 dias
• Bromelina 50 - 180mg – 3xdia
• Protease 50 -100mg – 3x/dia
• Papaína 50 – 100mg – 3x/dia
• Pepsina 50 - 100mg – 3x/dia
• Tripsina 50 – 100mg – 3x/dia
• Pancreatina
Outros: alecrim, gengibre, zinco, complexo B, limão, vinagre de
maçã.

Curso Extensão
Nutrição 51
Funcional
ETAPA ATENÇÃO O QUE FAZER?

4. Reinocular Probióticos, Probióticos


prebióticos e
alimentos
fermentados

Prebióticos = aviar 300g em partes iguais de: Polidextrose,


FOS, Inulina, Goma acácia (FibreGum) -
• Usar 1 colher de chá 2-3x ao dia ou 1 colher de sobremesa
1-3x/dia

Antocianinas e polifenóis têm ação prebiótica


Psyllium, farelo de arroz, frutas, verduras, legumes,
alimentos fermentados (kefir de água, chucrute, kimchi,
natô), Kombucha
Saccaromyces cerevisiaie

5. Reequilibrar Estilo de vida = Higiene do sono, meditação, exercício físico,


Meditação / estresse, espiritualidade, relacionamentos pessoas
sono, atividade física

6. Reavaliar Após 30, 60, 90 dias Reintroduzir alérgenos, reinocular probióticos, introduzir
jejum intermitente, alterar o exercício físico, modificar a
suplementação

Curso Extensão
52 Nutrição
Funcional
Exemplos de Tratamento:

Curso Extensão
Nutrição 53
Funcional
Assista agora à aula “Dieta Anti Cândida - Anti SBID”.

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54 Nutrição
Funcional
Curso Extensão
Nutrição 55
Funcional
Curso Extensão
56 Nutrição
Funcional
Curso Extensão
Nutrição 57
Funcional
Aula 8 – Inflamação

Sempre que pensamos em inflamação, relacionamos na Matriz de Inter-relações Metabólicas


na parte de Defesa e Reparo. Tudo que envolve alergias e hipersensibilidades, infecções,
autoimunidade, enfim, uma correlação com mediadores secretados por células imunológicas.

Assista agora à aula “Inflamação”.

A inflamação é necessária à vida. Sem inflamação não há reparo tecidual de lesões,


ferimentos e danos celulares, não há defesa contra antígenos, sejam alimentares ou
ambientais (pó, poeiras, dermatófagos, pelos de animais, etc.), ou patógenos, sejam vírus,
fungos, bactérias ou parasitas. O problema aparece quando essa inflamação se torna crônica
e não se resolve. Os sinais comuns de dor, calor, rubor e perda de função, que deveriam ser
processos agudos, se tornam frequentes ou até constantes.

Curso Extensão
58 Nutrição
Funcional
MAS COMO SURGE A INFLAMAÇÃO?

Na inflamação, há polarização de macrófagos que se convertem no tipo M1, que infiltram


no tecido adiposo induzindo liberação de adipocinas inflamatórias, levando à resistência à
insulina, doenças autoimunes, neuroinflamação, hipertensão, esteatose hepática, sarcopenia,
obesidade, depressão, diabetes, câncer e demais doenças crônicas não transmissíveis.

Um processo comum é a anemia da inflamação, em que há um aumento de citocinas


inflamatórias como IL-1, IL-6, IFN-y e TNF-alfa que aumentam a expressão da hepcidina
que, por sua vez, bloqueia a ferroportina, impedindo o transporte do ferro da ferritina do
baço e sua absorção nos enterócitos. Além disso, reduz a síntese de eritropoietina pelos rins,
aumenta a resistência medular à eritropoietina, inibe a maturação adequada das hemácias e
aumenta a eritrossedimentação.

Curso Extensão
Nutrição 59
Funcional
A resolução da inflamação depende de mediadores advindos principalmente do ômega
3 (EPA e DHA): resolvinas, protectinas e maresinas. As lipoxinas advindas do ômega 6,
adenosina e acetilcolina (sistema nervoso parassimpático), gases como o ácido sulfídrico e
monóxido de carbono, lisofosfolipídeos e polifenóis também estão envolvidas na resolução
da inflamação.

Curso Extensão
60 Nutrição
Funcional
Quanto mais ômega 6 mais mediadores pró-inflamatórios. Quanto mais ômega 3 mais
mediadores anti-inflamatórios e resolutórios da inflamação.

• Gatilhos

Assista agora à aula “Detalhando os Gatilhos da Inflamação”.

1- Microbioma --> a disbiose aumenta citocinas inflamatórias e gera aumento de


permeabilidade, doenças autoimunes, resistência à insulina, sobrecarga hepática, anemia,
neuroinflamação, disfunção endotelial, alteração de perfil lipídico e glicêmico, sepse.
“Microbioma é um regulador do status inflamatório do ser humano”

Curso Extensão
Nutrição 61
Funcional
Assista agora à aula “Genesis Inflamatório”.

2- Agrotóxicos e Poluentes --> aumento da produção de radicais livres -> disfunção


mitocondrial resistência à insulina -> acúmulo de gordura -> inflamação crônica ->
hipertensão, danos ao DNA, câncer, disrupção endócrina, alteração de neurotransmissores.

3- Metais Tóxicos --> inibem a absorção de minerais, impedem o funcionamento enzimático,


ativam genes pró inflamatórios, possuem ação inflamatória e genototóxica, elevam a
produção de radicais livres.

4- Poluição do ar e cigarro --> disfunção mitocondrial, estresse de retículo, depleção de


glutationa, apoptose celular, mutações genéticas, peroxidação lipídica, hipóxia, edema.

5- Estresse oxidativo --> poluentes, toxinas, ácidos graxos de membrana e metabólitos


endógenos metabolizados pelas enzimas do citocromo P450, COX, LOX, xantina oxidase e
NADPH oxidase, radicais livres -> dano celular.

Curso Extensão
62 Nutrição
Funcional
É necessário ter um equilíbrio redox, isto é, um equilíbrio de antioxidantes exógenos como
polifenóis, vitaminas C e E, além de enzimas antioxidantes endógenas como glutationa,
catalase e superóxido dismutase em relação às moléculas reativas, visando sua neutralização.

6- Hipóxia e isquemia --> o aumento da expressão de HIF-1a inibe a fosforilação oxidativa


mitocondrial, aumenta a disfunção mitocondrial, ativa a fosfolipase A2, aumenta a glicólise
anaeróbica, a produção de lactato, a proliferação de tumores e danos à matriz extracelular.

7- Citocinas --> algumas pessoas possuem predisposição genética à maior expressão/


produção de citocinas inflamatórias.

8- Alergias e hipersensibilidades --> promovem a liberação de mediadores inflamatórios,


imunoglobulinas, formação de imunocomplexos que levam à destruição celular.

Curso Extensão
Nutrição 63
Funcional
Assista agora à aula “Alergia e Sensibilidade Alimentar”.

9- Ácidos graxos trans industriais --> ativam receptores TLR4, ativando genes pró-
inflamatórios e oxidantes. Alteram a conformação das membranas celulares e sinalização
química.

10- AGES (produtos finais de glicação avançada) --> vão se ligar a receptores RAGES
induzindo a produção de radicais livres e citocinas inflamatórias. São formados em alimentos
submetidos a altas temperaturas ou formados no próprio organismo quando há uma
alimentação de alta carga glicêmica.

11- Cloreto de sódio --> além da correlação com hipertensão, aumenta a polarização de
linfócitos TH17 envolvidos com autoimunidade.

12- Ácidos graxos --> saturados ou os próprios ácidos graxos produzidos pelo fígado devido à
resistência à insulina ativam receptores TLR4 induzindo a resposta inflamatória.

Curso Extensão
64 Nutrição
Funcional
“A apresentação clínica das doenças crônicas parece ser o resultante de fatores
iniciadores modulados por fatores genéticos e ambientais, que influenciam a expressão
gênica que influencia a ativação do processo inflamatório.”

Modulação da Inflamação
1. Remova os gatilhos
2. Cuidados alimentares: remova alérgenos, use alimentos orgânicos, reduza w6 e aumente w3,
aumente ingestão de alimentos “ricos em fibras” - frutas, verduras, sementes, reduza a ingestão
de AGEs oxidados, reduza a carga glicêmica, elimine AG trans industriais, reduza o excesso de sal
e aumente uso de especiarias
3. Conserte o intestino – Programa 6Rs
4. Detoxificar e reduzir a exposição a toxinas e metais tóxicos
5. Atividade física adequada

Assista agora à aula “Modulação da Inflamação”.

Curso Extensão
Nutrição 65
Funcional
6. Sono adequado
7. Reduza os níveis de estresse/ansiedade/depressão - Introduza técnicas de meditação e
relaxamento, trabalhe emoções saudáveis
8. Manter níveis ótimos de micronutrientes
9. Dieta Mediterrânea, de Okinawa, DASH reduzem a inflamação - substituir duas porções
de carne vermelha por leguminosas (lentilha, grão de bico, ervilha - sem soja), 3x/semana, 8
semanas = ↓ marcadores inflamatórios, independente de emagrecimento.

Aula 9 – Mitocôndria

Nossa saúde depende muito das mitocôndrias.


Devemos otimizar a função mitocondrial e prevenir
a sua disfunção. Devemos obter todos os nutrientes
necessários para a nutrição adequada das mitocôndrias,
para que elas não se danifiquem e continuem
produzindo energia de uma forma otimizada e, assim,
possamos manter nossa saúde.

Assista agora à aula “Mitocôndria”.

Curso Extensão
66 Nutrição
Funcional
Como as Mitocôndrias Produzem Energia
As mitocôndrias possuem em seu interior cristas por onde são transportados os elétrons, que
resultam do metabolismo final das gorduras e carboidratos. É importante saber que esse
processo também produz radicais livres, como as espécies reativas de oxigênio (ROS), que
podem lesar as células e o DNA.

A velocidade com que nosso corpo envelhece depende do modo como as mitocôndrias
trabalham e do quanto os danos causados pelos radicais livres podem ser neutralizados
com uma alimentação adequada ou com uma suplementação com antioxidantes, como
as vitaminas, sais minerais e nutracêuticos. Se a produção de radicais livres é muito grande
(stress oxidativo), este excesso então passa a ser patogênico.

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Disfunção Mitocondrial

A disfunção mitocondrial é definida como a incapacidade da mitocôndria em gerar e


sustentar os níveis de ATP através da fosforilação oxidativa, em resposta a demandas
energéticas.
Há evidências de que a disfunção mitocondrial está associada com diversas doenças não
transmissíveis como, por exemplo: sarcopenia, Alzheimer, esteatose hepática, inflamação
crônica e diabetes tipo 2. A disfunção mitocondrial implica em alterações renais, cognitivas,
cardíacas, oculares, auditivas, musculares, hepáticas, pancreáticas, reprodutivas e da medula
óssea.

Metais tóxicos, plastificantes, falta de nutrientes cofatores mitocondriais, hipotireoidismo, falta


de estradiol, estresse, insônia, sedentarismo, excesso calórico, disbiose e hiperpermeabilidade
intestinal, agrotóxicos e falta de antioxidantes na alimentação podem levar ao aumento
da produção de radicais livres que danificam as mitocôndrias. O cádmio ↑ citocinas pró-
inflamatórias e induz danos nos hepatócitos, desfiguração do retículo endoplasmático
rugoso, necrose celular e dano mitocondrial, por exemplo.

Outro fator é a insuficiência da síntese do hemo. Antes de faltar hemo para a síntese de
hemoglobina, já pode estar faltando para a síntese do citocromo mitocondrial, levando
ao aumento da produção de radicais livres e dano mitocondrial. Para síntese do hemo
precisamos de: ferro, biotina, cobre, B2, B5, B6, B12, ácido lipóico, vitaminas A, C, zinco,
magnésio, manganês, selênio.

Mitohormese

Promoção da saúde e longevidade pelos radicais livres. É o processo em que as espécies


reativas do oxigênio (ROS) produzidas pelas mitocôndrias em uma baixa concentração atuam
como moléculas da sinalização para iniciar uma cascata dos eventos celulares que protegem
dos efeitos prejudiciais. Um pequeno estresse leva à adaptação mitocondrial, promovendo
a ativação de genes relacionados à expressão de enzimas antioxidantes, flexibilidade
metabólica e biogênese mitocondrial.

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Através de um pequeno estresse gerado ao organismo é induzida uma adaptação
mitocondrial que acarreta biogênese mitocondrial, aumentando a capacidade de produção
energética. Isso pode ser feito através do consumo de fitoquímicos, como o resveratrol
presente nas frutas roxas e vermelhas, no hidroxitirosol das azeitonas e azeite de oliva,
no sulforafano do brócolis, no ácido ferúlico do farelo de arroz e feijão branco, no ácido
carnosóico da sálvia e alecrim, na quercetina da cebola roxa e da maçã, na curcumina da
cúrcuma, seja através da restrição calórica intermitente ou através do exercício físico.

Sinais e sintomas relacionados à disfunção mitocondrial:


Ptose, fadiga (o dia todo), dor muscular, alterações cognitivas, perda auditiva, retinite
pigmentosa, neuropatia ótica, câimbras, fibromialgia, intolerância a exercícios, hipoglicemia,
atrofia muscular, perda de proteínas e minerais na urina, lesão renal, resistência à insulina,
diabetes, digestão prejudicada, infertilidade, anemia, plaquetopenia, leucopenia, arritmia,
taquicardia, dificuldade em perder peso, esteatose hepática e envelhecimento precoce.

DICA: TGO MAIOR QUE TGP PODE SER SINAL DE DISFUNÇÃO MITOCONDRIAL.

• Mitocôndria e Cérebro
O cérebro está sujeito à disfunção cognitiva nas situações de disfunção mitocondrial.

Doenças em que existe disfunção mitocondrial

Retardo Mental Autismo Demência

Vertigens Enxaquecas atípicas Avc e eventos semelhantes

Ataxia cerebelar Alzheimer Parkinson

Distúrbio bipolar Esquizofrenia Ansiedade

Atraso no desenvolvimento Doença de Huntington

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• Mitocôndria e Ouvidos
Perda auditiva neurossensorial -> Perda pela idade está associada a dano mitocondrial.
• Mitocôndria e Olhos
Carotenos são fundamentais para proteger os olhos da luz ultravioleta azul. Gema do ovo -
luteína e zeaxantina (biodisponibilidade) - fundamentais para saúde ocular.

Neuropatia ótica Atrofia ótica

Atrofia da retina Retinite pigmentosa

• Mitocôndria e Coração
O papel da mitocôndria é muito importante no coração, pois é o músculo que não tem
repouso!

Nutrientes importantes do coração: taurina (coração de galinha) , CoQ10, carnitina, magnésio.


*a falta de vitamina C prejudica o lobo frontal -> associado a depressão, mudança de humor.

Defeitos na condução cardíaca Miocardiopatia hipertrófica

Morte súbita Falência cardíaca

Doenças cardiovasculares Aterosclerose

• Mitocôndria e Músculos

Hipotonia Fraqueza Cãibras

Dores musculares Ptose - pálpebra caída Oftalmoplegia

Sarcopenia Intolerância aos exercícios Fadiga

Síndrome da fadiga crônica Fibromialgia Síndrome miofascial

• Mitocôndria e Fígado

Hipoglicemia Esteatose Hepática não alcoólica

Defeitos na gliconeogênese Hepatocarcinogênese ligada a Hepatite C

Em um paciente que evolui de uma hepatite C para um câncer há disfunção mitocondrial


muito importante do fígado. Se proteger as mitocôndrias desse fígado, possivelmente
diminuirá a progressão ao câncer.
Quando a pessoa fica com sintomas de hipoglicemia - fraqueza, irritabilidade, dor cabeça,
perda de concentração - é sinal da disfunção mitocondrial.

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• Mitocôndria e Rins

Disfunção tubular renal Possível perda de (proteínas) Síndrome Falência


proximal (Síndrome de aminoácidos, magnésio, fósforo, nefrótica renal
Fanconi) cálcio e outros eletrólitos

• Mitocôndria e Pâncreas

Diabetes Disfunção / falência do pâncreas exócrino

SEMPRE QUE HOUVER RESISTÊNCIA/SENSIBILIDADE INSULINA - PENSAR EM MITOCÔNDRIA


IMPORTANTE: ÁCIDO LIPÓLICO/ACETILCARNITINA/MEDIR COQ10 E SE NECESSÁRIO REPOR!

• Mitocôndria e Medula óssea


1. Anemia
2. Neutropenia
3. Trombopenia
4. Mielodisplasia

• Mitocôndria, espermatogênese e infertilidade masculina

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• Outras situações... 6. Atrofia vilositária
1. Dificuldade no ganho de peso 7. Deficiência de GH
2. Baixa estatura 8. Cabelos secos e quebradiços
3. Problemas respiratórios e “fome por ar” 9. Envelhecimento e senescência
4. Diarreia 10. Redução de andrógenos, mineralo
5. Hipocorticismo hipotalâmico e glicocorticóides

Passos para saúde mitocondrial


1. Avaliar
2. Detoxificar
3. Nutrir

Assista agora à aula “Mitocôndria - Conclusões”.

1. AVALIAR

Avaliação clínica das exposições tóxicas


1. Tipos de panelas e utensílios de cozinha: aço inoxidável/vidro/cerâmica atóxica
2. Uso excessivo de plásticos: garrafas de água, potes para armazenamento de alimentos,
copos para chá e café
3. Uso excessivo de cosméticos/perfumes/antitranspirantes
4. Obturações de amálgama de mercúrio
5. Uso de anticoncepcional oral

Avaliação bioquímica de quadro tóxico crônico


1. Metais tóxicos (sangue e urina): alumínio, cádmio, mercúrio, chumbo, arsênico, níquel, cobre
2. Gama GT, proteína C reativa, ácido úrico, leucócitos totais, plaquetas
7. Avaliação do nível ótimo dos nutrientes: selênio, magnésio, cobre (soro/plasma), manganês
(sangue total), ferritina, zinco (plasma), ácido ascórbico (plasma), retinol

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2. DETOXIFICAR
Assista agora à aula “Detox”.

1. Dieta: consumo de água de pelo menos 35ml/kg, alimentos orgânicos, alta ingestão de
frutas e verduras, ervas e temperos frescos ou secos, sementes oleaginosas – remolho de 24-
48h, leguminosas – germinadas, sucos verdes diariamente
2. Suplementos alimentares - clorella, spirulina e outros
3. Chás
4. Fitoterápicos
5. Homeopatia - Plumbum metallicum C30, Cadmium metallicum C30, Aluminum
metallicum C30 - 20ml – 7 gts sublinguais ao deitar
6. Frequenciais - Hepatodetox – 1 frasco, Renaldetox – 1 frasco, Linfodetox – 1 frasco,
Quellanthus – 1 frasco - 10 gts sublinguais de cada (reter 30 segundos) 3x/dia (Brisium
também pode ser usado)
7. Outros: Saunas de infravermelho longo

3. NUTRIR

Como “ressuscitar” mitocôndrias


Suplementos: acetil L carnitina, PQQ, extrato de alcachofra, silimarina, extrato de uva,
extrato de oliveira, berberina, curcumina, extrato de chá verde, coenzima Q10, magnésio,
manganês, creatina, ômega 3, glutationa/NAC, melatonina, nutrientes para síntese do
hemo (ferro bisglicinato, biotina, complexo B, zinco, selenometionina, ácido lipóico,
vitaminas A, C, cobre, enxofre, entre outros conforme exames sanguíneos.

Alimentos: brotos de brócolis, brócolis, repolho, farelo de arroz, feijão branco, linhaça,
cúrcuma, azeitona preta, azeite de oliva extravirgem, agrião, alcachofra, morango, açaí,
uvas, mirtilo, sálvia, alecrim, sardinha, castanha do pará.

Outros: otimizar a síntese de T3 e glutationa, manter níveis ótimos de estradiol, consumir


fibras (hidrogênio atômico produzido por bactérias atua como antioxidante mitocondrial),
realizar técnicas anti-estresse, praticar a higiene do sono, fazer exercício físico e restrição
calórica intermitente (jejum intermitente).

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Assista agora à aula “O Efeito do Extrato da Folha de Alcachofra”.

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• Como otimizar as mitocôndrias

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Aula 10 – Disfunção Adrenal

Insuficiência adrenal é uma síndrome endócrina resultante da


deficiência na produção de certos hormônios pelas adrenais, a
saber:
• cortisol, hormônio glicocorticoide;
• aldosterona, hormônio mineralocorticoide;
• andrógenos, hormônios secretados em pequena quantidade
pelas suprarrenais.

Assista agora à aula “Disfunção Adrenal”.

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Nutrição 77
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As manifestações da insuficiência adrenal podem ser divididas em três síndromes clínicas:

1. Insuficiência adrenal primária crônica (ou doença de Addison, nos casos extremos): ocorre
por destruição ou disfunção do córtex adrenal. A própria adrenal não responde aos estímulos
da hipófise e do hipotálamo. Apenas nesse caso ocorre deficiência de mineralocorticoide.
Geralmente, a adrenal produz bem os hormônios, o que geralmente ocorre é que ela produz
em horários errados. Os valores encontrados de ACTH são normais ou aumentados.

2. Crise adrenal (estado de insuficiência adrenal aguda que ocorre em pacientes expostos a
um estresse agudo como infecção, trauma, cirurgia ou desidratação intensa): problema na
hipófise. Exames: CRH alto e ACTH baixo e cortisol também abaixa. Mais frequente, porém mais
suave. ACTH sérico próximo do valor mínimo. Significa que hipófise não está atuando de forma
adequada.

3. Insuficiência adrenal secundária: ocorre por deficiência na secreção hipofisária do principal


fator trófico adrenal, o hormônio adrenocorticotrófico (ACTH). Menos comum! Existem aspectos
clínicos variáveis a depender da etiologia específica apresentada dentro de cada síndrome.

Cortisol – o que é e como é produzido?

O cortisol, também chamado de hormônio do estresse, é produzido na parte externa das


glândulas suprarrenais, chamada de córtex adrenal. A principal função desse hormônio é
responder aos diferentes estressores aos quais diariamente somos submetidos. Ou seja, para
manter o equilíbrio, seus níveis devem permanecer elevados durante o dia – para que o corpo
tenha energia. Durante a noite, devem baixar de forma substancial.

Em síntese, quando o corpo é submetido a situações de estresse, é o cortisol que libera


estímulos para que possamos reagir da melhor maneira às situações. Cortisol destrói o
hipocampo e o DHEA protege. Cortisol alto à noite bloqueia a melatonina.

É produzido a partir do colesterol. O LDL doa o colesterol, a enzima Star o transporta para
dentro da mitocôndria. Dentro da mitocôndria tem a enzima P450 que converte pregnolona. A
pregnolona sai da mitocôndria para o reticulo endoplasmático, lá é convertida em progesterona
e deoxycortisol, que volta para a mitocôndria e vira cortisol.

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Assista agora à aula
“Quais as Causas dessa
Insuficiência”.

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FATORES QUE GERAM DISFUNÇÃO ADRENAL: AMBIENTAIS, ESTRESSE, ALÉRGENOS
ALIMENTARES, MAIS DE 24H EM JEJUM, ELETROMAGNETISMO, GORDURA ABDOMINAL,
PARASITAS...

Ações do cortisol:
• Aumento da glicemia e resistência à insulina
• Degradação proteica e catabolismo ósseo e muscular
• Reduz absorção de cálcio e aumenta sua eliminação
• Aumento da permeabilidade intestinal
• Obesidade central
• Ansiedade, depressão e insônia
• Alteração na expressão gênica
• Atrofia do timo e imunossupressão
• Hipotireoidismo
• Ativa o sistema renina- angiotensina-aldosterona-hipertensão
• Infertilidade

Sinais de deficiência do cortisol


• Fadiga, fraqueza, hipotensão (passa mal no calor), hipotensão postural (levanta e enxerga
tudo preto), eletrólitos desequilibrados, sódio sérico baixo (podem ocorrer desmaios), altos
níveis de potássio e acidose metabólica, hipoglicemia, tontura, desmaio.
• Só acorda com café, dificuldade em levantar da cama, desejo por alimentos salgados,
anorexia, amenorréia, queda de libido, dor muscular e articular, intolerância ao estresse,
sintomas pioram quando em pé.

Sinais de excesso de cortisol


• Irritabilidade, distúrbio de sono, despertar na madrugada, sarcopenia, obesidade central
(gordura abdominal), resistência à insulina, fome, compulsão por doce, tremores entre
as refeições, cefaléia, infertilidade, pele oleosa, fragilidade capilar, hematomas (devido à
fragilidade dos capilares sanguíneos), HIPERTENSÃO.

ATENÇÃO - Sintomas EM HORAS ESPECIFICAS: A adrenal segue o ritmo circadiano, então


atenção para caso de sintomas que variam nos horários do dia: acordar cansado, cansaço
no final da tarde ou pós estresse, melhora do cansaço à noite - isso mostra desequilíbrio
pois foge do ritmo circadiano normal!!!

DICA: verificar o site: www.endotext.org/chapter/adrenal-insufficiency

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80 Nutrição
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CORTISOL: A concentração de cortisol no organismo sofre variações durante o dia.
Normalmente, é alto de manhã e 8 ou 10x menor à noite. PESSOAS SAUDÁVEIS: acordam sem
DESPERTADOR, acordam no mesmo horário independente se é final de semana, não precisa
de nada externo para acordar. Deveríamos acordar no horário que o corpo PEDE e dormir
CEDO!

Paciente pode ter uma produção alta e depois uma produção baixa, por isso chamamos
de DISFUNÇÃO ADRENAL do ritmo circadiano ou seja, do ciclo biológico de 24h, que é
responsável pelo horário de sono, temperatura, digestão, renovação das células, etc.

RITMO CIRCADIANO DE CORTISOL

Sangue: verifica se o corpo produz ou não. Cortisol sérico sobe naturalmente durante a noite
(entre 4h e 8h da madrugada) e uma hora após acordar ele tem seu pico. Cortisol sérico não
tem que ser 8h, só se acorda às 7h. Deve ser medido uma hora após acordar, nesse horário
será seu maior nível do dia.

Quando está: <3 mcg/dl - fortemente sugestivo para insuficiência adrenal


<10 mcg/dl - provável sugestão de insuficiência adrenal
<18 mcg/dl - normal, porém durante doença, estresse ou ACTH
elevado (trabalha mais para manter cortisol) é sinal de INSUFICIENCIA ADRENAL.

Urina: identifica a produção diária sem analisar ritmo circadiano, não mostra momento do
dia em que há FALTA OU EXCESSO.

MUITAS VEZES TEMOS PRODUÇÃO TOTAL NORMAL, MAS EM HORAS ERRADAS – ISSO
NÃO É FADIGA ADRENAL, MAS DESREGULAÇÃO DO RITMO CIRCADIANO ADRENAL!

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Nutrição 81
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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
• 24 horas: pode ser usado para diagnóstico de síndrome de Cushing e doença de Addisson.
• 1ª urina da manhã: mede a quantidade de cortisol livre na urina. Considerar insuficiência no
quartil inferior. Alguns laboratórios fazem com amostra de urina de 24 horas.
• 2ª urina da manhã: MENOS TESTADO. Medir para pegar pico ou pode fazer só a 1ª urina e, se
estiver baixo o cortisol, condiz com fadiga crônica que representa sua noite. O 17-hidroxicor-
ticoesteroides só ESTÁ BAIXO em deficiência severa (quartil inferior para demostrar fadiga
adrenal).

Saliva: avalia com precisão a quantidade de cortisol na saliva, a fração livre. Mostra o ritmo
circadiano. Ajuda a diagnosticar estresse crônico ou diabetes; Medir 1h após acordar, entre 7h
e 9h, e este deve ser o maior valor do dia.

CURVA DO CORTISOL: pode fazer 3, 4 ou 5 pontos. 3 pontos: ao acordar, meio da tarde e ao


deitar. JÁ É SUFICIENTE. Só faz de madrugada se acordar!
O MAIOR É A 1ª medição = 1 hora após acordar (entre 13 e 18 é o ideal se não for atleta, pessoa
comum).

Para saber do EXCESSO DE CORTISOL: medir à noite!

O QUE MAIS ATIVA O CORTISOL:


• CIGARRO, ÁLCOOL, PESO EXCESSIVO OU MUITO BAIXO, ESTRESSE MENTAL OU
EMOCIONAL
• PRIVAÇÃO DE SONO
• EXERCÍCIO AERÓBICO, JOGOS COMPETITIVOS - aumenta adrenalina e cortisol
• OBESIDADE
• INFLAMAÇÃO
• HIPERTENSÃO
• HIPOTIREOIDISMO
• COLESTASE
• HIPÓXIA
• ALCAÇUZ - aumenta muito o cortisol
• VITAMINA D
• FORSKOLIN
• TORANJA

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82 Nutrição
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O que faz ter menos cortisol - TRANSFORMA CORTISOL EM CORTISONA
(FORMA INATIVA DO CORTISOL)
• Boa sensibilidade à insulina
• Menos inflamação
• Hipertireoidismo
• Pouco sódio
• Hormônio do crescimento
• Estradiol
• Café (diminui cortisol e aumenta cortisona. Aumenta energia por aumentar AMP cíclico
através da cafeína, aumenta adrenalina no SNC, mas degrada o cortisol em cortisona e vai ter
que fazer você produzir mais com o tempo.)
• Musculação sem exercício aeróbico - melhora tônus, aumenta gh e reduz cortisol
• Sono muito relaxante
• Rosiglitazona - medicamento
• Cetoconazol – medicamento

SUGESTÃO: Aplicar Questionário de SAÚDE EMOCIONAL. Se a soma for maior


de 20 pontos, sugerir tratamento e orientação com psicólogo ou psicoterapeuta.

Assista agora à aula “Quais as Causas dessa Insuficiência”.

DHEA: DHEA Livre (salivar, portanto) que determina se há sintomas ou não. DHEA gera
androsterona, que gera estradiol e testosterona. Quanto maior a idade, menor o DHEA.

FALTA DE DHEA: cansaço não tem hora como o do cortisol. Por exemplo, aquela pessoa que
trabalha e chega ACABADA EM CASA (resistência aos receptores de glicocorticóides e/ou não
consegue liberar cortisol).

SDHEA: prediz longevidade em homens. Quanto menor o quartil de SDHEA, maior mortalidade
total e risco cardiovascular.
SDHEA está na intersecção da fisiologia endócrina e vascular, metabolismo e função imune,
todos conhecidos mecanismos envolvidos no envelhecimento. Ele também está relacionado
com menor resistência à insulina, suprime os efeitos tóxicos do cortisol no sistema imunológico e
no sistema neurológico. Fumo, envelhecimento e obesidade são determinantes para diminui-lo.
Desejável = SDHEA sérico > 200 mcg-dl. SDHEA MELHOR NO QUARTIL SUPERIOR!

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Nutrição 83
Funcional
PRINCIPAIS SINTOMAS DE DEFICIÊNCIA DE DHEA: Fadiga moderada que
dura o dia todo, piora da memória, baixa resistência ao barulho, ansiedade,
queda de libido, humor ruim, dores articulares.

Assista agora à aula “DHEA”.

* SDHEA NO SORO não é livre, TEM


QUE MEDIR SALIVAR!

* Medir no sangue só mostra se produz


ou não, mas não sabe quanto!

* Sintomas se relacionam só com


hormônio livre!

* CURVA DO DHEA SALIVAR: IDEAL.


DHEA SALIVAR é diferente de SDHEA
no sangue!

ATENÇÃO! RELAÇÃO CORTISOL/DHEA:


Quanto maior a relação cortisol/DHEA, menor o volume de hipocampo!
Medir 3x no dia! Manhã, tarde e noite! Maior de manhã, menor à tarde e maior à noite a relação!

Relação cortisol: DHEA | 2:1 até 3: | Alto: estresse, catabolismo, resistência à insulina

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84 Nutrição
Funcional
COMO TRATAR DISFUNÇÃO ADRENAL?
Trate a causa: Comece eliminando a sobrecarga do sistema simpático! (pensar: o que está
ativando a liberação do cortisol?)

Hidrocortisona: o último que deve ser reposto, primeiro repõe T3. Tem que corrigir higiene
do sono, adaptógenos, sol pela manhã, fontes de triptofano... para só depois REPOR
HIDROCORTISONA. Em muitos casos, nunca necessitará reposição (na maioria)!

ESTRATÉGIAS PARA EQUILIBRAR A ADRENAL:

• Tratamento com estilo de vida para melhora da qualidade do sono e níveis de


melatonina: meditação; exercício físico, reiki, yoga, acupuntura, massagem, prática de
gratidão, sexo riso e humor, exercícios respiratórios.
• Sono suficiente e de qualidade, iniciando às 22h, sem usar telas 1h antes (os picos da
melatonina são 20h, 22h, 00h, 2h e 4h).

O SONO É FUNDAMENTAL NA SAÚDE ADRENAL, POIS O INDIVÍDUO GASTA DURANTE O


DIA E REGENERA À NOITE!
O IDEAL É ACORDAR ENTRE 7H E 8H, QUANDO ACONTECE O PICO DE CORTISOL.

Menor duração de sono é preditor de ganho de peso (para cada hora de sono a menos,
aumenta 0,35 kg o IMC) em adultos ou crianças. É também um fator de risco para resistência
à insulina, diabetes e doenças cardiovasculares.

Falta de sono = inflamação —> isso porque a melatonina inibe a interleucina 6, interleucina
1 beta, a COX 2, a PC1 e TGF-beta, e aumenta o BDNF que regenera o cérebro. A melatonina
inibe TNF-alfa, e o TNF-alfa inibe a produção de melatonina.

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Nutrição 85
Funcional
• ALIMENTAÇÃO ADEQUADA (carboidratos, fitoquímicos) - DESJEJUM com proteínas (carnes,
ovos e leguminosas ou shake proteico) + CARBOIDRATO. Comer mais triptofano, Mg e B6 no
desjejum.
• FAZER ATIVIDADE FÍSICA PELA MANHÃ.
• REGRA: NÃO BEBER CAFÉ AO ACORDAR! Não é aconselhável consumo de café pela manhã,
pois este é o horário que mais temos cortisol no corpo e o café o degrada.
• EVITAR CAFEÍNA, AÇÚCAR E ÁLCOOL.
• JANTAR: carboidrato de baixo índice glicêmico (sem excesso de proteína). Jantar 3h antes
de dormir.
• ROTACIONAR ovos, queijo de búfala, carne, grão de bico, sementes oleaginosas , tofu. Ex: 3
ovos em um dia, outro 50g de queijo de búfala, no outro 50g de amêndoas, no outro shake de
proteína vegana em pó!
• POUCO CARBOIDRATO: para levar triptofano para barreira hematoencefálica e não
competir com aminoácidos aromáticos.

• ALIMENTOS RICOS EM TRIPTOFANO:

ATENÇÃO: PARA RECEBER TRIPTOFANO, PRECISA TRATAR O INTESTINO


PRIMEIRO (porque se o intestino estiver inflamado, o triptofano será absorvido
ali mesmo), TAMBÉM PRECISA TRATAR ALERGIAS ALIMENTARES, DISBIOSE E
PARASITOSE ANTES!!

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86 Nutrição
Funcional
• LUZ - “LUZ É O MAIS IMPORTANTE RESETADOR DO RITMO CIRCADIANO” - Exposição
solar pela manhã. OLHAR PARA A LUZ AO DESPERTAR, OLHAR PARA O CÉU PELA
MANHÃ por 5 minutos é muito importante para esses pacientes com disfunção adrenal. A
luminosidade solar é até 1000x maior do que em ambientes fechados! NÃO USAR ÓCULOS
ESCUROS PELA MANHÃ (só quando o sol for mais intenso, a partir das 10h da manhã).

A EXPOSIÇÃO DA PELE AO SOL É MUITO IMPORTANTE, POIS A PELE TAMBÉM


INDICA QUE HORAS SÃO PARA O ORGANISMO!! Tendo exposição solar, a pele
diz que horas são! Mas tem que comer TRIPTOFANO DA DIETA para produção de
5HTP, melatonina e serotonina.

• USAR LUZ DE BAIXA TEMPERATURA À NOITE! Luz vermelha, âmbar ou óculos blue blocker
à noite.

A LUZ AZUL (iluminação eletrônica) retarda o início do sono, diminui a duração do sono,
interfere com o ritmo circadiano natural dia e noite. Portanto, a luz azul noturna já é
considerada um fator de estresse para o organismo, e um fator para câncer, obesidade,
doença cardiovascular e síndrome metabólica. “Deveríamos evitar ou proibir a exposição a
luzes durante o sono, pelo bem da nossa saúde e da qualidade de nosso sono.”
• O que mais causa insônia, além da LUZ, é o estresse (ocorre um aumento do cortisol,
causando insônia).
• SUPLEMENTAÇÃO: fosfatidilserina, ômega 3, Melissa officinallis, magnésio, complexo B,
Passiflora Incarnata, GABA, taurina, 5HTP.

VITAMINAS DO COMPLEXO B AJUDAM A REDUZIR O ESTRESSE: B1, B3, B5, B6, B9, B12.

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Nutrição 87
Funcional
Assista agora à aula “Outros Tratamentos Nutricionais”.

>> Se tem polimorfismo na MTHFR usar MTHF


>> Exsynutriment: silício estabilizado em colina
>> Selênio quelado + Exselen: meio a meio - se tiver baixo no exame
>> Manganês: só se tiver baixo - máximo 2 mg! (raramente mais)
>> Zinco: se estiver baixo pode aumentar a dose. Se tem cobre alto também usar mais zinco!
>> Maioria das farmácias não tem borato de sódio: usar quelado
>> Cromo: só usa se tiver resistência à insulina

PLANTAS ADAPTOGÊNICAS - mais conhecidas que


ajudam a reduzir o ESTRESSE: Panax ginseng (coreano),
Eleutherococcus senticosus (ginseng siberiano) e Whithania
somnifera (ginseng indiano), Rhodiola rósea, Pfaffia
paniculata.
• Adaptógenos: não melhoram só adrenal, melhoram tudo!
• O efeito das plantas acontece no primeiro dia, em 30 min o
paciente se sente melhor.

• Quantidade de RHODIOLA ROSEA - 170 mg - 2x ao dia por 10 semanas


Efeitos: diminui ansiedade, diminui fadiga, diminui cortisol saliva e melhora desempenho mental.
•`Quantidade de PANAX GINSENG - 500 mg - 3x ao dia por 12 semanas
Efeitos: anti-estresse, ajuda a desintoxicar, melhora a testosterona na saliva.
• Quantidade de ASHWAGANDHA - 400 mg - 2x ao dia por 12 semanas
Efeitos: anti-estresse, melhora o sono, diminui depressão e ansiedade, melhora a fertilidade de
mulheres e homens.

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88 Nutrição
Funcional
Estresse aumenta CRH que aumenta ACTH que
aumenta adrenalina e cortisol. ADAPTÓGENO
REDUZ!

E se tiver BAIXO O CORTISOL ELE AUMENTA.

Ex: se usa de manhã naquela pessoa sem


energia que só acorda com café aumenta e se
usa de madrugada que a pessoa acorda REDUZ!

POOL ADAPTOGÊNICO:
Aumentar a dose pela manhã se houver necessidade. SEMPRE USAR DE 2ª A 6ª COM PAUSA
FINAL DE SEMANA PARA NÃO PERDER PODER DE INDUÇÃO DA PLANTA! Panax Ginseng
pode aumentar dose por ser barato e assim reduzir outros adaptógenos! Se já fizer uso de
fórmula de vitaminas em separado, somente usar pool adaptogênico!

Pool adaptógeno

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Nutrição 89
Funcional
* ASHWAGANDHA: efeitos não antioxidantes. Equilibra eixo HPA e eixo gonadal -
AUMENTANDO FERTILIDADE MASCULINA E FEMININA.
* DOSE: 400 mg 2 a 3x ao dia já é suficiente se for usada sozinha!

MODULADORES DE CORTISOL:
• Fosfatidilserina (PS) 400-800 mg por dia - 2 semanas. Muito caro, mas tem efeito imediato
na primeira noite!! 400 mg/dia já faz efeito. MELHORA MEMÓRIA, COGNIÇÃO, REDUZ
CORTISOL, MELHORA SONO AO TOMAR AO DEITAR!
• Óleo de peixe 7g por dia - 3 semanas. NÃO PRECISA USAR ALTAS DOSES, é só associar com
outros nutrientes. Diminui pico de cortisol pós estresse!

ANSIOLÍTICOS E SEDATIVOS:
• L-Theanine 200-500 mg PARA FOCO E CONCENTRAÇÃO! Efeito relaxante, porém alerta: não
dá sono. CHÁ VERDE com pouco tempo de infusão: RELAXANTE, mas infusão deve ser feita
rápida por 2 a 3 minutos ou usar MATCHA, CHÁ BRANCO!
• GABA sublingual 100 a 200 mg.
GABA EM DOSES MAIORES - ATÉ 2MG/DIA + TAURINA: ÓTIMO PARA EPILEPSIA
• Valeriana officinalis - nutricionista não pode usar – (para distúrbios de sono, estresse e
ansiedade). Usar 50 a 400 mg por dia - 3x ao dia.

• Passiflora Incarnata - melhora sono e níveis de ansiedade.


• Humulus lúpulo: “↓ latência do sono e no tempo de vigília”
Para insônia: 500 mg de extrato de valeriana + 120 mg de extrato de lúpulo ao deitar.
Outra opção: 300 mg valeriana + 300 mg de passiflora + 300 mg de extrato de lúpulo:
excelente para insônia DO ESTRESSADO!
• Melissa officinalis - TOP PARA AUMENTAR GABA!

Opções de fórmula: Pode aumentar as doses conforme o grau de insônia!

Curso Extensão
90 Nutrição
Funcional
* SUBLINGUAL: REDUZ CUSTO. VALE PARA ADAPTÓGENOS, AMINOÁCIDOS, VITAMINAS,
PLANTAS... VAI DIRETO PARA O CÉREBRO. Não passa pelo sistema digestivo ocorrendo
perdas! Por isso dose baixa!

* Melatonina: usada em último caso - melhor médico prescrever. Tem que medir melatonina
à noite ou cortisol à noite e precisa diferenciar se tem dificuldade para pegar no sono ou de
manter sono! SEMPRE SUBLINGUAL - NUNCA ACIMA DE 0,5 MG! MENOS É MAIS! Se usar
doses altas por cápsulas será usada pelo TGI e vai sobrar pouco para o cérebro.

* Glicina: 500 mg em pó (1 sachê) no suco de maracujá: ADOÇA E AJUDA A DORMIR!

FREQUENCIAIS

1. Nutrissono: 7 gotas, sublingual - reter 30 segundos em boca, ao deitar.


2. Energycept
3. Pinecept
4. G. hadrena: 5 a 10 gotas, sublingual - reter 30 segundos, 3x ao dia.

Curso Extensão
Nutrição 91
Funcional
APOSTILA
CURSO DE EXTENSÃO

NUTRIÇÃO
FUNCIONAL

MÓDULO 3

92
Módulo 3 - A visão funcional de alguns alimentos e
substâncias

Aula 12 – Trigo e Glúten

O trigo atual foi geneticamente modificado visando maior produtividade e erradicação


de pragas. Dessa forma, suas proteínas foram modificadas e apresentam maior
potencial alergênico, imunogênico e inflamatório. Isto provavelmente acarretou um aumento
da hipersensibilidade ao glúten não celíaca.

Assista agora à aula “Trigo e Glúten”.

O que é o glúten?
O glúten é uma proteína de tamanho grande, formada por
duas proteínas menores chamadas gliadina e glutenina. Ele
é encontrado junto ao amido, em cereais como trigo, centeio,
cevada, triticale e malte.

Grande parte da população acometida por doenças autoimunes, neurocognitivas, doenças


de caráter inflamatório, alergias e hipersensibilidades possui anticorpos anti-gliadina.
Pacientes com “falso” lúpus eritematoso, com baixa concentração de IgA, tem alta
prevalência de anticorpos anti-gliadina IgG. Uma dieta livre de glúten é capaz de levar à
suspesão das medicações, revertendo o quadro clínico
dos pacientes.

Contudo, o problema não é só o glúten, mas também os demais componentes do trigo,


como as lectinas (hemaglutininas) que podem aumentar a permeabilidade intestinal,
e permitir a infiltração de endotoxinas e bactérias; os frutanos que são carboidratos
do grupo dos FODMAPS que podem causar desconfortos intestinais; contaminação
por ácaros, micotoxinas e fragmentos de insetos que podem levar à uma reatividade
imunológica, desencadeando a liberação de histamina e mediadores inflamatórios;
inibidores de amilase e tripsina que impedem a digestão de carboidratos e proteínas;
proteínas do glúten que levam ao estímulo da produção de anticorpos, formação de
imunocomplexos, ativação da via do complemento, liberação de citocinas inflamatórias e
degranulação de granulócitos.

Curso Extensão
93 Nutrição
Funcional
A gliadina se liga a receptores CXCR3 nos enterócitos, levando à ativação da proteína
Myd88, induzindo a liberação da zonulina do meio intracelular para o meio extracelular,
ligando-se a receptores PAR2 e EGF, ativando a fosfolipase C, desencadando uma cascata
intracelular, promovendo o rompimento da ligação actina-miosina e das tight junctions.
Aumenta a permeabilidade intestinal, ativação de células apresentadoras de antígenos
que degradam os epítopos do glúten, apresenta aos linfócitos T que ativam
células imunológicas e linfócitos B, desencadenando todo processo
inflamatório e de autoimunidade.

Pessoas que sempre foram alérgicas, que possuem constipação crônica, triglicerídeos
baixos, anemia, déficit de inúmeros nutrientes, uma ou mais doenças autoimunes,
dermatite, distúrbios mentais, entre outros sinais e sintomas crônicos: suspeitem de
hipersensibilidade ao glúten não celíaca ou doença celíaca. Façam a investigação com
exames de sangue, no mínimo, para doença celíaca, antes de fazer a exclusão da dieta.

Intolerância ao glúten x doença celíaca


A doença celíaca é diferente da sensibilidade ou intolerância ao glúten. Se você tem
sensibilidade ao glúten, pode ter sintomas semelhantes aos da doença celíaca, como dor
abdominal e cansaço. Contudo, a sensibilidade ao glúten não danifica o intestino delgado e
não há autoimunidade contra o intestino, como na doença celíaca.

Doença Celíaca
A doença celíaca é uma condição autoimune causada pela intolerância ao glúten - proteína
encontrada no trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados. Também chamada de
“enteropatia sensível ao glúten”, é um distúrbio crônico que afeta o intestino delgado de
adultos e crianças geneticamente predispostos.
É caracterizada pela presença de anticorpos anti-transglutaminase IgA ou IgG ou anticorpos
anti-endomísio IgA ou IgG, que demonstram a ocorrência do processo de autoimunidade.

Os principais sintomas da doença celíaca, na sua forma clássica, são dor abdominal,
diarreia e flatulência.

Na doença celíaca há uma atrofia das microvilosidades pela presença de infiltração de


linfócitos, desencadeando um processo inflamatório e reduzindo a capacidade absortiva
dos enterócitos, levando à má absorção dos nutrientes como um todo.

Curso Extensão
Nutrição 94
Funcional
As principais desordens relacionadas ao glúten são:
• Autoimune: dermatite epetiforme, doença celíaca, ataxia cerebelar pela presença de
anticorpos anti-transglutaminase.
• Alérgica (hipersensibilidade tipo I): urticária, obstrução das vias respiratórias, coceiras,
danos cerebrais, formação de muco, constipação, edema.
• Não autoimune e não alérgica: hipersensibilidade tardia com sinais e sintomas que
podem aparecer em qualquer região corporal de forma tardia, como: dor abdominal,
constipação, rinite, sinusite, dor articular, fadiga, cefaleia, enxaqueca, confusão mental,
refluxo, inchaço, hiperpermeabilidade intestinal, déficit de atenção, osteoporose,
esquizofrenia, infertilidade, autismo, etc.

Aula 13 – Arroz

O arroz é o segundo alimento mais consumido no mundo, sendo o


terceiro cereal mais produzido em todo o globo, perdendo apenas
para o milho e para o trigo. O seu cultivo é tão antigo quanto a própria
civilização.

O melhor jeito de consumir arroz ainda é apostar na tradicional


combinação com alguma leguminosa, como o próprio feijão, a lentilha
ou o grão-de-bico. Essa composição fornece um aporte proteico de boa
qualidade por se complementarem.

O arroz é recoberto pela casca e no seu interior têm


o endosperma, onde se concentra o amido.

Assista agora à aula “Arroz”.

ARROZ BRANCO: Contém carboidrato e sua principal função é fornecer energia. É o menos
nutritivo, pois, no processo de refinamento, a casca é removida, levando consigo grande parte
das proteínas, lipídeos, vitaminas, minerais, fibras e fitoquímicos. O arroz branco possui menor
concentração de amido resistente e maior carga e índice glicêmico que as versões integrais.

ARROZ INTEGRAL: Preserva a película e o gérmen, por isso a concentração de vitaminas do


complexo B, magnésio e potássio são muito superiores no arroz integral. Fonte rica de fibras,

Curso Extensão
95 Nutrição
Funcional
minerais e óleos essenciais, estimula o intestino, aumenta a saciedade e reduz a absorção de
gordura pelo corpo.

ARROZ NEGRO: Possui ainda maior concentração de minerais e proteínas. O arroz negro é
rico em proantocianidinas e antocianinas, possuindo de 5 a 7 vezes mais compostos fenólicos
que o integral. Dentre os principais compostos fitoquímicos, caracterizam-se: ácido ferúlico,
catequinas, orizanol, isovitexina e pinoresinol. Por isso tem importantes propriedades
antioxidantes.

ARROZ VERMELHO: É rico em ferro e zinco. Contém monocolina, substância que ajuda na
digestão, na redução do colesterol e na prevenção de doenças do coração.

ARROZ SELVAGEM: Não é um arroz. Rico em fibras, proteínas, aminoácidos e ácido alfa-
linolênico, além de apresentar menor quantidade de gordura.

O processo de cocção e parbolização aumenta o amido resistente por aumentar a


concentração de amilose. Quanto maior o teor de amilose, menor a resposta glicêmica
e insulinêmica. Uma alimentação de baixo índice glicêmico está relacionada à menores
parâmetros de triglicerídeos, colesterol e LDL e níveis maiores de HDL.

O farelo de arroz é considerado um alimento funcional, rico em vitaminas do complexo


B, magnésio, ferro, potássio, fibras, gama-orizanol, ácido ferúlico, tocoferóis, tocotrienóis,
fitoesteróis e carotenoides, auxiliando em quadros de hipertensão, cálculos renais, inflamação
e estresse oxidativo.

O óleo de arroz também é um óleo estável para cocção e rico nos nutrientes encontrados no
farelo de arroz.

O maior problema atualmente é a utilização de compostos organofosforados e


organoclorados em plantações de arroz. Ademais, a presença de metais tóxicos no solo,
como arsênico, mercúrio, cádmio e níquel, pode comprometer a qualidade do arroz. Possuem
ação carcinogênica e oxidante. Outro fator a se levar em consideração é a contaminação com
aflatoxinas que depletam doadores metílicos e glutationa.

Curso Extensão
Nutrição 96
Funcional
INFORMAÇÃO NUTRICIONAL DO ARROZ INTEGRAL

COMPONENTES 100 G DE ARROZ INTEGRAL COZIDO 100 G DE ARROZ DE GRÃO LONGO COZIDO

Calorias 124 calorias 125 calorias

Proteinas 2,6 g 2,5 g

Gorduras 1,0 g 0,2 g

Carboidratos 25,8 g 28 g

Fibras 2,7 g 0,8 g

Fonte:http://www.nepa.unicamp.br/taco/contar/taco_4_edicao_ampliada_e_revisada.
Vitamina B1 0,08 mg 0,01 mg

Vitamina B2 0,04 mg 0,01 mg

Vitamina B3 0,4 mg 0,6 mg

Vitamina B6 0,1 mg 0,08 mg

pdf?arquivo=taco_4_versao_ampliada_e_revisada.pdf
Vitamina B9 4 mcg 5,8 mcg

Calcio 10 mg 7 mg

Magnesio 59 mg 15 mg

Fosforo 106 mg 33 mg

Ferro 0,3 mg 0,2 mg

Zinco 0,7 mg 0,6 mg

Aula 14 – Aloe Vera

A Aloe vera, também conhecida como babosa, é uma planta natural do norte da África e
apresenta-se como um cacto de cor verde que possui vários benefícios para a saúde.

A planta possui ação nutritiva, antitumoral, antibacteriana,


anti-inflamatória, antioxidante, cicatrizante,
imunomoduladora, antidiabética, hepatoprotetora,
regeneradora e hidratante da pele.

Assista agora à aula “Aloe Vera”.

Curso Extensão
97 Nutrição
Funcional
Aloe Vera contém principalmente água (cerca de 95%) e é fonte de uma grande variedade
de produtos químicos úteis. É uma boa fonte de vitamina A, vitamina C, vitamina B1 e
vitamina B2, além dos minerais que atuam como eletrólitos no corpo. O aloe vera pode ser
considerado um “suplemento” nutricional na forma de alimento devido à alta VARIEDADE de
micronutrientes, enzimas, fitoquímicos, aminoácidos e prebióticos.

Contudo, deve-se tomar cuidado na sua compra, pela alta concentração de antaquinonas
presente na sua casca, como a aloína, entre outras. Um aloe vera de qualidade possui <10
ppm de aloína. A aloína possui ação purgativa e pode causar diarreia.

SE FOR PREPARADO EM CASA: É IMPORTANTE REMOVER COMPLETAMENTE


A CASCA, DEIXANDO APENAS O GEL PARA SER BATIDO NO LIQUIDIFICADOR.

NA SAÚDE GASTROINTESTINAL, O ALOE VERA É EXCELENTE:


O acemannan presente no aloe vera contribui para reparo da mucosa gástrica e intestinal,
estimulando os fibroblastos e a proliferação epitelial, além de aumentar a liberação de
prostaglandina E2 que atua na produção do muco, auxiliando em quadros de gastrite e
hiperpermeabilidade intestinal.

Ele regula a produção de ácido clorídrico (podendo ser utilizado tanto na hipocloridria quanto
hipercloridria), possui ação antibacteriana, melhora a digestão devido às enzimas presentes,
reduz o pH intestinal melhorando a absorção dos nutrientes e inibindo o crescimento de
bactérias patogênicas, possui ação prebiótica, antialérgica, combate H. Pylori e auxilia na
constipação.

Na detoxificação, o aloe vera modula as enzimas de fase 1 e ativa as enzimas de fase 2 de


todos os tecidos (não só hepática). Rico em catalase e superóxido dismutase, combate
radicais superóxido e hidroxila.

Na cicatrização, estimula fatores de crescimento e angiogênese na matriz extracelular,


melhora o processo de cicatrização e pode ser útil em ferimentos, mucosites, acne, psoríase,
vitiligo, estomatite e gastrite. Portanto,sua ação diretamente na pele pode ser útil.
No câncer, aloe vera pode ser um ingrediente a mais no processo de tratamento. Possui ação
imunomoduladora, protege contra danos sofridos pela quimioterapia e radioterapia, induz
a mielopoiese e eritropoiese, melhora a capacidade fagocítica e função das células natural-
killers, constitui a matriz extracelular impedindo a metástase.

Curso Extensão
Nutrição 98
Funcional
COMO FAZER UM GEL DE ALOE VERA EM CASA:
1. Corte uma das folhas mais externas da planta. Elas são mais propensas a estarem maduras e
conterão uma boa quantidade de gel fresco e saudável. Procure por folhas ao redor do exterior
da planta, com as bases crescendo perto do chão. Use uma faca afiada para fazer um corte limpo
perto da base. Se sua planta for jovem, tome cuidado para não cortar muito de uma vez só. Tirar
todas as folhas externas pode danificar a planta.

2. Como esse gel é perecível, é melhor não fazer grandes quantidades de uma única vez, a não
ser que planeje dar um pouco a outras pessoas. Cortar apenas uma folha ou duas, principalmente
se elas forem grandes, deverá ser suficiente para fazer de meia a uma xícara de gel.

3. Drene a resina por 10 minutos. Coloque as folhas de pé num copo para que a resina amarela
escorra. Ela contém látex, que pode ser um pouco irritante. É melhor deixar que ela escorra para
que não vá parar no gel.

4. Descasque as folhas. Use um descascador de vegetais (ou uma faca) para retirar com cuidado
a parte verde das folhas. Corte através da camada branca interna para chegar ao gel abaixo dela.
Retire toda a casca de um lado de cada folha, deixando uma metade em forma de canoa cheia
de gel. Se as folhas forem grandes, pode ser melhor cortá-las em pedaços menores antes de
descascar. Jogue a casca fora para não misturá-la com o gel.

5. Tire o gel com uma colher, sem raspar a parte interna da folha O gel, macio e transparente, é
fácil de retirar. Coloque-o numa tigela limpa até que não sobre nada na metade da folha.

6. Misture o gel com um conservante natural. Se tiver bastante gel e quiser guardá-lo por um
mês ou dois, misture com 500 mg de vitamina C em pó ou 400 UI de vitamina E para cada 1/4
de xícara de gel que tiver. Coloque os ingredientes num liquidificador e bata bem. O gel ficará
espumoso no começo.

7. Coloque o gel num pote de vidro esterilizado. Se usar um conservante, ele pode durar vários
meses na geladeira. Sem isso, durará por uma semana ou duas.

8. Use o gel. Aplique-o diretamente na pele saudável, como um hidratante, a queimaduras


ou outras irritações cutâneas ,ou tome 50 ml 2 a 3 vezes ao dia antes das refeições para ação
gastrointestinal.

Curso Extensão
99 Nutrição
Funcional
Aula 15 – Cacau: Um Alimento Funcional

O cacau é a semente do fruto do cacaueiro e o principal


ingrediente do chocolate. É originário da Amazônia. Em seu estado
natural, as sementes do cacau são extremamente amargas.

É considerado um alimento funcional, pois traz diversos benefícios


à saúde quando consumido de forma regular e moderada. É
rico em gorduras de boa qualidade, fibras, flavonoides, flavonóis,
teobromina, cafeína, vitaminas e minerais.

O cacau e seus derivados, como o chocolate rico em cacau e cacau em pó concentrado, são
importantes fontes de compostos fenólicos, que formam entre 12 e 18% do total do peso
seco dos nibs de cacau. Os flavonoides que predominam em sua composição pertencem à
classe dos flavanóis, em sua maioria, na forma de catequinas (35%): formas monoméricas de
epicatequina e catequina e oligômeros de procianidinas. A concentração de epicatequinas
do cacau é aproximadamente duas vezes superior às concentrações do vinho tinto e,
praticamente, o triplo das encontradas no chá verde.

As sementes do cacau são os ingredientes fundamentais para a produção da manteiga de


cacau, do liquor de cacau e do chocolate, alimentos cuja qualidade depende principalmente
dos fatores genéticos e ambientais do cacau, como também do pré-processamento do fruto,
que compreende a colheita e abertura do mesmo, a retirada das sementes, a extração da
polpa, a fermentação das sementes e a secagem e o armazenamento das amêndoas, etapas
que ocorrem ainda na fazenda.

Após a realização das etapas de pré-processamento do cacau, as amêndoas seguem para


as indústrias produtoras de chocolate, onde vão ser torradas e utilizadas para a obtenção do
licor, manteiga e pó de cacau, bem como dos produtos achocolatados.

Após um processo que inclui fermentação e desidratação, entre outras etapas, a parte sólida
é transformada em pó para ser utilizada na indústria. O cacau em pó natural não sofre
acréscimo de outros ingredientes em sua composição, como açúcar e aditivos, aromatizantes,
solubilizantes e corantes, o que faz com que traga mais benefícios à saúde do que outros
produtos à base de cacau, como o chocolate ao leite (que possui menos sólidos de cacau e
mais manteiga).

O cacau em pó alcalinizado sofre um processo que neutraliza os seus ácidos naturais, o


que faz com que tenha um sabor mais suave. Porém, esse processo reduz compostos
antioxidantes, fazendo com que se torne menos saudável.

Curso Extensão
Nutrição 100
Funcional
Assista agora à aula “Cacau”.

Ação sobre performance, saúde cardiometabólica e antioxidante:


Devido aos flavonoides, o cacau possui capacidade antioxidante que ajuda a combater os
radicais livres, o envelhecimento precoce e doenças degenerativas como Parkinson, Alzheimer
e osteoporose. Os flavonoides também têm propriedades vasodilatadoras e contribuem para
melhorar a circulação sanguínea e, consequentemente, favorecem o bom funcionamento das
artérias e do coração, colaborando para prevenir doenças cardiovasculares. Seus flavonoides
ainda melhoram a sensibilidade à insulina e impedem picos de insulina.

A teobromina, também contida no alimento, é um alcaloide da família das metilxantinas, e


é um estimulante do miocárdio, como também um vasodilatador, aumenta as batidas do
coração, dilata os vasos sanguíneos, enquanto diminui a pressão sanguínea. Faz promoção do
relaxamento da musculatura lisa e o estímulo ao músculo cardíaco. O cacau auxilia no estímulo
da enzima óxido nítrico sintase, reduzindo a pressão arterial, aumentando o aporte de oxigênio
e nutrientes nas células, melhorando a performance física e mental. O cacau apresenta ação
antiaterogênica, aumentando a síntese de óxido nítrico, modulando o perfil do colesterol,
a relação ApoB: Apoa-1, reduzem a adesão celular, agregação plaquetária e formação de
micropartículas endoteliais.

Os flavonóis protegem contra a oxidação de LDL colesterol e formação de células espumosas


relacionadas à aterosclerose, aumentam HDL e Apoa-1, reduzem ApoB, a coagulação
sanguínea, a percepção de dor após o treino, diminui a utilização da glicemia e aumenta a
degradação do glicogênio, permitindo a manutenção da glicemia estável, e ainda auxilia na
reconstrução de células danificadas no treino.

Os polifenóis do cacau estimulam o fator de transcrição Nrf2 que se liga ao Elemento de


Resposta Antioxidante no núcleo (ARE) induzindo a expressão de enzimas antioxidantes como
glutationa peroxidase, catalase e superóxido dismutase, protegendo as células contra danos
oxidativos que podem levar a doenças neurodegenerativas, câncer e disfunção mitocondrial,
além de inibir NF-kB, COX-2 e a liberação de citocinas pró-inflamatórias.

Beneficia diabéticos: O cacau pode auxiliar pessoas com diabetes, pois está relacionado com
melhora na ação da insulina. Vale ressaltar que esse benefício se deve ao consumo da fruta ‘in
natura’ ou em apresentações que não tenham adição de açúcar.

Curso Extensão
101 Nutrição
Funcional
Auxilia no emagrecimento: O cacau é rico em polifenóis, substância relacionada à queima
de gordura. Por isso, pode ser um aliado de quem deseja perder peso, quando consumido de
forma moderada.

Ação como estimulante do sistema nervoso central: Esse benefício é devido à presença
de xantinas na sua composição, aumentando o estado de alerta. O cacau pode ser utilizado
para melhora da cognição. Seus flavonoides otimizam o fluxo sanguíneo cerebral, induzem
a expressão do Fator Neurotrófico Derivado do Cérebro (BDNF), potencializando as sinapses
neuronais. Inibe a neuroinflamação, disfunção mitocondrial e estresse oxidativo e nitrosativo
no cérebro, impedindo a deposição de proteínas beta-amilóides e proteínas envolvidas com a
doença de Alzheimer.

Ação sobre humor, depressão e ansiedade: O cacau age modulando neurotransmissores.


A feniletilamina, contida no alimento, estimula a produção de dopamina e serotonina,
hormônios relacionados à sensação de prazer e bem-estar, ainda reduz o cortisol e glutamato.

Ação sobre a pele: Os flavonóis do cacau protegem a pele contra os raios UV, aumentam a
circulação cutânea e subcutânea, melhoram a densidade e hidratação da pele e diminuem a
aspereza e descamação. Protegem contra queimaduras e câncer de pele.

Aumenta a libido: Nosso corpo produz feniletilamina quando sentimos desejo por alguém
ou nos apaixonamos. Por isso, o cacau, que contém a substância em sua composição, é
considerado um alimento afrodisíaco.

Combate a asma: A teobromina também é um broncodilatador, que auxilia nas crises de


asma e doenças do trato respiratório.

Auxilia no combate à anemia: O cacau é um alimento rico em ferro e, assim, indicado para
quem sofre de anemia ferropriva.

Auxilia o intestino: O cacau ajuda a regular a flora intestinal, pois contém flavonoides
que servem como alimento para as bactérias probióticas que são importantes para o
funcionamento do intestino.

Consumir 30g de chocolate amargo ou 1 colher de sopa de cacau em pó ao dia


promove inúmeros benefícios ao organismo.

Curso Extensão
Nutrição 102
Funcional
O bom chocolate é aquele composto por, no mínimo, 50% a 70% de cacau. De igual
importância é conferir o rótulo deste alimento para saber sobre o restante da composição,
como açúcares e gorduras que são adicionados no processo de fabricação.

Alguns chocolates têm castanhas, frutas, gengibre ou pimenta na sua composição, o que
só agrega valor nutricional. Terá os benefícios das boas gorduras e também a ação anti-
inflamatória e antioxidante destes alimentos.

Quanto mais claro o chocolate, menor o teor de cacau e maior será a proporção de açúcar e
gorduras em sua composição, tornando este alimento muito calórico e gorduroso e, portanto,
prejudicial à saúde. O chocolate branco não possui os benefícios citados, pois é feito a partir
da manteiga de cacau e não contém as sementes do cacau.

VALOR NUTRICIONAL DO CACAU


Como a forma mais utilizada desse alimento é em pó, 100 gramas do Cacau em pó,
contém a seguinte composição nutricional:

• Energia 228 calorias; • Cálcio 128 mg;

• Gorduras totais 14 g; • Ferro 13,9 mg;

• Gordura saturada 8 g; • Sódio 21 mg;

• Gordura poli-insaturada 0,4 g; • Potássio 1.524 mg;

• Gordura monoinsaturada 4,6 g; • Magnésio 499 mg;

• Colesterol 0 mg; • Vitamina A 0,3 UI;

• Carboidratos 58 g; • Vitamina B6 0,1 mg;

• Fibras 33 g; • Vitamina B12 0,02 µg;

• Açúcar 1,8 g; • Vitamina C 0,4 mg;

• Proteínas 20 g; • Vitamina D 0,2 UI.

• Cafeína 230 mg;

Aula 16 – Ovo: Desmistificando o Alimento Funcional

Alguns mitos como “ovo causa colesterol” ou “ovo aumenta o risco


cardiovascular” foram desmistificados. Atualmente, sabe-se que
danos oxidativos, alterações inflamatórias e imunológicas levam aos
danos endoteliais que culminam em um processo de alteração do
LDL colesterol, ativação de moléculas de adesão
e formação de células espumosas.

Assista agora à aula “Ovo - Parte 1”.

Curso Extensão
103 Nutrição
Funcional
Estudos mostram que o consumo de ovos não causa danos às artérias. Pelo contrário,
ovos auxiliam na elevação de adiponectina, que melhora a sensibilidade à insulina e reduz
hipertensão, reduzem proteína C reativa (PCRus) e moléculas de adesão.

Ao comer ovo, um complexo de vitaminas é fornecido ao organismo. Isso porque os


ovos são um alimento econômico e altamente nutritivo, que fornece vitaminas como
B12 (cobalamina), B2 (riboflavina), vitamina A (retinol), vitamina E (tocoferol), muito
importantes para a saúde. B12 é essencial para evitar cansaço e fraqueza, produzir glóbulos
vermelhos e manter nossos neurônios saudáveis. Quanto à vitamina B2, ajuda o corpo a
transformar alimentos em energia. Em relação à vitamina A, é importante para a visão,
fortalece o sistema imunológico e ajuda o bom funcionamento do coração. Finalmente,
a vitamina E atua como um antioxidante, ajudando a proteger as células contra os danos
causados pelos radicais livres, uma das possíveis causas do câncer.

A presença de carotenoides, como luteína e zeaxantina presentes na gema, protege o


LDL contra a oxidação. Embora o consumo de ovo esteja envolvido tanto com o aumento
de HDL quanto LDL, a qualidade das lipoproteínas são enaltecidas, com o aumento de
Apoa1 e redução de ApoB, tornando o HDL menor e mais funcional e o LDL menos denso e
aterogênico.

A luteína e zeaxantina são substâncias que combatem e impedem danos à visão, pois
também atuam como um filtro solar natural, absorvendo o excesso de energia luminosa.
Elas compõem a região macular dos olhos, protegendo contra a luz azul e os rádios UV. Sabe-
se também que são capazes de retardar a formação de cataratas. Além disso, seus efeitos
antioxidantes permitem proteger a pele dos raios ultra-violeta (UV) nocivos do sol.

A gema do ovo possui maior biodisponibilidade de luteína e zeaxantina que os vegetais (onde
os carotenoides estão presos dentro dos cloroplastos). Nos vegetais, a cocção e a utilização de
gordura melhoram a absorção dessas substâncias.

A presença de gorduras e proteínas do ovo induzem a liberação de colecistoquinina (CCK),


GIP (peptídeo inibitório gástrico) e GLP-1, induzindo melhora da sensibilidade à insulina,
aumento da saciedade e retardo do esvaziamento gástrico, auxiliando no processo de
emagrecimento.

Curso Extensão
Nutrição 104
Funcional
A colina não é uma vitamina, nem é um mineral, mas uma substância orgânica que é
muito importante para o nosso corpo. O consumo de uma única unidade de ovo contribui
com aproximadamente 20 a 25% da sua necessidade diária, o que significa que duas
grandes unidades de ovos forneceriam quase metade.

A importância deste nutriente é baseada no papel que desempenha na saúde mental.


Investigações relacionaram sua deficiência com um risco aumentado de ansiedade e
mudança de humor, provavelmente devido à colina ser necessária para produzir acetilcolina,
um neurotransmissor que desempenha um papel essencial na regulação da memória, humor
e inteligência.

A colina melhora também a qualidade das membranas celulares, participa do ciclo de metilação
reduzindo a homocisteína em metionina, que irá formar S-Adenosil-homocisteína, potencializando
a detoxificação, a modulação da expressão gênica e a formação de fosfolipídeos de membrana.
Por reduzir homocisteína, evita o risco de tromboses e doenças cardiovasculares. A colina é
fundamental para a formação do cérebro do feto, integridade placentária e protege contra defeitos
do tubo neural.

Assista agora à aula “Ovo - Parte 2”.

Sabe-se também que uma maior ingestão de colina está associada a um menor risco de
doença cardíaca. Informações científicas disponíveis a esse respeito mostraram que o
consumo adequado de colina diminui os riscos de câncer de mama. No entanto, é importante
mencionar que uma ingestão excessiva de colina pode estar relacionada ao aparecimento
do câncer de próstata e cólon. A ingestão excessiva de ovos (mais de uma unidade por dia,
em média, em seguimentos de mais de uma década) foi correlacionada à maior incidência
de diabetes na população norte americana, o que, provavelmente, se deve à técnica dietética
empregada em seu preparo ou outros fatores de confusão.

ATENÇÃO: Embora o consumo de ovos não esteja relacionado a riscos


cardiovasculares, em indivíduos diabéticos o seu consumo diário pode,
sim, aumentar os riscos. Nesse tipo de público é importante não manter o
consumo diário e empregar técnicas que agreguem antioxidantes ao seu
preparo, como ervas e especiarias, minimizando a oxidação do colesterol e
gorduras presentes na gema.

Curso Extensão
105 Nutrição
Funcional
Aula 17 – Agrotóxicos – Impacto para a Saúde

Sabemos que o Brasil é campeão no uso de agrotóxicos.


Nossa missão como nutricionistas é fomentar o consumo de
alimentos orgânicos, otimizar a resposta antioxidante endógena e
ensinar como higienizar os alimentos, minimizando a carga tóxica.

Assista agora à aula “Agrotóxicos - Parte 1”.

Os alimentos com maior teor de agrotóxicos são: pimentão, morango, tomate, alface,
cenoura, pepino, abacaxi, entre outros. Portanto, esses são alimentos que devem ser evitados
se não forem orgânicos. Ou, pelo menos, devemos remover a casca.

As principais fontes de glifosatos são: aveia preta, óleo de algodão, ameixa, açúcar, cacau,
banana, coco, café, feijão, milho, maçã, pêssego, mamão, trigo, soja e uva.

Atrazina, carbamatos, herbicidas, glifosatos, inseticidas domiciliares, fungicidas,


piretrinas e demais agrotóxicos estão relacionados a:
• Maior incidência de câncer de mama, cerebral, pulmonar e leucemia
• Desordens cognitivas
• Dermatite, infertilidade e deterioração da placenta
• Má formação fetal e menor QI em crianças
• Retardo do crescimento intrauterino
• Esquizofrenia, TDAH e Alzheimer
• Anemia

Alterações genéticas e metabólicas geradas pelos agrotóxicos:


• Altera a metilação de DNA e histonas
• Altera a acetilação de histonas
• Modifica a expressão de micro RNAs
• Gera estresse de retículo e produção de proteínas mal formadas
• Causa mutação do DNA, aumentando a incidência de câncer
• Promove a disfunção mitocondrial e apoptose celular
• Reatividade imunológica
• Alterações da microbiota intestinal
• Aumento de citocinas inflamatórias

Curso Extensão
Nutrição 106
Funcional
COMO OS AGROTÓXICOS CAUSAM DANOS?

Assista agora à aula “Agrotóxicos - Parte 2”.

Disfunção mitocondrial: gera desacoplamento da cadeia de elétrons, inibe a ATP sintase e


complexos mitocondriais dependentes de coenzima Q10, despolariza a membrana, levando
à liberação do citocromo C e promovendo a morte celular, aumenta a produção de radical
superóxido e reduz a síntese de ATP.

Inibem complexos mitocondriais neuronais e aumentam a entrada de cálcio nos neurônios,


elevando a ativação de óxido nítrico sintase neuronal e produção de peroxinitrito, disfunção
mitocondrial, apoptose neuronal e excitabilidade. Podem ser causa de Parkinson e Alzheimer.

Reduzem a diversidade do microbioma intestinal, diminuem a população de Lactobacillus


e Bifidobactérias, causam desfragmentação do DNA, aumentam a permeabilidade intestinal
e reduzem a expressão de tight junctions e enzimas de fase 1 intestinais.

Inibem enzimas digestivas: amilases, lípases e proteases.

Quelam o alumínio, aumentando sua absorção do trato gastrointestinal, inibindo enzimas


envolvidas na síntese do hemo.

Reduzem a síntese de serotonina, vitamina D3 e melatonina.

Inibem a síntese hormonal e sua ação nos devidos receptores. Podem causar um aumento
da aromatase e predominância estrogênica.

COMO REDUZIR AGROTÓXICOS DOS ALIMENTOS?

• Retirar a casca.
• Lavar com água corrente.
• Nunca secar ao forno (aumenta a concentração).
• Deixar de molho por 10 minutos em solução salina (10 gramas de sal para 1 litro de água).
• Após remover a solução salina, fazer a solução ácida com 25 ml de vinagre em 1 litro de água.
• Outra opção é o uso de bicarbonato de sódio usando 1g por litro de água.
• Outras opções: água ozonizada, permanganato de potássio.

Curso Extensão
107 Nutrição
Funcional
CUIDADO COM PRODUTOS ANIMAIS!

Rações transgênicas Bioacumulam na Presentes em


manteigas, lácteos
ricas em agrotóxicos gordura animal e carnes gordurosas

RESUMO

Estresse oxidativo
e disfunção
mitocondrial

Alteração
epigenética AGROTÓXICOS Inflamação

Disfunção
Hormonal e
Imunológica

Curso Extensão
Nutrição 108
Funcional
APOSTILA
CURSO DE EXTENSÃO

NUTRIÇÃO
FUNCIONAL

MÓDULO 4

109
Módulo 4 - A visão funcional de algumas
situações de saúde especiais

Aula 18 – Gripes e Resfriados: Uma abordagem funcional

Sinais e sintomas na prática clínica: presença de muco, obstrução das vias aéreas, asma,
rinite, sinusite, otite, dor de cabeça, fadiga.

Percepções: pessoas que passam a ingerir de 3 a 5 frutas ao dia e ingerem mais saladas e
legumes deixam de ficar gripadas, principalmente no inverno quando chega a época das
infecções.

Exames laboratoriais ideais para proteção a gripes e resfriados: vitamina C >1; zinco 95 a
120; cobre 90 a 120; magnésio >2,1; selênio 120 a 150; vitamina A >0,6; 25-OH-D3 e 1,25-OH-D3 40
a 60; linfócitos 25 a 35%; leucócitos 4500 a 6500; manganês 18 a 23.

Assista agora à aula “Gripes e Resfriados: Uma Abordagem Funcional”.

PREVENÇÃO

1º PASSO: 600g de alimentos crus (frutas, verduras e legumes)

2º PASSO: aumentar o consumo de especiarias (cúrcuma, gengibre, canela, hortelã, salsa, cebolinha, tomilho, etc).

3º PASSO: consumir compostos organossulfurados (alho, cebola, brássicas).

4º PASSO: remover os alérgenos.

5º PASSO: suplementação direcionada a déficits nutricionais apresentados no exame.

TRATAMENTO

6º PASSO: otimizar a vitamina C (350 a 500 mg 3x ao dia). Durante o resfriado pode-se utilizar 500 mg a cada hora ou mais!

7º PASSO: lavagem com Lota - 1g de sal em 100 ml de água morna, lavando ambas as narinas, pela manhã
(ou soro fisiológico em spray nasal – 1 a 2 jatos em cada narina = 2x ao dia – conforme o volume de secreção)

Curso Extensão
110 Nutrição
Funcional
8º PASSO: N- Acetilcisteína 600 mg - 2 a 4 x ao dia (crianças 200 mg).

9º PASSO: Própolis (tintura) 20 gotas a cada 2h. (Crianças 15 gotas 3x ao dia).

10º PASSO: : Óleo de alho 500 mg - até 6x ao dia quando houver infecção.

11º PASSO: : Respflan e Respirium 7 gotas de cada (reter embaixo da língua por 30 minutos)
3x ao dia. Durante a gripe / resfriado pode ser usado usar a cada 2h.

12º PASSO: : Kaloba – medicamento fitoterápico, usar conforme a indicação na bula

Aula 19 – Gastrites e Úlceras

Sempre que pensamos em gastrites, devemos


associar a parte de Assimilação da Matriz da Nutrição
Funcional.
O estômago é formado por 3 partes: fundo, corpo
e antro. Temos o esfíncter esofágico inferior que
permite a passagem do alimento para o estômago
e o esfíncter pilórico que promove a passagem do
alimento para o duodeno.
A mastigação tem muita importância na proteção
gástrica. Devemos evidenciar o poder da mastigação
para evitar uma lesão da mucosa gástrica.

Além disso, as enzimas digestivas só atuam na superfície do alimento. Quanto mais partes
expostas dele através da mastigação, melhor será a digestão. Esta ativação mecânica ocorre
apenas na boca, a partir da boa mastigação.

O ácido clorídrico (HCl) é produzido pelas células parietais do estômago e possibilita a


transformação do pepsinogênio na forma ativa: pepsina, enzima que atua na digestão
de proteínas. O epitélio gástrico é resistente à acidez, visto que a produção de muco e
bicarbonato o protegem contra o pH baixo (entre 1 e 2,5).

Curso Extensão
Nutrição 111
Funcional
A PRODUÇÃO DE ÁCIDO CLORÍDRICO É ESTIMULADA POR:

Acetilcolina: neurotransmissor regulado pelo nervo vago quando não estamos estressados.
Acetilcolina só é estimulada quando há relaxamento (Sistema Nervoso Parassimpático).
Por isso, quem faz meditação aumenta acetilcolina e melhora digestão. Sob estresse, reduz
acetilcolina prejudicando a produção de ácido clorídrico e a digestibilidade!

Gastrina: produzido pelas células G quando o pH está acima de 3 ou na presença de proteínas.

Histamina: produzida por células enterocromafins like sob estímulo de gastrina e alérgenos.

O sistema nervoso entérico produz acetilcolina que também estimula gastrina, produzindo
ácido clorídrico, digerindo proteínas em peptídeos, ativando CCK (colecistoquinina) e secretina,
induzindo as secreções pancreáticas e biliares, melhorando a digestão no intestino delgado.

SECREÇÕES GÁSTRICAS

Ácido clorídrico, pepsinogênio, lactoferrina (quelante de ferro impedindo crescimento


bacteriano), imunoglobulinas (também evita o crescimento de patógenos), mucina, água e
bicarbonato.

Maior crescimento SIBO


Hipocloridria de patógenos. Menor Infecções bacterianas
digestão proteica Disbiose

H. pylori ataca a camada de muco através de fosfolipases e


proteases, libera citotoxinas (LPS) do próprio corpo, produz
urease que converte uréia em amônia e dióxido de carbono
que são agressores à mucosa gástrica. Quando há dano à
mucosa, o reparo do epitélio ocorre de 2 a 4 dias.

Curso Extensão
112 Nutrição
Funcional
DEFESA DE MUCOSA:

COX 2 (ciclooxigenase tipo 2): produz prostaglandinas E2 que estimulam a produção de


muco protetor e a angiogênese, protegendo o contato do ácido com as células epiteliais.
Anti-inflamatórios não esteroidais inibem COX- 2, facilitando danos à mucosa e sangramentos
gastrointestinais.

Prostaglandinas: são eicosanóides que protegem o estômago, mantendo as junções


apertadas, aumentando o fluxo sanguíneo, reparando estômago e inibindo a resposta
inflamatória de leucócitos.

TEMOS GASES CITOPROTETORES, COMO:

Monóxido de carbono (CO): estimulado por cisteína e atividade da enzima hemoxigenase.


Em baixa dose é altamente citoprotetor.

Ácido sulfídrico (H2S): mitocôndrias usam H2S para produzir ATP! Células da mucosa
conseguem produzir energia a partir de H2S através do aminoácido cisteína. O H2S inibe
a adesão leucocitária, possui ação antioxidante, inibe a mieloperoxidase em neutrófilos e
estimula a cicloxigenase tipo 2.

Óxido nítrico (NO): produzido a partir da arginina. Estimula a angiogênese e cicatrização.

Leptina: reduz infiltração de leucócitos, diminui o estresse nitrosativo, aumenta a glutationa


e superóxido dismutase. Quem possui resistência à leptina (como obesos), possui maior
predisposição a câncer gástrico, úlceras e gastrite.

Melatonina: regenerador gastrointestinal por diminuir marcadores inflamatórios! É


antioxidante, ativa COX-2 e óxido nítrico sintase, aumenta enzimas antioxidantes de fase 2 e
Fator de Crescimento Vascular, promovendo o reparo gástrico a partir do triptofano.

Assista agora à aula “Gastrites e Úlceras”.

Curso Extensão
Nutrição 113
Funcional
COMO IDENTIFICAR HIPOCLORIDRIA X HIPERCLORIDRIA?

HIPOCLORIDRIA HIPERCLORIDRIA

Digestão lenta, dor após comer, distensão


abdominal, sente mal após comer muita
proteína, refluxo, azia, não come mais nada Digestão rápida, consegue comer após um
depois do churrasco (horas depois, segue churrasco, dor quando fica em jejum, come
sem apetite), barriga distende no fim e melhora. Também pode ter azia e refluxo
do dia, sente-se bem com frutas ácidas, no jejum. Não se sente bem com frutas
disbiose, SIBO, SIFO, candidíase, alergias ácidas.
e hipersensibilidades, falta de nutrientes,
anemia, distúrbios cognitivos.

FATORES DE RISCO

• Anti-inflamatórios e inibidores de COX-2.


• Polimorfismo na CYP2C9.
• Consumo de álcool.
• Tabagismo.
• Consumo de refrigerantes, cafeína, pimentas, alimentos industrializados, entre outros.
• Estresse.
• Falta de nutrientes como zinco. ferro e vitaminas do complexo B.
• Envelhecimento.
• Excesso de sal.
• Excesso de carnes vermelhas.
• Baixo consumo de frutas, verduras e legumes.
• Dieta com alimentos ricos em níquel (damasco, figo, pêra, ameixas, frutos do mar...), além de
utensílios de aço inox.
• Dieta pobre em ômega 3 (DHA reduz câncer gástrico).
• Alergias e hipersensibilidades.
• Doença celíaca.
• Disbiose.
• Uso crônico de inibidores de bomba de prótons.
• Baixa mastigação.

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114 Nutrição
Funcional
PROTETORES DE MUCOSA
• Triptofano: essencial à síntese de melatonina que atua na regeneração gástrica.
• Arginina: por aumentar óxido nítrico, melhorando a angiogênese.
• Cisteína: estimula a produção de ácido sulfídrico.
• Gergelim ou óleo de gergelim: aumenta prostaglandinas E2, protegendo a mucosa e
estimulando a produção de muco.
• Retinol, vitamina B2, B9, B12: replicação celular.
• Glutamina: detoxificação de amônia e proliferação celular.
• Manjerona: reduz os níveis de malonaldeído, altamente antioxidante.
• Aloe vera: estimula proliferação dos fibroblastos, aumenta a produção de muco, modula a
produção de ácido clorídrico, cicatriza úlceras gástricas e possui ação antioxidante.
• Opuntia fícus indica: reduz os níveis de TNF-a e ativação de mieloperoxidase.
• Gengibre: aumenta a expressão de enzimas antioxidantes como superóxido dismutase e
catalase.
• Morangos: possui taninos antioxidantes, anti H. pylori e vaso-relaxante.
• Zinco: aumenta a produção de ácido clorídrico, a replicação celular, a expressão de
hemoxigenase e superóxido dismutase.

Assista agora à aula “Antioxidades”.

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Nutrição 115
Funcional
Aula 20 – Saúde Tireoidiana

ELEMENTOS DA FUNÇÃO TIREOIDIANA

O hipotálamo produz TRH, hormônio liberador de tireotrofina, que estimula a hipófise a


produzir o TSH que, por sua vez, estimula a tireoide a trabalhar. A tireóide secreta tiroxina (T4)
e tri-iodotironina (T3). T4 é um hormônio que, juntamente com T3, controla como cada célula
do corpo gasta energia, isto é, o processo metabólico. Quando a tireoide produz muito T3 e T4,
nosso metabolismo “acelera”. Quando a tireoide produz pouco T3 e T4, o nosso metabolismo
se torna “mais lento”.

A quantidade de T3 e T4 produzida pela tireoide é controlada pela hipófise (glândula


cerebral). Se a tireoide está produzindo baixas quantidades de T4 e T3, a hipófise começará
a secretar o TSH (hormônio estimulante da tireoide). Esse hormônio, por sua vez, irá induzir
a tireoide a produzir mais T3 e T4. Caso a tireoide esteja produzindo T4 e T3 em excesso, a
hipófise irá reduzir a secreção de TSH.

Assista agora à aula “Saúde Tireoidiana”.

A tireoide produz mais T4 do que o T3, em uma proporção aproximada de 80% para 20%. No
entanto, quando o T4 entra na corrente sanguínea e chega em outros órgãos e tecidos, ele é
transformado em T3 para dar energia às células. Dessa forma, o T3 é realmente o hormônio
responsável por controlar nosso metabolismo a partir do T4 circulante.

Quando estão na corrente sanguínea, os hormônios T3 e T4 ficam ligados a uma proteína


chamada globulina ligadora de tiroxina, ou TBG - e nesta situação eles não podem ser
utilizados por nossos órgãos. Somente uma pequena parte dos hormônios tireoidianos está
livre na corrente sanguínea para ser utilizada no metabolismo do corpo. Isso quer dizer que
apenas o T4 livre pode ser transformado em T3 nos órgãos e tecidos.

O exame de T4 livre irá, portanto, avaliar a quantidade de hormônio T4 disponível na


corrente sanguínea para ser utilizado pelos nossos órgãos e tecidos. Se houver uma grande
quantidade de T4 livre, pode ser um sinal de hipertireoidismo, enquanto o contrário pode
indicar hipotireoidismo.

Curso Extensão
116 Nutrição
Funcional
Alguns sinais e sintomas também podem indicar alterações na tireoide:

• Sinais oculares, como irritação, secura e coceira


• Pele seca ou oleosa
• Queda de cabelo
• Tremores nas mãos
• Alterações na frequência cardíaca, osteoporose

Os sintomas também podem ser inespecíficos, tais como:

• Perda ou ganho de peso não-intencional


• Dificuldade para dormir ou insônia
• Ansiedade
• Fadiga ou fraqueza
• Intolerância ao frio ou ao calor
• Sensibilidade à luz
• Menstruação irregular

Desiodases:

As iodotironinas desiodases formam uma família de selenoenzimas com propriedades


catalíticas distintas que ativam ou inativam os hormônios tireoidianos via desiodação do
anel fenólico ou tirosínico da molécula do T4. A deficiência de selênio pode levar à queda nos
níveis de T3 . As desiodases tipo I e II (D1 e D2) são as enzimas responsáveis pela geração do
T3 e são amplamente expressas na tireóide normal. A desiodase tipo III (D3) é inativadora dos
hormônios tireoidianos.

Desiodade tipo 1: converte T4 em T3 livre, T4 em T3 reverso e T3 em T2. É a principal enzima


envolvida na conversão periférica, principalmente hepática. Ativada pela testosterona e
leptina e inibida por citocinas inflamatórias, falta de ATP e metais tóxicos.

Desiodase tipo 2: converte T4 em T3 livre e T3 em T2. Ativada por sais biliares e inibida por
citocinas inflamatórias, falta de ATP e metais tóxicos.

Desiodade tipo 3: converte T4 em T3 reverso e T3 em T2. Está localizada principalmente na


placenta. Ativada à noite pela melatonina e pela hipóxia (HIF-1a).

Assista agora à aula “Como São Sintetizados os Hormônios Tireoidianos”.

Curso Extensão
Nutrição 117
Funcional
Alostase tireoidiana - processo de alcançar a estabilidade, ou homeostase.

CITOCINAS INFLAMATÓRIAS:
Ativam a desiodase tipo 2 no hipotálamo reduzindo TRH→TSH→ T4 e T3.
Inibem a desiodase tipo 1 reduzindo T3 livre, aumentando T3 reverso. Inibem a tireoglobulina.

LEPTINA:
Estimula TRH→ TSH→ T4 e T3 como tentativa do organismo não engordar. Contudo, citocinas
inflamatórias aumentam a resistência à leptina.

Glicocorticoides: reduzem TRH→ TSH→ T4 e T3.

Dopamina: reduz TSH.

Metais tóxicos: competem com zinco e selênio, reduzindo T3 livre, aumentando T3 reverso.

Hipóxia: respiração ansiosa, tabagismo, estresse oxidativo, depleção de óxido nítrico,


oxidação de tetrahidrobiopetrina aumentam a expressão de HIF-1a, que transcreve o gene da
desiodase tipo 3, aumentando T3 reverso, sem função.

Jejum (>24h) e restrição calórica drástica: reduzem produção de ATP, impedindo a função
das desiodases tipo 1 e 2. Ativam a desiodase tipo 2 no hipotálamo reduzindo TRH→ TSH→ T4 e T3.

IMPORTÂNCIA DO T3:
• Quem atua no receptor é o T3. Somente a fração livre é capaz de atuar na célula.
• Ativa PGC1a → biogênese mitocondrial.
• Aumenta a expressão do receptor de LDL: reduz LDL.
• Aumenta o clearance da insulina.
• Ativa PPARa→ betaoxidação.
• Ativa NRF2 → enzimas antioxidantes.
• Ativa AMPK → translocação do GLUT4 aumentando a captação de glicose.
• Aumenta a lipólise e termogênese.
• Diferenciação celular e produção energética.
• Formação fetal.
• Síntese hormonal: ativa as enzimas STAR e proteína reguladora aguda de esteroides e TSPO - proteína
translocadora.
• Ativa CYP7a1 auxiliando na digestão de gorduras.
• Reduz triglicerídeos, LDL e apoB, diminuindo o risco arterial.
• Reduz fibromialgia e alterações cognitivas, epilepsia e depressão.

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118 Nutrição
Funcional
ASPECTOS A SE LEVAR EM CONSIDERAÇÃO:
• Produção: saúde da glândula, autoimunidade, nutrientes.
• Conversão: inflamação, metais tóxicos, hipóxia e nutrientes.
• Ação no receptor: metais tóxicos, citocinas inflamatórias, falta de ferro e vitamina A.

VALORES LABORATORIAIS ÓTIMOS:


• T3 livre : 3,1 a 4
• T4 livre: 0,9 a 1,3
• Tireoglobulina: 8 a 13
• Zinco : 95 a 120
• Selênio: 120 a 150
• Ferritina: 70 a 150 (até 200)
• Saturação da transferrina: 25 a 40%
• Vitamina A: >0,6
• Manganês: 18 a 23
• Iodo urinário: 100 a 250
• Metais tóxicos: próximo de 0 melhor. Urina deve estar maior que sangue.

EXAMES LABORATORIAIS PERTINENTES

1. TSH 8. Selênio (sangue)


2. T4 Livre 9. Zinco (sangue ou eritrocitário)
3. T3 Total 10. Cobre (sangue ou eritrocitário)
4. T3 Livre 11. Manganês (sangue ou eritrocitário)
5. T3 Reverso
12. Chumbo (sangue ou eritrocitário)
6. Anticorpos anti-TPO (tireoperoxidase)
13. Cádmio (sangue ou eritrocitário)
7. Anticorpos anti-TG (tireoglobulina)
8. Tireoglobulina 14. Mercúrio (sangue ou eritrocitário)
9. Retinol 15. Alumínio (sangue ou eritrocitário)
10. Relação ferritina/saturação de 16. Arsênico (sangue ou eritrocitário)
transferrina 17. Fluoreto (urina)

Assista agora à aula “Exames Laboratoriais”.

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Nutrição 119
Funcional
DIAGNÓSTICO DE HIPOTIREOIDISMO

• T3 livre baixo
• TSH alto
• Anticorpos anti-tireoglobulina e anti-TPO (Hashimoto)
• Cansaço, dor de cabeça, mãos e pés frios, dorme de meia no verão, quando caminha as
mãos suam, danos cognitivos, digestão lenta de gorduras, dificuldade em perder peso,
constipação, pele seca, unha fraca, queda de cabelo, betacarotemia, colesterol elevado,
fibromialgia, retenção de líquido
• Temperatura basal inferior a 36,2ºC ao acordar.

DIAGNÓSTICO DE HIPERTIREOIDISMO

• T3 livre alto
• TSH baixo
• Anticorpos Trab (Graves)
• Calorões, irritabilidade, taquicardia, suor, osteoporose, perda de peso, intolerância ao calor,
ansiedade, diarreia, perda de peso, olhos saltados

NUTRIENTES ENVOLVIDOS NA FUNÇÃO TIREOIDIANA

Glutationa: cofator das desiodases. Depende de cisteína, glutamina e glicina.

Assista agora à aula “Zinco”.

Zinco: ação das desiodases.

Ferro: cofator da hemoproteína tireoperoxidase que organifica o iodeto para a produção de


T4 e T3, além de ser necessário para a ação do T3 no receptor e a conversão do T4 em T3. A
anemia pode levar ao hipotireoidismo.

Manganês: aumenta a atividades das desiodases.

Retinol: aumenta a síntese de TSH, a captação de iodo pela Nis e a ligação do T3 no receptor
TER que está acoplado ao RXR (receptor de ácido retinóico).

Selênio: cofator da glutationa peroxidase, reduz o peróxido de hidrogênio impedindo danos


à tireóide e a produção de autoanticorpos contra a glândula. Atua na conversão do T4 em T3.
Dentro da tireóide temos 8 selenoproteínas.

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120 Nutrição
Funcional
Iodo: fundamental para a produção do T4 e T3. Excesso aumenta a produção de peróxido de
hidrogênio, danos à tireóide e autoimunidade. A deficiência de iodo leva ao hipotireoidismo e
bócio.

A melhor forma de consumo é através de alga por conter as 4 isoformas de iodeto,


apresentando maior biodisponibilidade e menor toxicidade. Na falta de iodo, a tireoglobulina
se eleva (também aumenta em cistos e nódulos). Ideal manter a tireoglobulina entre 8 e 13.
Na avaliação de iodo urinário, que mostra o consumo habitual de iodo, os valores devem estar
entre 100 e 250. Atualmente já se tem no Brasil o exame de iodo salivar, mostrando o quanto
tem no tecido.

Tirosina: associado ao iodo na síntese de T4 e T3.

Vitamina D: reduz autoanticorpos contra a glândula.

BOCIOGÊNICOS

As substâncias bociogênicas interferem na correta absorção do iodo. Excesso desses


elementos somado à deficiência de iodo e de outros micronutrientes pode interferir na
regulação dos hormônios tireoidianos através dos seguintes mecanismos: inibição da
captação de iodo; bloqueio da ligação do iodo à tirosina; inibição da tireoperoxidase e a
conversão do T4 em T3 livre, reduzindo a excreção do T3 reverso.

Assista agora à aula “Outros Agentes Bociogênicos”.

São: Isotiocianatos, flavonoides, isoflavonas, boro, cálcio, nitratos, cobalto, lítio.


Halógenos: flúor, cloro, bromo.

FONTES ALIMENTARES:
Alguns alimentos como couve-flor, couve-manteiga, brócolis, repolho, couve de bruxelas (prefira cozinhar
no vapor), semente de mostarda, nabo, rabanete, broto de bambu, amêndoas, soja, beterraba, mandioca,
glúten (aveia, cevada e trigo), alho, abacaxi, ginkgo biloba, alcaçuz, valeriana e gengibre.

• O chá verde também pode reduzir os níveis de T3 e T4 e elevar os níveis de TSH.


• A soja também prejudica a função da tireoide.
• O glúten, por mimetismo molecular, aumenta a produção de anticorpos e a deposição de
imunocomplexos, levando a processos autoimunes contra a glândula tireóide.
• Suplementação com cálcio, boro e lítio.

Curso Extensão
Nutrição 121
Funcional
DISRUPTORES ENDÓCRINOS (DEs)

Os disruptores endócrinos (DEs) (endocrine disruptors chemicals, em inglês) são uma gama
de substâncias químicas que interferem no sistema hormonal, alterando a forma natural de
comunicação do sistema endócrino, causando distúrbios na saúde.

Os DEs atuam no organismo humano por meio de imitação dos hormônios naturais (como o
estrógeno). Dessa forma, ocorre um bloqueio da ação hormonal natural e uma alteração dos
níveis de hormônios endógenos.

Os disruptores endócrinos podem interagir e produzir efeitos significativos, mesmo quando


combinados em baixas doses, as quais individualmente não produziriam efeitos observáveis.

Existe uma gama de substâncias capazes de alterar o sistema endócrino de um organismo.


Dentre elas são encontradas substâncias de diferentes classes químicas, como hormônios,
constituintes vegetais, pesticidas (como, por exemplo, DDT), compostos utilizados na indústria
do plástico (como, por exemplo, alquilfenóis, bisfenol-A e ftalato) e de produtos de consumo
e outros subprodutos e poluentes industriais. São: percloratos, hidrocarbonetos policíclicos
aromáticos, bisfenol A, bifenilos policlorados (PCBs), entre outros.

Dentre a grande variedade de alterações que os disruptores endócrinos são capazes de


causar ao organismo humano, estão:

• Inibem a captação de iodo e inibição de desiodases


• Hipotireoidismo
• Produção de radicais livres
• Formação de epítopos estranhos
• Redução da função do sistema imunológico e aumento de doenças infecciosas e
autoimunidade
• Problemas comportamentais e neurológicos
• Diferentes tipos de neoplasias
• Impotência, atrofia testicular, redução da qualidade espermática
• Endometriose, alterações do ciclo menstrual, puberdade precoce
• Aborto, natimortos, prematuridade, diminuição do QI de filhos nascidos de mães
contaminadas

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122 Nutrição
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Tireóide Sinais/sintomas Polimorfismos Estratégias

Hipotireoidismo Ganho de peso, DIO1, DIO2, - Kelp, Ascophyllum nodosum,


retenção de líquido, DUOX2, selênio (castanha do Pará), fontes de
obesidade, ansiedade, FOXE1, ferro, zinco, complexo B, vitaminas D,
depressão, fadiga, A, C, L-tirosina, magnésio, manganês
INTERGENIC,
mãos e pés frios, se tiver falta, Dimpless, silimarina,
constipação, não IYD, MTF1, TG, Altilix
suam o corpo, suor TPO, TSHR,
apenas nas mãos após UCP1, ADRB2, - Óleo de cominho negro (T4 em T3)
caminhar ou fazer UCPs, - Otimizar glutationa (NAC, glicina,
exercícios, fraqueza PPARPGC1a taurina), complexo B, magnésio,
muscular, queda vitamina D
de cabelo, memória - Reduzir exposição tóxica (bisfenol,
ruim, pele seca, pele ftalatos, agrotóxicos)
amarela se tiver - Orgânicos
polimorfismo - Silício estabilizado em colina,
na BCMO1, cisteína, NAC, Actrisave, complexo B,
temperatura basal - Evitar restrição calórica rígida
ao acordar menor - Rotacionar estratégias (Ciclo de
que 36,2ºC, baixa Carboidratos)
libido, apnéia do sono, - Manejo do estresse
redução de SHBG - Evitar uso de lugol por conta
própria e reduzir consumo de sal e
preferir algas (4 isoformas de iodo e
baixa toxicicidade)
- Fibras insolúveis
- Boa ingestão de água
- Ativos mitocondriais
- Magnésio
- Retirar glúten, soja, cozinhar
alimentos bociogênicos e evitar
excesso
- Retirar alérgenos, principalmente
glúten e lácteos
- Quânticos e oligoterápicos de
tireóide
- Aromaterapia (óleo de mirra,
gerânio, laranja, capim limão)
- Evitar soja, brássicas mais que 2x na
semana (sempre cozinhar), linhaça,
feijão e leguminosas (2x na semana
preferencialmente germinados),
amêndoas (de molho), rúcula,
repolho cru, chá verde.
- G. Controller
- TR Orghan (biologicabrasil)

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Tireóide Sinais/sintomas Polimorfismos Estratégias

Hipertireoidismo Perda de peso, TNF, TSHR - Modular a ingestão de iodo,


diarreia, ansiedade, principalmente evitando consumo
hipertensão, de sal refinado.
depressão, - Investigar se usou hormônios
irritabilidade, aumento para emagrecer
de SHBG, taquicardia, - Encaminhamento ao médico
tremores, palpitação, - Fibras solúveis
bócio, calor excessivo, - Fontes de selênio
excesso de suor, sente - Aumentar aporte calórico
mal no verão, olhos - Retirar alérgenos alimentares
saltados, inquietação, - G. Controller
coceira, queda de - TR Orghan (biologicabrasil)
cabelo, vômitos e
náuseas

Hashimoto 1- Analisar anticorpos anti TPO


(>200 Ui-ml) e anti tireoglobulina
2- Analisar metais pesados,
marcadores de estresse oxidativo,
cortisol, níveis de vitaminas e
minerais (selênio, zinco, vitamina
A, D, C, B12, B9, ferritina, iodo
urinário, manganês, cálcio iônico,
magnésio)
3- Investigar hiperpermeabilidade
intestinal (zonulina alta)
4- Investigar outras doenças
autoimunes
5- Reparar a barreira intestinal:
glutamina, glicina, aloe vera,
vitamina A, D, ômega 3,
curcumina, boswellia, tintura
de calêndula, espinheira santa,
guaçatonga, NAC, L- arginina,
colágeno

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124 Nutrição
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Tireóide Sinais/sintomas Polimorfismos Estratégias

6- Reduzir reatividade imunológica:


nucleotides, BIOMAMPs, retirar
alérgenos (glúten, soja, lácteos),
retirar açúcares e adoçantes, usar
gorduras mono e poliinsaturadas,
reduzir porteínas animais e usar
mais vegetais, colágeno, crucumina,
gengibre, BioIntestil, Microbiomex,
Epicor, Lactoferrina, equinácea,
garra do diabo, unha de gato,
vitamina C, glutamina, ômega 3,
quercetina, Vitis Vinifera, própolis,
óleo de orégano, tomilho, tinturas
de cravo, canela, Ganodderma
Lucidum, BioVit, Imunocomplex,
Betaglucanas de Sacharomyces ,
levedura nutricional, alho, cebola.
7- Protocolo FODMAPs se
necessário
8- Probióticos e prebióticos
9- Ômega 3, vitamina D, zinco,
magnésio, olhar ferritina, vitamina
A, metilfolato, metilcobalamina,
piridoxal 5 fosfato, nicotinamida,
riboflavina, tiamina, pantotenato de
Ca, cálcio de algas, manganês, NAC,
glicina, Exselen, inositol
10- Evitar poluentes (panelas de
alumínio ou teflon, peixes grandes
de mar, desodorantes, maquiagens,
plastificantes, sabonetes que não
sejam biológicos, pasta de dente
com flúor, água com flúor) e dar
suporte à destoxificação
11- Suplementos mitocondriais:
Coq10, PQQ, ácido R alfa lipoico

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