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PRÁTICAS DE PESQUISA EM PSICANÁLISE

Exploração do método psicanalítico


(Caso Elisabeth von R.)

Universidade Nove de Julho


Curso de Psicologia
Prof. Jamil Torquato de Melo Filho
jamiltorquato@uni9.pro.br
O método psicanalítico

I. Interpretação do sonhos

II. Análise dos atos falhos

III. Processo de transferência

IV. Associação livre de ideias


I. Interpretação dos sonhos

Os sonhos apresentam imagens de recalcamentos, ansiedades e medos, que depois de


interpretados vão permitir ao psicanalista confirmar os resultados das suas investigações sobre
problemas de comportamento apresentados pelo paciente.

O material recalcado liberta-se e o desejo, geralmente de natureza afetivo-sexual pode realizar-se,


pois o controle e a censura que o ego e o superego exercem sobre os desejos inconscientes
encontram-se atenuados.

A censura não desaparece, e o desejo só pode se realizar de forma simbólica, distorcida. Por isso,
os sonhos têm de ser interpretados.

As imagens oníricas, ou seja, o “filme” que sonhamos, é o conteúdo manifesto do sonho. Ele exibe
acontecimentos que se deram recentemente, muitas vezes no dia anterior. Mas, o sonho tem
também um significado mais profundo e oculto à consciência. Freud chamou-lhe conteúdo onírico
latente.
II. Análise dos atos falhos

São fenômenos ligados a lapsos, de escrita, esquecimentos momentâneos de palavras. São de


caráter, aparentemente, “insignificante” e de curta duração.

É frequente, no nosso cotidiano, cometermos tais atos falhos, como por exemplo: o esquecimento
de objetos usuais (chaves, carteira), lapsos de linguagem, como trocar uma palavra por outra, etc.

O lapso mais frequente consiste em fazer exatamente o contrário do que se pretende fazer.

*Os atos falhos resultam da interferência de intenções diferentes que entram em conflito – são
desejos recalcados que dão origem aos atos falhados.

**A análise dos atos falhos vai permitir uma melhor interpretação dos sintomas do paciente.
III. Processo de transferência

Transfere-se, inconscientemente, para a figura do psicanalista sentimentos de ternura ou de


hostilidade, atualizando assim situações reprimidas e esquecidas para que o analista possa
detectar as razões desse conflito inconsciente.

*A atualização dos sentimentos e emoções como desejos, medos, ciúmes, ternura e amor, que na
infância eram dirigidos aos pais e irmãos são agora transferidos para o profissional.

**As relações imaturas infantis são como que repetidas e atualizadas através do processo de
transferência. É um processo de catarse, de descarga psíquica, restabelecendo a relação entre a
emoção e o objeto que inicialmente a despertou.
IV. Associação livre de ideias

O paciente deve expressar livremente o que lhe vem à mente, expondo aquilo que sente, sem se
preocupar com a descrição lógica ou como o sentido daquilo que diz.

Com a ajuda do psicanalista, o paciente deve reviver terapeuticamente o seu passado, até à
infância, onde estão, para Freud, as raízes dos problemas.

*O objetivo seria reviver os eventos traumatizantes, interpretá-los e compreendê-los de forma a dar


ao ego a possibilidade de um controle sobre as pulsões.
Vídeo I

https://youtu.be/wXWcKxEzoC4
Vídeo II

https://www.youtube.com/watch?v=0G2hhLi0GXM
Vídeo III

https://www.youtube.com/watch?v=srVT7wHZqak

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