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1. Controlo e fiscalização
No plano jurídico, o Professor Sousa Franco apresenta que o controlo po assumir duas
naturezas ( a fiscalização e a responsabilização). A fiscalização ocorre quando o orgão
ou entidade pratica os actos necessários para prevenir, apurar ou corrigir erros ou
irregularidades da execução orçamental e ajustar aos objectivos e regras, outrossim a
responsabilização ocorre quando o objectivo do controle é o apuramento de eventuais
erros ou irregularidades quer para ilibar as entidades controladas, quer para promover a
respectiva efectivação das formas de responsabilidade que ocorram.
O controlo externo que nos é apresentado, é exercido pela Assembleia Nacional e pelo
Tribnal de Contas. A Assembleia Nacional exerce um controlo essencialmente político,
o mesmo podendo ser: a priori, a quando da aprovação do OGE (al. e) do art. 161º);
concomitante, a quando da aprovação de relatórios e balancetes trimestrais (nº 3 do art.
63); a posteriori, a quando da aprovação da CGE (nº 2 do art. 63 da LQOGE). O
Tribunal de Contas também exerce a fiscalização externa, porém é um controlo
essencialmente tecnico e o mesmo pode ser: a priori ou preventiva, relativamente a
concessão de vistos, a sua recusa ou a declaração de conformidade dos contratos(art. 8º
da LOPTC); concomitante, ocorre no termos do artigo 9ª da LOPTC; a posteriori ou
sucessivo, que consiste na avalição posterior do contrato para saber se foram cumpridos
em conformidade( art.9 da LOPTC). O Tribunal de contas é responsável da fiscalização
da execussão do orçamento dos orggão de soberania.
É óbvio que à nível do controlo externo, isto que se opõe ao interno ( efectuado pelo
Presidente da República por desconcentração a IGAE, vide Decreto Presidencial nº
242/20 de 28 de Setembro), não é só a Assembleia Nacional ( com o controlo político),
mas também o tribunal de contas que efectua o controlo aos órgãos de soberania como
disposto na Lei Orgânica do Processo do Tribunal de Contas ( al. a) do nº 2 do art. 2º),
porém fica-se a dúvida e a curiosidade de se por acaso é possível por via de uma
interpretação extensiva ou mesmo uma extensão teleológica afirmar-se que o TC
(Tribunal de Contas) auto-fiscaliza a execução do seu orçamento, baseando-se na
independência dos tribunais.
Firmino CANGILA.