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5- Por que a síntese de glicose (gliconeogênese) não é simplesmente o inverso das reações
glicolíticas?
R: A gliconeogênese e a glicólise não são vias idênticas correndo em direções opostas, embora
compartilhem várias etapas (Figura 14-17); sete das 10 reações enzimáticas da gliconeogênese são o inverso
das reações glicolíticas. No entanto, três reações da glicólise são essencialmente irreversíveis e não podem
ser utilizadas na gliconeogênese: a conversão de glicose em glicose-6-fosfato pela hexocinase, a fosforilação
da frutose-6-fosfato em frutose-1,6-bifosfato pela fosfofrutocinase-1 e a conversão de fosfoenolpiruvato em
piruvato pela piruvato-cinase (Figura 14-17). Nas células, essas três reações são caracterizadas por uma
grande variação negativa da energia livre, enquanto outras reações glicolíticas têm ∆G próximo de zero
(Tabela 14-2). Na gliconeogênese, as três etapas irreversíveis são contornadas por um grupo distinto de
enzimas, catalisando reações suficientemente exergônicas para serem efetivamente irreversíveis no sentido
da síntese de glicose. Assim, tanto a glicólise quanto a gliconeogênese são processos irreversíveis nas
células. Pag 599-600 PDF
6- Como a gliconeogênese contorna as reações glicolíticas irreversíveis? Qual a importância
energética desse contorno?
R: Na gliconeogênese, as três etapas irreversíveis da via glicolítica são contornadas por um grupo distinto de
enzimas, catalisando reações suficientemente exergônicas para serem efetivamente irreversíveis no sentido
da síntese de glicose. Assim, tanto a glicólise quanto a gliconeogênese são processos irreversíveis nas
células. Pag 599-600 PDF
Se estas duas reações prosseguirem simultaneamente em uma velocidade alta na mesma célula, uma
grande quantidade de energia será dissipada na forma de calor. Esse processo antieconômico é denominado
ciclo fútil. Pag 632 PDF
A soma das reações biossintéticas que levam de piruvato até glicose livre no sangue é
2 Piruvato + 4ATP + 2NADH + 2H+ + 4H2O → glicose + 4ADP + 2GDP + 6Pi + 2NAD+
Para cada molécula de glicose formada a partir do piruvato, seis grupos fosfato de alta energia são
consumidos, quatro na forma de ATP e dois na forma de GTP. Além disso, duas moléculas de NADH são
necessárias para a redução de duas moléculas de 1,3-bifosfoglicerato.
Evidentemente não é simplesmente o inverso da equação para a conversão de glicose em piruvato pela
glicólise, que exigiria apenas duas moléculas de ATP:
Glicose + 2ADP + 2Pi + NAD+ → 2 piruvato + 2ATP + 2NADH + 2H+ 2H2O
A síntese de glicose a partir de piruvato é um processo relativamente dispendioso. A maior parte desse alto
custo energético é necessária para assegurar a irreversibilidade da gliconeogênese Pag 603 PDF
9- Quais seriam as consequências energéticas se a glicólise e a gliconeogênese não fossem
processos irreversíveis e mutualmente regulados?
R: Se a glicólise (a conversão de glicose em piruvato) e a gliconeogênese (a conversão de piruvato em
glicose) ocorressem simultaneamente em altas taxas, o resultado seria o consumo de ATP e a produção de
calor. Por exemplo, PFK1 e FBPase-1 catalisam reações opostas:
Assim, essas etapas opostas nas vias glicolítica e gliconeogênica – catalisadas por PFK-1 e FBPase-1 – são
reguladas de uma forma coordenada e recíproca. Pag 634 PDF
Pag 635 diz sobre a regulação da PFK-1 e da FBPase-1 pela frutose-2,6-bifosfato.
A reação da piruvato-carboxilase requer a vitamina biotina (Figura 16-17), que é o grupo prostético da
enzima. A biotina tem uma função-chave em muitas reações de carboxilação. Ela é um transportador
especializado dos grupos de um carbono em sua forma mais oxidada: CO2. Os grupos carboxil são ativados
em uma reação que une o CO2 à biotina ligada à enzima com consumo de ATP. Esse CO2 “ativado” passa a
um aceptor (piruvato, nesse caso) em uma reação de carboxilação. A piruvato-carboxilase tem quatro
subunidades idênticas, cada uma contendo uma molécula de biotina ligada covalentemente por uma ligação
amida com o grupo amino « de um resíduo de Lys específico presente no sítio ativo da enzima. A
carboxilação do piruvato ocorre em duas etapas (Figura 16-17): Pag 681-682 PDF
A hexocinase I do músculo e a hexocinase II são inibidas alostericamente por seu produto, a glicose-6-
fosfato, de forma que, sempre que a concentração intracelular de glicose se eleva acima do seu nível
normal, essas enzimas são temporária e reversivelmente inibidas, levando a velocidade da formação da
glicose-6-fosfato ao equilíbrio com a velocidade de sua utilização e reestabelecendo o estado estável. Pag
632 PDF
Conforme visto no Capítulo 12 (p. 446), o glucagon estimula a adenilil-ciclase do fígado a sintetizar 39,59-
AMP cíclico (cAMP) a partir de ATP. O AMP cíclico ativa a proteína- -cinase dependente de cAMP, a qual
transfere um grupo fosforil do ATP para a proteína bifuncional PFK-2/FBPase-2. A fosforilação desta proteína
aumenta sua atividade de FBPase-2 e inibe a atividade de PFK-2. Dessa forma, o glucagon reduz o nível
celular de frutose-2,6-bifosfato, inibindo a glicólise e estimulando a gliconeogênese. A produção de mais
glicose permite ao fígado repor a glicose sanguínea em resposta ao glucagon. A insulina tem o efeito oposto,
estimulando a atividade de uma fosfoproteína-fosfatase que catalisa a remoção do grupo fosforil da
proteína bifuncional PFK-2/FBPase-2, ativando sua atividade de PFK-2, aumentando o nível de frutose-2,6-
bifosfato, estimulando a glicólise e inibindo a gliconeogênese. Pag 636 PDF