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CENTRO UNIVERSITÁRIO FRASSINETTI DO RECIFE

DIREITO ADMINISTRATIVO I
MONITOR: WELLINGTON BARBOSA DE SOUZA JÚNIOR

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

1. A respeito do regime jurídico-administrativo em contraposição ao regime jurídico típico de


direito privado, é correto afirmar que:

a) não há diferenças entre os regimes jurídicos de direito público e de direito privado,


considerando-se os direitos e garantias individuais e a vigência no país de um Estado
Democrático de Direito.
b) o regime jurídico-administrativo justifica a interpretação da legislação nacional de maneira
mais favorável aos interesses dos órgãos públicos, por representarem estes a materialização
dos interesses comuns da sociedade.
c) o chamado interesse público primário confunde-se com a vontade dos órgãos
administrativos de Estado, ao passo que o chamado interesse público secundário é
considerado, em uma perspectiva rousseauniana, como a expressão da vontade nacional.
d) a distinção entre interesse público primário e secundário vem perdendo relevância no
direito público brasileiro, considerando o viés neoliberalizante da Constituição de 1988 em
comparação ao viés coletivista da Constituição de 1967.
e) a supremacia do interesse público primário justifica, na ordem jurídica brasileira, a
existência de prerrogativas especiais ao Poder Público, sendo essa uma das características
fundamentais do regime jurídico-administrativo.

2. Sobre as Fontes do Direito Administrativo, assinalar a alternativa INCORRETA:

a) No direito francês, a principal fonte do Direito Administrativo foi a jurisprudência emanada


dos órgãos do contencioso administrativo. Embora o Direito Administrativo francês tenha
inspirado consideravelmente o Direito Administrativo brasileiro, não o fez no que diz respeito
ao papel da jurisprudência como fonte primordial do direito.
b) O sistema de unidade de jurisdição, adotado no Brasil por influência do direito norte-
americano, não veio acompanhado do papel da jurisprudência como principal fonte do direito,
nem no Direito Administrativo, nem em qualquer outro ramo do direito. Aqui, a principal
fonte do direito é a lei.
c) Quando se fala na lei como fonte do Direito Administrativo brasileiro, tem-se que observar
as leis conforme a distribuição de competências prevista na Constituição Federal.
d) As fontes do Direito Administrativo brasileiro distinguem-se entre fontes materiais,
abrangendo a Constituição, a lei, o regulamento e outros atos normativos da Administração
Pública, bem como, parcialmente, a jurisprudência; e fontes formais, abrangendo a doutrina, a
jurisprudência e os princípios gerais de direito.

3. “O impulso decisivo para a formação do Direito Administrativo foi dado pela teoria da
separação dos Poderes desenvolvida por Montesquieu, L’Esprit des Lois, 1748, e acolhida
universalmente pelos Estados de Direito.” (MEIRELLES, 2020, p. 50. Grifos do original)
Considerando a formação histórica do Direito Administrativo, realçada brevemente pela lição
acima transcrita, é correto afirmar que:

a) Os países integrantes do sistema Common Law pouco influenciam o desenvolvimento da


trajetória administrativista;
b) Diferentemente do ocorrido com o Direito Administrativo alemão, o Direito Administrativo
francês foi sendo desenvolvido ao longo dos séculos, remontando à Idade Média;
c) As ideias basilares da formação do Direito Administrativo remonta ao Direito
Administrativo francês e seu sistema de unidade da jurisdição;
d) Diversamente do ocorrido na Itália, o Direito Administrativo estadunidense, desde sua
origem, sujeita a Administração Pública ao controle jurisdicional;
e) As jurisprudências alemã e italiana muito preponderaram na formação do Direito
Administrativo;

4. Qual é a diferença fundamental entre Estado e Governo no contexto do Direito


Administrativo? Explique como esses conceitos se relacionam.

5. “Na França, após a Revolução Francesa (1789), a tripartição das funções do Estado em
executivas, legislativas e judiciais veio ensejar a especialização das atividades do governo e
dar independência aos órgãos incumbidos de realizá-las.” (MEIRELLES, 2020, p. 50)
Considerando a origem da Teoria da separação dos Poderes, realçada brevemente pela lição
acima transcrita, discorra sobre as funções estatais e a Administração Pública.

6. Discorra sobre 3 princípios da Administração Pública (expressos ou implícitos), a sua


escolha.
7. (QUESTÃO ADAPTADA) “Órgãos públicos – São centros de competências instituídos
para o desempenho de funções estatais, através de seus agentes, cuja atuação é imputada à
pessoa jurídica a que pertencem” (MEIRELLES, 2020, p. 62, grifos do original). De acordo
com o ensino predominante no Direito Administrativo brasileiro, com fulcro na lição clássica
acima transcrita, é correto afirmar que:

a) A teoria da representação explica adequadamente a relação entre o agente público e a


pessoa jurídica do Estado, em razão do Princípio da imputação volitiva, tendo em vista que a
vontade do órgão público é imputada à pessoa jurídica a cuja estrutura pertence;
b) É objeto de reserva legal absoluta a organização da administração pública direta, no que se
refere à estruturação dos órgãos e competência;
c) Considerando a natureza jurídica do órgão, é possível um particular promover demanda
judicial contra uma secretaria municipal;
d) Apesar de sua natureza jurídica, alguns órgãos públicos têm capacidade processual
reconhecida para defesa de prerrogativas e/ou competências, ante violações especificamente
detalhadas pela Doutrina e Jurisprudência;

8. (QUESTÃO ADAPTADA) “[A Administração Direta] Compreende as pessoas jurídicas


políticas (…), e órgãos que integram tais pessoas por desconcentração, sem personalidade
jurídica própria, aos quais a lei confere o exercício de funções administrativas” (NOHARA,
2017, p. 583, acréscimos nossos). De acordo com o ensino predominante no Direito
Administrativo brasileiro, com fulcro na lição acima transcrita, não possui personalidade
jurídica:

a) Município;
b) Agência Nacional de Águas (agência reguladora federal);
c) Território;
d) Presidência da República; (órgão da adm direta)
e) FUNAI;

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