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TECNOLOGIA DA
INFORMAÇÃO
Érika Madeira
E-book 1
Neste E-Book:
INTRODUÇÃO����������������������������������������������������������� 3
E-COMMERCE: UMA POSSÍVEL
ESTRATÉGIA TECNOLÓGICA������������������������������� 4
Falando de estratégia���������������������������������������������������������������4
Gestão stratégica����������������������������������������������������������������������9
Comércio eletrônico����������������������������������������������������������������20
E-BUSINESS�������������������������������������������������������������42
CONSIDERAÇÕES FINAIS�����������������������������������45
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS &
CONSULTADAS�������������������������������������������������������46
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INTRODUÇÃO
Neste módulo, aprenderemos a identificar as metas
e, a partir delas, aprenderemos a construir estraté-
gias de negócio. Nesse sentido, entenderemos de
que maneira podemos ter uma gestão estratégica
bem-sucedida na área de TI, ou seja, alinhada aos
objetivos da organização.
3
E-COMMERCE: UMA
POSSÍVEL ESTRATÉGIA
TECNOLÓGICA
Falando de estratégia
4
Pela fala do proprietário, percebemos que sua es-
tratégia é ganhar mais clientes e aumentar seu lu-
cro mensal. No entanto, esses itens são metas, não
estratégias. Perceba que é muito fácil cair nessa
confusão.
(es.tra.té.gi:a)
sf.
1. Mil. Arte militar que consiste em planejar o conjunto
das operações de guerra visando o objetivo final, de
ataque ou defesa: “Todos os desdobramentos em que
a estratégia desencadeia os exércitos.” (Euclides da
Cunha, Os sertões).
2. Arte de utilizar os meios de que se dispõe para con-
seguir alcançar certos objetivos: “...que estratégia com-
plicada para evitar o ramo fatídico.” (Eça de Queiroz,
Cartas de Inglaterra))
3. Planejamento de ações, jogadas, medidas etc. visan-
do a um objetivo, e procurando levar em consideração
todas as variáveis possíveis: estratégia ofensiva num
jogo de xadrez.
4. P.ext. Artifício habilidoso; SUBTERFÚGIO: Não use
estratégias, fale com franqueza.
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Nesse caso, o objetivo maior é aumentar o lucro. Foi
o baixo faturamento do mercado que inquietou Dock
a princípio, certo? Portanto, vamos tirar isso da colu-
na estratégia e mover para a coluna meta (Tabela 1):
Metas Estratégias
Antes +40% lucro
+40% base de clientes
Depois +40% lucro +40% base de clientes
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tas, mas nenhuma estratégia para atingi-las. Isso
ocorre bastante no mundo real. É comum ouvir al-
guns executivos dizendo que estão com uma “estra-
tégia de aumentar a base de clientes”, quando, na
verdade, ganhar clientes é uma meta e, para isso, é
preciso ter uma estratégia.
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Metas Estratégias
Antes +40% lucro
+40% base de clientes
Depois +40% lucro Produtos diferenciados. Delivery
+40% base de clientes gratuito. Propaganda.
FIQUE ATENTO
Estratégia não é meta. Estratégia é o como fazer,
não o que se pretende fazer. Portanto, estratégia
é o plano de ações.
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Gestão stratégica
REFLITA
Na analogia feita há pouco, se a empresa é o barco
e o gestor é o capitão, qual seria a estratégia?
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Figura 1: Organograma. Fonte: Pixabay.
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Missão
Nível Institucional
Decisões planejamentos
Objetivos e Estratégicos
Planos Estratégicos
(Organização como
um todo)
Objetivos e
Nível Intermediário
Planos Táticos
Decisões planejamentos
(Cada divisão ou unidade Táticos
do negócio)
Objetivos e
Planos Operacionais Nível Operacional
Decisões planejamentos
(Cada divisão ou
Operacionais
operação)
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na segunda-feira pela manhã e começa a escrever o
script dos atendentes de telemarketing para vender
um produto novo. Não faz sentido que o colaborador
do topo da pirâmide esteja focado em atividades
da base. Há um largo caminho entre eles, repleto
de colaboradores que são simplesmente “pulados”.
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A partir dessas opções, vamos recapitular os con-
ceitos estudados:
● Nível Institucional: tem por missão de ser a nú-
mero 1 em qualidade.
● Nível Tático: define as ações concretas para ter
qualidade.
● Nível Operacional: executa as ações que garantem
a qualidade dos atendimentos.
Alinhamento estratégico
Visto que nosso curso é de Tecnologia da Informação,
vamos focar o processo, ou seja, como a área de
Tecnologia da Informação deve atuar de modo ali-
nhado com o restante da instituição.
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É importante lembrar que nem sempre essas po-
sições existirão, principalmente em empresas de
menor porte. Ainda assim, alguém precisa ter os pés
no chão quando traça o rumo da área.
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no sentido pejorativo, digo no sentido de realmente
traduzir a tecnologia em vantagem de negócio –, se
a pessoa estiver a par do que é interessante para a
companhia, ou seja, se você estiver alinhado.
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Em vez disso, seria mais adequado investir em mi-
neração de dados, compra de mailing e estudos es-
tatísticos para descobrir ainda mais sobre seus pre-
ciosos clientes. Com isso, pode-se agradá-los ainda
mais, enviando um brinde na data de seu aniversário
e oferecendo, por exemplo, produtos associados ao
perfil de compra, que ainda não adquiriu, mas tem
grande probabilidade de interessar.
FIQUE ATENTO
Há alguns modelos de alinhamento estratégico. O
mais conhecido é o de Henderson e Venkatraman
(1993/1999), que se baseia não só em fatores in-
ternos da empresa, mas também em fatores exter-
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nos que compreendem o mercado e as decisões
envolvidas para atendê-lo.
Controle e avaliação
No dia a dia, com a operação de Tecnologia da
Informação (TI) rodando segundo uma estratégia,
mostra-se essencial a etapa de controle e avalia-
ção, mas isso no geral acaba ficando de lado. Nessa
fase, avalia-se de que modo a atuação de TI está
impactando as demais áreas ou a empresa como um
todo. Será que estamos caminhando para a situação
desejada?
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Obviamente, é preciso que a relação entre custos e
benefícios do controle seja adequada, visando tanto
à justificativa quanto à viabilização da etapa. Imagine
que você implementou uma funcionalidade no we-
bsite da empresa que oferta produtos relacionados
ao que seu cliente está buscando. O cliente pesqui-
sa “cerveja”, nisso, são sugeridos alguns petiscos e
copos de diferentes formatos.
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objetivos, bem como a implementação do plano e o
acompanhamento dos resultados.
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Comércio eletrônico
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grafo, motivo pelo qual podemos considerar esse
acontecimento o berço do comércio eletrônico.
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Com o surgimento da internet e a chegada da banda
larga, naturalmente o comércio eletrônico se expan-
diu até o cenário que temos hoje. Importante notar
que o comércio eletrônico surgiu com uma estratégia
ainda hoje válida: levar mercadoria a regiões remo-
tas sem a necessidade de manter uma estrutura no
local. Embora haja o custo do envio, o fato de poder
concentrar seus produtos em um só local não apenas
facilitar a gestão, como também traz uma grande
economia.
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compõe a principal vantagem do comércio eletrônico:
o baixo custo operacional.
REFLITA
Quais outras vantagens você consegue imaginar
no comércio online?
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Figura 5: PDV Virtual Magazine Luiza. Fonte: www.maga-
zineluiza.com.br
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negócios em outras frentes além do comércio em si,
como emissão de senhas em bancos e repartições
públicas, captação de feedback dos clientes (sem
constrangimento) e ainda transmissão de conteúdo
publicitário/informativo.
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É claro que outros recursos, como câmeras fotográ-
ficas e fones de ouvido, podem ser utilizados. Tudo
depende da necessidade do usuário final. Por isso,
primeiro defina como será sua aplicação; depois,
verifique os recursos necessários para atendê-la.
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REFLITA
Em que tipo de comércio você gostaria de utilizar
um totem de autoatendimento?
Categorias de negócio
Vamos nos atentar a algumas categorias de negócio
que o e-commerce pode compreender:
● Business-to-business (B2B): engloba todas as
transações eletrônicas efetuadas entre empresas.
Visa sobretudo à troca comercial entre parceiros
com interesses comuns, mas também abrange ser-
viços oferecidos em larga escala que só podem ser
consumidos por uma outra empresa. Por exemplo,
imagine uma fábrica de recipientes que produza latas
de alumínio e garrafas PET. Seus possíveis clientes
são outras empresas que vendem refrigerantes ou
produtos de limpeza. As produtoras do líquido inter-
no, ao comprarem os recipientes para envasar seus
produtos, estão realizando uma transação B2B.
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● Business-to-consumer (B2C): estabelece a tran-
sação entre a empresa e o consumidor final. Esse
tipo de relação pode ser frequente e dinâmico ou
esporádico e pontual. Pode ser direta ou indireta-
mente, ou seja, com intermediários. O mais comum
são as compras e vendas de produtos, mas outro
bom exemplo seria a contratação de serviços, como
ocorre com as apólices de seguro. Atualmente, é
possível contratar os serviços de uma seguradora de
forma 100% eletrônica, sem qualquer contato pes-
soal. Embora o termo envolva uma pessoa jurídica
e uma física, geralmente há intermediação de uma
corretora.
● Business-to-government (B2G): menos conhecida
que as anteriores, é a modalidade de negócios que
cobre as transações online realizadas entre as em-
presas e a Administração Pública. Envolve produtos
e serviços específicos da área fiscal, da segurança
social, dos registos e notariado. Já que o governo é
também uma empresa, você pode estar se pergun-
tando por que as vendas para ele não estão com-
preendidas na categoria B2B. Acontece que existem
diversas regulamentações e especificidades quando
se trata de governo. Por exemplo, é comum que, ao
ser um cliente usual ou comprar acima de tal valor,
o cliente pessoa física receba algum brinde. Com o
governo, isso pode caracterizar conduta improba,
corrupção. Além disso, o B2G não se aplica tanto às
relações comerciais tradicionais, mas sim à aquisi-
ção de soluções que proporcionem impacto social
mensurável. Por exemplo, a Nova Zelândia comprou
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soluções que diminuíram e simplificaram o proce-
dimento para abertura e registro de empresa. Lá é
possível fazer tudo virtualmente e em até 3 horas.
SAIBA MAIS
O BrazilLAB é um hub de inovação que acelera
soluções e conecta empreendedores com o Poder
Público. Seu objetivo é estimular, no Brasil, uma
cultura voltada à inovação no setor público. Saiba
mais acessando brazillab.org.br.
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Um dos primeiros itens vendidos no site foi uma ca-
neta a laser quebrada que custou US$ 14,83. Pierre
ficou tão impressionado com a venda que chegou a
contatar o comprador para se certificar de que ele
sabia que o produto estava quebrado. Para sua sur-
presa, o usuário não só sabia como disse ser um
colecionador de canetas lasers quebradas.
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desde o planejamento das estratégias até o layout
da interface com os clientes.
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dar senhor”? Pois é exatamente isso que não pode
acontecer.
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pode ser via aplicativo de internet banking do banco
do cliente, via SMS ou USSD – serviço oferecido por
algumas operadoras e até via QR code, modalidade
ainda pouco explorada no Brasil.
● Fotos e vídeos em boa resolução: o tempo de
apresentar seu produto/ serviço com apenas uma
foto e alguns detalhes já passou. As imagens são
cruciais para quem não pode ter contato físico com
o que está comprando. E atenção: de nada adianta
ter uma interface que apresenta mil imagens que
não carregam, heim?!
● Feedback de outros clientes: lembre-se da história
de sucesso do ebay. Mais sincera do que a descrição
de quem quer vender algo, é a descrição de quem já
comprou e usou. Não se preocupe (tanto) com co-
mentários negativos sobre o produto. Estudos mos-
tram que, na verdade, eles têm um impacto positivo,
pois produtos sem nenhuma reclamação são vistos
pelos compradores como farsa. Talvez, habilitar essa
ferramenta deixando mais evidentes os elogios seja
uma boa estratégia.
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cipalmente para as mulheres, é vestuário. Há peças
que você precisa experimentar. Algumas redes, além
de apresentar a peça em um modelo, o que facilita
bastante para saber o caimento, criaram um vestiário
virtual.
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Por isso, além da preocupação com as funcionalida-
des disponíveis ao cliente, a experiência de navega-
ção será altamente afetada conforme a qualidade
do que está por trás do site.
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Silberschatz, Korth e Sudarshan (2010) informam o
significado de cada uma dessas propriedades:
● Atomicidade: em geral, as transações são com-
postas de várias declarações (comandos / opera-
ções). A atomicidade é a propriedade que garante
cada transação ser tratada como uma entidade única,
a qual deve ser executada por completo ou falhar
completamente. Dessa forma, todas as operações da
transação devem ser executadas com sucesso para
que a transação tenha sucesso. Se uma única ope-
ração que seja de o bloco da transação falhar, toda
a transação deverá ser cancelada – as transações
são aplicadas no “tudo ou nada”. Caso haja falha em
qualquer operação da transação, o banco de dados
retorna ao estado anterior ao início da transação.
Esse retorno chama-se estado de Rollback (“tran-
sação desfeita”). Caso a transação tenha sucesso,
o banco de dados é alterado permanentemente, em
um processo chamado Commit (“efetivação”).
● Consistência: permite assegurar que uma transa-
ção leve somente o banco de dados de um estado
válido a outro, mantendo a estabilidade do banco.
Os dados gravados devem sempre ser válidos, de
acordo com as regras definidas, e isso inclui qualquer
operação considerada, como triggers, constraints
(restrições), procedimentos armazenados ou ou-
tras que determinem a validade dos dados inseridos.
Dessa forma, evita-se a corrupção do banco de da-
dos, que pode ser causada por uma transação ilegal.
Por exemplo, é feita uma tentativa de inserir o registro
da venda de um perfume na tabela de vendas. No
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entanto, o perfume é um item que não consta na
tabela de produtos da empresa. Assim, a transação
dessa venda falhará.
● Isolamento: é muito comum que as transações
sejam executadas de modo concorrente, ou seja, de
modo que várias tabelas sejam lidas ou alteradas por
vários usuários simultaneamente. Com a proprieda-
de do isolamento, a execução concorrente permite
deixar o banco de dados no mesmo estado em que
estaria caso as transações fossem executadas em
sequência. Por exemplo, imagine dois clientes ten-
tando comprar o último par de sapatos em estoque
simultaneamente. O primeiro a finalizar a compra
fará com que a transação do outro seja interrompida,
sofrendo rollback.
● Durabilidade: garante que a transação, uma vez
executada (efetivada), permaneça nesse estado mes-
mo que haja um problema grave no sistema, como
falta de energia elétrica no servidor. Para isso, as
transações finalizadas são gravadas em dispositivos
de memória permanente (não volátil), como discos
rígidos, de modo que os dados estejam sempre dis-
poníveis, mesmo que a instância do banco de dados
seja reiniciada.
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Em uma loja online convencional, provavelmente
teremos que apresentar as fotos dos produtos. Em
cenários mais complexos, mas atualmente comuns,
podemos ter que apresentar vídeos ou áudios, tal
qual é o caso das plataformas de streaming como
Netflix ou Spotify. É um comércio eletrônico de mí-
dias. Note que fotos, filmes e músicas são dados
não estruturados, o que pode demandar um banco de
dados (e profissionais) com características especiais,
como é o caso do Hadoop.
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SAIBA MAIS
O Gartner é uma instituição de pesquisa e acon-
selhamento para líderes corporativos que divulga
relatórios comparando os bancos de dados de
mercado. Assim, podemos analisar vários requisi-
tos e, inclusive, saber quais são os mais seguros,
acompanhando sua evolução ano a ano. Saiba
mais consultando www.gartner.com
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Até o momento, falamos de plataformas e-commerce
proprietárias, ou seja, desenvolvidas pela Tecnologia
da Informação (TI) da própria empresa que venderá
o produto. Mas note que é possível implementar a
estratégia de e-commerce sem ter que começar do
zero, usando uma plataforma pronta que será apenas
adaptada e mantida pela área de TI.
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pode solicitar um projeto de acordo com sua neces-
sidade e adquirir a plataforma por um preço fixo. A
equipe de TI cuidará apenas da manutenção e adap-
tação do código, que se torna próprio, conforme for
necessário.
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E-BUSINESS
O e-business (acrônimo em inglês para electronic
business, ou negócios eletrônicos) é empregado em
sentido amplo para definir toda a estrutura das em-
presas que usam sistemas de informação eletrônicos
para facilitar os processos de negócio.
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entre a equipe responsável pela cadeia de suprimen-
tos, faz com que se integre com mais eficácia.
● e-ERP: quer dizer Enterprise Resource Planning
(Planejamento de Recursos da Empresa). Acrescida
da letra “e”, refere-se ao software que vai facilitar o
gerenciamento de operações diárias da empresa, o
que inclui desde as contas a pagar, fluxo de caixa e
inventário de estoque até o faturamento e as folhas
de pagamento.
● e-CRM: com um software de e-CRM, o atendi-
mento ao cliente pode ser personalizado a partir de
informações armazenadas sobre eles.
REFLITA
Escolha uma empresa preexistente cuja ativida-
de principal não seja online. Imagine que tipos de
desafios ela pode enfrentar. A partir disso, esboce
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uma estratégia organizacional com duas metas
bem definidas. Em seguida, defina se o e-commer-
ce faria sentido nesse cenário e de que outros pro-
cessos online a companhia poderia usufruir para
ser qualificada como fazendo e-business.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste módulo, estudamos o que é estratégia e como
adotar uma quando se têm metas bem definidas.
Verificamos que, para a Tecnologia de Informação
lograr sucesso, é importante estar alinhada à estra-
tégia organizacional, contribuindo para o atingimento
de seus objetivos macro.
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Referências Bibliográficas
& Consultadas
AQUA. Guia prático dos totens de autoatendimento
(Versão 2020). 20 ago. 2020. Disponível em: https://
www.aqua.com.br/blog/totens-de-autoatendimento.
Acesso em: 02 set. 2020.